Sunday, November 30, 2008

Avaliação de professores no mundo

Onde se inspirou o governo português para conceber um modelo de avaliação tão burocrático? Em declarações ao órgão de propaganda do PS a ministra da educação afirma que se inspirou em modelos de avaliação existentes na Inglaterra, Espanha, Holanda e Suécia (Março de 2008). Os professores destes países negam tal afirmação. O modelo que maiores semelhanças tem com o português é o chileno, mas seja mesmo assim menos burocrático.
Estamos pois perante o sistema de avaliação mais burocrático do mundo, e que fomenta o fim do trabalho cooperativo nas escolas. Não admira que ao aperceber-se da gravidade do problema, o próprio ME tenha vindo a apelar para que cada escola simplifique o sistema, criando desta forma uma disparidade de modelos e de critérios de avaliação no país.

Consultas:
Avaliação de Professores na Alemanha
1. Categorias. Não existe qualquer categoria similar à de professor titular. Apenas existem quadros de escola, tal como existia em Portugal.
2. Aulas Assistidas: Acontecem durante o período de formação e depois de 6 em 6 anos. A aula tem a duração de 45 minutos e é assistida pelo chefe da Direcção escolar. Essa assistência tem como objectivo a subida de escalão. Depois de atingido o topo da carreira, acabaram-se as aulas assistidas e não existe mais nenhuma avaliação.
3. Horários dos Professores. Não existe diferença entre horas lectivas e não lectivas. Os horários completos variam entre 25 e 28 horas semanais.
4. Avaliação de Alunos. As reuniões para efeito de avaliação dos alunos têm lugar durante o tempo de funcionamento escolar normal, nunca durante o período de interrupção de actividades ou de férias. Tanto na Alemanha como na Suíça, França e Luxemburgo, durante os períodos de férias as escolas encontram-se encerradas. Encerradas para todos, alunos, pais, professores e pessoal de Secretaria. Os alunos e os professores têm exactamente o mesmo tempo de férias.
Não existe essa dicotomia idiota entre interrupções lectivas, férias, etc.
5. Horários escolares: Nas escolas de Ensino Primário as aulas vão das 8.00 às 13 ou 14 horas. Nos outros
níveis começam às 8 .00 ou 8.30 e terminam às 16.00 ou, a partir do 10° ano,às 17.00.
6. Férias: cerca de 80 dias por ano, embora possa haver ligeiras diferenças de Estado para Estado.
7. Máximo de alunos por turma: 22

Avaliação de Professores na Suíça
1. Categorias. Não existe qualquer categoria similar à de professor titular. Apenas existem quadros de escola (Professores do quadro).
2. Aulas Assistidas: Estas aulas só ocorrem durante a formação e para a subida de escalão.
3. Férias. As escolas durante o período de férias estão encerradas. Total de dias de férias: cerca de 72 (pode haver diferenças de cantão para cantão) .
4. Os horários escolares: Idênticos aos da Alemanha. Até ao 4° ano de escolaridade, inclusive, não há aulas de tarde às quartas-feiras, e terminam cerca das 11.30.

5. Máxima de alunos por turma: 22.
Avaliação de Professores na Bélgica

1. Categorias. Não existe qualquer categoria similar à de professor titular. Apenas existem quadros de escola (Professores do quadro).

2. Aulas Assistidas. As aulas Assistidas só ocorrem quando são solicitadas pela direcção da escola, mas não contam para efeitos de progressão dos docentes.

3. Avaliação das Escolas. A avaliação dos professores está englobada na avaliação das escolas. Avalia-se o trabalho da escolas, e desta forma o trabalho dos professores que nelas exercem a sua actividade.

Avaliação de Professores na Inglaterra e País de Gales

1. Categorias. Os professores do ensino público estão divididos em função de duas categorias salariais: A Tabela Salarial Principal (dividida em 6 níveis) e a Tabela Salarial Alta (dividida em 3 níveis).

2. Avaliação. A progressão nas tabelas depende dos resultados da avaliação contínua e que envolve o director da escola, o conselho directivo e os "avaliadores de "performance".

Avaliação de Professores na França

1. Categorias. Não existe qualquer categoria similar à de professor titular.

2. Aulas assistidas. As aulas assistidas só ocorrem no mínimo de 4 em 4 anos, a regra é de 6 em 6 anos, e são observadas por um inspector com formação na área do professor. O objectivo destas aulas é essencialmente formativo, tendo em vista ajudar os professores a melhorar as suas práticas lectivas.

3. Progressão na carreira. Para além da antiguidade, são tidos em conta os resultados da observação das aulas e as acções de formação frequentadas pelos professores.


Avaliação dos Professores em Espanha

1.Descentralização. A única legislação nacional que existe sobre avaliação dos professores e sistemas de promoção contemplam apenas o ensino básico. Cada "Comunidade Autonómica" estabelece os seus próprios critérios para a progressão dos professores.

2. Avaliação. Embora não existam progressões automáticas, na maioria dos casos as mesmas são feitas com base na antiguidade.
Avaliação de Professores nos EUA

1. Descentralização.. Cada um dos 13 mil distritos escolares tem os seus próprios critérios de recrutamento, de carreira, avaliação de desempenho, promoção ou de pagamento.

2. Avaliação. Não existe um sistema único de avaliação. Nos distritos onde existe avaliação, esta pode ser feita pelo director da escola ou entre os próprios professores.
3. Progressão. Em geral os aumentos salariais são feitos em função do tempo de serviço.


Avaliação de Professores no Chile

O Ministério da Educação de Portugal terá copiado o modelo chileno de avaliação ?. ( Consultar ) . Estes modelos foram já objecto de uma comparação muito elucidativa das suas semelhanças e diferenças.

Comparação - Modelo de Avaliação Português / Modelo de Avaliação Chileno

Periodicidade

1. A avaliação global é feita de 2 em 2 anos.

2. A avaliação serve sobretudo para contagem de serviço para a progressão na carreira (existem cotas para a categoria de titulares).

1. A avaliação é feita de 4 em 4 anos.

2. A avaliação serve sobretudo para premiar financeiramente os melhores desempenhos, os quais pode ir até 25% do salário mínimo nacional chileno (não existem cotas para estes prémios).

Instrumentos de Avaliação

1. Fichas de auto-avaliação do professor;

2. Ficha dos objectivos individuais de cada professor;

3. Ficha de avaliação dos objectivos individuais do professor;

4. Portefólio do professor


5. Avaliação do portefólio do professor avaliado;

6. Entrevista pelo professor avaliador. Implica o preenchimento de ficha de avaliação.

7. Avaliação pelo coordenador do Departamento Curricular. Implicando o preenchimento de ficha de avaliação).

8. Avaliação pela Comissão Executiva (Director). Implica o preenchimento de ficha de avaliação).

9. Assistência do avaliador a pelo menos 3 aulas em cada ano lectivo. Implica o preenchimento de 3 fichas de avaliação.

1. Fichas de Auto-avaliação;

2. Avaliação do director ou do chefe técnico da escola;

3. Portfólio, que inclui a gravação em vídeo de uma aula, de 4 em quatro anos

10. Entrevista pelo professor avaliador;
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Níveis de Desempenho e Resultados da Avaliação

1. Excelente (com cota fixada pelo governo). Duas vezes seguidas reduz em quatro anos o tempo de serviço para acesso à categoria de titular; Quatro vezes seguidas dá direito a prémio de desempenho.

2. Muito Bom (com cota fixada pelo governo). Duas vezes seguidas reduz 2 anos o tempo;

3. Bom. Classificação mínima necessária para progredir.

4. Regular. Não progride. Proposta de acção de formação contínua;

5. Insuficiente. Não progride. Pode determinar a reconversão profissional.

Resultados da Avaliação
1. Destacado ou Competente. Recebe um abono suplementar mensal. O abono dura três e quatro anos.

2. Insatisfatório. Repete a avaliação no ano seguinte. Se na segunda avaliação tiver o mesmo resultado e deixa de dar aulas, durante um ano. Se tiver uma terceira avaliação negativa sai da carreira, mas recebe um abono.

Pela dignificação da Escola Pública

O primeiro ministro Pinto de Sousa reconheceu, numa reunião da comissão nacional do seu partido, aquilo que para os professores é uma evidência há muito tempo: a questão da avaliação de desempenho é apenas um dos pontos de uma questão mais vasta, que se prende com a definição das políticas públicas educativas, com um modelo de escola pública e com as orientações determinadas pelas instâncias de regulação internacional. É por tudo isso que o conflito entre os professores e o ME não é um problema sectorial, mas do governo e do partido que o sustenta, que têm que cumprir o papel que lhes está destinado nos fóruns internacionais, enquanto agentes da globalização, ao serviço dos países centrais.
A Portugal, enquanto país periférico neste processo, está destinado um papel de subalternidade. Nesses termos, a escolarização da generalidade da população deve estar ao serviço da produção de mão de obra qualificada, mas acrítica.
Para que isso aconteça o governo (que apenas veio dar continuidade ao trabalho de governos anteriores) precisa de transformar a Escola Pública numa escola de baixa exigência e baixas qualificações, onde os custos sejam reduzidos ao mínimo indispensável para a formação do capital humano, que assegure a rentabilidade das empresas. À escola privada ficará cometido o papel de formar as futuras elites dirigentes.
É neste contexto que a luta dos professores tem que ser encarada. É contra esta desvalorização da Escola Pública, que se traduz na aceitação de um papel desvalorizado dos portugueses no mundo global, que os professores se batem.
Por isso as divergências entre professores e governo estão muito para lá dos actores circunstânciais, sejam eles a actual equipa do ME, seja o próprio governo Pinto de Sousa. Trata-se de uma divergência de fundo, que se situa ao nível da definição das políticas públicas de educação e de uma concepção de Escola Pública, que garanta o exercício da cidadania plena a todos os portugueses.
Será pois uma guerra longa, que como todas as guerras longas terá custos muito elevados. É uma guerra em que vencerá quem não desistir, quem souber gerir melhor os seus recursos próprios e desgastar os recursos do adversário. E nós, professores, devemos evitar que se assemelhe a uma guerra convencional, transformando-a antes numa guerra de guerrilha e resistência.
Evidentemente que pontualmente teremos que travar algumas batalhas de grande intensidade. É o caso da próxima greve de dia 3. Temos que ser capazes de repetir o impacto das manifestações de Março e Novembro, sob pena de averbarmos uma pesada derrota.
O governo está a jogar todo o seu potencial no esvaziamento da greve. As declarações de Jorge Pedreira e de Vitalino Canas, bem como do dirigente da Pró-Ordem, Filipe do Paulo, dadas à estampa pelo jornal oficioso do governo, mostram bem o nível de empenhamento e o uso dos recursos disponíveis para combater a adesão à greve, que o governo teme que seja enorme.
Mas tenhamos consciência que os efeitos mediáticos da greve vão ser muito amenizados. Afinal, tal como em todas as guerras de guerrilha, em todas as lutas de libertação, os mídia estão sob controle dos poderes instalados, até ao dia em que esses poderes são derrubados.
É por isso que no “day after” ao 3 de Dezembro temos que voltar à luta, não esbanjando recursos, mas desgastando o adversário. Temos que voltar a sair à rua com regularidade, para que a visibilidade se mantenha. Temos que continuar a resistir em cada escola, adiando as tarefas relacionadas com a avaliação, desgastando física e psicologicamente os “adesivos” e os que vão quebrando a resistência. Temos que ser capazes de interpelar os professores que estão nos órgãos de administração e gestão, confrontando-os claramente com o campo em que se situam: o dos professores ou do ministério. Mas também temos que dar força aos indecisos e ajudá-los a engrossar o nosso campo.
E, não menos importante, temos que continuar a explicar a quem não conhece a Escola Pública quais são as nossas reais condições de trabalho e quais são os objectivos porque lutamos.
Sempre sem medo de repetir uma palavra de ordem que, embora datada e conotada politicamente, reganha neste contexto uma enorme actualidade -
A LUTA CONTINUA, A VITÓRIA É CERTA!

Pela Blogosfera- Opiniões- José Rosa Sampaio


O Monstro
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A monstruosidade burocrática chamada de avaliação de professores criou nos últimos dias uma situação de braço de ferro entre o Ministério de Educação e os professores, sindicatos e outras associações de classe, difícil de sanar.
Para além do impasse ser mais do que previsível, ele é também o culminar de várias perturbações legislativas, que este organismo tem vindo sucessivamente a despejar nas escolas.
A tentativa para impor esta barafunda só seria possível neste país eternamente desgovernado pela partidocracia vigente e exposto a toda a espécie de aberrações saídas de interesses obscuros e de mentes perversas.
A meu ver este sistema de avaliação não foi copiado do Chile de Salvador Allende, como alguns fazem crer, mas inventado num gabinete da 5 de Outubro, por alguns dos milhares de burocratas do Ministério e seus satélites, que precisam de apresentar trabalho para defender o lugar que ocupam de feição vitalícia até à reforma dourada.
Pessoalmente não entendo porque é que os professores têm que ser avaliados, uma vez que são avaliadores por excelência. Como qualquer outro profissional deverão ser, isso sim, avaliados pela empresa onde trabalham: a escola ou outra instituição. Se não servem têm que procurar outra saída profissional.
Também não percebo porque é que os professores são alvo desta avaliação politiqueira, num país onde existem tantos profissionais que nunca foram avaliados nem nunca o serão, muitos deles pertencentes ao aparelho do Estado. O melhor exemplo encontra-se nos gestores e detentores de cargos políticos, peritos em auferir salários milionários e escandalosos e em oferecer milhões saídos do nosso bolso, em troca de nada.
Além disso, em Portugal os professores sempre foram avaliados, embora por um processo algo semelhante ao que agora querem impor revestido de uma enxurrada de papelada e reuniões infinitas, que não lhes permitem fazer o seu trabalho e ter uma vida familiar.
Há quem se esqueça que os professores antes de ingressarem na profissão tiraram os seus cursos e a sua profissionalização, tendo sido depois sujeitos a todo o tipo de acções de formação, para além de estarem em permanente formação e em contacto com experiências e livros que precisam de ler.
A razão que levou a eleger os professores como forma de propaganda do governo e bodes expiatórios do fracasso das reformas, encontra-se no facto de serem um grupo profissional dividido e fragilizado por divisões politiqueiras e sindicais.
Nunca foram uma corporação e dificilmente conseguirão formar um lóbi capaz de impor uma equipa ministerial que servisse o país, papel que foi deixado a universitários que nada conhecem do sector.
Compare-se os modelos de avaliação vigentes nos países onde estes existem e chegar-se-á a conclusão de que por cá apenas se pretende poupar uns cobres com uma classe, que face a outros países já é bastante mal paga.
Poupa-se nos professores e nas escolas, mas os cofres estão cheios de milhões para distribuir pelos bancos que têm afundado a economia e gastar em despesismos eleitoralistas de caça ao voto.
Os milhões que o ministério gasta em números teatrais propagandísticos do tipo Magalhães, em estudos e em contratos com empresas clientalistas, poderiam ter sido destinados a melhorar os estabelecimentos escolares e em criar condições para um ensino saudável, num país que tanto necessita de formação para poder competir economicamente.
Este governo e a sua politica criou nas escolas um péssimo ambiente de trabalho e um clima de perseguição, que fez fugir em poucos meses muitos dos professores mais capazes e experientes, que preferiram meter a reforma antecipada, pedir a exoneração ou simplesmente procurar outro meio de vida.
Entretanto, nos últimos dias a ministra parece mais preocupada em dar entrevistas a jornais e televisões, o que não lhe augura um fim feliz a ela e ao seu insólito sistema. Isto depois das cedências pontuais feitas à ultima hora.
Toda esta atmosfera de desestabilização das escolas vai fazer com que as famílias com posses continuem a pôr os filhos nas escolas privadas, que nos últimos anos se têm vindo a multiplicar pelo Algarve e pelo país, estabelecimentos onde os professores se dedicam exclusivamente a ensinar os seus alunos.
Por estranho que seja, parece que serão estas escolas que irão salvar o que resta de algum ensino de qualidade que já tivemos.
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(in Edição Especial, n.º 36., de 28.11.2008, p.18)
José Rosa Sampaio

Saturday, November 29, 2008

Greve de professores no dia 3 de Dezembro

Pela dignidade da função docente
Contra os coveiros do ensino público ( Pinto de Sousa, MLR,VL,JP )
que querem impor num país europeu uma avaliação de desempenho chilena.

Aluno do CEF agride professora- mais um caso pontual ( para o ME)

Uma professora da EB 2,3 de Jovim, Gondomar, foi agredida por um aluno de 16 anos, a soco e a pontapé, ao início da tarde desta sexta-feira. A agressão ocorreu dentro da escola e a docente esteve cinco horas no S. João, no Porto, a fazer exames.
Só pelas 19 horas é que Artemisa Coimbra - figura activa na luta contra a violência doméstica, sendo responsável pelo Observatório de Mulheres Assassinadas da UMAR (União de Mulheres Alternativa e Resposta) - teve alta das Urgências. "Daqui vou para a GNR, apresentar queixa", desabafou, ainda com marcas da violência no rosto e com dificuldades em andar, devido a lesões que sofreu numa perna.
Professora há 29 anos (está há cinco na EB 2,3 de Jovim), Artemisa Coimbra nunca tinha passado por uma situação semelhante. Segundo contou, tudo começou por volta das 13.20 horas. "Vinha a sair do átrio e o aluno estava aos palavrões, alto e bom som. Não consegui fazer ouvidos de mercador. Chamei-o à atenção e ele começou a disparatar e a afirmar que dizia o que bem lhe apetecesse. Então, disse-lhe para me acompanhar ao Conselho Executivo. Contrariado, lá foi", recordou a docente. A situação acabaria em violência, pouco tempo depois.
"Às 13.40 horas, ia para as aulas, com o computador, a pasta e o livro de ponto na mão, quando, quase em frente ao Conselho Executivo, vejo o aluno a vir na minha direcção, a insultar-me aos berros. Depois, começou a agredir-me", contou a professora, que ainda tentou defender-se. Ficou ferida e com os óculos partidos. Logo ontem, a patrulha da Escola Segura, presença habitual por ali, não estava na EB 2,3 de Jovim.
Artemisa Coimbra referiu que não conhece o aluno, que faz parte de uma turma CEF (cursos de educação e formação, dirigidos a jovens que abandonaram os estudos sem a escolaridade obrigatória). Aliás, a professora alerta para a situação destes jovens, que é regulada por legislação especial, que lhes confere um sentimento de "impunidade". "Não acatam qualquer observação", referiu a docente, lembrando que, por exemplo, estas turmas não têm faltas nem aulas de substituição. "O Ministério tem que repensar esta legislação", acrescentou, considerando que o sentimento de impunidade leva os alunos a não respeitar as regras escolares.
Em Jovim, a situação tem piorado significativamente, assegurou, revelando que só nesta semana houve 31 processos disciplinares. "Oito deram em repreensão, os restantes em suspensão", pormenorizou a professora, que dá aulas a alunos dos 5º e 6º anos.
Artemisa Coimbra salvaguardou que nem todos os processos disciplinares dizem respeito a alunos que integram turmas de CEF, mas explicou que o clima existente na escola acaba por contagiar os outros estudantes.
Fonte: JN de 29/11/08
Comentário
Os CEFs são um tumor que corrói os tecidos sãos das escolas onde estão implantados.
Salvo raras excepções, estão na escola para não estarem na rua. É essa a justificação que alguns membros do Governo têm dado. Os professores sabem que uma grande arte destes alunos não aprendem nada. Não querem aprender nada. Um plano de salvação da escola pública passa por acabar com os CEFs, substituindo-os por um ensino verdadeiramente profissionalizante com estágios prolongados em empresas.
O ME protege os CEFs e faz deles a sua bandeira porque os CEFs representam, ao mais alto nível, o paradigma de escola pública deste Governo.

O Pioneiro

«[Maria de Lurdes Rodrigues] garante, contudo, que também tem tido bons momentos. "Muitos." Pede-se-lhe que partilhe um. "Uma carta que recebi de um menino que recebeu um computador para ter em casa, não sei já em que circunstância, e escreveu-me a dizer:
'Quando for grande, vou inscrever-me no PS. "É tocante."»
no jornal "Público"

Friday, November 28, 2008

Falta de Ética dos nossos governantes

Artigo 138º do orçamento em causa
PSD acusa Governo de tentar legalizar avaliação de professores com norma inconstitucional no Orçamento
26.11.2008 - 14h14 Lusa
O PSD acusou na quarta feira o Governo de tentar legalizar retroactivamente ilegalidades do processo de avaliação dos professores através de "uma norma escondida" e "inconstitucional" incluída na proposta de Orçamento do Estado para 2009.Em conferência de imprensa, no Parlamento, o líder parlamentar do PSD, Paulo Rangel, apresentou uma proposta de "eliminação dessa norma" do Orçamento do Estado para 2009."Há uma norma escondida, é o artigo 138º do Orçamento, em que o Governo assume que toda a nomeação dos professores para a avaliação, todas as nomeações, as delegações de competências para avaliar professores ao longo de 2008 são ilegais", disse Paulo Rangel."Todo o processo de avaliação em que houve delegação de competências para avaliação é ilegal porque essas delegações não foram publicadas no Diário da República. Então o Governo inclui uma norma no Orçamento para legalizar retroactivamente todo o processo de avaliação dos professores", acrescentou.De acordo com o líder parlamentar do PSD "esta proposta do Governo é ilegal e inconstitucional porque vai tirar garantias a quem quisesse impugnar alguma nomeação, alguma delegação", prejudicando os "professores que quisessem reagir"."Todas as delegações de competência para avaliar professores deveriam ter sido publicadas no Diário da República e não foram. E agora é no Orçamento, numa norma que não tem título nem tem nada, vem dizer que afinal se considera que estão dispensadas de publicação todas as delegações? Isto não tem sentido nenhum", criticou.Segundo Paulo Rangel, "isto revela mais uma vez que o processo de avaliação dos professores está completamente inquinado".O líder parlamentar do PSD referiu que "nem todas as avaliações são feitas por professores titulares e tem de ser feita delegação de competências para saber quem é que avalia" e que "sempre que as escolas recorrem à delegação de competências esta deveria ser comunicada"."Como se foram fazendo as avaliações sem fazer comunicação nenhuma das delegações, o Governo pretende agora retroactivamente dispensar dessa publicação todas as delegações feitas até agora. É uma norma inconstitucional e nós propomos a sua eliminação", reiterou Paulo Rangel.
In Público

1ª Estrofe de " Os Lurdíadas

OS LURDÍADAS
1ª Estrofe
As aulas e os serões assim estragados
Pela irracional aia tão tirana
Por males nunca antes acusados
Arcaram ainda insultos da ufana
Em artigos de férreas leis lavrados
Mais do que admitia a lei soberana
Entre gente ignota se levantaram
E pelo reino os professores lutaram
(António Galrinho)
Setúbal

Manifestações de professores nos distritos de Setúbal e Lisboa


Fotos de Manuel Galrinho da manif de Setúbal, em http://www.cogitusinterruptus.blogspot.com/)

Segundo a Fenprof, foram 2500 em Setúbal, 2000 Santarém, 1000 nas Caldas da Raínha e 5000 em Lisboa. Os números da 5 de Outubro parecem um pouco exagerados mas não há dúvida que o ambiente foi muito positivo e que a determinação dos professores e professoras continua de pedra e cal.
Menos manifestantes aqui relativamente à zona norte e zona centro; dois prováveis motivos- noite mais fria e o jogo de futebol do Benfica que passou na televisão à mesma hora, em Portugal a alineação pelo futebol continua a dominar.
Hoje é a vez de Portalegre, Beja, Évora e Faro

Pela Blogosfera- um texto interessante

Não há mérito sem quotas? Que disparate!

«Não há mérito sem quotas»: ouviu-se defender no último debate televisivo sobre a avaliação do desempenho docente.Esta é uma afirmação que revela a confusão existente entre avaliação do desempenho profissional e progressão na carreira. Ora, a avaliação do desempenho profissional dos professores tem um carácter científico e pedagógico-didáctico, enquanto a progressão na carreira tem um carácter burocrático, administrativo e remuneratório.Os objectivos da avaliação de desempenho docente, que estão consignados no artigo 40.º do Estatuto da Carreira Docente (Decreto-Lei n.º 15/2007, de 19 de Janeiro), são os seguintes:
– Melhorar a qualidade das aprendizagens e dos resultados escolares dos alunos;
– Favorecer o desenvolvimento pessoal e profissional dos professores;
– Inventariar as necessidades de formação;
– Diferenciar e premiar os melhores profissionais;
– Promover o trabalho colegial.
Como se pode observar, nos próprios objectivos definidos pela tutela não consta a progressão na carreira e muito menos a progressão na carreira sujeita a quotas. Nem mesmo o penúltimo objectivo («Diferenciar e premiar os melhores profissionais») remete directamente para tal.Os objectivos acima referidos (consignados no Estatuto da Carreira Docente e que, não tendo sido revistos, se mantêm, portanto) remetem, pois, directamente para a análise da componente científica e pedagógico-didáctica do ensino, e não para a progressão na carreira.A progressão na carreira surge, no Estatuto da Carreira Docente, como uma consequência, e não como um objectivo, o que é totalmente diferente, como se pode ver no artigo 41.º, em que se consigna a relevância (e não o objectivo) da avaliação do desempenho: esta é considerada «para efeitos de progressão e acesso na carreira». Como é consabido, o efeito decorre da causa, e não o contrário. Tal significa que, em primeiro lugar, os profissionais são avaliados e vêem reconhecido o seu mérito segundo critérios definidos pela tutela. A tutela só tem de definir os critérios do mérito, nomeadamente os de Bom, de Excelente e de Muito Bom. E, se os profissionais corresponderem a esse critérios, o mérito tem de ser reconhecido.Depois, depois surge o efeito do reconhecimento desse mérito: o professor progride de uma determinada forma na carreira. As quotas são um número artificial, que nada tem que ver com o mérito, mas, apenas, com uma determinada política salarial.Assim, não se deve deixar confundir mérito com quotas. Há, sim, mérito, independentemente de quotas, como há quotas, independentemente do mérito.Para uma melhor compreensão, só uma simples analogia com a avaliação dos alunos: um aluno que num 12.º ano obtém uma média de classificação de 18 valores tem mérito, muito mérito. No entanto, se pretender entrar num curso em que o numerus clausus seja de 100 vagas e houver 100 candidatos a essas vagas com a classificação de 18,1 valores ou superior, o aluno de 18 valores não entra, mas não deixa de ter mérito! Ao invés, poderá ocorrer que num curso com o mesmo numerus clausus, mas que não tenha tanta procura, haja alunos de 10 valores que entrem (sem grande mérito) e até que fiquem vagas por preencher.Quotas não são mais do que um numerus clausus artificial, que não tem nada que ver com o mérito!Se o Ministério da Educação pretende realmente o mérito no desempenho docente, e não, apenas, pagar menos aos professores em salários, deverá demonstrá-lo suprimindo as quotas, substituindo-as pela definição de um perfil de Excelente, de Muito Bom e de Bom e atribuindo as referidas menções a quem corresponder aos perfis definidos. E assim estará, com seriedade, a diferenciar e a premiar os melhores professores.
Maria Regina Rocha e Maria Helena Damião

Einstein sobre os professores ( 1936 )

"Há que conceder aos professores a maior das liberdades no que respeita aos conteúdos a ensinar, assim como aos métodos a utilizar. Pois é verdade que também para estes o prazer na execução do seu trabalho pode ser aniquilado pela força ou pela pressão exterior”.
Albert Einstein

Em 2007, os administradores do BPP receberam mais de um milhão de euros em remunerações


Os quatro administradores do Banco Privado Português (BPP), instituição bancária especializada na gestão de fortunas que atravessa uma grave crise financeira, receberam, em 2007, mais de um milhão de euros em remunerações e acções do banco atribuídas pelo próprio BPP.
Fonte: CM de 28/11/08

Isto passou-se no BPP, o banco de João Rendeiro, o banqueiro que diz que vota habitualmente no PS e que criou e dirige o consórcio EPIS, Empresários pela Inclusão Social, uma organização apoiada pelo ME e por grandes empresas públicas e privadas, que gere projectos e dá formação a conselhos executivos sobre técnicas e estratégias de gestão e organização escolas "modernaças".
Seria interessante ver os grandes jornais nacionais a investigarem as ligações entre as estruturas dirigentes destas empresas e bancos ao poder político para se perceber até que ponto é que o regime pós-democrático se está a transformar numa plutocracia.

Thursday, November 27, 2008

25 mil professores em manifestação na zona centro

(a foto é de Leiria - site da fenprof - mas a notícia é sobre a manifestação de Coimbra, do Diário de Coimbra)

Para se ter ideia da extensão da manifestação, importa referir que os professores se estenderam entre a Rotunda do Papa e a Praça da República, local de onde saíram a pé rumo à Direcção Regional de Educação do Centro (DREC), onde se registaram as intervenções da praxe. Números correctos é impossível apresentar com exactidão, mas Mário Nogueira, secretário- -geral da FENPROF (Federação Nacional dos Professores), avançou com a participação de «sete a oito mil professores» em protesto contra a avaliação de desempenho.Sucessivos gritos de ordem, longas tarjas, simples cartolinas, negras bandeiras ou pequenos autocolantes. Tudo serviu para voltar a contestar a actuação e as atitudes de Maria de Lurdes Rodrigues, ministra da Educação. “É preciso acreditar” serviu de lema a uma das listas de estudantes candidatas à Direcção-Geral da Associação Académica de Coimbra. Ontem à noite, uma das manifestantes exibia o slogan, que, no fundo, reproduzia o que levou milhares de professores para a rua.“Revisão do estatuto, uma força que ninguém pode parar” lia-se numa cartolina, enquanto outro cartaz referia: “Categoria de titular, professor de categoria”, surgindo uma cruz por cima da primeira frase. Com archotes distribuídos pela classe para iluminar e aquecer a fria noite, os professores apelaram ao “simplex da educação”, lembrando que «com esta política, a escola está a perder». “Avaliação: suspensão, já!”, ostentava a tarja segura, entre outros, por Mário Nogueira.Mário Nogueira estimou uma participação entre sete a oito mil professores em Coimbra, a juntar aos 11 mil, que disse terem-se manifestado, ontem, em Viseu (4.000), Leiria (3.000), Guarda (3.000) e Lamego (1.000). O sindicalista mostrou-se convencido de que, com as manifestações dos distritos de Aveiro e Castelo Branco, o número terá atingido os 25 mil professores nas ruas na região Centro.Caminho fora, pé ante pé, os muitos metros que separam a Praça da República da DREC, sita na Rua General Humberto Delgado, pareceram curtos perante a tamanha onda de contestação que impera na classe. «Categoria há só uma, professor e mais nenhuma» e «está na hora, está na hora, da ministra ir embora» gritaram os professores do distrito de Coimbra, mas onde estiveram, por exemplo, docentes do concelho da Mealhada, pertencente ao vizinho distrito de Aveiro, onde os professores também se manifestaram ontem à noite.No início da manifestação, ainda na Praça da República, Mário Nogueira criticou «a obstinação da senhora ministra», sublinhando que «não pode continuar a prejudicar o funcionamento das escolas». «Nunca uma classe profissional, em Portugal, esteve mobilizada como está a dos professores. A ida até à DREC é simbólica», acrescentou, antes de realçar que «não é um problema de avaliação, mas mais profundo: de política educativa».O secretario-geral da FENPROF revelou que Maria de Lurdes Rodrigues «não consegue perceber, neste momento, o que os professores sentem», pelo que «ao manter esta avaliação de desempenho vai ter, até ao final do ano, estas manifestações, estas lutas». «Não consegue perceber que, durante dois anos, os professores estiveram a lutar à noite e ao fim-de-semana, mas que, a partir da próxima semana, isso vai acabar e as greves vão começar. A primeira já no dia 3 de Dezembro, que vai ser a maior greve de sempre dos professores em Portugal, com todas as escolas a fecharem», adiantou.A suspensão do actual modelo de avaliação e a negociação de uma alternativa formativa de qualidade cientificamente capaz e pedagogicamente adequada são duas das reivindicações dos docentes, que prometem manter-se em luta pela resolução dos problemas que afectam a classe, com o propósito de serem «criadas condições nas escolas para que as aulas funcionem normalmente, os professores desempenhem as suas funções com tranquilidade e os alunos possam ter aprendizagem de qualidade»
.No Diário de Coimbra

Wednesday, November 26, 2008

Arte de Kadinsky no tabuleiro: A.Troitzky, Bohemia 1908


Este e outros quadros e fotos de cidades em
http://www.jmrw.com/.

Pela Blogosfera: artigo interessante de Fernando Cortes Leal

Salvar os BPN’s e afundar a Escola Pública… Pobres Governantes

E quem disse que esta avaliação não era política?
Quem caiu na esparrela de inocentemente acreditar que a avaliação do desempenho visava melhorar a qualidade técnico-pedagógica dos docentes?
Quem continua a esquecer-se que o modelo de avaliação do desempenho docente foi directamente importado e plagiado (quase na íntegra) por Portugal do modelo chileno? Quem finge desconhecer que o modelo “docente+” foi imposto ao Chile em 2002/2003 pelo Banco Mundial / FMI para reduzir o déficit das contas públicas sob a égide do paradigma norte-americano do New Public Management ?
Quem é que hoje, na américa e na OCDE, faz os piores juízos críticos da ineficácia do NPM (Nova gestão pública)? A resposta ainda ontem veio de Obama e de alguns dos seus futuros assessores (Cfr. Washingtonpost online): “(…)as administrações públicas não se podem orientar exclusivamente para os resultados (i.é. para o controlo do déficit) sem equacionar a real eficiência dos processos e os reais impactos (positivos ou negativos) sobre as famílias e os demais agentes económicos”.
Posso estar enganado, mas amanhã, ou nos dias mais próximos, também na Europa, Durão Barroso ou Sarkozy virão (arrependidamente?) dizer o mesmo que a equipa de Obama veiculou. Trata-se, para todos os efeitos, de uma certidão de óbito às obsessivas políticas de avaliação pública (na senda da accountability propalada pelas teorias neoliberais do New Public Management) que cega e unilateralmente se orientaram para a lógica empresarial e consequente obtenção de resultados financeiros e económico-estatísticos (bens tangíveis), e desprezaram humilhantemente a qualidade dos serviços públicos (bens não tangíveis) como a saúde, a educação e a protecção social.
Enquanto isso, em Portugal, perante uma crise financeiro-económica gigantesca que ameaça desmoronar, a muito curto prazo (em um, dois ou três meses) toda a sua “economia-tigre-de-papel”, o poder político insiste em mostrar toda a sua autoridade em coisas por ora adiáveis (como o é a questão da avaliação dos professores) para, com isso, sonegar ou desviar os olhos dos portugueses da sua incompetência e incapacidade para enfrentar a real e efectiva crise económica que a todos já abala e mais abalará nos próximos meses.
Ouvi hoje, quase com uma lágrima ao canto do olho, a directora regional de educação do norte argumentar com “a ameaça de instauração de processos disciplinares” aos professores que inviabilizem a aplicação deste hediondo modelo de avaliação. Apenas me posso, ingenuamente, questionar sobre uma de duas coisas: Será chilena? Estará legitimada pelo governo para politicamente amedrontar os professores com penas disciplinares? Haja decoro que a democracia em Portugal ainda não caiu de vez! Aliás, não cairá, porquanto isto ainda não é (para desilusão de alguns governantes) “A Quinta dos Animais” ironicamente descrita pelo grande George Orwell.
Como se tudo isto não bastasse, li, agora (no Público online), que os Presidentes do Conselho Executivo vão ser avaliados pelos respectivos directores regionais. Percebe-se esta relação causal: a directora da DREN, por antecipação, começou já a aplicar o modelo. Um modelo de avaliação política que retira aos presidentes de CE (que são professores) toda e qualquer componente pedagógica e socioeducativa que poderia enformar o cargo e condição de docentes eleitos para os órgãos de gestão.
Ou seja, ao contrário do que se passa maioritariamente nos países da OCDE, o governo de Portugal não teve coragem política para criar uma carreira específica profissional para os gestores escolares. Preferiu, também ao arrepio das tendências europeias, não instituir um modelo nacional de efectiva avaliação externa do desempenho institucional das escolas. Antes preferiu (cobardemente?) atalhar caminho: avaliar os professores com míopes grelhas chilenas e subestimar (apagar do seu pequeno memorial político) a avaliação institucional em vigor nos países das designadas «boas-práticas» (Europa do norte e central).
Mais: para além de subestimar os resultados institucionais, assim como as causas efectivas da melhor ou pior prestação pública das escolas em termos de resultados finais (rankings), o governo socialista antes preferiu empurrar para esta cilada (para este jogo de aparências) não apenas os professores mas, por aquilo que agora se sabe, também as direcções executivas das escolas, transformando assim, indecorosa e despudoradamente, os presidentes de CE em bodes expiatórios da quase irreparável crise educacional gerada (e mal gerida) pelo ME e pelo governo.
Pergunto-me: Quem responde por esta falácia nacional? Quem salva BPN’s e afins e afunda deliberadamente a educação pública?
Quem finge desconhecer o quê? Por que esperam os sindicatos para ter uma nesga de mais profunda lucidez e mais consequente eficácia na acção político-sindical? Quem tramou (trama) quem? Que desígnio estranho superintende à política educativa nacional planeada (planificada?) pelos nossos governantes?
Perceba-se e divulgue-se: De acordo com todos os indicadores económico-financeiros mais recentes, mesmo os provenientes de instituições coniventes com a situação que cúmplice e penosamente se arrasta de há anos atrás, este é um país ferido de morte, todavia política e judicialmente desresponsabilizado. A pobreza está, infelizmente, ao virar da esquina mais próxima. Estranha e paradoxalmente (ou talvez não), porque teima o Estado (o governo) em perseguir os seus professores?
Responda quem (não) souber!
Sei (isso sei) que a autoridade democrática que o governo usa para com os seus concidadãos são os mesmos argumentos autocráticos que a ditadura de Salazar utilizou com o meu Pai e com o meu País: o medo, a afronta política e a perseguição.
Porque não tenho a coragem que antes o meu pai heroicamente teve, limito-me a depositar na pessoa da srª directora regional de educação do norte, um beijo extensível a todos os nossos democratas governantes. Um simples beijo, nem igual nem diferente àquele que humilde mais raivosamente daria a qualquer cega rapariguinha que me rogasse pragas e à democracia fizesse figas. Portanto, Beijos, por tanto indecoro ético e por tão pouca sensatez política.
Fernando Cortes Leal

Prós e Contras- sobre a intervenção do Albino

Cartoon de Antero Valério, sobre o Prós e Contras da última segunda feira
( o processo de avaliação de desempenho está parado )

Como o jornal " Publico" viu as manifestações de professores de ontem


Os professores manifestaram-se hoje em várias cidades no Norte do país, no primeiro de quatro dias de protestos regionais que já levaram milhares de docentes para a rua. O presidente da Federação Nacional da Educação descreveu como “confrangedoras” e “insuficientes” as propostas de simplificação do modelo de avaliação de docentes feitas pelo Ministério da Educação. "São claramente insuficientes e inaceitáveis e não têm nada a ver com simplificação. O essencial é que este modelo seja substituído por outro mais justo e eficaz", disse João Dias da Silva.
O responsável falava na Praça de Liberdade, no Porto, onde se deu a maior concentração de hoje de docentes. Segundo os sindicatos, saíram para a rua 10 mil professores que se concentraram na avenida dos Aliados. A polícia presente no local escusou-se a fazer uma estimativa do número de manifestantes. Em Viana do Castelo, Bragança e Vila Real também estiveram concentrados milhares de professores. Segundo José Domingues, do sindicado de professores do Norte, 2300 docentes manifestaram-se em Bragança, "o pleno dos professores do distrito". A polícia de Bragança também se recusou estimar o número de pessoas presentes no protesto.
Em Vila Real e em Viana do Castelo, cerca de quatro mil professores, segundo os sindicatos, estiveram também a manifestar-se.Fonte: Público de 26/11/08
Hoje, será a vez dos colegas do Centro. Que ninguém fique em casa. Vamos ser muitos em Viseu, Aveiro, Coimbra, Lamego, Castelo Branco e Leiria.

Tuesday, November 25, 2008

Finais dos Jogos Matemáticos na cidade da Covilhã


As Escolas de Coimbra inscritas na Final Nacional de Jogos Estratégicos Matemáticos que irão decorrer na UBI , na Covilhã, em 13 de Março de 2009 são as seguintes:
Do 1º ciclo- Escola básica da Sólum
Do 2º e 3º ciclo- Martim de Freitas e Eugénio de Castro
Secundárias- Avelar Brotero, Infanta Dona Maria, Jaime Cortesão

Monday, November 24, 2008

Aluno Titular

Clicar sobre a imagem
( recebido por correio electrónico)

Unusual architecture

Casa de Pedra, Guimarães, Portugal.
Coisas extraordinárias aqui, a Contaniner City, a La Pedrera, a Strawberry House, a Casa da Música e mais umas dezenas de edifícios incríveis. Visitem que vale a pena.

Sunday, November 23, 2008

Yo-yo Ma e Bobby Mcferrin



Yo-Yo Ma e Bobby Mcferrin em Hush little baby

Bobby Mcferry



Bobby Mcferry em Avé Maria de J.S. Bach, Charles Gounot

Manifestação de professores na zona centro

No dia 26 de Novembro, quarta feira

O actual modelo de avaliação de desempenho burocrático se fosse aplicado a uma empresa levaria rapidamente ao seu encerramento

Sendo a actual responsável do Ministério da Educação uma suposta especialista em sociologia das profissões, com diploma de doutora tirado no Instituto Superior das Ciências do Trabalho e da Empresa, e cuja formação superior foi monitorizada e avaliada pelo não menos especialista em Sociologia do Trabalho, João Freire, com uma longa bibliografia, e conhecendo o actual modelo de avaliação dos professores, é mais do que curial interrogarmo-nos se aqueles especialistas sabem realmente do que estão a falar quando tratam de organizações em geral, e neste particular, das escolas, e da principal actividade profissional que nelas decorre, o ensino-aprendizagem, exercida pelos professores, tal é o desfazamento entre a realidade organizacional que encontramos quer nas empresas quer nas escolas, e o modelo de avaliação, gizado num qualquer gabinete, por uma cabecinha pretensamente iluminada, para ser aplicado a milhares de escolas e estabelecimentos de ensino.
Vem a este propósito um texto publicado na rubrica do Correio dos Leitores do Jornal de Notícias da edição do passado dia 21 de Novembro, e que transcrevemos, com a devida vénia, um breve excerto:.«O modelo de avaliação dos professores tem, pelo menos, a virtude de avaliar o grau de dureza das cabecinhas que nos governam, expondo à saciedade todos os vícios do sistema.Em primeiro lugar, o seu total desconhecimento do que é uma escola, para que serve e como funciona. Em segundo lugar, o seu total desconhecimento do que é uma empresa, como se organiza e quais são os seus objectivos.
Deste duplo desconhecimento, nasceu um projecto de avaliação que, se fosse aplicado numa empresas, levaria ao seu encerramento num ápice. Qual era a empresa que aguentaria ter a linha de produção parada vários meses todos os anos para que os trabalhadores, em vez de trabalhar, passassem os dias a discutir a inventar e discutir grelhas para se avaliarem uns aos outros? E qual era o trabalhador que aceitaria ser avaliado por um igual ( ou pior) ?»

Modelos e remendos

Mais um cartoon de Antero Valério

Saturday, November 22, 2008

Pachelbel



Canon de Pachelbel

Avaliação de desempenho aplicado a um médico

( clique sobre a imagem para melhor visualização )

Publicado no Expresso de 22 de Novembro

Friday, November 21, 2008

Hipocrisia, Falsidade, Simulação

"Tenho que reconhecer que não demos às escolas todas as condições para fazer bem. Mas estamos a tempo de dar essas condições", afirmou Maria de Lurdes Rodrigues. Negando alguma vez ter dito que o excesso de burocracia é culpa das escolas, a ministra admitiu que "uma parte" desse problema deve-se "aos próprios instrumentos que o ministério produziu".
Bom, se MLR demorou cerca de 1 ano a reconhecer as insuficiências do modelo, então é lícito pensar que MLR esteja novamente enganada. E que ainda não estarão criadas nem foram dadas às escolas todas as condições necessárias para se fazer bem a avaliação dos professores.Por outro lado, se "uma [pequena] parte" do problema da burocracia se deve "aos próprios modelos que o ministério produziu" podemos admitir que outra parte se deve às escolas.Ou seja, nem agora que se viu obrigada a recuar, reconhece que o seu modelo de avaliação era impraticável. Mesmo agora, depois de pedir desculpas aos professores e colocar próximo da gaveta a sua mais marcante medida política (e não me venham falar do modelo de gestão que isso é desviar as atenções, porque a medida política que deixaria marca era esta, a avaliação dos professores), mesmo agora, as suas declarações os seus sorrisos forçados e o seu ar de quem sofre uma permanente obstipação, não conseguem disfarçar uma intolerável e hipócrita reserva mental: Maria de Lurdes Rodrigues pensa, no seu íntimo, que está certa, que o modelo de avaliação é bom, que as escolas não sabem interpretar, que as escolas não querem fazer, que são as escolas que estão a fomentar a contestação e que os professores não querem ser avaliados.Nunca lhe passou pelo cérebro que cometeu erros políticos básicos como o de não chamar a si os professores; nunca lhe passou pela moina que o seu comportamento arrogante, presunçoso e falsamente, muito falsamente, humilde era perceptível por todos aqueles que a viam e ouviam, como ontem na TV. Não. Nem pensar. Eu marcho certo, a restante companhia é que marcha ao contrário, pensou ela.É deixá-la marchar.

O que mudou no modelo de avaliação burocrático?

A ministra recuou mas continua a insistir na "bondade" de um modelo burocrático que já provou que não funciona. O que é que vai mudar? A ministra diz que as mudanças vão incidir
1) na ausência de relação entre a avaliação do professor e os resultados escolares dos alunos;
2) na adequação da formação dos avaliadores aos avaliados,
3) na redução da burocracia e
4) na redução da sobrecarga de trabalho.

1. Ausência de relação entre a avaliação do professor e os resultados escolares dos alunos: o célebre Item das taxas de abandono e de insucesso desaparece das fichas e dos objectivos individuais.
2. Adequação da formação dos avaliadores aos avaliados: o avaliador tem de ser do grupo de recrutamento do avaliado.
3. Redução da burocracia: formalização de grelhas simplificadas, com agregação de itens.
4. Redução da sobrecarga de trabalho: redução de horário dos avaliadores.
Embora ainda se desconheça os pormenores e sendo certo que é difícil analisar medidas sem conhecer o diploma que as introduz (novo decreto rectificativo ou despacho?), uma boa parte destas medidas em nada irão alterar o excesso de burocracia, de sobrecarga de trabalho e de injustiça e parcialidade.
Quanto ao ponto1: é uma alteração justa.
Quanto ao ponto 2: é impraticável em muitas escolas, porque não haverá avaliadores suficientes que cumpram o requisito de serem do mesmo grupo de recrutamento dos avaliados. Se a avaliação tiver uma periodicidade de 4 anos, ja será possível.
Quanto ao ponto 3: para se saber se a mudança introduz redução da burocracia será preciso saber se as fichas divulgadas pela DGRHE são mantidas ou se há uma efectiva redução no número de fichas e de itens.
Quanto ao ponto 4: acenar com a redução do horários dos avaliadores pode ser uma medida faz-de-conta. Redução em que componente? Lectiva? Não lectiva? E por que razão essa redução - a existir - é apenas para os avaliadores? A existir, como é que se traduz? E os avaliados?
O anúncio da medida da redução das aulas observadas de 3 para 2 aulas e a indicação de que a observação de aulas só é obrigatória para quem se candidate ao Muito e ao Excelente parece razoável.
Permanecem, no entanto, as questões de fundo: a) uma avaliação feita por pares que é, em si mesma, geradora de conflitos, parcialidades, subjectividade e mal-estar; b) as quotas para muito bom e excelente; c) a pontuação do Muito Bom e do Excelente para efeitos de graduação profissional e concursos; d) a divisão da profissão em duas categorias.
Em conclusão: parece haver um recuo da ministra em algumas questões importantes mas os aspectos essenciais, que provocam mais injustiça e parcialidade, mantêm-se.
Está provado que o Governo só recua quando acossado pela luta dos professores. Como o essencial do modelo burocrático se mantém, a greve de 3 de Dezembro deve continuar bem como a exigência da suspensão imediata do modelo e a sua substituição por outro. Os partidos da oposição continuam unidos nessa exigência. A Plataforma Sindical e os movimentos independentes também.
Ver noticia do DN

Thursday, November 20, 2008

Falta de ética dos nossos governantes

A vergonha de não ter vergonha na cara
Por João Miguel Tavares, Jornalista - jmtavares@dn.pt

Há quatro anos, o administrador do Banco de Portugal Manuel Sebastião foi procurador do administrador do Banco Espírito Santo Manuel Pinho na compra de um prédio em Lisboa. Esse prédio era propriedade do Banco Espírito Santo, tendo Manuel Sebastião servido de intermediário numa compra entre o BES e um administrador do BES. Manda a boa prática que um administrador de um banco não se envolva em negócios pessoais com o próprio banco que administra. E manda a lei que o Banco de Portugal supervisione o funcionamento do Banco Espírito Santo.Manuel Sebastião viria mais tarde a adquirir um apartamento nesse prédio, entretanto remodelado. Em Março deste ano, o ministro da Economia Manuel Pinho nomeou Manuel Sebastião presidente da Autoridade da Concorrência. A lei exige que a Autoridade da Concorrência seja um "regulador independente". A possibilidade de ela entrar em conflito com o Governo é elevada, sendo no mínimo discutível que um ministro nomeie um amigo pessoal - e seu inquilino - para desempenhar tal cargo. Certamente por achar que não havia nada para esclarecer neste caso, o Partido Socialista chumbou, na sexta-feira, a audição a Manuel Pinho e Manuel Sebastião no Parlamento, pedida pelo CDS-PP.Estes são os factos. Confrontado com eles, o que é que o primeiro-ministro de Portugal decidiu comunicar ao País? Que não encontra no que foi publicado "nada que seja contra a lei". O que até é bem capaz de ser mentira, mas admitamos que possa ser verdade. Só que José Sousa não ficou por aí. E acrescentou também não ter encontrado "nada que seja criticável do ponto de vista ético". Ora, isto são declarações absolutamente vergonhosas, e só mesmo por vivermos num país onde a mentira na política é aceite com uma espantosa tolerância é que um primeiro-ministro pode dizer uma barbaridade destas e sair de mansinho.
Se José Sousa encontrasse um dos seus ministros a tentar arrombar um cofre com um berbequim diria aos jornais que ele estava só a apertar um parafuso. Afinal, também no caso da sua licenciatura o primeiro-ministro não viu nada de eticamente duvidoso nem de moralmente reprovável. Ora, o que me faz impressão não é que esta gente que manda em nós atraia a trafulhice como o pólen atrai as abelhas - isso faz parte da natureza humana e é potenciado por quem frequenta os corredores do poder. O que me faz impressão é o desplante com que se é apanhado com a boca na botija e se finge que se andava só à procura das hermesetas. É a escola Fátima Felgueiras, que mesmo condenada a três anos e meio de prisão dava pulinhos de alegria como se tivesse sido absolvida. Nesta triste terra, parece não haver limites para a falta de vergonha.

O nosso PM é um prodigio

( recebido por e mail )
Pronto!Agora é que fiquei convencido de que o homem é mesmo engenheiro. E prodigioso!

Fenómeno - José Pinto de Sousa acompanhou com três anos de idade as presidenciais norte-americanas. Bebés assim só em Vilar de Maçada. As palavras são do primeiro-ministro José Sousa na extensa entrevista que concedeu recentemente:
'Sou, digamos assim, da geração Kennedy. Essa eleição representou já um momento histórico. Lembro-me do debate que houve na América quando, pela primeira vez, um católico se candidatou a presidente. O próprio Kennedy teve de vincar bem que nunca receberia ordens do Papa enquanto presidente dos EUA. Lembro-me bem do que isso significou.'
Nos meios socialistas, e não só, estas palavras causaram espanto ou perplexidade. O caso não é para menos: se a biografia oficial está correcta, José Sócrates Carvalho Pinto de Sousa nasceu no dia 6 de Setembro de 1957 em Vilar de Maçada, concelho de Alijó, distrito de Vila Real. E John F. Kennedy foi eleito presidente dos EUA em Novembro de 1960, com uma vantagem de 112 881 votos sobre o republicano Richard Nixon. Isto é, nesse tempo José Sousa tinha três anos de idade.Perante estes factos, há quem entenda que o primeiro-ministro é um sobredotado. Mas há quem tenha outra explicação para este facto extraordinário. A certidão de nascimento pode ter sido adulterada por alguém ou o registo ter sido feito mais tarde e o senhor Sousa ser mais velho do que pensa.
António Ribeiro Ferreira, correioindiscreto@correiomanha.pt
Recebido por e-mail

It' s the Internet , stupid

"(...) Em jeito de ironia, quase apetece dizer a José P(into) de S(ousa) que os professores deste país também estão a aproveitar intensamente as “novas oportunidades” advindas do universo digital, da Internet, da Web, da Sociedade da Informação, utilizando-as para difundir as suas razões de queixa, para criar e alimentar redes de contacto e de debate, para mobilizar os pares, para trocar argumentos, para manter acesa a chama da contestação. Como comentaria o outro: “It’s the Internet, stupid!”." (Novas oportunidades… , Joaquim Fidalgo no blogue Jornalismo e Comunicação ,Novembro 18, 2008)
Leia o texto completo!

Conferência Episcopal Portuguesa dá razão aos professores e critica a ministra

O representante da Conferência Episcopal Portuguesa no Conselho Nacional da Educação afirma que é necessário um novo modelo de avaliação de professores porque o actual é impraticável. Citado pela Rádio Renascença, o padre Querubim Silva dá razão aos professores no confronto que a ministra da educação tem com eles a propósito da avaliação de desempenho. O representante da conferência episcopal acusa o modelo de ser muito burocrático e revelar falta de critério na escolha dos avaliadores.
Cada dia que passa, há novos protagonistas de todos os sectores da sociedade portuguesa que criticam a postura inflexível e cega de Maria de Lurdes Rodrigues. O isolamento da ministra é agora total. A posição da Conferência Episcopal Portuguesa, o órgão deliberativo máximo da Igreja Católica em Portugal, tem um elevado significado e é um apoio bem-vindo.
À ministra só resta pedir a sua demissão e colocar o seu nome nas listas do PS para o Parlamento Europeu e preparar o seu exilio dourado e bem pago.

Wednesday, November 19, 2008

Dar à Lurdinhas um pouco do seu veneno

( ideia avançado no blog Movimento Escola Pública)
Ora aí está uma ideia interessante:
"Colegas,a Lurdinhas está a por à prova a nossa união. Como devem saber já começamos a receber as indicações para utilizar a aplicação informática online para mandar os objectivos individuais.Eu sou amigo de um dos engenheiros informáticos que criaram esta aplicação naquela altura que ouve problemas com os concursos. Lembram-se?Então é assim, podemos devolver o presente envenenado à srª Ministra. Como?
Simplesmente bloqueando a aplicação. E para isso basta introduzir três vezes a password de forma errada. Se todos o fizermos o ME fica com um problema, 140 000 aplicações bloqueadas. Bloqueadas para a avaliação, para os concursos, para tudo... Para melhorar a situação, os engenheiros informáticos que criaram a aplicação já não trabalham para o ME.No meu agrupamento vamos fazê-lo todos juntos. Vamos ligar um computador à net no bar e um por um, com os outros como testemunhas, vamos bloquear a nossa aplicação
.Passem este mail e se entenderem fazê-lo, melhor. Vamos dar à Ministra um pouco do seu veneno.
Continuemos unidos e ninguém nos vencerá. vamos vencer a ditadura."
( Publicado no Movimento Escola Público)

Noticias "esquecidas"

É isso mesmo! Uma notícia que em condições normais, em qualquer parte do mundo, faria manchete de jornal, desapareceu sem deixar qualquer rasto!
Não há EM QUALQUER JORNAL DIÁRIO DE HOJE referência à votação ocorrida na reunião do Conselho de Escolas a favor da suspensão deste modelo de avaliação dos professores. Há sim, um PACTO DE SILÊNCIO, entre os intervenientes, com particular responsabilidade para o Presidente do Conselho de Escolas, e a Ministra da Educação.Apenas alguns blogues referem o ocorrido.Haverá promessa de "caixa" mais forte para breve? Ter-se-lhes-á pedido algum tempo antes de lançarem a notícia?O presidente do Conselho de Escolas escuda-se num ridículo: "O que importa é que a educação vença". Por outro lado, na reunião de ontem do Partido Socialista no Largo do Rato com militantes veio ao de cima o ambiente de "tolerância" e "liberdade" que se vive dentro do Partido Socialista. Este facto teve direito a uma pequena referência relatada pelo Sol on-line:
O presidente da Pró-Ordem dos Professores, Filipe do Paulo, afirmou ter sido impedido de concluir uma intervenção quando pretendia pedir a demissão de Maria de Lurdes Rodrigues.«Aquilo que me transmitem é que esta situação só se desbloqueará com a mudança de actores no Ministério da Educação», afirmou Filipe do Paulo, acrescentando ter-se sentido «bastante condicionado» por não lhe terem permitido concluir a intervenção em que pretendia demonstrar «que a política educativa que tem sido seguida, de afrontamento a toda uma classe profissional, falha por ter falta de bom senso».«Se este modelo de avaliação tinha boas intenções, ele acaba por falhar redondadamente porque cada vez se está a revelar mais inexequível», concluiu.
Creio também que Mário Nogueira na entrevista de segunda na TVI referiu o facto! Ninguém lhe pegou!!!??!! As perguntas ficam no ar:
Porque é que ninguém da Comunicação Social referiu estes factos?
O que estarão a encobrir?

Posteriormente descobri no Público on-line a seguinte notícia:
Conselho das Escolas pede à ministra que suspenda a avaliação

Pinto de Sousa, MLR,VL,JP , deviam conhecer este documento


O que se dizia no séc XVI
"Nada deve ser mais importante nem mais desejável (…) do que preservar a boa disposição dos professores (…). É nisso que reside o maior segredo do bom funcionamento das escolas (…)."
"Com amargura de espírito, os professores não poderão prestar um bom serviço, nem responder convenientemente às [suas] obrigações."Recomenda-se a todos os professores um dia de repouso semanal: "A solicitude por parte dos superiores anima muito os súbditos e reconforta-os no trabalho."
"Quando um professor desempenha o seu ministério com zelo e diligência, não seja esse o pretexto para o sobrecarregar ainda mais e o manter por mais tempo naquele encargo. De outro modo os professores começarão a desempenhar os seus deveres com mais indiferença e negligência, para que não lhes suceda o mesmo."Incentivar e valorizar a sua produção literária: porque "a honra eleva as artes."
"Em meses alternados, pelo menos, o reitor deverá chamar os professores (…) e perguntar-lhes-á, com benevolência, se lhes falta alguma coisa, se algo os impede de avançar nos estudos e outras coisas do género. Isto se aplique não só com todos os professores em geral, nas reuniões habituais, mas também com cada um em particular, a fim de que o reitor possa dar-lhes mais livremente sinais da sua benevolência, e eles próprios possam confessar as suas necessidades, com maior liberdade e confiança. Todas estas coisas concorrem grandemente para o amor e a união dos mestres com o seu superior. Além disso, o superior tem assim possibilidade de fazer com maior proveito algum reparo aos professores, se disso houver necessidade."
"I. 22. Para as letras, preparem-se professores de excelência
Para conservar (…) um bom nível de conhecimento de letras e de humanidades, e para assegurar como que uma escola de mestres, o provincial deverá garantir a existência de pelo menos dois ou três indivíduos que se distingam notoriamente em matéria de letras e de eloquência. Para que assim seja, alguns dos que revelarem maior aptidão ou inclinação para estes estudos serão designados pelo provincial para se dedicarem imediatamente àquelas matérias – desde que já possuam, nas restantes disciplinas, uma formação que se considere adequada. Com o seu trabalho e dedicação, poder-se-á manter e perpetuar como que uma espécie de viveiro para uma estirpe de bons professores.
II. 20. Manter o entusiasmo dos professores
O reitor terá o cuidado de estimular o entusiasmo dos professores com diligência e com religiosa afeição.
Evite que eles sejam demasiado sobrecarregados pelos trabalhos domésticos."
Ratio Studiorum da Companhia de Jesus (1599)

Não cair na armadilha

NÃO PREENCHER OS OBJECTIVOS ON-LINE
A questão da privacidade da definição de objectivos e avaliação está na legislação.
Logo esta medida é ilegal!
NÃO PREENCHAM OBJECTIVOS ON-LINE
DIVULGUEM ESTA MENSAGEM
Artº 49º do ECD:
1 - Sem prejuízo das regras de publicidade previstas no presente Estatuto, o processo de avaliação tem carácter confidencial, devendo os instrumentos de avaliação de cada docente ser arquivados no respectivo processo individual.
2 - Todos os intervenientes no processo, à excepção do avaliado, ficam obrigados ao dever de sigilo sobre a matéria está no bendito ECD
Ilegalidades deles, e uma enorme falta de ética.
Como de costume esta gentinha não sabe as leis com que se cose! São propostas de ilegalidade, em cima de propostas de ilegalidade!!!!
A lei diz tudo! Ninguém me pode obrigar a divulgar um qualquer documento sobre a minha avaliação, mesmo que me garantam sigilo! O sigilo é só entre mim e o avaliador! Não entre mim e o pessoal da DGRHE!

Decreto-Lei nº 15/2007, de 19 de Janeiro
Artigo 6.º
Instrumentos de registo
3 — Sem prejuízo da existência de cópias na posse dos avaliadores ou em arquivos de segurança, os originais dos instrumentos de registo são arquivados, logo que preenchidos, no processo individual do docente, tendo este livre acesso aos mesmos.
Artigo 49º
Garantias do processo de avaliação do desempenho
1—Sem prejuízo das regras de publicidade previstas no presente Estatuto, o processo de avaliação 512 Diário da República, 1.a série—N.o 14—19 de Janeiro de 2007 tem carácter confidencial, devendo os instrumentos de avaliação de cada docente ser arquivados no respectivo processo individual.
2—Todos os intervenientes no processo, à excepção do avaliado, ficam obrigados ao dever de sigilo sobre a matéria.
Para além disto, quer o artº Artigo 3º Princípios orientadores, quer o Artº40º
Caracterização e objectivos da avaliação do desempenho referem que:
1 — A avaliação do desempenho do pessoal docente desenvolve-se de acordo com os princípios consagrados no artigo 39.o da Lei de Bases do Sistema Educativo e no respeito pelos princípios e objectivos que enformam o sistema integrado de avaliação do desempenho da Administração Pública, incidindo sobre a actividade desenvolvida e tendo em conta as qualificações profissionais, pedagógicas e científicas do docente.

E que diz o SIADAP sobre o assunto?

Lei n.º 66-B/2007, de 28 de Dezembro
Artigo 44.º
Publicidade
2 — Sem prejuízo do disposto no número anterior e de outros casos de publicitação previstos na presente lei, os procedimentos relativos ao SIADAP 3 têm carácter confidencial, devendo os instrumentos de avaliação de cada trabalhador ser arquivados no respectivo processo individual.
3 — Com excepção do avaliado, todos os intervenientes no processo de avaliação bem como os que, em virtude do exercício das suas funções, tenham conhecimento do mesmo ficam sujeitos ao dever de sigilo.
4 — O acesso à documentação relativa ao SIADAP 3 subordina-se ao disposto no Código do Procedimento Administrativo e à legislação relativa ao acesso a documentos administrativos.
Fonte: MUP

Vamos derrotar o monstro da avaliação burocrática



Assim como Siegfried consegiu destruir o dragão Fafner ( música de Richard Wagner ) , também nós iremos conseguir destruir o monstro de avaliação burocrática que não existe em mais nenhum país da Europa

Tuesday, November 18, 2008

É importante ouvir

António José Seguro
Hoje no Público:
Há uma semana, António José seguro avisou, numa iniciativa do PS, que "a arrogância nunca poderá ser marca de um Governo de esquerda". Ontem, foi na estrita qualidade de presidente da Comissão Parlamentar da Educação que defendeu, a propósito do modelo de avaliação dos docentes, que "é preciso ouvir os professores" e que "não há lugar para posições inflexíveis", dado estar "em causa a qualidade da escola pública".Pelo menos aparentemente, foi a medir as palavras que Seguro saiu da uma reunião de mais de duas horas com os representantes dos 55 presidentes dos conselhos executivos das escolas do distrito de Coimbra que reclamam a suspensão da avaliação.A perguntas diferentes dos jornalistas que o aguardavam à porta de uma secundária de Coimbra, insistiu no mesmo.Na afirmação de que "o conflito não pode ser confundido com uma guerra de trincheiras" e na necessidade de promover "posições construtivas". "O mais relevante é que as palavras ditas em público, sejam de quem for, venham de onde vierem, sejam positivas, construtivas, para ajudar a resolver a situação. Porque para a agravar já existiram muitas". Aos jornalistas avisou que, "antes de tomar uma posição definitiva" sobre o modelo de avaliação, "é importante ouvir". É o que continua a fazer, hoje, sempre "na qualidade de presidente da Comissão Parlamentar da Educação", como ontem frisou.

Confirma-se: o Conselho de Escolas pede à ministra que suspenda a avaliação burocrática


A maioria dos professores presentes ontem na reunião do Conselho de Escolas com a ministra da Educação aprovou um documento pedindo à tutela que suspenda o processo de avaliação de desempenho, soube o PÚBLICO junto de várias fontes. O documento será entregue hoje a Maria de Lurdes Rodrigues, e, apesar de a decisão não ter sido de todo unânime (30 votos a favor e 23 contra), promete agudizar o braço-de-ferro entre o Governo e os docentes

Uma professora que nunca foi avaliada chega ao topo

( recebido por correio electrónico)
Interessante é ver como, em Portugal, um Professor que NUNCA FOI AVALIADO chega ao topo da Carreira Docente (Ministra da Educação!) e se põe a disparar em todos os sentidos contra os Professores-não-avaliados.
Vejamos, a Drª Maria de Lurdes tirou o antigo 5º (actual 9º) ano e ingressou no Magistério Primário (naquele tempo eram dois anos de curso). Deu aulas na Primária até se inscrever no ISCTE (com o 5ºano + 2 anos de Magistério Primário!). Ao fim de 5 (CINCO) anos de estudos em curso nocturno, saiu com um DOUTORAMENTO que lhe permitiu dar aulas(?!) no ISCTE, por acaso onde o sr." engenheiro" fez a pós-graduação (mestrado?) a seguir à 'licenciatura' da Universidade Independente. Digam lá que não lhe deu um certo jeito nunca ser PROFESSORA AVALIADA! Do outro lado da barricada, também era CONTRA a avaliação dos Professores, não era Drª Maria de Lurdes? Pelo menos o seu ex-Professor Iturra diz que sim... e ainda nenhum ex-aluno veio aqui para os fóruns gabar-lhe os dotes docentes! Não teremos mesmo melhor? Os professores poderão lidar com os alunos como a Srª lida com os professores? Exigir-lhes tudo, ensinando pouco e com tão parco exemplo?
Publicada por ILÍDIO TRINDADE

Opinião- Clara Ferreira Alves

Por­tu­gal tem um dé­fi­ce de res­pon­sa­bi­li­da­de ci­vil, cri­mi­nal e mo­ral mui­to mai­or do que o seu dé­fi­ce fi­nan­cei­ro, e ne­nhum por­tu­guês se pre­o­cu­pa com is­so ape­sar de pa­gar os cus­tos da mo­ro­si­da­de, do se­cre­tis­mo, do en­co­bri­men­to, do com­pa­drio e da cor­rup­ção.
Os por­tu­gues­es, na sua in­fi­ni­ta e pa­ca­ta de­sor­dem exis­ten­ci­al, acham tu­do 'nor­mal' e en­co­lhem os om­bros. Por uma vez gos­ta­va que em Por­tu­gal al­gu­ma coi­sa ti­ves­se um fim, pon­to fi­nal, as­sun­to ar­ru­ma­do. Não se fa­la mais nis­so. Vi­ve­mos no pa­ís mais in­con­clu­si­vo do mun­do, em per­ma­nen­te agi­ta­ção so­bre tu­do e sem con­clu­ir na­da.
Des­de os Tem­plá­rios e as obras de San­ta En­grá­cia, que se sa­be que, na­da aca­ba em Por­tu­gal, na­da é le­va­do às úl­ti­mas con­se­quên­cias, na­da é de­fi­ni­ti­vo e tu­do é im­pro­vi­sa­do, tem­po­rá­rio, de­sen­ras­ca­do.
Da mor­te de Fran­cis­co Sá Car­nei­ro e do eter­no mis­té­rio que a ro­deia, foi cri­me, não foi cri­me, ao de­sa­pa­re­ci­men­to de Ma­de­lei­ne McCann ou ao ca­so Ca­sa Pia, sa­be­mos de an­te­mão que nun­ca sa­be­re­mos o fim des­tas his­tó­ri­as, nem o que ver­da­dei­ra­men­te se pas­sou nem quem são os cri­mi­no­sos ou quan­tos cri­mes hou­ve.
Tu­do a que te­mos di­rei­to são in­for­ma­ções ca­í­das a con­ta-go­tas, pe­da­ços de enig­ma, pe­ças do que­bra-ca­be­ças. E ha­bi­tuá­mo-nos a pres­cin­dir de apu­rar a ver­da­de por­que in­ti­ma­men­te acha­mos que não sa­ber o fi­nal da his­tó­ria é uma coi­sa nor­mal em Por­tu­gal e que es­te é um pa­ís on­de as coi­sas im­por­tan­tes são 'aba­fa­das', co­mo se vi­vês­se­mos ain­da em di­ta­du­ra.
E os no­vos có­di­gos Pe­nal e de Pro­ces­so Pe­nal em na­da vão mu­dar es­te es­ta­do de coi­sas. Ape­sar dos jor­nais e das te­le­vi­sões, dos blogs, dos com­pu­ta­do­res e da In­ter­net, ape­sar de ter­mos aces­so em tem­po re­al ao mai­or nú­me­ro de no­tí­cias de sem­pre, con­ti­nua­mos sem sa­ber na­da, e es­pe­ran­do nun­ca vir a sa­ber com to­da a na­tu­ra­li­da­de.
Do ca­so Por­tu­ca­le à Ope­ra­ção Fu­ra­cão, da com­pra dos sub­ma­ri­nos às es­cu­tas ao pri­mei­ro-mi­nis­tro, do ca­so da Uni­ver­si­da­de In­de­pen­den­te ao ca­so da Uni­ver­si­da­de Mo­der­na, do Fu­te­bol Clu­be do Por­to ao Sport Lis­boa Ben­fi­ca, da cor­rup­ção dos ár­bi­tros à cor­rup­ção dos au­tar­cas, de Fá­ti­ma Fel­guei­ras a Isal­ti­no Mo­ra­is, da Bra­ga par­ques ao gran­de em­pre­sá­rio Bi­bi, das quei­xas tar­di­as de Ca­ta­li­na Pes­ta­na às de Jo­ão Cra­vi­nho, há por aí al­guém que acre­di­te que al­gum des­tes se­cre­tos ar­qui­vos e seus pos­sí­veis e ale­ga­dos, mui­tos ale­ga­dos cri­mes, aca­bem por ser in­ves­ti­ga­dos, jul­ga­dos e de­vi­da­men­te pu­ni­dos?
Va­le e Aze­ve­do pa­gou por to­dos.
Quem se lem­bra dos do­en­tes in­fec­ta­dos por aci­den­te e ne­gli­gên­cia de Le­o­nor Be­le­za com o ví­rus da si­da?
Quem se lem­bra do mi­ú­do elec­tro­cu­ta­do no se­má­fo­ro e do ou­tro afo­ga­do num par­que aquá­ti­co?
Quem se lem­bra das cri­an­ças as­sas­si­na­das na Ma­dei­ra e do mis­té­rio dos cri­mes im­pu­ta­dos ao pa­dre Fre­de­ri­co?
Quem se lem­bra que um dos ra­ros con­de­na­dos em Por­tu­gal, o mes­mo pa­dre Fre­de­ri­co, aca­bou a pas­se­ar no Cal­ça­dão de Co­pa­ca­ba­na?
Quem se lem­bra do au­tar­ca alen­te­ja­no quei­ma­do no seu car­ro e cu­ja ca­be­ça foi rou­ba­da do Ins­ti­tu­to de Me­di­ci­na Le­gal?
Em to­dos es­tes ca­sos, e mui­tos ou­tros, me­nos fa­la­dos e tão som­bri­os e en­ro­di­lha­dos co­mo es­tes, a ver­da­de a que ti­ve­mos di­rei­to foi ne­nhu­ma. No ca­so McCann, cu­jos de­sen­vol­vi­men­tos vão do es­ca­bro­so ao in­crí­vel, al­guém acre­di­ta que se ve­nha a des­co­brir o cor­po da cri­an­ça ou a con­de­nar al­guém?
As úl­ti­mas no­tí­cias di­zem que Gerry McCann não se­ria pai bi­o­ló­gi­co da cri­an­ça, con­tri­buin­do pa­ra a con­fu­são des­ta in­ves­ti­ga­ção em que a Po­lí­cia es­pa­lha ru­mo­res e in­dí­ci­os que não têm sub­stân­cia.
E a mi­ú­da de­sa­pa­re­ci­da em Fi­guei­ra? O que lhe acon­te­ceu? E to­das as cri­an­ças de­sa­pa­re­ci­da an­tes de­las, quem as pro­cu­rou?
E o pro­ces­so do Par­que, on­de tan­tos cli­en­tes bus­ca­vam pros­ti­tu­tos, al­guns me­no­res, on­de tan­ta gen­te 'im­por­tan­te' es­ta­va en­vol­vi­da, o que acon­te­ceu? Ar­ran­jou-se um bo­de ex­pi­a­tó­rio, foi o que acon­te­ceu.
E as fa­mo­sas fo­to­gra­fi­as de Te­re­sa Cos­ta Ma­ce­do? Aque­las em que ela re­co­nhe­ceu imen­sa gen­te 'im­por­tan­te', jo­ga­do­res de fu­te­bol, mi­li­o­ná­rios, po­lí­ti­cos, on­de es­tão? Fo­ram des­tru­í­das? Quem as des­tru­iu e por­quê?
E os cri­mes de eva­são fis­cal de Ar­tur Al­bar­ran mais os ne­gó­ci­os es­cu­ros do gru­po Carlyle do se­nhor Car­luc­ci em Por­tu­gal, on­de é que is­so pá­ra? O mes­mo gru­po Carlyle on­de la­bo­ra o ex-mi­nis­tro Mar­tins da Cruz, ape­a­do por cau­sa de um pe­que­no cri­me sem im­por­tân­cia, o da cu­nha pa­ra a sua fi­lha.
E aque­le mé­di­co do Hos­pi­tal de San­ta Ma­ria, sus­pei­to de ter as­sas­si­na­do do­en­tes por ne­gli­gên­cia? Exer­ce me­di­ci­na?
E os que so­bram e to­dos os di­as vão pra­ti­can­do os seus cri­mes de co­la­ri­nho bran­co sa­ben­do que a jus­ti­ça por­tu­gue­sa não é ape­nas ce­ga, é sur­da, mu­da, co­xa e mar­re­ca.
Pas­sa­do o pra­zo da in­tri­ga e do sen­sa­ci­o­na­lis­mo, to­dos es­tes ca­sos são ar­qui­va­dos nas ga­ve­tas das nos­sas con­sci­ên­cias e con­de­na­dos ao es­que­ci­men­to.
Nin­guém quer sa­ber a ver­da­de. Ou, pe­lo me­nos, ten­tar sa­ber a ver­da­de.
Nun­ca sa­be­re­mos a ver­da­de so­bre o ca­so Ca­sa Pia, nem sa­be­re­mos quem eram as re­des e os 'se­nho­res im­por­tan­tes' que abu­sa­ram, abu­sam e abu­sa­rão de cri­an­ças em Por­tu­gal, se­jam ra­pa­zes ou ra­pa­ri­gas, vis­to que os abu­sos so­bre me­ni­nas fi­ca­ram sem­pre na som­bra.
Exis­te em Por­tu­gal uma ca­ma­da sub­ter­râ­nea de se­gre­dos e in­jus­ti­ças , de pro­tec­ções e la­va­gens, de cor­po­ra­ções e fa­mí­lias, de emi­nên­cias e re­pu­ta­ções, de di­nhei­ros e ne­go­ci­a­ções que im­pe­de a es­ca­va­ção da ver­da­de.
Es­te é o mai­or fra­cas­so da de­mo­cra­cia por­tu­gue­sa
Cla­ra Fer­rei­ra Al­ves - 'Ex­pres­so'

Extrema burocracia nas escolas



Video -Zé Carlos-
tema- burocracia nas Escolas

Monday, November 17, 2008

Quem dá e volta a tirar vai parar ao inferno


"José Pinto de Sousa esteve na Escola do Freixo, em Ponte de Lima, a entregar computadores aos alunos do 1.º ciclo. Mas, depois de o primeiro-ministro ir embora, as crianças tiveram de devolver os Magalhães"
Notícia Sol

Conselho de Escolas votou suspensão do processo de avaliação burocrático

Com esta é que a ministra não contava. Finalmente, os PCEs que integram o Conselho de Escolas - o tal órgão que a ministra diz que é o representante das escolas - votou por larga maioria a suspensão do processo de avaliação de desempenho. A reunião decorreu em Coimbra, na Escola Secundária Infanta Dona Maria, a partir das 16 horas.
Razões indicadas: clima de mal-estar nas escolas e impraticabilidade do modelo tal como ele está desenhado.
É com orgulho e prazer que aplaudo a inciativa tomada pelos PCEs que intregram o CE. Agora, já só falta que os professores que integram o CCAP apresentem a demissão.
Fontes: blog " educação SA " e blog "profAvaliação"