Monday, July 27, 2009

Um desesperado Pinto de Sousa

Pinto de Sousa sentiu o mundo a desabar em cima de si, e entrou em desespero, não sendo caso único neste Partido Socialista. Ainda recentemente em Lisboa, António Costa, cheio de medo de Santana Lopes, tudo fez para atrair a extrema-esquerda para o seu lado. Não conseguiu, mas ficou com a consolação do "coerente" Zé que fazia falta e da "independente" Helena Roseta. Agora é a vez do sr. Sousa andar por aí desesperado na busca de votos pela esquerda. Colocou a actriz Inês Medeiros e o antigo dirigente do BE, Miguel Vale de Almeida nas listas, e aparentemente* terá tentado aliciar Joana Amaral Dias para abandonar o BE, oferecendo-lhe cargos na Administração Pública ou o lugar de deputada. Isto é uma atitude de um partido desesperado, que lhe viu fugir eleitorado mais à esquerda para o PCP e principalmente BE, e eleitorado moderado e centrista para o PSD.

Mas esta reconversão esquerdista do PS tem grandes possibilidades de fracassar, até porque não acredito que todos aqueles que andaram estes quatro anos a criticarem veementemente a actuação do PS não vão engolir esta cambalhota política. Denota também a ausência de uma estratégia coerente no PS, depois de anos a tentar ter um discurso de centro-esquerda, bem longe de algumas destas personalidades radicais que agora namoram. E é a prova que nada neste PS é feito com convicção: tudo se adequa à estratégia.
Em 2005 convinha mostrar-se um partido moderado e até centrista, para conquistar este eleitorado. Depois as coisas começaram a correr mal e logo surgiu o "grande partido da esquerda moderna".

A nova poesia portuguesa- Anti- Rodriguismo

( enviado por correio electónico )
( autor desconhecido )

A NOVA POESIA PORTUGUESA (5 poemas)

ANTI-RODRIGUISMO ou A NOVA POESIA PORTUGUESA*
(Movimento poético iniciado no longínquo ano da graça de 2008 por um grupode 150 000 professores, cujo objectivo único era a exaltação das qualidades intrínsecas da então ministra da (des)educação -- Maria de LurdesRODRIGUES.)*
Seguem-se 5 poemas ilustrativos deste movimento.

*Fernando Pessoa

- Autopsicografia*

A Lurdinhas é um(a) fingidor(a).
Finge tão completamente
Que chega a fingir que é amor
Pela escola que ela sente.
E os que a ouvem com ar infeliz
Na televisão sentem bem,
Não o amor que ela diz,
Mas só o ódio que ela tem.
E assim nas calhas da vida
Gira, a corromper a nação,
Esse combóio de corda
Que se chama (des)Educação.

*Fernando Pessoa*

- GOVERNO PORTUGUÊS

Ó governo salgado, quanto do teu sal
São lágrimas de Portugal!
Por votarmos em ti, quantas mães choraram,
Quantos filhos em vão rezaram!
Quantas reuniões tivemos que fazer!
Quantos papéis tivemos que preencher!
Valeu a pena? Nada vale a pena
Se a ministra é pequena.Quem quer passar a doutor
Tem que passar além da dor.
Deus à escola o trabalho e o sacrifício deu,
Mas nela é que espelhou o céu.

Augusto Gil*

- BALADA DA SINISTRA

Bate leve, levemente,
A ministra da educação.
Será cega? Será doente?
Surda é certamente,
Pois não ouve a Nação.
Quem bate, assim, levemente,com tão sinistra certeza,que não ouve, que não sente?
Não é anjo, nem é gente,deve ser bicho, com certeza.
Fui ver. A tristeza caíado inferno, não do céu,na nossa escola agora fria.
- Há quanto tempo a não via!Nem tinha saudades, Deus meu!
E uma infinita tristeza,uma grande perturbação
entra em nós, fica em nós presa.
Cai neve na Natureza- e cai no nosso coração.

*Bocage*

- Retrato da SinistraBaixa,

de olhos ruins, amarelenta,
Usando só de raiva e de impostura,
Triste de facha, o mesmo de figura,
Um mar de fel, malvada e quezilenta ;
Arzinho confrangido que atormenta,
Sempre infeliz e de má catadura,
Mui perto de perder a compostura,
É cruel, mentirosa e rabugenta.
Rosto fechado, o gesto de fuinha,
Voz de lamento e ar de coitadinha,
Com pinta de raposa assustadinha,
É só veneno, a ditadorazinha.
Se não sabes quem é, dou-te uma pista:
Prepotente, mui gélida e sinistra,Amarga, matreira e intriguista
,É autoritária... e é MINISTRA.

*Camões*

- Soneto à sinistra

Alma mesquinha e vil, tu que pariste
As normas do estatuto do docente,
Não tens nada de humano, não és gente,
Nada mais que injustiças produziste.
Se lá nesse poleiro aonde subiste
O estado do ensino tens presente,
Repara como és incompetente,
Como a classe docente destruíste.
Se pensas que esta gente está domada,
Te aceita a ti, ao Valter e ao Pedreira,
Estás perfeitamente equivocada
:Em breve encontraremos a maneira
De vos correr p'ra longe à cacetada,
Limpando a educação de tanta asneira!

Friday, July 24, 2009

A verdadeira vocação da Escola

«As escolas secundárias, e o ensino em geral, burocratizaram-se. Esse foi o efeito infeliz de uma medida feliz: a massificação do ensino. Hoje as escolas são parte de uma máquina burocrática, gerida por burocratas que tudo o que procuram é a sua promoção pessoal e continuar a ganhar bem sem fazer nada. E para conseguirem isto têm de apresentar números felizes de sucesso escolar inventado. É assim que chumbar alunos é proibido, mesmo que mal saibam escrever. Aliás, agora já estamos na situação em que os próprios professores mal sabem escrever – os produtos do “sucesso” escolar já estão nas escolas a perpetuar o atraso nacional.
Mas as escolas não devem ser máquinas burocráticas. Devem ser centros vivos de estudo, centros de vida cultural, centros de transmissão e produção de conhecimento. As escolas devem assumir-se como pólos culturais fundamentais, e mostrar uma alternativa à cultura de realejo e do foguete, ao discurso para a televisão e sobre a televisão, e mostrar alternativas: a discussão das grandes ideias filosóficas, científicas, artísticas, históricas e religiosas. Mostrar que discutir ideias, expandir o nosso conhecimento, alargar a nossa compreensão, são não apenas actividades compensadoras em si, mas também elementos fundamentais para que uma sociedade seja capaz de vencer desafios com ideias novas e criativas, com soluções imaginativas e inteligentes. Este é o papel original das escolas.
Compete ao professor devolver às escolas a sua verdadeira vocação, e tirar das garras dos burocratas do Ministério e dos políticos cinzentos de discurso televisivo o destino das escolas. São essas pessoas que querem escolas passivas porque querem cidadãos passivos, que querem a cultura afastada das escolas porque o mote é dividir para conquistar. Mas a escola não pode nem deve dissociar-se da vida cultural e política de um país. A escola é o lugar onde se devia discutir ideias a um outro nível que não o da todo-poderosa televisão (…). Mas terão de ser os professores a reivindicar a autoridade nas escolas; terão de ser eles a dizer que quem manda são os professores, e não o contrário, e que os professores existem para servir os estudantes e a sociedade.
A escola tem de pugnar pela qualidade. Essa qualidade começa na sala de aula.»
Desidério Murcho, A Natureza da Filosofia e o seu Ensino, Plátano Editora, Lisboa, 2002, pp. 14-15.

A data de edição do livro é Julho de 2002. E hoje? Será a situação actual diferente? A resposta parece ser óbvia, mas fica ao critério do leitor.

Thursday, July 23, 2009

A frase :

-"Neste sítio um ministro pode ir para a rua por um par de cornos infantis ou por uma piada de mau gosto. As roubalheiras, os negócios escuros, os compadrios, a corrupção a céu aberto e o tráfico de influências, não só são tolerados como premiados nas urnas".

-António Ribeiro Ferreira, jornalista, "Correio da Manhã", 20-07-2009

Os estádios de futebol- um projecto falhado de Pinto de Sousa




Ler a crónica do José Pacheco Pereira na Sábado em linha. «Aquilo que parecia em 1999 uma ode ao desenvolvimento baseado no futebol - em Aveiro a “maior zona de requalificação” do país, os estádios “muito sofisticados” “com três estúdios para televisão pelo menos“, “criar novas centralidades”, “novas oportunidades” etc., etc. - e que se repetiu a propósito de muita coisa, dos gadgets como o “Magalhães” a falhanços como as Cidades Digitais e a Via CTT, nos anos da maioria absoluta até desfalecer em Junho de 2009, hoje parece muito frágil. Quando o ouvíamos em 2005, 2006, 2007, 2008, a falar da “revolução” que os seus projectos de desenvolvimento iriam trazer ao país, deveríamos ter tido mais memória do passado deste governante, mas falhámos no escrutínio do que já então era possível ter e que se devia ter. Pinto de Sousa vai falar do mesmo modo na sua campanha eleitoral porque ele não sabe fazer de outra maneira. É por isso que é bom voltar a estes vídeos com dez anos para o perceber melhor.»

Monday, July 20, 2009

Corrupção tem de ser combatida

Se pesquisarmos neste blog sobre «corrupção» deparamos com uma grande quantidade de posts que a ela se referem. É certo que, da forma como tal negócio se processa, não é fácil a um terceiro provar que ela existiu, mas isso não elimina as dúvidas que qualquer cidadão pensante possa ter, até porque os sintomas exteriores são tão referidos, desde o mais simples aldeão até aos mais conhecidos políticos, que algo se passa com certeza. Dizia uma conhecida jurista que grande parte dos políticos é oriunda de famílias pobres e, pouco tempo depois do ingresso na política, passa a ser dos mais ricos do País.Segundo o Conselho de Prevenção da Corrupção (CPC) "as áreas da contratação pública e da concessão de benefícios públicos contêm riscos elevados de corrupção" e, por isso, pede um plano de gestão de riscos. Sobre este ponto, o engenheiro e ex-deputado João Cravinho, que já tinha proposto esta medida, defende que a política é a área central a visar.Cravinho propôs no Parlamento, há três anos, uma medida muito semelhante àquela que é agora avançada pelo Conselho de Prevenção da Corrupção (CPC). Mas o assunto está longe de ser encarado a sério, de forma a conseguir resultados eficazes na cura desta lepra social. Um dos motivos por ele apontado é que a "corrupção administrativa é de segunda ordem face à corrupção política". E quanto a esta "o poder político recusa-se obstinadamente a reconhecê-la, quanto mais a agir". O poder político, com a «ética» que lhe rege o comportamento, não está interessado em legislar contra si próprio, não vai, por seu gosto, matar a galinha dos ovos de ouro.O ex-deputado Cravinho diz de forma clara que "a corrupção é hoje um fenómeno sistémico e não individual, é um fenómeno em rede que tem como ponto essencial a dimensão política". E neste plano foram feitos apenas "alguns retoques, para deixar tudo na mesma".O carácter «sistémico» do fenómeno mostra que não surgiu agora, é alimentado por uma burocracia asfixiante criada e sustentada com uma desconfiança sádica em relação aos cidadãos e bem patente na aprovação por unanimidade de todos os grupos parlamentares da lei de financiamento dos partidos em que sobressaía o dinheiro vivo, constituindo uma porta aberta para cobertura ou conivência na lavagem de dinheiro sujo. Uma falta de consciencialização para a gravidade do «fenómeno», no aspecto do interesse nacional e da moralidade e da ética.De entre os artigos consultados, deixam-se os seguintes links:
:Combate à corrupção tem de ir ao ponto essencial
A ocasião faz o ladrão

Friday, July 17, 2009

A hora do adeus



Foi - me enviado por email. O autor é desconhecido

Do interesse público

O Tribunal de Contas declarou "ruinoso" para o Estado - ou seja, para os contribuintes - o famoso "alargamento" (espaço e contrato prorrogado por vinte e sete anos para o "terminal de Alcântara") a favor de uma empresa do "universo" Mota-Engil do engenhoso dr. Jorge Coelho. Concordo com Miguel Sousa Tavares, o comentador político. Se se partir do princípio que o Tribunal de Contas, na pessoa do seu presidente, não é um mero "verbo de encher", o admirável 1º ministro devia demitir imediatamente o simpático eng. º Lino e a sua dupla de secretários de Estado, Campos júnior e a ambiciosa Ana Paula Vitorino. Não estão manifestamente à altura do interesse público que deviam representar

Wednesday, July 15, 2009

Relatório da OCDE arrasa Decreto Regulamentar 2/ 2008


Foi divulgado o Relatório da OCDE sobre a avaliação de desempenho docente. As conclusões deixam mal a ministra da educação. O relatório da OCDE critica a associação entre os resultados dos alunos e a avaliação de desempenho dos docentes bem como a avaliação feita por pares com consequências na progressão da carreira. Ora, essas são as duas características centrais do modelo imposto pelo decreto regulamentar 2/2008 e que mais contestação provocaram entre os professores. O decreto regulamentar 1-A/2009, que impôs o versão simplex, também não sai incólume do estudo da OCDE, uma vez que o relatório manifesta uma clara oposição a que a avaliação de desempenho de tipo quantitativo e com consequências para a progressão na carreira seja feita pelos directores e colegas a quem foram atribuídas funções de avaliação.
Nas recomendações, o Relatório da OCDE aponta parta a necessidade de haver uma avaliação de tipo qualitativo e meramente formativa, feita pelos directores, e uma avaliação com incidência na progressão na carreira docente, feita por elementos exteriores à escola e sem qualquer relação funcional com os docentes avaliados. A OCDE aconselha que os avaliadores externos sejam especialistas certificados em avaliação de desempenho e que adoptem critérios uniformes para todas as escolas do país.
A FNE reagiu ao Relatório da OCDE pela voz de João Dias da Silva, que afirmou o total isolamento da ministra da educação e a necessidade de construir um novo modelo que não padeça dos males apontados no estudo da OCDE. João Dias da Silva acrescentou que, em matéria de avaliação de desempenho, foram dois anos completamente perdidos graças à teimosia da ministra da educação.
Interrogada pelos jornalistas à saída da sessão de apresentação do Relatório da OCDE, a ministra limitou-se a afirmar que não era tempo de tomar decisões.Entretanto, a Fne emitiu comunicado onde dá conta de que as críticas e recomendações constantes do Relatório da OCDE vêm ao encontro de elementos da proposta da Fne, nomeadamente a defesa da distinção entre a avaliação formativa, para melhoria das práticas, e a avaliação sumativa externa, para progressão na carreira. A Fenprof ainda não reagiu ao Relatório da OCDE.

Friday, July 10, 2009

Estudo encomendado pelo ME a Roberto Carneiro conclui que os diplomados das Novas Oportunidades não tiveram progressos nas carreiras profissionais

A ministra da educação encomendou um estudo sobre a Iniciativa Novas Oportunidades a uma equipa da Universidade Católica, liderada por Roberto Carneiro. E o que é que a equipa fez? Perguntou aos felizardos que conseguiram, em poucos meses, um certificado do 9º ano ou do 12º ano, recorrendo a meia dúzia de entrevistas com psicólogos e técnicos de educação em Centros Novas Oportunidades, (que ensinaram a redigir um curriculum vitae e um portfólio), se gostaram do Programa. E o que é que os felizardos responderam? Adivinhou! Mas não era preciso ser bruxo para acertar: 80% afirmaram que o "ensino" nos Centros de Novas Oportunidades é igual ou melhor do que o ensino regular. E vai daí, a equipa adianta que o impacto no mercado de trabalho é pequeno (ou é nulo?) mas que houve enormes ganhos na auto-estima dos felizardos e, além disso, aprenderam novas tecnologias.

Caso CTT e as suas ligações ao caso BPN

Bastará aos jornalistas de investigação dos referidos TVI, SOL e Público, seguirem a onda dos seus colegas dos órgãos de comunicação social aparentemente mais isentos, dos quais dou dois exemplos de hoje:

“As agendas e notas pessoais de alguns dos arguidos do caso dos CTT foram um excelente ponto de partida para a Polícia Judiciária. Em vários documentos apreendidos a Júlio Macedo, antigo administrador da empresa que comprou o imóvel de Coimbra e que é suspeito de corrupção activa, constam desenhos com esquemas do pagamento de comissões. Os beneficiários são referidos por iniciais. O relatório final da Polícia Judiciária, a que o DN teve acesso, revela ainda um contacto entre o ex-presidente do Banco Insular, Vaz Mascarenhas, com José Oliveira Costa, antigo presidente do BPN, sobre um negócio dos CTT. (…)surge uma carta de José Vaz de Mascarenhas, antigo presidente do Banco Insular de Cabo Verde, que está no centro do caso BPN, a José Oliveira Costa, contando que o negócio entre os CTT e a TramCrone seria apenas uma simulação para ‘a saída do imóvel do património’ dos Correios ‘no contexto da transferência do seu fundo de pensões para a Segurança Social’.
Investigando o rasto do dinheiro das comissões, que estão documentadas no processo, a Judiciária acabou ainda por descobrir que Paulo Miraldo, enquanto chefe de gabinete do ministro António Mexia, depositou cheques passados por dois conhecidos empreiteiros. Paulo Miraldo também está constituído arguido.” (em Diário de Notícias)

No D.N., vem também uma interessante infografia com o esquema das comissões arquitectado (uma autêntica rede a fazer lembrar outras realidades), e agora conhecido a partir das tais notas e agendas pessoais. Reparo que no meio daqueles nomes todos aparecem 3, que são conotados com o PS.

“PJ acredita que ex-responsáveis e partido beneficiaram de um milhão. Falta apurar rasto final de verbas no BPN.
A Polícia Judiciária (PJ) suspeita que os ex-administradores dos CTT Carlos Horta e Costa e Manuel Baptista, bem como o PSD, terão beneficiado de um milhão de euros em notas resultantes de luvas por negócios ruinosos. (…)
(…) a confirmação das suspeitas mais graves dos inspectores da PJ, nomeadamente relacionadas com eventuais subornos recebidos por responsáveis da empresa e políticos, estão dependentes do termo de diligências de investigação junto do BPN. Falta saber, concretamente, qual o rasto final de um milhão de euros em dinheiro vivo.
Carlos Horta e Costa, Carlos Encarnação, Paulo Pereira Coelho - este ainda não constituído arguido - e Paulo Miraldo são alguns dos destacados militantes do PSD aos quais são imputados crimes. (…)
(…) ao proporcionarem vantagens alegadamente ilegítimas a empresas privadas, gestores e vários políticos, sobretudo do PSD. (…)
(…) As duas escrituras de compra e venda do prédio de Coimbra foram feitas na Batalha, localidade onde, no mesmo dia, os administradores da empresa do grupo TCN que comprou o edifício aos Correios, Júlio Macedo e Pedro Garcês, levantaram um milhão de euros em numerário.” (em Jornal Notícias)

Wednesday, July 08, 2009

" Juntos conseguimos "

O dr. Jorge Coelho, ex-patrão da máquina socialista e presentemente um betoneiro de sucesso, alertou os camaradas do governo para a "necessidade" de, muito adequadamente, haver mais investimento público. De preferência onde participe a empresa dele. Até porque ela, a empresa, está metida na construção "oficial" designadamente em quilómetros de estradas e, de forma indirecta, em coisas como as famosas minas de Aljustrel que provocaram os justos "corninhos" do dr. Pinho. Dois companheiros de estrada do "dr. Coelho pró-investimento público" - o Nazaré (do Benfica, do sr. Vieira, e do PS) e o Galamba (do Jugular e da esquerda amiguinha) secundaram-no na televisão. Isto também é "juntos conseguimos".

Monday, July 06, 2009

Juntos conseguimos


Opiniões - Stephen Heyneman

“Começaria por dar computadores aos professores”

Recentemente, Don Tapscott, um especialista canadiano em tecnologia, recomendava ao Presidente dos EUA que olhasse para o investimento português em computadores para os alunos do ensino básico. O Magalhães não convence Stephen P. Heyneman, que falou sobre a política educativa da administração Obama, na Universidade Católica Portuguesa, em Lisboa, esta semana. “É um computador colorido. O que me perturba é ter sido dado às crianças como se elas pudessem ter autonomia para trabalhar sozinhas. E os professores?”, pergunta. “Começaria por dar computadores aos professores para trabalhar. Era isso que recomendaria à vossa ministra da Educação”, responde. O que viu foi crianças a brincar com o Magalhães, “como se fosse uma máquina de jogos e não como se tivessem um computador para trabalhar”. “Não deve ter sido para isso que os computadores foram distribuídos. Certamente não eram esses os objectivos do Ministério da Educação”, conclui. (Público, sem link)

Wednesday, July 01, 2009

Justiça muito lenta

Transcrição de artigo do Global Notícias de hoje

A Lentidão da nossa Justiça
Por Filomena Martins, Directora-adjunta do DN

Por mais argumentos abonatórios que se apresentem, há um facto indesmentível: o caso Madoff, envolvendo muitos milhões em burlas e vítimas e todo o mundo, foi investigado e julgado em oito meses.Por cá, o Freeport esteve quatro anos parado no Montijo e Leva mais dois com este PGR e só agora tem os primeiros arguidos;O da Operação Furacão já não há memória dos primeiros suspeitos;O julgamento do processo de pedofilia da Casa Pia, nascido em 20032, está por marcar;Isto para não falar de Camarate;Ou mesmo com o Apito Dourado que ainda dura (em Itália sabe-se como terminou, em apenas dois anos, um processo semelhante).A lentidão é uma doença crónica da justiça portuguesa. Para a qual nenhum Governo encontrou cura. Pior nem sequer investiu nela.
Filomena Martins

NOTA: Além da brevidade da Justiça americana, é de salientar a sua independência, não se curvando perante o poder económico/financeiro, político ou outros. Lá não há, como cá, tanta imunidade e impunidade na camada mais favorecida da sociedade.Por cá, as aparências dão oportunidades para poder dizer-se que quem faz a Justiça são os advogados, os quais, explorando os meandros da legislação, entravam o andamento dos processos, levando ao seu arquivamento, à prescrição ou a sentenças benévolas com pena suspensa.Enquanto na América, Bernard Madoff foi condenado a 150 anos de prisão, após oito meses de processo, o que segundo a Casa Branca serve de forte exemplo para casos semelhantes, ficamos sem saber o que irá acontecer, cá, aos implicados no BCP, no BPN , no BPP e a muitos suspeitos de abusarem do dinheiro público, como Felgueiras, Isaltino, Ferreira Torres, Valentim, administradores da Gebalis, etc.A legislação tolhe os juízes, porque foi preparada para apoiar criminosos, corruptos, em desfavor das vítimas e do prestígio da própria Justiça. A deficiente elaboração da legislação reveste-se de tal gravidade que o PR, apesar da sua parcimónia, sensatez e cuidado na emissão de opinião, já alertou para a necessidade de mais cuidado na preparação das leis.Se a legislação favorece os transgressores e inimigos da sociedade, fica a interrogação: porque será que os políticos estão a apoiá-los com a sua conivência e cumplicidade, no acto de legislar? Sobre isto, encontram-se em vários blogs, nos posts e nos comentários, frases que levam a concluir que são eles os maiores malfeitores. Será exagero? Efectivamente, as notícias não se afastam muito dessa conclusão.Poderá ser dito que a rapidez e o rigor no julgamento de Bernart Madoff acontece na América, país grande e rico, muito diferente de Portugal. Porém, essa comparação não é coerente com outros aspectos em que Portugal se comporta como muito mais rico e poderoso que os EUA, como é o caso das remunerações e regalias dos altos dirigentes do Banco de Portugal, em comparação com os responsáveis pela Reserva Federal Americana.É desmotivante ou mesmo traumatizante qualquer meditação sobre comparações entre os Países ditos civilizados e Portugal, ou «esta coisa», que nem sempre merece as qualificações adjectivantes que gostaríamos de lhe atribuir.