Friday, December 30, 2011

Sistema Educativo na Suiça


O sistema educativo da Suiça é um dos melhores do Mundo. Ao contrário do sistema educativo no Japão, Singapura e Coreia do Sul, o sistema suiço é dos mais descentralizados do Mundo. Cada cantão tem a responsabilidade de elaborar os currículos, contratar os professores e definir os calendários escolares. Os alunos suiços ficam entre os 15 melhores nos testes PISA. Conheça os 10 factos que caracterizam o sistema educativo na Suiça.


#1. O sistema é altamente descentralizado. A responsabilidade pela elaboração e concretização das políticas é de cada cantão. A idade mínima para entrada na escola é os 6 anos. E a escolaridade só é obrigatória até aos 15 anos de idade.

#2. O ensino está estruturado em dois ciclos de seis anos. A escola primária tem seis anos de duração, findos os quais os alunos são distribuídos por várias vias do ensino secundário.

#3. Grande parte dos alunos sai da escola primária de seis anos para frequentarem ensino secundário de carácter tecnológico ou profissional, chamada de Fachhochschulen, cuja estrutura curricular depende de cada cantão. Só os melhores alunos é que seguem a via académica do secundário, chamado Gymnasium, que se destina preferencialmente a preparar os alunos para o acesso às melhores Universidades da Federação Suiça.

#4. A Suiça não aceita o modelo inclusivo. Ao invés, separa os alunos por turmas de acordo com as suas capacidades. As crianças são separadas consoante a língua materna seja o Francês, o Italiano ou o Alemão.

#5. A Suiça tem 12 Universidades e algumas, com a Universidade de Basel, são das melhores do Mundo. O acesso às melhores universidades é muito competitivo e está reservado apenas aos melhores alunos.

#6. Não existe um sistema centralizado de recrutamento de professores. A responsabilidade de recrutar docentes fica ao nível de cada cantão.

#7. A maior parte dos alunos frequentam cursos profissionais, chamados de Berufsleher, logo após o 6º ano de escolaridade. O curso profissional tem a duração de dois ou três anos, permite estagiar em empresas e certifica para o exercício de uma profissão.

#8. A via académica, chamada de Gymnasium, e que prepara para a Universidade, tem currículos diversos consoante os cantões. Há escolas que enfatizam as Artes, outras a Matemática e as Ciências e outras ainda as Humanidades.

#9. O dia escolar começa às 8:00 e prolonga-se até às 15:00.

#10. os alunos que frequentam os cursos profissionais com estágio em empresas passam, regra geral, dois a três dias por semana na empresa e dois a três dias por semana na escola. Esses alunos podem seguir estudos pós-secundários de carácter profissional e tecnológico.

Monday, December 26, 2011

Uma rotura com a pedagogia romântica

O ministro da educação determina, através do Despacho 17169/2011, que:

a) O documento Currículo Nacional do Ensino Básico — Competências Essenciais deixa de constituir documento orientador do Ensino Básico em Portugal;
b) As orientações curriculares desse documento deixam de constituir referência para os documentos oficiais do Ministério da Educação e Ciência, nomeadamente para os programas, metas de aprendizagem, provas e exames nacionais.


O Despacho 17169/2011 tem uma assinalável importância . Marca uma rotura ideológica com a pedagogia romântica de Jean Jacques Rousseaux.


A rotura com o currículo socialista é evidente em frases como estas:


O currículo deverá incidir sobre conteúdos temáticos, destacando o
conhecimento essencial e a compreensão da realidade que permita aos alunos tomarem o seu lugar como membros instruídos da sociedade. É decisivo que, no futuro, não se desvie a atenção dos elementos essenciais, isto é, os conteúdos, e que estes se centrem nos aspectos fundamentais.
O Ministério da Educação e Ciência pretende reduzir o controlo central de todo o sistema educativo, assim como o excesso de regulamentação e a burocracia. O currículo nacional deve definir os conhecimentos e as capacidades essenciais que todos os alunos devem adquirir e permitir aos professores decidir como ensinar de forma mais eficaz, gerindo o currículo e organizando da melhor forma a sua actividade lectiva. Assim, deverá dar-se aos professores uma maior liberdade profissional sobre a forma como organizam e ensinam o currículo.

Tuesday, December 20, 2011

Portuguese Empire Heritage



Alguns sinais da presença e influência portuguesa no mundo durante a expansão marítima.

Thursday, December 15, 2011

Ana Benavente furiosa com a nova reforma curricular

Ana Benavente, defensora do eduquês e do facilitismo, está furiosa com um despacho de Nuno Crato que põe fim à vigência do documento Currículo Nacional do Ensino Básico – Competências Essenciais. Nesse despacho o ministro escreve que ao erigir a categoria de “competências como orientadora de todo o ensino, [o documento revogado] menorizou o papel do conhecimento e da transmissão e conhecimentos, que é essencial a todo o ensino”. Para desmontar o eduquês, Nuno Crato acrescenta que “é decisivo que, no futuro, não se desvie a atenção dos elementos essenciais, isto é, os conteúdos, e que estes se centrem nos aspetos fundamentais”. O que enfurece a antiga secretária de Estado de Guterres, para quem “há quem queira uma escola centrada nos programas, nós queremos uma escola centrada nas aprendizagens. Foi esse o objetivo do documento das competências essenciais”, o tal que acaba de ser revogado.


Monday, December 12, 2011

Revisão Curricular

O MEC divulgou ao final da tarde o texto completo da proposta de revisão curricular. As alterações resumem-se a:


A formação cívica acaba em todos os ciclos, incluindo no secundário.
A disciplina de EVT dá origem a duas disciplinas, educação visual e educação tecnológica, lecionadas por um só professor. A educação tecnológica alterna com as TIC no 2º CEB.
As TIC no 9º ano são eliminadas.
A história e a geografia são reforçadas no 3º CEB.
O inglês obrigatório no 2º CEB.
Há um reforço da carga horária nas ciências e na físico-química.

Wednesday, December 07, 2011

O Caloteiro sem vergonha

Pinto de Sousa já não é Primeiro-Ministro e, dir-se-ia até, já não faz política, como se usa dizer. Tal evidência é-o, no entanto, apenas na aparência.

Com efeito, quando foi da discussão do dificílimo Orçamento do Estado para o próximo ano, José de Sousa não se coibiu de arregimentar os seus ainda apaniguados para tentar colar o PS a um irresponsável voto negativo, o qual equivaleria ao suicídio do fraco Seguro e mostraria ao exterior que os socialistas tugas, depois de terem levado o País à bancarrota, ainda se opunham a todos os esforços do actual Governo para sanear as contas públicas.

Agora, porém, Pinto de Sousa vai ainda mais longe: não lhe bastando atirar cascas de banana ao seu sucessor, sente-se já à vontade para elogiar a calotice como pilar de uma política governamental.

Dizer que “Pagar a dívida é ideia de criança”, isto vindo de quem, nos últimos 6 anos, duplicou a dívida pública, de 83 mil milhões de euros para cerca de 170 mil milhões, atirando Portugal para a bancarrota e a necessidade da ajuda externa, é, na verdade, o cúmulo do descaramento em política. É gozar com o povo e os sacrifícios a que todos estamos (e estaremos) obrigados a fazer para sairmos do pântano para onde ele nos atirou.

É claro que esta linguagem de caloteiro, que Pinto de Sousa exibe, condiz bem com o despudor que o 'chefe máximo' já revelara quando afirmou, certa vez, que, “Digam o que disserem, mas ainda está para nascer um primeiro-ministro que tenha feito melhor no défice”. Isto para já não falar dos seus gostos de novo-rico quando paga, na cidade-luz, as contas dos repastos de outras mesas nos “mais caros restaurantes italianos da capital francesa.”



Veja o vídeo do descaramento: