Friday, March 22, 2013

Manobra duvidosa da RTP


A RTP não se mostra independente por contratar José Pinto de Sousa para seu comentador político. A RTP apenas sublinha o seu carácter dependente, tutelado, assistido. Nenhuma televisão privada ousaria contratar Pinto de Sousa, por achar tal gesto ofensivo para a grande maioria dos Portugueses (ou seja, audiências, ou seja, clientes de publicidade) e inútil em termos informativos. Mas a RTP contrata, porque a RTP é parasitária, vive do dinheiro que subtrai à força aos contribuintes, não precisa ter atenção aos espectadores ou respeitá-los.
 Para sabermos o que foi o nazismo, não precisámos de ouvir Hitler. Para saber das matanças à fome na Ucrânia não precisámos do contraditório de Estaline. Para conhecer a ladroagem do BPN não temos que ouvir entrevistas regulares com o senhor Oliveira Costa. Para entendermos todas as consequências da bancarrota não precisamos de oferecer uma tribuna ao causador dela (e precisamos ainda menos de o ouvir relativizar responsabilidades, disfarçar culpas e retomar a proverbial venda de banha da cobra). Dizia Karl Popper que as vantagens da democracia não se esgotam em escolhermos quem queremos que nos governe; elas vêm também de podermos mandar embora quem não queremos. Nós mandámos José Pinto de Sousa embora. Mas a RTP - que não lê e não é democrática - quer trazê-lo de volta contra a nossa vontade.
A RTP quer ser livre, e independente, e democrática, e séria à maneira insidiosa e obtusa como entende liberdade, independência e democracia ? Abdique primeiro do dinheiro que nos saca à força, abdique dele todo, não roube,viva só com o dinheiro que ganha. E, depois, contrate os palhaços que entenda e defenda as obscenidades que queira.

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