Friday, January 13, 2012

Repondo a justiça

O Governo aprovou, ontem, em Conselho de Ministros, a obrigatoriedade de os alunos do ensino recorrente fazerem os mesmos exames que os colegas da via normal do secundário, se pretendem concorrer ao Ensino Superior. Fonte: JN

Wednesday, January 11, 2012

EUA- Biblioteca de Coimbra é a mais bela do mundo

A Biblioteca Joanina da Universidade de Coimbra foi considerada a mais bela biblioteca universitária do Mundo, avança esta semana o CV, canal de televisão online da instituição de ensino superior.
A biblioteca surge no topo do ranking das mais belas bibliotecas universitárias do portal Flavorwire e do guia internacional Flavorpill, de Nova Iorque, ranking da autoria da editora literária Emily Temple.
A distinção coloca esta biblioteca portuguesa de estilo barroco acima de outras bibliotecas conceituadas como a da Universidade de Yale, nos EUA, e a da Universidade de Salamanca, em Espanha, que ficaram em 2º e 3º lugares na classificação, respetivamente.
Na lista encontravam-se também as bibliotecas de Oxfort, Cambridge ou Chicado, num total de 25 espaços de diferentes universidades a nível mundial.
A Biblioteca Joanina, que deve o seu nome a D. João V, monarca no poder aquando da sua construção, data do século XVIII e situa-se no pátio da Faculdade de Direito da Universidade de Coimbra, acolhendo inúmeras pesquisas mas servindo igualmente de espaço para concertos, exposições ou outros eventos culturais.
Clique AQUI para aceder ao ranking completo na Flavorwire.

Tuesday, January 10, 2012

Poder & Associados

As grandes sociedades de advogados adquiriram uma dimensão e um poder tal que se transformaram em autênticos ministérios-sombra.

É dos seus escritórios que saem os políticos mais influentes e é no seu seio que se produz a legislação mais importante e de maior relevância económica.

Estas sociedades têm estado sobre-representadas em todos os governos e parlamentos.

São seus símbolos o ex-ministro barrosista Nuno Morais Sarmento, do PSD, sócio do mega escritório de José Miguel Júdice, ou a centrista e actual super-ministra Assunção Cristas, da sociedade Morais Leitão e Galvão Teles.

Aos quais se poderiam juntar ministros de governos socialistas como Vera Jardim ou Rui Pena.

Alguns adversários políticos aparentes são até sócios do mesmo escritório. Quando António Vitorino do PS e Paulo Rangel do PSD se confrontam num debate, fazem-no talvez depois de se terem reunido a tratar de negócios no escritório a que ambos pertencem.

Algumas destas poderosas firmas de advogados têm a incumbência de produzir a mais importante legislação nacional. São contratadas pelos diversos governos a troco de honorários milionários. Produzem diplomas que por norma padecem de três defeitos.

São imensas as regras, para que ninguém as perceba, são muitas as excepções para beneficiar amigos; e, finalmente, a legislação confere um ilimitado poder discricionário a quem a aplica, o que constitui fonte de toda a corrupção.

Como as leis são imperceptíveis, as sociedades de jurisconsultos que as produzem obtêm aqui também um filão interminável de rendimento.

Emitem pareceres para as mais diversas entidades a explicar os erros que eles próprios introduziram nas leis. E voltam a ganhar milhões. E, finalmente, conhecedoras de todo o processo, ainda podem ir aos grupos privados mais poderosos vender os métodos de ultrapassar a Lei, através dos alçapões que elas próprias introduziram na legislação.

As maiores sociedades de advogados do país, verdadeiras irmandades, constituem hoje o símbolo maior da mega central de negócios em que se transformou a política nacional.

No Correio da Manhã

Coimbra destacada em crónica do New York Times

Coimbra foi, a semana passada, a cidade em destaque na crónica do jornalista norte-americano Seth Kugel, colaborador do New York Times. Krugel desfrutou de três dias na capital dos estudantes e foi, aliás, a vida académica e os vestígios que deixa por toda a parte que mais o surpreenderam.
O jornalista começa por confessar as memórias que visitar uma cidade como esta pode trazer: vida em dormitórios, festas em excesso, longas noites de estudo e - algo menos familiar para quem estudou fora de Coimbra - deambulações "pelo campus universitário com roupa de vampiro".
Krugel refere-se, naturalmente, ao traje académico, integrado naquilo que, conforme explica, é parte do "conjunto de roupas e tradições conhecidas por todos como praxe" criado ao longo dos muitos séculos de existência da Universidade que, datando de 1290, é uma "das mais prestigiadas escolas de Portugal".
Na qualidade de turista, Seth Krugel conta até que aceitou doar um euro para ajudar estudantes vestidos a rigor na organização da Queima das Fitas em troca de uma fotografia, brincando ao dizer que "felizmente" nenhum tentou beber-lhe o sangue.
Mas Coimbra é mais do que apenas a mítica Universidade. O jornalista encontra também espaço para falar da Alta e da Baixa da cidade. A primeira, predominantemente ocupada com "edifícios universitários e apartamentos de estudantes cobertos com graffitis". A segunda "carregada de lojas, restaurantes e outras atividades comerciais".

Uma viagem até 1950 - ou 1590
Krugel realça, no entanto, que em ambos os locais "as igrejas ancestrais, as praças pitorescas e a quase total ausência de lojas de cadeias internacionais dão a sensação de que nos encontramos na década de 1950 - ou de 1590".
O norte-americano visitou também lugares como o Paço das Escolas, onde conversou "com estudantes de Direito que fumavam nas arcadas" e subiu vários lances de escadas que ofereciam "sucessivamente vistas mais incríveis da cidade".
Além disso, deixou-se fascinar pelo facto de ter encontrado pessoas de todo o mundo, desde brasileiros a guineenses, passando por angolanos e macaenses, admitindo que "aprendeu depressa que os brasileiros estão em todo o lado, tal como estudantes e residentes das várias antigas colónias portuguesas".
E, antes do final da viagem, Krugel ainda ouviu o Fado, a "música melancólica" que "difere significativamente do mais conhecido estilo lisboeta", já que os cantores são sobretudo homens e atuam, em geral, em duetos ou grupos tocando uma guitarra diferente.
Segundo Seth Krugel, o grande atrativo da viagem foi um ponto cultural: o Museu Académico, onde pôde ver, entre outras coisas, a evolução das "capas de vampiro" ao longo dos anos, bem como as guitarras de Coimbra e as ferramentas utilizadas na praxe.
Desilusões, apenas a impossibilidade de provar "segredos de porco preto com ananás", que o obrigou a contentar-se com um filete de pescada, e o facto de, ao tentar "compensar o prato com alguns extras", ter tido de pagar, à parte, o pão, o queijo e as tradicionais azeitonas.

Clique AQUI para ler a crónica completa (em inglês).