Tuesday, August 31, 2010

O estado da Justiça Portuguesa- Processo Casa Pia

( texto retirado do " Diário Económico" )

Oito anos volvidos sobre a revelação dos abusos sexuais na Casa Pia, vamos conhecer a sentença esta semana. Qualquer que seja o deve e o haver entre condenações e absolvições, o balanço não pode deixar de ser negativo. Seis anos de julgamento, 460 sessões, 2043 requerimentos, 1933 despachos, 800 testemunhas, 300 volumes, sem falar nos recursos que vão fazer arrastar ainda mais o processo, e nos pedidos de nulidade que podem fazer regressar tudo à casa da partida.As semelhanças deste “monstro” jurídico com a parábola kafkiana do Processo são evidentes. Uma Justiça cada vez mais desumanizada e enredada numa lenta e pesada teia burocrática, que conduz à sua própria negação. Onde os aspectos formais se tornam mais importantes que o apuramento da verdade.Até há pouco tempo acreditava-se que a Justiça era lenta mas funcionava. Agora, com a mediatização dos processos Casa Pia, Freeport, entre outros, generaliza-se uma ideia de fragilidade e de ineficácia. Um sistema que é forte com os fracos, mas fraco com os ricos e poderosos.A situação é de tal modo grave que já não bastam reformas legislativas. Não se tem feito, aliás, outra coisa nos últimos anos: sucessivas alterações legais com resultados medíocres. Se não concordam, leiam as conclusões dos últimos relatórios do Observatório Permanente da Justiça Portuguesa, ou o recente estudo da associação europeia MEDEL.O nosso sistema é formalista e burocrático, o que atrai mais complexidade e morosidade. É intolerável que haja processos que se arrastam durante décadas. Por detrás desses quilómetros de papel estão pessoas concretas, com problemas reais que carecem de uma solução rápida.A palavra-chave, por isso, tem de ser simplificar. O que implica, sejamos claros, reduzir certas garantias processuais em benefício da eficácia. Se nada fizermos o sistema corre o risco de perder legitimidade e apodrecer.A introdução de um regime de “sentença simplificada” seria um passo positivo. Tal como a eliminação de algumas exigências probatórias. Não faz sentido, por exemplo, que a prova produzida perante um magistrado na fase de Inquérito (ou Instrução), com todas as garantias processuais, tenha de ser repetida em julgamento. Tal como não faz o excesso de testemunhas em certos processos.Que me perdoem os meus colegas advogados, mas esta simplificação implica aumentar o poder dos magistrados, com riscos de aumento da discricionariedade decisória. E libertá-los das tarefas administrativas, para se poderem concentrar na actividade jurisdicional. Apostar na oralidade, desmaterialização e nos sistemas de acesso à informação.É urgente uma revolução do nosso paradigma processual, pensado para um outro tempo. Trazer a justiça portuguesa para a modernidade, aproximando-a do tempo socialmente justo, mais próximo das expectativas dos cidadãos e das empresas.
[Diário Económico]

Monday, August 30, 2010

Fúria legislativa

( recebido por correio electrónico)

Esclarecedor...
Atenção:- Tem força de Lei.

O art. 1º do Dec.-Lei 35/2010 de 15 de Abril começa da seguinte forma:

Os artigos 143.º e 144.º do Código do Processo Civil aprovado pelo Decreto -Lei n.º 44 129, de 28 de Dezembro de 1961, alterado pelo Decreto -Lei n.º 47 690, de 11 de Maio de 1967, pela Lei n.º 2140, de 14 de Março de 1969, pelo Decreto -Lei n.º 323/70, de 11 de Julho, pela Portaria n.º 439/74, de 10 de Julho, pelos Decretos -Leis n.os 261/75, de 27 de Maio, 165/76, de 1 de Março, 201/76, de 19 de Março, 366/76, de 15 de Maio, 605/76, de 24 de Julho, 738/76, de 16 de Outubro, 368/77, de 3 de Setembro, e 533/77, de 30 de Dezembro, pela Lei n.º 21/78, de 3 de Maio, pelos Decretos -Leis n.os 513 -X/79, de 27 de Dezembro, 207/80, de 1 de Julho, 457/80, de 10 de Outubro, 224/82, de 8 de Junho, e 400/82, de 23 de Setembro, pela Lei n.º 3/83, de 26 de Fevereiro, pelos Decretos -Leis n.os 128/83, de 12 de Março, 242/85, de 9 de Julho, 381 -A/85, de 28 de Setembro, e 177/86, de 2 de Julho, pela Lei n.º 31/86, de 29 de Agosto, pelos Decretos -Leis n.os 92/88, de 17 de Março, 321 -B/90, de 15 de Outubro, 211/91, de 14 de Junho, 132/93, de 23 de Abril, 227/94, de 8 de Setembro, 39/95, de 15 de Fevereiro, 329 -A/95, de 12 de Dezembro, pela Lei n.º 6/96, de 29 de Fevereiro, pelos Decretos -Leis n.os 180/96, de 25 de Setembro, 125/98, de 12 de Maio, 269/98, de 1 de Setembro, e 315/98, de 20 de Outubro, pela Lei n.º 3/99, de 13 de Janeiro, pelos Decretos -Leis n.os 375 -A/99, de 20 de Setembro, e 183/2000, de 10 de Agosto, pela Lei n.º 30 -D/2000, de 20 de Dezembro, pelos Decretos -Leis n.os 272/2001, de 13 de Outubro, e 323/2001, de 17 de Dezembro, pela Lei n.º 13/2002, de 19 de Fevereiro, e pelos Decretos--Leis n.os 38/2003, de 8 de Março, 199/2003, de 10 de Setembro, 324/2003, de 27 de Dezembro, e 53/2004, de 18 de Março, pela Leis n.º 6/2006, de 27 de Fevereiro, pelo Decreto -Lei n.º 76 -A/2006, de 29 de Março, pelas Leis n.º 14/2006, de 26 de Abril e 53 -A/2006, de 29 de Dezembro, pelos Decretos -Leis n.os 8/2007, de 17 de Janeiro, 303/2007, de 24 de Agosto, 34/2008, de 26 de Fevereiro, 116/2008, de 4 de Julho, pelas Leis n.os 52/2008, de 28 de Agosto, e 61/2008, de 31 de Outubro, pelo Decreto -Lei n.º 226/2008, de 20 de Novembro, e pela Lei n.º 29/2009, de 29 de Junho, passam a ter a seguinte redacção: ........................
Pode ser confirmado no site Diário da República.

Se alguém procura as causas do estado do País, talvez encontre parte delas na fúria legislativa que se apoderou do nosso Estado.

Saturday, August 28, 2010

Lucros de empresas monopolistas , com apoio do governo

Temos de dar os parabéns a estes bem sucedidos gestores de empresas em regime – real - de monopólio, cobertas pelos governos que trataram de as privatizar para dar maior transparência ao mercado, enchê-las de confrades, familiares e amigos, entregando a privados o património de todos nós que gera lucro, e continuando os trolhas a pagar os prejuízos das restantes. Os Amorins deste país certamente que ficam imensamente reconhecidos.
na galp, empresa privada monopolista da refinação e distribuição dos pitróis, não se ficou por menos e apenas no 1º semestre de 2010, os lucros foram superiores em 91% aos do período homólogo de 2009.
compreende-se porque é que os trolhas pagam os combustíveis mais caros da europa, ou 85 € por uma garrafa de gás.
não há encómios que façam justiça aos tachistas da alta autoridade para a concorrência e muito menos para estas administrações que os partidos do tango vão promovendo. neste entretanto, os trolhas vão ficando cada vez mais, de tanga. podem e devem mesmo continuar a votar nestas quadrilhas.

Trintona traída- um texto brilhante de Luis Costa

Trinta e seis anos após o seu nascimento, já ia sendo tempo de a nossa Democracia, ainda que provinciana, dar mostras de plena maturidade. E tenho a certeza que tal já teria acontecido, se ela não escolhesse tão mal os seus companheiros: refiro-me aos políticos, como é evidente. Tal como os amantes marialvas, eles usam-na para os seus interesses e apetites pessoais; eles servem-se dela e não a servem; eles não a amam e até nem se importam de a prostituir. O povo, esse…
José Sócrates levou o Partido Socialista a duas vitórias consecutivas de uma forma que eu — analfabeto funcional em questões de política politiqueira — considero ilegítima: na primeira eleição, prometeu mundos e cavou fundos; na segunda, ocultou os fundos que tinha cavado na primeira. E a Democracia — a nossa trintoninha —, foi na onda, e continua a ir, crente nas descaradas desculpas do seu amante incorrigível. E a união de facto vai-se mantendo — apesar dos cada vez mais frequentes episódios de violência doméstica — até que um dia ela caia da cama e acorde de vez.
Não sei como é que um político se sente legitimado para governar, quando é eleito para fazer A e depois descobre — ou faz que descobre — que, afinal, tem de fazer o contrário de A: “Desculpa lá, minha querida, mas o enxoval do teu papá não é o que parecia! Vais ter de vender os anéis e as gargantilhas e apanhar de vez em quando!”. O voto, afinal, serviu para quê?
Não sei como é que um político se sente legitimado para governar, quando é eleito na base de uma dívida X e depois — ele mesmo, himself — descobre (ou faz que descobre) que a mesma é 3X: “Desculpa lá estragar-te as núpcias, minha querida, mas, afinal, acabo de descobrir uma data de dívidas que nem por sombras imaginava ter!”. O voto, afinal, serve para quê?
Acredito que, quando a nossa jovem Democracia entrar nos sessenta — sem a cegueira que a libido provoca —, talvez repudie com vigor este tipo de tipos. Quando a nossa democracia (com minúscula, porque o sentido é denotativo) for realmente madura, só abrirá as portas a quem lhe apresentar — em vez de promessas vagas e promessas de pequenas medidas amanuenses, ainda assim com possibilidades semânticas quase literárias —, verdadeiros projectos de desenvolvimento do país, nos quais seja bem evidente o que se pretende fazer no interior para que ele seja repovoado e Portugal possa crescer inteiro e como uma família unida, na qual reine a igualdade, que é, afinal, o verdadeiro amor da sua vida.
Luís Costa

Retirado de
Trintona traída no Blogue DaNação

Thursday, August 26, 2010

PR promulga Estatuto do Aluno

O Presidente da República promulgou o Estatuto do Aluno. O diploma foi aprovado, no dia 22 de Julho, com os votos favoráveis dos deputados do CDS e do PS.
Agora é preciso contar com mais dois meses para que as escolas possam actualizar os regulamentos internos.
A destacar ,entre as medidas:
Fim das provas de recuperação
São reduzidos os prazos dos processos disciplinares
É clarificada a distinção entre faltas justificadas e faltas injustificadas
Com a ultrapassagem do limite de faltas, é desenhado um plano individual de trabalho a realizar em período suplementar ao horário lectivo

Wednesday, August 25, 2010

Noticias das centrais de comunicação para desviar atenções




Vamos procurar aqui:
Uma viúva rica
5 milhões de euros em trânsito
Uma morte sangrenta
A "massa" que todos querem
Um Governo socialista desacreditado, podre...
Um primeiro ministro sem qualquer credibilidade
O escândalo da investigação do freeport a ocupar todas as notícias
Eleições presidênciais
Um político português do PSD ... fiel a Cavaco Silva.

Há mais de quinze dias (logo depois do escândalo que foi o relatório sobre o freeport) que a máquina socialista desvia o olhar do povo da economia, da educação, da justiça e do Pinto de Sousa com a história da velhota rica que mataram no Brasil.

Ver noticia do Correio da Manhã

Tuesday, August 24, 2010

Freeport - O PGR vacilante

Procurador-adjunto nomeado
PGR pede explicações sobre dificuldades, falhas e morosidade do processo Freeport

O procurador-geral da República (PGR), Pinto Monteiro, quer saber quais foram as principais dificuldades na investigação do processo Freeport, os motivos da morosidade e por que razão não foram ouvidas todas as pessoas que podiam ter interesse para o esclarecimento dos factos.
Num despacho com data de 2 de Agosto, Pinto Monteiro nomeou um procurador-geral adjunto para averiguar “todas as anomalias, eventualmente ocorridas na tramitação do inquérito, desde a sua instauração até ao seu encerramento”.
Nesse despacho, enviado hoje à agência Lusa, o PGR pede para que sejam averiguadas “as razões da morosidade e da descontinuidade da investigação, os períodos em que esteve parada, as dificuldades na concretização dos actos processuais e as datas e finalidades da sua prolação”.
Pinto Monteiro pretende também ver esclarecidos “os motivos pelos quais não foram ouvidas todas as pessoas cujas declarações pudessem ter interesse para o esclarecimento dos factos”, nomeadamente o primeiro-ministro, Pinto de Sousa, e o ministro da Presidência, Pedro Silva Pereira.
O inquérito relativo ao caso Freeport foi encerrado com os procuradores Vítor Magalhães e Paes Faria, responsáveis pelo processo, a colocarem no despacho final 27 perguntas que gostariam de ter feito ao primeiro-ministro, mas que não fizeram alegando falta de tempo.
“As razões por que não foi suscitada, na altura própria, a necessidade de prorrogar o prazo concedido para encerrar o inquérito, designadamente para serem feitas as perguntas que no despacho de encerramento ficaram expressamente indicadas” é outra das questões para as quais o PGR quer resposta.
A abertura deste inquérito baseou-se numa Resolução do Conselho Superior do Ministério Público, de 09 de Fevereiro de 2009, em que ficou decidido apoiar as iniciativas do PGR para o integral esclarecimento de todas as questões de índole processual ou deontológica que o processo Freeport possa suscitar.

Comentário: Se não existisse, este individuo tinha que ser inventado,,, Cada vez, é mais o protector de Pinto de Sousa e vice-versa... Foi um dos artistas principais nesta investigação do processo Freeport, e agora, comporta-se como virgem em lupanar... não fez nada, nada sabe e tem as mãos limpas ... Porque é que não reabre o pocesso Freeport, mais que não seja, para ouvir Pinto de Sousa?...

Bispo de Lamego critica fecho de escolas


Lamego é o concelho que mais escolas rurais encerrou ( vinte e uma escolas ). O Bispo de Lamego juntou ontem a sua voz aos críticos do encerramento das escolas de pequena dimensão:
O bispo de Lamego, D. Jacinto Botelho, alertou para as implicações familiares e sociais do encerramento de escolas primárias. Só no concelho de Lamego, vão fechar 21 estabelecimentos. "Estamos a retirar das nossas populações, já tão carenciadas e esquecidas, um meio que ainda poderia ser um agente de atracção, pelo que o encerramento das escolas é um factor que no futuro contribuirá, sem dúvida, para uma maior desertificação", sublinhou D. Jacinto Botelho, defendendo a manutenção de escolas com mais de dez alunos.
Fonte: CM de 24/8/2010

Friday, August 20, 2010

Mais computadores para crianças do 1º ciclo

A ministra da educação divulgou, ontem, qiunta feira, à saída da reunião do Conselho de Ministros que está tudo preparado para distribuir mais 250 mil computadores pelas crianças do 1º e do 2º anos de escolaridade. A distribuição será feita no início do ano lectivo.
É mais um crime pedagógico e um disparate financeiro. Oferecer computadores a crianças que ainda não sabem ler nem escrever é agravar ou dificultar as condições propícias à aprendizagem da leitura e da escrita. As crianças já passam horas a mais em frente dos televisores, consolas e telemóveis. Não precisam que o Estado desperdice dinheiro com o objectivo de que elas passem ainda mais tempo em frente dos ecrãs.
A distribuição de mais estes 250 mil computadores por crianças de 5, 6 e 7 anos de idade é um contributo para o aumento da obesidade, sedentarismo infantil e diabetes. Pobres crianças estas a quem o Estado tudo faz para afastar do contacto com a natureza, enfiando-as em mega-centros escolares high tech onde têm por companhia computadores, por distracção jogos de vídeo quase sempre pouco inteligentes e por enquadramento realidades virtuais quase sempre embrutecedoras.

Portugal é o 27º melhor do Mundo

Para fundamentar optimismos ou pessimismos e delinear hipóteses de mudar a posição no ranking, transcreve-se o seguinte artigo, que refere que Portugal está muito melhor do que o Burkina Faso e imediatamente atrás da Grécia

.Portugal é o 27.º melhor país do mundo
Diário de Notícias. 19-08-2010. por Susana Salvador

A revista norte-americana 'Newsweek' revelou a sua primeira lista dos melhores países do mundo tendo em conta cinco categorias distintas. No topo está um país nórdico, a Finlândia, havendo ainda outros três nórdicos nas primeiras dez posições."Se nascesse hoje, que país lhe iria proporcionar a melhor oportunidade de viver uma vida saudável, segura, razoavelmente próspera e com capacidade de ascensão?" Foi a esta pergunta que a revista norte-americana Newsweek quis responder no seu primeiro ranking dos melhores países do mundo. A resposta acabou por ser Finlândia, com Portugal a surgir no 27.º posto, logo atrás da Grécia.Num trabalho especial, a revista divulgou o resultado de vários meses de trabalho na análise de cinco categorias específicas: educação, saúde, qualidade de vida, dinamismo económico e ambiente político. A média destes indicadores deu a lista final de 100 países, liderada pela Finlândia e com o Burkina Faso no último lugar."Há verdades que já sabíamos: os melhores países tendem a ser pequenos, ricos, seguros e frios", escreve a revista. Mas uma análise mais específica dos dados (possível no site www.newsweek.com) permite examinar um importante número de tendências, quando se comparam países com populações ou rendimentos semelhantes.Não há dúvida de que os nórdicos dominam nos dez primeiros da lista. Além da Finlândia, em primeiro lugar, surge a Suécia em terceiro, a Noruega em sexto e a Dinamarca em décimo. "Os melhores países do mundo parecem ter isto em comum: evitam a guerra, vivem na escuridão e mantém um estado constante de depressão e produtividade", indicou o escritor Andrei Codrescu, convidado pela revista a analisar este domínio nórdico.No que respeita a Portugal, é nas áreas da saúde e do ambiente político que o país se destaca. Em ambos está no 23.º lugar da lista. O pior desempenho diz respeito ao dinamismo económico, no qual surgimos em 42.º lugar. Os dados, referentes a 2008 e 2009, apontam por exemplo que são necessários seis dias para se começar um novo negócio e dois anos para se resolver uma insolvência. Em relação ao crescimento produtivo, é de 21,8 dólares por pessoa - o de Singapura, país que ocupa a primeira posição neste indicador, é de 50,3.Além deste ranking, a revista escolheu também os dez líderes mundiais que, diz, se podem admirar. Entre eles está o brasileiro Lula da Silva, a chegar ao fim do seu segundo mandato, e o francês Nicolas Sarkozy, "amado no estrangeiro e odiado em casa". A única mulher é a Presidente da Libéria, Ellen Johnson Sirlead, apelidada de "a construtora". Da lista, curiosamente, não faz parte o americano Barack Obama.Imagem da Net

Certificados do 12º ano via Novas Oportunidades à venda por 400 Euros

A notícia vem no iOnline: certificados do 12º ano à venda na net por 400 euros. A Agência Nacional para a Qualificação detectou casos de portefólios integralmente copiados da Internet. O Ministério Público está a investigar.
O alerta nasceu a partir das visitas de acompanhamento de técnicos da ANQ a centros de Novas Oportunidades. Durante essas visitas, foi possível verificar que alguns dos beneficiários do programa incluiram no portefólio reflexivo da aprendizagem trabalhos integralmente copiados da Internet.
O Presidente da ANQ, Luis Capucha, desvalorizou a situação mas admitiu que possa haver trabalhos copiados da Internet. Não quis, no entanto, dizer quantos casos foram detectados.
O esquema funciona assim: há empresas que colocam anúncios na Internet a oferecerem os trabalhos a incluir no portefólio reflexivo de aprendizagem. Os preços pedidos variam entre os 400 e os 500 euros. Clientes não faltam. Há também casos de alunos que, após obterem o certificado do 12º ano, colocam a render o portefólio, vendendo-o na Internet. Podem não ter aprendido nada de Matemática, Português ou História mas aprenderam alguma coisa de empreendedorismo. Por este caminho, os portugueses poderão tornar-se, em breve, um Povo de empreendedores...trafulhas. Os "bons" exemplos não faltam. E vêm de cima.

Wednesday, August 18, 2010

Despovoamento

O tempo encarregar-se-á de explicar a justeza da decisão de encerramento a eito de escolas de primeiro ciclo. Nalguns casos, e com a substituição na mesma área geográfica por centros escolares mais bem equipados, parece-me incontestável. O que é desde logo motivo de apreensão é sabermos de crianças que passam a percorrer várias dezenas de quilómetros diários para chegarem à escola.

Pode consultar, aqui, uma lista concelhia com as escolas que vão encerrar.

Governo a gastar cada vez mais- Mais 546 milhões!

Foi agora noticiado que o Governo acrescentou à verba orçamentada mais 546 milhões de euros.
Ver aqui .
Dinheiro para Ministérios, Institutos Públicos e Assembleia da República
Ora, em vez da contenção da despesa o Governo ainda gasta mais.
O que significa que O PIB é menor, o crescimento não arranca.
Só propaganda!

Perguntas a que uma pessoa não sabe responder

Oiço, num telejornal, que os nossos bombeiros aguardam, desde 2007, pela «actualização», em cerca de 90 veículos, do seu «inventário» automóvel de combate aos incêndios. Se a espera dos bombeiros por 90 veículos já dura 4 anos, será legítimo deduzir, partindo dos princípios da urgência relativa e da proporcionalidade, que terá sido de 40 anos - no mínimo! - a espera dos nossos governantes pela recente «actualização», em cerca de 900 veículos, do seu «inventário» automóvel para «transporte de conforto» entre domicílio e local de trabalho

Tuesday, August 17, 2010

Estratégias de manipulação

Para além destas estratégias de manipulação, apresentadas pelo linguista e filósofo da linguagem norte-americano Noam Chomsky, existem, obviamente, outras oriundas da neuropsicologia, da psicologia da percepção, da psicologia social e das ciências da comunicação, que procurarei tematizar mais tarde.Estas constituem um importante contributo para se compreender o fenómeno da manipulação política, que, entre nós, tem no socratismo o seu mais pérfido expoente.
Noam Chomsky elaborou a lista das "10 estratégias de manipulação" através dos meios de comunicação social:

1- A ESTRATÉGIA DA DISTRACÇÃO.
O elemento primordial do controlo social é a estratégia da distracção que consiste em desviar a atenção do público dos problemas importantes e das mudanças decididas pelas elites políticas e económicas, mediante a técnica do dilúvio ou inundações de contínuas distracções e de informações insignificantes. A estratégia da distracção é igualmente indispensável para impedir que o público manifeste interesse pelos conhecimentos essenciais, na área da ciência, da economia, da psicologia, da neurobiologia e da cibernética. "Manter a atenção do público distraída, longe dos verdadeiros problemas sociais, cativada por temas sem importância real. Manter o público ocupado, ocupado, ocupado, sem nenhum tempo para pensar" (vide 'Armas silenciosas para guerras tranquilas').

2- CRIAR PROBLEMAS, DEPOIS OFERECER SOLUÇÕES.
Este método também é chamado "problema-reacção-solução". Cria-se um problema, uma "situação" prevista para causar certa reacção no público, a fim de que este seja o mandante das medidas que se deseja fazer aceitar. Por exemplo: deixar que se desenvolva ou se intensifique a violência urbana, ou organizar atentados sangrentos, a fim de que o público seja o mandante de leis de segurança e políticas em prejuízo da liberdade. Ou também: criar uma crise económica para fazer aceitar como um mal necessário o retrocesso dos direitos sociais e o desmantelamento dos serviços públicos.

3- A ESTRATÉGIA DA GRADAÇÃO.
Para fazer com que se aceite uma medida inaceitável, basta aplicá-la gradativamente, a conta-gotas, por anos consecutivos. É dessa maneira que condições sócio-económicas radicalmente novas (neoliberalismo) foram impostas durante as décadas de 1980 e 1990: Estado mínimo, privatizações, precariedade, flexibilidade, desemprego em massa, salários que já não asseguram empregos decentes, tantas mudanças que haveriam provocado uma revolução se tivessem sido aplicadas de uma só vez.

4- A ESTRATÉGIA DO DIFERIDO.
Outra maneira de se fazer aceitar uma decisão impopular é apresentá-la como sendo "dolorosa e necessária", obtendo a aceitação pública, no momento, para uma aplicação futura. É mais fácil aceitar um sacrifício futuro do que um sacrifício imediato. Primeiro, porque o esforço não é sentido imediatamente. Em seguida, porque o público tem sempre a tendência a esperar ingenuamente que "tudo irá melhorar amanhã" e que o sacrifício exigido poderá ser evitado. Isto dá mais tempo ao público para acostumar-se com a ideia de mudança e aceitá-la com resignação quando chegue o momento.

5- DIRIGIR-SE AO PÚBLICO COMO CRIANÇAS DE BAIXA IDADE.
A maioria da publicidade dirigida ao grande público utiliza discurso, argumentos, personagens e entoação particularmente infantis, muitas vezes próximos à debilidade, como se o espectador fosse uma criança de baixa idade ou um deficiente mental. Quanto mais se intente buscar enganar ao espectador, mais se tende a adoptar um tom infantilizante. Porquê? "Se você se dirige a uma pessoa como se ela tivesse a idade de 12 anos ou menos, então, em razão da sugestionabilidade, ela tenderá, com certa probabilidade, a uma resposta ou reacção também desprovida de um sentido crítico, como a de uma pessoa de 12 anos ou menos de idade.

6- UTILIZAR O ASPECTO EMOCIONAL MUITO MAIS DO QUE A REFLEXÃO.
Fazer uso do aspecto emocional é uma técnica clássica para causar um curto circuito na análise racional e por inactivar o sentido critico dos indivíduos. Além do mais, a utilização do registo emocional permite abrir a porta de acesso ao inconsciente para implantar ou enxertar ideias, desejos, medos e temores, compulsões ou induzir comportamentos.

7- MANTER O PÚBLICO NA IGNORÂNCIA E NA MEDIOCRIDADE.
Fazer com que o público seja incapaz de compreender as tecnologias e os métodos utilizados para seu controlo e sua escravidão. "A qualidade da educação dada às classes sociais inferiores deve ser a mais pobre e medíocre possível, de forma que a distância da ignorância que paira entre as classes inferiores às classes sociais superiores seja e permaneça impossível para o alcance das classes inferiores" (vide 'Armas silenciosas para guerras tranquilas').

8- ESTIMULAR O PÚBLICO A SER COMPLACENTE NA MEDIOCRIDADE.
Promover o público a achar que é moda o facto de ser estúpido, vulgar e inculto.

9- REFORÇAR A REVOLTA PELA AUTO-CULPABILIDADE.
Fazer o indivíduo acreditar que é somente ele o culpado pela sua própria desgraça, por causa da insuficiência de sua inteligência, de suas (in)capacidades ou de seus esforços. Assim, ao invés de rebelar-se contra o sistema económico e político, o individuo auto-desvaloriza-se e culpa-se, o que gera um estado depressivo do qual um dos seus efeitos é a inibição da sua acção. E, sem acção, não há revolução!

10- CONHECER MELHOR OS INDIVÍDUOS DO QUE ELES MESMOS SE CONHECEM.
No transcorrer dos últimos 50 anos, os avanços acelerados da ciência têm gerado um crescente hiato entre os conhecimentos do público e aqueles possuídos e utilizados pelas elites dominantes. Graças à biologia, à neurobiologia e à psicologia aplicada, o "sistema" tem desfrutado de um conhecimento avançado do ser humano, tanto de forma física como psicologicamente. O sistema tem propiciado conhecer melhor o indivíduo comum do que ele mesmo se conhece a si mesmo. Isto significa que, na maioria dos casos, o sistema exerce um controlo maior e um grande poder sobre os indivíduos do que aquele que os indivíduos conseguem sobre si mesmos.

(Texto corrigido e adaptado a partir de uma versão recebida por e-mail)