Thursday, December 31, 2009

Esclarecimentos


Depois de Noronha de Nascimento ter "enxovalhado" as suas capacidades profissionais, o juiz de instrução do processo "Face Oculta" está disponível para "esclarecer tudo" sobre as escutas a José Sócrates, relata o Sol na edição de amanhã.
Já se percebeu que os dois fazem interpretações distintas das escutas, sendo que o primeiro afirma não haver quaisquer indícios de actividade criminal por parte do Primeiro-ministro, enquanto o juiz de Aveiro, perante os mesmos dados, considerou que existem. Porque está em causa o Primeiro-ministro, personalidade que deveria estar acima de qualquer suspeita, é urgente esclarecer este assunto. Se o juiz de Aveiro agiu como relata Noronha de Nascimento, questiono-me porque ainda está em funções? Será que existe o receio de afrontar o juiz? Será que têm medo que ele esclareça mesmo tudo? Depois dos acontecimentos de hoje, alguma coisa terá de suceder. Não podemos continuar a observar esta guerra, que já deixou de ser surda, entre agentes da justiça portuguesa.

O primeiro ministro Pinto de Sousa está fortemente apoiado pela Maçonaria, só cairá quando esta o permitir.

Tuesday, December 22, 2009

Elites são indispensáveis

Onde estão as elites?
De: José António Saraiva

No tempo de Salazar não havia universidades privadas. Ou melhor: havia a Católica, fundada em 1968, mas essa tinha um estatuto especial. Depois do 25 de Abril, uma das reivindicações dos liberais foi, naturalmente, a criação de universidades fora da tutela do Estado.E a explosão da população universitária (provocada, também, pelo fim dos cursos profissionalizantes, uma das decisões mais erradas tomadas em Portugal) fez o resto. As universidades privadas multiplicaram-se como coelhos: Lusíada, Independente, Lusófona, Internacional, Atlântica, Moderna... Uns anos depois os escândalos também se multiplicariam em cadeia: a Moderna foi o que se sabe e fechou, a Independente foi o que também se sabe e fechou igualmente, a Internacional idem.Mas o problema principal não foi o encerramento das universidades, que mais tarde ou mais cedo teria de ocorrer face à queda do número de alunos. O problema principal foi o facto de ter ficado claríssimo que muitas universidades tinham como único objectivo o negócio – e, ainda por cima, o negócio fraudulento. O país constatou que em algumas universidades funcionavam verdadeiros gangues, gente sem escrúpulos organizada em termos de associação criminosa. Foi isto o que se passou na área do ensino superior privado.Na banca a história foi mais ou menos semelhante. É certo que antes do 25 de Abril não havia restrições tão estreitas como nas universidades. No tempo do anterior regime podiam fundar-se bancos privados – embora sob a vigilância próxima do Estado (e o olhar atento de Salazar). Mesmo assim houve ‘casos’ nesta área, como o da herança Sommer e os conflitos com Cupertino de Miranda. Mas, passado o período revolucionário, a banca portuguesa adquiriu um novo fôlego, traduzido nas reprivatizações dos bancos que tinham sido nacionalizados (como o BPA, o Totta ou o Espírito Santo) e na fundação de bancos novos (como o BCP e o BPI, a que se seguiram muitos outros), não esquecendo as aquisições e fusões em série.Tudo parecia correr bem nesta área quando, de repente, estalou o escândalo do BCP. Um escândalo de contornos mal definidos, que essencialmente resultou de uma zanga entre grandes accionistas, destapando situações que noutras circunstâncias não teriam provavelmente consequências.Só que ao escândalo do BCP seguiu-se o do BPN e a este o do BPP. E, aqui, toda a área ficou sob suspeita. Tal como sucedeu nas universidades – em que, depois de conhecidas as fraudes, só as públicas e a Católica não passaram a ser olhadas com desconfiança –, na banca portuguesa só a Caixa Geral de Depósitos não foi afectada pela hecatombe.Olhemos agora para o futebol. O futebol sempre foi uma área difusa, dominada por interesses privados, mas que o anterior regime acompanhava de perto. O Benfica tinha o claro apoio do Estado (Salazar não deixou Eusébio emigrar), o Sporting integrava figuras gradas do regime, até o Belenenses beneficiava de ter Américo Thomaz como adepto e presidente honorário. Mas o 25 de Abril também provocou aqui uma pequena revolução, ‘completada’ mais tarde por Pinto da Costa – que transferiu o centro de gravidade clubístico de Lisboa para o Porto. Ora, tal como sucedeu nas duas áreas anteriores, depois de o futebol ter sido entregue a si próprio não tardou muito a que começasse a falar-se de escândalos. O mais célebre foi o Apito Dourado, mas muitos outros ocorreram envolvendo árbitros, dirigentes e presidentes de Câmara: José Guímaro, Pimenta Machado, Valentim Loureiro, Fátima Felgueiras, José Eduardo Simões, etc., etc.Em três sectores que fugiram ao controlo ou à tutela do Estado, e onde a sociedade civil passou a operar livremente, o resultado está a vista: deu-se o descalabro. Houve de tudo: corrupção, fraudes financeiras, gestão ruinosa, associações criminosas, fugas ao fisco, eu sei lá!Ora isto diz muito sobre as nossas elites. Em duas áreas de referência da sociedade – a universidade e a banca – e naquela que provoca mais paixões e arrasta multidões – o futebol –, os dirigentes falharam rotundamente. E é este o aspecto mais preocupante da sociedade portuguesa.Todos os países podem ter melhores ou piores Governos. Mas os países só podem verdadeiramente andar para a frente se tiverem boas elites. Se, nos sectores vitais da sociedade, houver gente capaz, séria, competente e empreendedora.Ora. em várias áreas-chave temos tido demasiada gente que não presta. Gente que não hesita em recorrer à fraude, à corrupção, à usura para alcançar os objectivos.Se os portugueses funcionam bem quando estão lá fora, por que não renderão o mesmo aqui? Exactamente porque não existem elites capazes de estimular e enquadrar os cidadãos, aproveitando ao máximo as potencialidades do país.

José António Saraiva

Friday, December 18, 2009

o circo actual - o palhaço

Transcrição do artigo de opinião do Jornal de Notícias,
:O palhaço JN. 091214. 00h30m. Por Mário Crespo

O palhaço compra empresas de alta tecnologia em Puerto Rico por milhões, vende-as em Marrocos por uma caixa de robalos e fica com o troco. E diz que não fez nada. O palhaço compra acções não cotadas e num ano consegue que rendam 147,5 por cento. E acha bem. O palhaço escuta as conversas dos outros e diz que está a ser escutado. O palhaço é um mentiroso. O palhaço quer sempre maiorias. Absolutas. O palhaço é absoluto. O palhaço é quem nos faz abster. Ou votar em branco. Ou escrever no boletim de voto que não gostamos de palhaços. O palhaço coloca notícias nos jornais. O palhaço torna-nos descrentes. Um palhaço é igual a outro palhaço. E a outro. E são iguais entre si. O palhaço mete medo. Porque está em todo o lado. E ataca sempre que pode. E ataca sempre que o mandam. Sempre às escondidas. Seja a dar pontapés nas costas de agricultores de milho transgénico seja a desviar as atenções para os ruídos de fundo. Seja a instaurar processos. Seja a arquivar processos. Porque o palhaço é só ruído de fundo. Pagam-lhe para ser isso com fundos públicos. E ele vende-se por isso. Por qualquer preço. O palhaço é cobarde. É um cobarde impiedoso. É sempre desalmado quando espuma ofensas ou quando tapa a cara e ataca agricultores. Depois diz que não fez nada. Ou pede desculpa. O palhaço não tem vergonha. O palhaço está em comissões que tiram conclusões. Depois diz que não concluiu. E esconde-se atrás dos outros vociferando insultos. O palhaço porta-se como um labrego no Parlamento, como um boçal nos conselhos de administração e é grosseiro nas entrevistas. O palhaço está nas escolas a ensinar palhaçadas. E nos tribunais. Também. O palhaço não tem género. Por isso, para ele, o género não conta. Tem o género que o mandam ter. Ou que lhe convém. Por isso pode casar com qualquer género. E fingir que tem género. Ou que não o tem. O palhaço faz mal orçamentos. E depois rectifica-os. E diz que não dá dinheiro para desvarios. E depois dá. Porque o mandaram dar. E o palhaço cumpre. E o palhaço nacionaliza bancos e fica com o dinheiro dos depositantes. Mas deixa depositantes na rua. Sem dinheiro. A fazerem figura de palhaços pobres. O palhaço rouba. Dinheiro público. E quando se vê que roubou, quer que se diga que não roubou. Quer que se finja que não se viu nada.Depois diz que quem viu o insulta. Porque viu o que não devia ver.O palhaço é ruído de fundo que há-de acabar como todo o mal. Mas antes ainda vai viabilizar orçamentos e centros comerciais em cima de reservas da natureza, ocupar bancos e construir comboios que ninguém quer. Vai destruir estádios que construiu e que afinal ninguém queria. E vai fazer muito barulho com as suas pandeiretas digitais saracoteando-se em palhaçadas por comissões parlamentares, comarcas, ordens, jornais, gabinetes e presidências, conselhos e igrejas, escolas e asilos, roubando e violando porque acha que o pode fazer. Porque acha que é regimental e normal agredir violar e roubar.E com isto o palhaço tem vindo a crescer e a ocupar espaço e a perder cada vez mais vergonha. O palhaço é inimputável. Porque não lhe tem acontecido nada desde que conseguiu uma passagem administrativa ou aprendeu o inglês dos técnicos e se tornou político. Este é o país do palhaço. Nós é que estamos a mais. E continuaremos a mais enquanto o deixarmos cá estar. A escolha é simples.Ou nós, ou o palhaço

A Prenda

O país está podre, endividado e falho de crédito. As fábricas fecham ou ameaçam fechar. Não há dinheiro para nada a não ser para o Magalhães, para o betão e para o TGV. Todavia, a "prenda" de natal do governo para os portugueses (era, aliás, o que lhes estava a fazer mais falta) é a aprovação em conselho de ministros da proposta de lei sobre casamento entre pessoas do mesmo sexo que depois seguirá para o parlamento. É, porém, necessária esta pressa toda? E o termo "casamento" é o adequado ou usa-se "porque sim" e porque Pinto de Sousa quer começar o ano com o seu neurónio de esquerda descansadinho? Isto parece paradoxal, mas então por que é que deixam a possibilidade da adopção de fora se essa era a que mais "sentido" social fazia e não chamam união civil a algo que que não é um casamento? Não estou a ver homossexuais do "interior profundo" a correr à "loja do cidadão" para se casarem. Este diploma é uma cedência ao elitismo urbano com capacidade mediática reivindicativa. Até aquelas duas moças, a "Lena" e a "Teresa", não resistiram ao show e foram por aí exibidas como duas "joanas d'arc" ao contrário. Que lhes faça, pois, a todos bom proveito.

Afinal, parece que a cúpula do MP quis abafar o caso " Freeport"


Que Lopes da Mota se devia ter demitido do Eurojust em Maio passado, a fim de evitar o enxovalho que Portugal está agora a sofrer nesse organismo de cooperação judiciária entre os países da União Europeia, é coisa que qualquer pessoa não comprometida percebe.É que é sempre lamentável sair de empurrão.Mas o caso ganha maior gravidade quando é o próprio advogado de Lopes da Mota, o bem relacionado Magalhães e Silva, a desmentir frontalmente Pinto Monteiro, dizendo que o seu constituinte "está a ser o bode expiatório das pressões que, em Janeiro, a hierarquia do MP fez para que o caso Freeport fosse arquivado".
Quer dizer: a defesa de Lopes da Mota diz que houve pressões da cúpula do Ministério Público para que o caso de corrupção do Freeport não desse em nada.Exige-se agora que o Procurador-Geral da República, Pinto Monteiro, confirme ou infirme esta acusação de Magalhães e Silva.Sob pena de o seu silêncio dever ser interpretado como confissão. O que também já não surpreenderá, diga-se.

Friday, December 11, 2009

Ridiculo

Ver noticia

A Directora Regional de Educação do Centro, que iniciou funções a 2 de Dezembro, cessou funções depois de divergências com o Ministério da Educação (ME) em torno da nomeação dos novos adjuntos. Em causa estará a imposição, politica, de dois adjuntos que a nova directora recusou. Por esclarecer está saber se tratou de uma demissão ou se a directora terá sido demitida.

Carta de apresentação de Beatriz Proença

No site da Direcção Regional de Educação do Centro (DREC) pode ler-se a carta de apresentação de Beatriz Proença como a nova directora da DREC.

Comissão Europeia com dúvidas sobre ajuste directo dos Magalhâes à Sá Couto

A Comissão Europeia mantém dúvidas sobre a legalidade do ajuste directo da compra dos Magalhães à empresa Sá Couto. Ontem, no programa da SIC, Quadratura do Círculo, o ex-ministro Mário Lino deu explicações sobre o caso do financiamento do e-escolas e do e-escolinhas e do papel que a Fundação para as Telecomunicações Móveis teve no processo. O ex-ministro não conseguiu justificar o desvio de 180 milhões de euros da Acção Social Escolar para pagar parte dos custos com o processo de compra dos computadores. As explicações de Mário Lino não convenceram Lobo Xavier nem Pacheco Pereira.

A Comissão Europeia também não está convencida e pondera a possibilidade de levar o assunto para contencioso.

Ontem, o conselho de ministros aprovou o lançamento de um concurso público internacional para a compra de 250 mil portáteis. Apesar dos avisos de pedagogos, que insistem que é um erro pedagógico oferecer computadores a crianças que ainda não sabem ler, o Governo insiste na estratégia.

Entretanto o PSD já formalizou a constituição da comissão parlamentar de inquérito à administração da Fundação para as Comunicações Móveis.

A ministra da educação veio, ontem, em socorro da sua antecessora , afirmando que todo o processo de financiamento decorreu de forma legal e que o Ministério da Educação não teve interferência no processo.

Não teve? Quem liderou o processo de distribuição pelas escolas? Não foram as DREs? Quem andou, ao lado do primeiro-ministro, com as televisões atrás, a oferecer portáteis às crianças? Não foi a ministra da educação? E a Acção Social Escolar, de onde saiu parte do dinheiro para pagar os computadores, não está sob a alçada do Ministério da Educação?

Thursday, December 10, 2009

A palhaçada



É sempre um espectáculo confrangedor ter dois «representantes do povo» à batatada. Claro que aqui meti «representantes do povo» entre aspas porque ambos são apenas representantes de si próprios e porta-votos de um outro a quem prestam contas.
Um comportamento decente seria a apresentação da demissão tanto de um como de outro. Mas decência é coisa que já não se espera, principalmente vinda de certos personagens. E com as instituições transformadas em circos, chamar «palhaço» a quem quer que seja é, antes de tudo o resto, um exercício de informação pública rigorosa.

Wednesday, December 09, 2009

Medina Carreira -" os deputados não valem nada"

Medina Carreira: "Deputados não valem nada"

-Antigo ministro das Finanças acusa os deputados da Assembleia da República de não terem voz activa e compara Parlamento à Assembleia Nacional de Salazar.
-"Aquilo [o Parlamento] vale tanto como a Assembleia Nacional do Salazar. Eles não valem nada, não têm voz activa", disse Medina Carreira.
-Intervindo durante a tertúlia "125 Minutos com...", de Fátima Campos Ferreira, que decorreu no Casino da Figueira da Foz, Medina Carreira disse que no tempo de Salazar a "mistificação" na Assembleia era "igual" mas "mais autêntica".
-"Salazar dizia 'ninguém mia' e ninguém miava. Agora é um fingimento, quem está na Assembleia são os tipos escolhidos pelo chefe do partido, se miam não entram na legislatura seguinte e como vivem daquilo têm de não miar", sublinhou.
-Rotulou os deputados de "obedientes" e "escravozitos que andam por ali na mão dos chefes partidários".
-"Sabem que se falarem, não entram [nas listas]", disse, dando como exemplos o histórico socialista Manuel Alegre e os ex-ministros Manuel Maria Carrilho e João Cravinho.
-"O Alegre falou, correram com ele, ao Manuel Maria Carrilho deram-lhe um lugar bom em Paris, o Cravinho começou a mexer na corrupção deram-lhe um lugar em Londres. E aqueles outros que não podem ir para Londres nem para Paris, calam-se", argumentou Medina Carreira.Defendeu alterações ao sistema eleitoral, que classificou de "saco de gatos".
-"É um sistema de saco de gatos, o partido mete lá [nas listas] 20 pândegos. Contaram-se os votos, saem cinco e o senhor foi um dos cinco que saiu", ilustrou.
-Referindo que os deputados "não têm de lutar pela eleição", preconizou, embora sem o referir, a constituição de círculos uninominais, em que a escolha dos deputados seja feita directamente pelos eleitores e não pelos "chefes" partidários.
-Considerou que dos 230 parlamentares actuais, o número de bons deputados não excede os 30 "e o resto anda lá para cumprir horário".
-"Nós temos umas instituições para decoração, enquanto o povo não eleger os deputados, aquilo [a Assembleia da República] é uma construção caduca", sustentou. (Jornal de Notícias)-

Comentário: Subscrevo inteiramente as opiniões de Medina Carreira. Efectivamente, a Assembleia da República não tem qualidade alguma.Estão lá apenas para assinar o livro de ponto e receberem uns quantos milhares de euros no fim do mês!...

Tuesday, December 08, 2009

Portugal- má gestão das contas públicas

Depois da Moody'sStandard & Poor's baixa avaliação das finanças públicas portuguesas -A agência de notação financeira Standard & Poor’s piorou hoje a avaliação da dívida pública portuguesa de “estável” para “negativa”, devido à elevada deterioração das finanças públicas e aponta para 8 por cento o défice orçamental em 2009.

“A revisão do outlook reflecte a nossa perspectiva do aumento do potencial para uma diminuição do rating devido à maior deterioração das finanças públicas de Portugal do que a que esperávamos, incluindo um esperado rápido aumento da taxa de dívida publica em percentagem do PIB (Produto Interno Bruto) para mais de 90 por cento em 2011”, afirmou o analista de crédito da agência Kai Stukenbrock, em comunicado.

A agência considera ainda que as debilidades estruturais e a elevada alavancagem da economia portuguesa, aliadas à fraca competitividade externa, devem manter o crescimento económico em níveis baixos, o que, por sua vez, “tornará a consolidação orçamental ainda mais difícil nos próximos anos”.

A Standard & Poor’s estima também que o défice orçamental português atinja os 8 por cento em 2009, um valor que se deve manter em 2010, porque “o Governo estará relutante em iniciar esforços de consolidação significativos enquanto a recuperação económica não for mais forte”.

Comentário: Num (des)governo de cinzentões, não admira que tenhamos um dos piores ministros das Finanças da UE... Está mais que provado que, com esta gente, não vamos lá... O défice será sempre grande, e o país afundar-se-á mais depressa...

Monday, December 07, 2009

Transcrição de outras escutas famosas



Transcrições de outras escutas famosas (relembrando o passado)

- Eu sempre disse que queira ser julgado na televisão.
- Mas porquê?
- Porque na televisão estou olhos nos olhos com as pessoas e eu sou uma pessoa frontale também há aquela vantagem pequenina de na televisão ninguém ir preso(…)
- Quais documentos? Quem é que falou em documentos?
- Por amor de Deus, o Major acabou de falar em documentos… temos isto gravado.
- Mas vocês estão a gravar isto? Então, mas agora eu não posso falar com ninguém que não ponham a gravar…

Friday, December 04, 2009

Alunos apanhados a ver pornografia nos Magalhães


Alunos de uma escola básica da Maia foram apanhados a ver pornografia nos computadores Magalhães. Alertada por professores, a Câmara avançou com uma formação para prevenir os pais dos riscos informáticos.

A Autarquia critica a falta de segurança dos portáteis. A situação deixou alarmada a comunidade escolar e está a preocupar os encarregados de educação. Muitos deles só agora tomam consciência de que é obrigatório ter mais atenção às novas ferramentas de ensino usadas pelas crianças.

As debilidades de segurança da máquina disponibilizada às crianças do Ensino Básico ficaram bem patentes quando docentes e auxiliares de Educação depararam, no próprio recinto escolar, com alunos a navegar por páginas de conteúdo pornográfico. O acesso a esse tipo de material está vedado através do controlo parental, mas, conforme explicaram técnicos municipais, basta uma simples pesquisa no google para conseguir a palavra-chave que desbloqueia o computador.
Fonte: Apanhados na escola a ver pornografia nos Magalhães
Foram distribuídos 500 mil Magalhães com o dinheiro do Povo com o objectivo de aliciarem os votos dos pais das criancinhas e queriam que, por magia, as máquinas ensinassem as crianças a ler, a escrever e a fazer contas. Uma ideia do licenciado mais mediático da Universidade Independente que não está a resultar.

O afundamento

No poder, acumulam-se os sinais de desespero e uma estranha crispação. A economia afunda-se e alguns actores políticos continuam a insultar diariamente a nossa inteligência. O desemprego já ultrapassa 10%, isto pela primeira vez, apesar da forte emigração para Angola, Suíça, etc. A próxima geração de jovens não tem saídas profissionais (para eles, só há empregos precários e mal pagos) e os que estudaram têm de sair do país, por falta de trabalho compatível. O governo parece paralisado, sem saber o que fazer, a oposição não existe. Cada cena (veja-se a de Vieira da Silva, ontem, no parlamento) é mais patética do que a anterior.
Marcelo Rebelo de Sousa, que sabe mais disto a dormir do que nós acordados, admitia ontem na televisão que a situação política podia mudar a curto prazo (ele usou uma frase mais colorida e ambígua, mas cujo sentido era esse).
Em Portugal, existe um estado de negação do óbvio. Os problemas do País são muito mais graves do que sustenta a propaganda governamental. Vejam aqui. Segundo o FMI, em 2010, haverá um magro crescimento de meio ponto percentual, "mas as perspectivas são pouco mais brilhantes num prazo mais longo", dizem os autores do estudo. O governo não vê nada disto, a oposição parlamentar de direita parece apostar na continuação do afundamento (quando bater no fundo, então, logo se verá) e a esquerda mantém o discurso das fórmulas que falharam no passado.
Em resumo, parecemos condenados a empobrecer devagar até 2017 ou 2018, ou de forma brutal em dois ou três anos. O desemprego e a dívida encontram-se em níveis nunca vistos, isto nunca foi testado e não sabemos os efeitos que terá na sociedade. Em 2014, acabam-se os fundos europeus, ou estes serão brutalmente reduzidos, desviados para o leste da UE.
Reparem que toda a situação em que estamos ocorre numa época em que o país está a ser subsidiado pela Europa a um ritmo anual de 3% do PIB. (Este governo teve 24 mil milhões de euros para gastar). Dinheiro em fundos estruturais que estamos a desperdiçar da forma mais estúpida.
O nosso ministro das Finanças é considerado o pior ministro da Comunidade Económica Europeia, já teve de fazer vários orçamentos rectificativos.


Wednesday, December 02, 2009

Brincadeiras da nossa Justiça

O Departamento de Investigação e Acção Penal de Lisboa (DIAP), liderado por Maria José Morgado, vai investigar se alguns arguidos do processo de Aveiro foram avisados de que a Polícia Judiciária estava a fazer escutas aos seus telemóveis. É que, de um momento para o outro, todos mudaram de aparelho, excepto o empresário Manuel Godinho.
Tenho lido muitas opiniões contra as críticas dirigidas ao nosso sistema de justiça. Mas a verdade é que temos uma justiça que não se dá ao respeito, e que muitas vezes apenas actua devido à pressão da comunicação social. O que diz muito da sua eficácia.
Segundo uma notícia do jornal Sol da semana passada, os suspeitos no processo "Face Oculta" foram avisados que estavam a ser escutados. Isto terá acontecido no dia 25 de Junho, data em que todos os suspeitos, misteriosamente, mudaram de telemóvel. Mas será que apenas após esse facto ter sido noticiado pelo SOL é que os ilustres dignatários da justiça decidiram actuar? Será que foi preciso o país inteiro tomar conhecimento dessa suspeita para os responsáveis avançarem com um processo de investigação? Depois queixem-se que ninguém leva a sério esta justiça...

Tuesday, December 01, 2009

A Herança Socialista


Máximo desde que há registos
Desemprego supera 10% em Portugal

A taxa de desemprego em Portugal superou a fasquia dos 10%, em Outubro, de acordo com os dados do Eurostat. Portugal tem agora a quarta taxa mais elevada da Zona Euro, com 10,2% de desempregados, registando um recorde de 26 anos.
Nunca a taxa esteve acima dos 10%, pelo menos desde que o Eurostat começou a recolher os dados, em 1983. São, assim, cerca de 570 mil os portugueses no desemprego.
Portugal surge como a quarta taxa mais elevada entre os países da Zona Euro, só superado pela Eslováquia, Irlanda e Espanha.
Segundo o Eurostat, a taxa de desemprego entre pessoas do sexo feminino em Portugal está agora nos 10,9%. Entre os homens, atingiu 9,6% em Outubro (no mesmo mês de 2008, era de 6,7%).
Os jovens continuam a ser os mais afectados pelo desemprego: a taxa entre os que têm menos de 25 anos fixou-se nos 18,9% em Outubro.


A crise é geral mas tem piores efeitos em Portugal. O nosso país também tem um piores governos da Zona Euro, mais voltado para festanças, tgv e auto-estradas que de nada servem, em vez de se preocupar com a vida das pessoas.

Os números não mentem. É este o retrato mais nítido dos 13 anos de governação socialista.

Monday, November 30, 2009

Caiu outra praça forte da parvalhização



Sabia- se há muito que Las Vegas era a capital do dinheiro novo e da idiotia multimilionária. Ali servem-se hamburger's acompanhados de french fries, regados com Bordeaux, a 6000 dólares; ali há hotéis onde a pernoita chega aos 40.000 e o pequeno-almoço de corn flakes se sorve com champanhe. Ali vão tolos de todo o mundo beber o Ménage a Trois, cocktail que orça os 3.000 dólares por copo, passear-se nas limousines de oito rodas a 2.000 dólares por hora, comer o caviar Beluga a 5.000 dólares o frasco ou aspergir-se com o Kona Nigari, água retirada das profundezas do oceano. É um verdadeiro mostruário, exaustivo e grandioso, das infinitas possibilidades que o ser humano atinge após porfiado esforço para se rebaixar. Las Vegas foi o ícone - como está no moda o palavrão - da "cultura popular", do hórrido, do sem-gosto, do reles que não consegue atingir os calcanhares do Kitsch.
Há cerca de uma dúzia de anos, o Dubai começou a ser falado com um fascínio digno de suspeita, pois os seus entusiastas eram, sem tirar, a gentuça que povoa os programas da CNBC, do Bloomberg e da CNN, com a sua gritante alarvidade, cupidez pelo negócio e desbaratamento da inteligência. Em 1900, eram 10.000 pessoas vivendo em tendas esburacadas, alimentando-se de tâmaras e uns peixes que davam à costa. Em 2005, eram mais de um milhão entregando-se a prodigiosas actividades ciclópicas de construção, a especulação bolsista, indústria de entretenimento e ao ocioso malbaratamento dos recursos petrolíferos. Ali chegavam milhões de turistas, não para a aventura do deserto e das praias, mas para os mais caros restaurantes, as mais caras lojas, os mais sofisticados hotéis do mundo. Ali tudo atingiu o gigantismo de que o mentecaptismo se serve para compensar a criatividade: o Palm Jumeirah, o Wadi Waterpark, uma Disneylândia arabizada, o Burj Dubai, a mais alta torre do mundo, o Hydropolis, o primeiro hotel subaquático do mundo, The World, uma constelação de ilhas artificiais cujo conjunto realiza a orbe terrestre, o Snow Park, o maior complexo mundial de pistas de ski em gelo. Uma fantasia sem graça, o símbolo maior da parvalhização e do sonho de uma aldeia global povoada de ricos patetas e patetas ricos.
Era, até dia 27 de Novembro, a "cidade global". Tudo se desmoronou numa noite. Outras seguir-lhe-ão as pisadas. Estou para ver como reagirão os business first à derrocada de outras Mecas e Jerusaléns da religião do dinheiro. E quando Singapura, o mais civilizado reduto da parvalhização, seguir o exemplo do Dubai ?

Um socialista desalinhado

Henrique Neto no Jornal de Leiria (página 16 do link ):
(…) Com o clima de corrupção generalizada existente, com os métodos usados na revisão dos preços, com os objectivos anunciados e com as prioridades conhecidas do Governo a serem a EDP, a PT a Mota-Engil, a Ongoing, Joaquim de Oliveira, a Martifer, a Sá Couto e quejandos, é fácil de ver para onde irão os milhares de milhões de euros de investimentos públicos previstos. (…)
Ou seja, a grande prioridade de José Sócrates não são os postos de trabalho, mas a ajuda às empresas do regime e o controlo dos meios de comunicação, para que os portugueses não se apercebam disso. (…)
Isto mais não é do que o princípio basilar da redistribuição socialista: tirar pouco (mas cada vez mais) a muitos para benefício de alguns.

Maior ONG contra corrupção entra em Portugal

Um grupo de especialistas portugueses, como Luís de Sousa (do ICS), Saldanha Sanches, Paulo Morais e Adelino Maltez, vai esta semana formalizar uma estrutura que permitirá a entrada da Transparency International em Portugal - que é um dos três países da Europa sem qualquer ligação à mais prestigiada ONG de luta contra a corrupção.
-Portugal é um dos três países da Europa sem qualquer entidade reconhecida pelo mais importante organismo internacional de luta contra a corrupção, a Transparency International - a Organização Não Governamental que publica o único ranking de corrupção mundial, que trabalha com a ONU. A ausência só tem paralelo em Malta e Islândia. Mas agora, pela primeira vez, um grupo de especialistas iniciou o processo de "adesão" àquela organização, que levará - se tudo correr bem e a avaliação for positiva - a um reconhecimento pleno em 2012.
-Com o caso "Face Oculta" na agenda, o objectivo ganha nova pertinência - mesmo que, como sublinha Adelino Maltez, o processo tenha começado "antes destes ventos".
-O projecto de adesão terá passo fundamental, sabe o DN, já na próxima sexta-feira, quando os especialistas portugueses - que incluem nomes como Luís de Sousa do Instituto de Ciências Sociais (ICS), Saldanha Sanches ou Adelino Maltez - decidirem a fórmula escolhida para avançar: ancorar o projecto no ICS ou, em alternativa, criar uma organização independente, com estatutos próprios. "Depois disso, haverá reunião em Berlim, com a Transparency International, para assinar o protocolo de colaboração", dando início ao processo de adesão", confirma Luís de Sousa, o homem que está à frente do projecto.
-
Comentário: Concordo e dou todo o meu apoio. É mais uma voz contra a corrupção que grassa em Portugal, especialmente no sector Estado... Esperamos que o sr. Pinto de Sousa não levante obstáculos a esta ONG...

Saturday, November 28, 2009

Penedos ganha ( recebe) 46 mil euros mensais da REN

.Presidente suspenso pode manter salário se o Conselho de Administração assim o decidir

José Penedos, suspenso da presidência da REN no âmbito do caso Face Oculta, poderá manter o salário de 46 mil euros mensais, se o Conselho de Administração decidir favoravelmente nos próximos dias, apurou o «Correio da Manhã».-No ano passado à frente da empresa, Penedos ganhou 655 mil euros, entre remunerações fixas e prémios de gestão. Só em prémios a empresa gastou um valor total de 1,4 milhões de euros, distribuído pelos cinco membros executivos do Conselho de Administração.
-Na altura da apresentação do relatório e contas da REN, Penedos defendeu que o valor do seu vencimento era baixo: «A REN é uma das empresas mais mal remuneradas do PSI20», afirmou a um jornal diário.
-
Comentário: Tomando por comparação o ordenado do Presidente Obama (270.000 euros/ano), estas remunerações que os gestores portugueses recebem, são autênticamente escandalosas e pornográficas... Neste caso, o sr. José Penedos, consegue receber num mês o que um português que tenha o ordenado mínimo, recebe em 8 anos... Assim, também eu quero ser amigo de José Pinto de Sousa...

Centralismo

Carro de Jaime Gama choca com o de Mário Mendes na Av. da Liberdade
A "corte" sediada em Lisboa é de uma tal dimensão que os seus membros já se atropelam, mesmo nas mais largas ruas da capital.
Portugal corre o risco de cair para o Atlântico, ironizava Fernando Ruas algumas horas antes do infeliz incidente.
Votos de rápidas melhoras para os feridos.

Thursday, November 26, 2009

Percebem ?

Há sete anos começava o processo "Casa Pia". O mundo ia mudar, o regime ia cair, várias figuras "gradas" seriam "apanhadas", outras tantas iriam atirar-se das pontes disponíveis, os "meninos" seriam vingados e deixariam de ser molestados até à eternidade. Repare-se que nunca houve "meninas". Passou o tempo e, depois de várias crucificações públicas, começou o julgamento. Os documentos reunidos cabem em várias jaulas para elefantes de diversos jardins zoológicos. Todavia, a única coisa que mudou neste sete anos foi o processo penal. Percebem?

A hipocrisia da estupefacção

O deputado socialista Ricardo Rodrigues afirmou ontem que ficou “estupefacto” com a manutenção de Fernando Lima na Presidência da República. Mas o mesmo deputado foi uma das caras da “defesa” da manutenção de Lopes da Mota no Eurojust, mesmo depois de lhe terem aberto um processo disciplinar devido às suas interferências no caso Freeport. E será que alguém se recorda de o ouvir a pedir a demissão do gestor público José Penedos, militante socialista que hoje foi obrigado pelo poder judicial a afastar-se da REN? E o que será que este deputado pensa dos vários casos de suspeição que envolvem alguns dos seus dirigentes partidários? Será que também ficou estupefacto com a manutenção dos mesmos nos cargos? Se este deputado tivesse algum pudor, tinha-se abstido de comentar esta notícia de Fernando Lima. É que eu saiba, não é suspeito de ter cometido crime algum, ou será que foi apanhado em alguma escuta, e o magistrado desse processo considerou que estava a cometer um crime de atentado contra o Estado de Direito. Se fosse esse o caso, talvez entendesse a sua estupefacção.

Monday, November 23, 2009

Os" Boys" de Gueterres

( artigo de José António Saraiva - SOL )

O PROCESSO chamado ‘Face Oculta’ tem as suas raízes longínquas num fenómeno que podemos designar por ‘deslumbramento’.
Muitos dos envolvidos no caso, a começar por Armando Vara, são pessoas nascidas na Província que vieram para Lisboa, ascenderam a cargos políticos de relevo e se deslumbraram.
Deslumbraram-se, para começar, com o poder em si próprio.
Com o facto de mandarem, com os cargos que podiam distribuir pelos amigos, com a subserviência de muitos subordinados, com as mordomias, com os carros pretos de luxo, com os chauffeurs, com os salões, com os novos conhecimentos.
Deslumbraram-se, depois, com a cidade.
Com a dimensão da cidade, com o luxo da cidade, com as luzes da cidade, com os divertimentos da cidade, com as mulheres da cidade.
ORA, para homens que até aí tinham vivido sempre na Província, que até aí tinham uma existência obscura, limitada, ligados às estruturas partidárias locais, este salto simultâneo para o poder político e para a cidade representou um cocktail explosivo.
As suas vidas mudaram por completo.
Para eles, tudo era novo – tudo era deslumbrante.
Era verdadeiramente um conto de fadas – só que aqui o príncipe encantado não era um jovem vestido de cetim mas o poder e aquilo que ele proporcionava.
Não é difícil perceber que quem viveu esse sonho se tenha deixado perturbar.
CURIOSAMENTE, várias pessoas ligadas a este processo ‘Face Oculta’ (e também ao ‘caso Freeport’) entraram na política pela mão de António Guterres, integrando os seus Governos.
Armando Vara começou por ser secretário de Estado da Administração Interna, José Sócrates foi secretário de Estado do Ambiente, José Penedos foi secretário de Estado da Defesa e da Energia, Rui Gonçalves foi secretário de Estado do Ambiente.
Todos eles tiveram um percurso idêntico.
E alguns, como Vara e Sócrates, pareciam irmãos siameses.
Naturais de Trás-os-Montes, vieram para o poder em Lisboa,inscreveram-se na universidade, licenciaram-se, frequentaram mestrados.
Sentindo-se talvez estranhos na capital, procuraram o reconhecimento da instituição universitária como uma forma de afirmação pessoal e de legitimação do estatuto.
A QUESTÃO que agora se põe é a seguinte: por que razão estas pessoas apareceram todas na política ao mais alto nível pela mão de António Guterres?
A explicação pode estar na mudança de agulha que Guterres levou a cabo no Partido Socialista.
Guterres queria um PS menos ideológico, um PS mais pragmático, mais terra-a-terra.
Ora estes homens tinham essas qualidades: eram despachados, pragmáticos, activos, desenrascados.
E isso proporcionou-lhes uma ascensão constante nos meandros do poder.
Só que, a par dessas inegáveis qualidades, tinham também defeitos.
Alguns eram atrevidos em excesso.
E esse atrevimento foi potenciado pelo tal deslumbramento da cidade e pela ascensão meteórica.
QUANDO o PS perdeu o poder, estes homens ficaram momentaneamente desocupados.
Mas, quando o recuperaram, quiseram ocupá-lo a sério.
Montaram uma rede para tomar o Estado.
José Sócrates ficou no topo, como primeiro-ministro, Armando Vara tornou-se o homem forte do banco do Estado – a CGD –, com ligação directa ao primeiro-ministro, José Penedos tornou-se presidente da Rede Eléctrica Nacional, etc.
Ou seja, alguns secretários de Estado do tempo de Guterres, aqueles homens vindos da Província e deslumbrados com Lisboa, eram agora senhores do país.
MAS, para isso ser efectivo, perceberam que havia uma questão decisiva: o controlo da comunicação social.
Obstinaram-se, assim, nessa cruzada.
A RTP não constituía preocupação, pois sendo dependente do Governo nunca se portaria muito mal.
Os privados acabaram por ser as primeiras vítimas.
O Diário Económico, que estava fora de controlo e era consumido pelas elites, mudou de mãos e foi domesticado.
O SOL foi objecto de chantagem e de uma tentativa de estrangulamento através do BCP (liderado em boa parte por Armando Vara).
A TVI, depois de uma tentativa falhada de compra por parte da PT, foi objecto de uma ‘OPA’, que determinou a saída de José Eduardo Moniz e o afastamento dos ecrãs de Manuela Moura Guedes.
O director do Público foi atacado em público por Sócrates – e, apesar da tão propalada independência do patrão Belmiro de Azevedo, acabou por ser substituído.
A Controlinvest, de Joaquim Oliveira (que detém o JN, o DN, o 24 Horas, a TSF) está financeiramente dependente do BCP, que por sua vez depende do Governo.
SUCEDE que, na sua ascensão política, social e económica, no seu deslumbramento, algumas destas pessoas de quem temos vindo a falar foram deixando rabos de palha.
É quase inevitável que assim aconteça.
O caso da Universidade Independente, o Freeport, agora o ‘Face Oculta’, são exemplos disso – e exemplos importantes da rede de interesses que foi sendo montada para preservar o poder, obter financiamentos partidários e promover a ascensão social e o enriquecimento de alguns dos seus membros.
É isso que agora a Justiça está a tentar desmontar: essa rede de interesses criada por esse grupo em que se incluem vários boys de Guterres.
Consegui-lo-á?
Não deixa de ser triste, entretanto, ver como está a acabar esta história para alguns senhores que um dia se deslumbraram com a grande cidade.
por JAS do semanário SOL

Sunday, November 22, 2009

Face Oculta: Pinto Monteiro arquiva escutas a Pinto de Sousa

O procurador-geral da República, Pinto Monteiro, comunicou ontem através de uma nota que arquivou as oito certidões extraídas do processo Face Oculta com conversas entre Armando Vara e o primeiro-ministro José de Sousa .
Ao contrário do juiz de instrução criminal de Aveiro e do procurador titular do inquérito, João Marques Vidal, que entendiam haver indícios de um crime de atentado contra o Estado de Direito, Pinto Monteiro “considera que não existem elementos probatórios que justifiquem a instauração de procedimento criminal contra o senhor primeiro-ministro ou contra qualquer outro dos indivíduos mencionados nas certidões”.
O procurador-geral da República informa que remeteu as escutas para o presidente do Supremo Tribunal de Justiça, mas informa que essa avaliação em nada alterará o sentido da sua decisão. Esclarece ainda que o arquivamento destas certidões não colide com o processo principal da Face Oculta, que afirma ser “relevante para o saudável funcionamento das instituições democráticas”.
“Após cuidadosa e exaustiva análise de todos os elementos remetidos à Procuradoria-Geral da República [PGR], foi proferido pelo procurador-geral da República, com data de hoje, um despacho onde se considera que não existem elementos probatórios que justifiquem a instauração de procedimento criminal contra o senhor primeiro-ministro ou contra qualquer outro dos indivíduos mencionados nas certidões, pela prática de crime de atentado contra o Estado de Direito, que vinha referido nas mesmas certidões, pelo que ordenou o arquivamento do conjunto dos documentos recebidos”, lê-se na nota enviada pela PGR.

Comentário: Nem outra coisa seria de esperar... e, já agora, uma pergunta: não é o Governo que nomeia o Procurador Geral da República? Além disso, numa entrevista à RTP, Pinto de Sousa disse que "confio na Justiça, porque os meus melhores amigos são juízes"...

Saturday, November 21, 2009

Thursday, November 19, 2009

Escutas e verdades inconvenientes

Escreveu ontem no Público Costa Andrade, Professor da Universidade de Coimbra: “Uma escuta, autorizada por um juiz de instrução no respeito dos pressupostos materiais e procedimentais prescritos na lei, é, em definitivo e para todos os efeitos, uma escuta válida. Não há no céu - no céu talvez haja! - nem na terra, qualquer possibilidade jurídica de a converter em escuta inválida ou nula”.
E o reputado penalista prossegue: “Uma vez recebidas as certidões ou cópias, falece àquelas superiores autoridades judiciárias, e nomeadamente ao presidente do STJ, legitimidade e competência para questionar a validade de escutas que foram validamente concebidas. Um domínio que não é mínimamente posto em causa pelas vicissitudes que, em Lisboa, venham a ocorrer ao nível de processos, instaurados ou não, aos titulares de soberania. Não se imagina - horrible dictum - ver as autoridades superiores da organização judiciária a decretar a destruição de meios de prova que podem ser essenciais para a descoberta da verdade. Pior ainda se a destruição tiver tambem o efeito perverso de privar a defesa de decisivos meios de defesa. Não podem decretar retrospectivamente a sua nulidade. O que lhes cabe é tão-só sindicar se elas sustentam ou reforçam a consistência da suspeita de um eventual crime do catálogo imputável a um titular de órgão de soberania. O que não podem é decretar a nulidade das escutas: porque nem as escutas são nulas, nem eles são taumaturgos. O que, no limite e em definitivo, não podem é tomar decisões (sobre as escutas) que projectem os seus efeitos sobre o processo originário, sediado, por hipótese, em Posárgada, e sobre o qual não detêm competência” Mas o que Costa Andrade escreve não interessa à situação.
A situação não descansa nem descansará enquanto não conseguir destruir umas escutas que devem ser muito, mas mesmo muito explosivas para o actual Poder.
E a situação vai conseguir destruí-las, qualquer que seja o seu conteúdo. Mesmo que as conversas escutadas configurem, como sustentaram o procurador do caso "Face Oculta" e o juiz de instrução de Aveiro (outros pobres diabos que deverão conhecer a experiência do juiz Rui Teixeira), crimes de atentado contra o Estado de Direito.
(via TVI )

Tuesday, November 17, 2009

Corrupção- Portugal desdeu no ranking

Portugal desceu novamente no ranking anual sobre a percepção da corrupção , segundo um relatório hoje divulgado pela organização não-governamental Transparency International . O país obteve 5,8 pontos, numa escala de zero (altamente corrupto) a dez (altamente limpo), contra 6,1 pontos no ano passado, caindo da 32ª para a 35ª posição, entre 180 países avaliados.

Desde 2005 que o país tem vindo a baixar na lista. No ano passado, o processo Apito Dourado e o caso dos donativos do grupo Somague ao PSD tinham provocado uma baixa substancial no Índice de Percepção da Corrupção no país. Este ano, os casos Freeport e Face Oculta poderão ter contribuído para uma nova queda no ranking.O Índice de Percepção da Corrupção, que a Transparecy International publica anualmente desde 1995, é calculado a partir de 13 inquéritos diferentes, conduzidos por diversas organizações internacionais. Este ano, os cinco países mais bem colocados são a Nova Zelândia (9,4), Dinamarca (9,3), Singapura (9,2), Suécia (9,2) e Suíça (9,0). Na cauda da lista estão a Somália (1,1), Afeganistão (1,3), Birmânia (1,4), Sudão (1,5) e Iraque (1,5).Portugal está na metade superior da tabela, próximo de Espanha (6,1), Dominica (5,9), Porto Rico (5,8) e Botswana (5,6).
De entre os países europeus, os piores classificados são a Roménia (3,8), Grécia (3,8), Bulgária (3,8), Itália (4,3) e Eslováquia (4,5).

Comentário: Não deixa de ter piada: a descida de Portugal no ranking de países com mais corrupção desde 2005, ano da tomada de posse do sr.Sousa... Compreende-se agora a sua oposição aos projectos anti-corrupção do eng. João Cravinho...

Música da Época

Saturday, November 14, 2009

Necessário

Portugal precisa de uma operação "mãos-limpas", a exemplo do que sucedeu em Itália no início da década de 90. Com a sucessão de escândalos a abalar a sociedade portuguesa, desde o BPN, Freeport, Face Oculta ou a Operação Furacão, é urgente proceder a uma investigação total sobre o que se passa em Portugal. Não é apenas um partido que está apenas em causa, nem as relações tentaculares entre o poder económico e político. É todo um regime de corrupção que parece estar instalado em Portugal. Resta saber se existe a vontade ou a capacidade para empreender tal operação.

Friday, November 13, 2009

Lojas dos trezentos ( milhões )



Em abstracto, podem sentar-se na mesma loja um juiz, um procurador, um advogado, um arguido, um professor de direito, um camarada de partido, um adversário do partido, um realizador de cinema, um pasteleiro, um empreiteiro, um zombeteiro, um politólogo e um jornalista. Em abstracto, chamam-se uns aos outros irmãos. E neste direito da família os irmãos valem mais que no ramo homónimo.

Tuesday, November 10, 2009

Corrupção organizada ?

Transcrição :
A cabeça do polvo
Jornal de Notícias. 091109. Por Mário Crespo

O sistema judicial português enfrenta o imenso desafio de não deixar que o Face Oculta se torne numa segunda Casa Pia. Até aqui o processo tem tido um avanço modelar. Não houve interferências políticas. Lopes da Mota não veio de Bruxelas discutir com os seus pares metodologias de arquivamento e, no que foi uma excelente janela de oportunidade de afirmação de independência, não havia sequer Ministro da Justiça na altura em que o País soube da enormidade do que se estava a passar no mundo da sucata. Mas, há ainda um perturbante sinal de identidade com a Casa Pia. É que o único detido, até aqui, é o equivalente ao Bibi e Manuel Godinho, o sucateiro, no mundo da alta finança política não pode ser muito mais do que Carlos Silvino foi no mundo da pedofilia. Ambos serviram amos exigentes, impiedosos e conhecedores que tentaram, e tentam, manter a face oculta. É preciso ter em mente que as empresas públicas são organizações complexas. Foram concebidas para ser complicadas. Com os tempos foram-se tornando cada vez mais sinuosas. Nas EPs, as tecnoestruturas, que Kenneth Galbraith identificou e descreveu como o cancro das grandes organizações, ocupam tudo e têm-se multiplicado, imunes a qualquer conceito de racionalidade democrática, num universo onde não conta o bom senso ou a lógica de produtividade. Parecem ter um único fim: servirem-se a si próprias. Realmente já não são fiscalizáveis. Nas zonas onde era possível algum controlo foram-se inventando compartimentos labirínticos para o neutralizar, com centros de custos onde se lançam verbas no pretexto teórico de elaborar contabilidades analíticas, mas cujo efeito prático é tornar impenetráveis os circuitos por onde se esvai o dinheiro público. Há sempre mais um campo a preencher em formulários reinventados constantemente onde as rubricas de gente que de facto é inimputável são necessárias para manter os monstros a funcionar. Sem controlo eficaz, nas empresas públicas é possível roubar tudo. Uma resma de papel A4, uma caneta BIC, um milhão de Euros, uma auto-estrada ou uma ponte. Tudo isto já foi feito. Por isso mais de metade do produto do trabalho dos portugueses está a fugir por esse mundo soturno que muito poucos dominam. Por causa disso, grande parte do património nacional é já propriedade dos conglomerados político-financeiros que hoje controlam o País. Por tudo isto é inconcebível que Manuel Godinho tenha sido o cérebro do polvo que durante anos esteve infiltrado nas maiores empresas do Estado. Ele nunca teria conhecimentos técnicos para o conseguir ser. Houve quem o mandasse fazer o que fez. Godinho saberá subornar com sacos de cimento um Guarda-republicano corrupto ou disfarçar com lixo fedorento resíduos ferrosos roubados (pags 8241 e 8244 do despacho judicial). Saberá roubar fio de cobre e carris de caminho de ferro. Mas Godinho não é mais do que um executor empenhado e bem pago de uma quadrilha de altos executivos, conhecedores do sistema e das suas vulnerabilidades, que mandou nele. É preciso ir aos responsáveis pelas empresas públicas e aos ministérios que as tutelam. Nas finanças públicas, Manuel Godinho não é mais do que um Carlos Silvino da sucata. Se se deixar instalar a ideia de que ele é o centro de toda a culpa e que morto este bicho está morta esta peçonha, as faces continuarão ocultas. E a verdade também.

NOTA: Há justificados receios de que os culpados melhor colocados na estrutura sócio-política continuem imunes e impunes e apenas sejam atirados uns fogachos para os mexilhões. A Justiça está a preparar a salvaguarda de uma pretensa imagem de isenção estendendo uma capa sobre um deputado do maior parido da oposição, adiando sine die o seu julgamento a fim de não se dizer que tem simpatias para com os do partido do Governo. ‘há critérios iguais para todos, sem favores especiais para ninguém’ . O certo é que nisso os partidos entendem-se muito bem, como se viu na aprovação por unanimidade da lei de financiamento dos partidos depois vetada pelo PR.

Monday, November 09, 2009

" As campanhas negras " perseguem Pinto de Sousa. Que se passa?

Hoje quando os portugueses ouvem o nome de José Pinto de Sousa desfilam pela sua memória os "casos".
1 - Dúvidas sobre a sua licenciatura, ao Domingo, e o "inglês técnico";
2 - Caso Cova da Beira, os lixos da Cova da Beira;
3 - Os "projectos de arquitectura" que o sr. Sousa não terá feito mas assinado;
4 - O "Freeport";
5 - Os apartamentos de Pinto de Sousa e da sua mãe, ex-empregada doméstica;
6 - Agora o caso "Face Oculta", e a "sucata" de Ovar!
Os deuses estarão loucos perseguindo uma pessoa, Pinto de Sousa?
Ou é o Poder Político que condiciona a investigação, que não tem força para levar os casos até às últimas consequências, como a Justiça Francesa levou o do ex-PM Francês, do ex- Presidente da República francês, o do ex-ministro do Interior francês que até já foi condenado?
Tanto fumo tem de ter matéria combustível!
Noutros países da Europa a justiça já teria funcionado e o cidadão José Pinto de Sousa já teria abandonado a sua carreira política.

Saturday, November 07, 2009

Imagens de Coimbra

" Face Oculta" em cima de Pinto de Sousa

Pacheco Pereira destapa "Face Oculta" sobre a corrupção

O caso Face Oculta pairou nas duas primeiras horas do debate que acabou por ter no combate à corrupção um dos pontos altos. Pairou até o deputado do PSD Pacheco Pereira ter questionado o primeiro ministro sobre a "responsabilidade política" na nomeação de administradores e gestores de empresas públicas.
Como acontece com José Penedos, o socialista que preside à REN, uma das empresas sob investigação neste caso. Foi "o momento" do debate sobre o programa do Governo no Parlamento, antes da pausa do almoço, e que levou a um duelo entre o deputado e o primeiro-ministro.
"A Assembleia não é a Quadratura do Círculo", avisou o primeiro ministro, que acusou Pacheco de lançar "suspeições indevidas" a tudo e todos. Por "ressentimento político" causado pela derrota nas legislativas. E o primeiro-ministro deu sinais de irritação depois de ouvir o deputado dizer que o caso em que também está envolvido Armando Vara, ex-ministro socialista e administrador do BCP, não pode "apenas" ser visto no plano judicial, mas também do "plano político". O processo, afirmou Pacheco Pereira, revelou "uma rede tentacular em empresas públicas", que, em "última instância", são "responsabilidade" de ministros e secretários de Estado. Pelo que há "responsabilidade política nos governantes que fizeram as escolhas políticas". "E quando existem casos de corrupção que perturbam o funcionamento dessas empresas de forma sistemática e são estruturais há responsabilidade política", declarou.

Comentário : Não há dúvidas que Pacheco Pereira encostou o licenciado mais original e famoso do País às boxes, ao confrontá-lo com o caso "Face Oculta"... Engasgou, engasgou, ficando muito perturbado... E as medidas contra a corrupção? Será agora que vão ter leis? E há vontade política?...

Friday, November 06, 2009

As faces ocultas

«Manuel Godinho, presidente da empresa de tratamentos de resíduos envolvida no processo 'Face Oculta', beneficiou de uma extensa rede de gestores ligados ao PS para conseguir os melhores negócios em várias empresas participadas pelo Estado.O DIAP (Departamento de Investigação e Acção Penal) do Baixo Vouga e a Polícia Judiciária (PJ) de Aveiro entendem ter provas de que Armando Vara, vice-presidente do Banco Comercial Português (BCP), juntamente com os gestores Lopes Barreira (Consulgal), Paiva Nunes (EDP Imobiliária), Paulo Costa (Galp) e António Contradanças (Empoderf), Carlos Vasconcellos (Refer), José Penedos (presidente da Rede Eléctrica Nacional) e Paulo Penedos (assessor da Comissão Executiva da PT) ajudaram de forma ilegítima Manuel Godinho e o seu grupo O2 a ganharem concursos públicos naquelas e noutras empresas.» ler mais no Sol

Como é que isto anda em investigação, não se sabendo nada e em certo momento vai tudo parar aos jornais? Cherchez la femme...
O rol de empresas envolvidas em que o estado tem participação é notório. Note-se que aqui estão nomes do PS mas isso é meramente circunstancial. Os do PSD já por aqui - ou por outros lados - passaram e passaram outros nomes associados a quem sirva o poder em certo momento. Façam-se leis ou reforcem-se meios, pouco importa. O mal só acaba cortando-o pela raiz e isso significa reduzir, se não eliminar, a presença do estado nos negócios.
Quantos anos vamos andar a verter tinta nos jornais enquanto a justiça faz de conta que funciona? E quanto, por fim, tudo terminar, vão os jornalistas fazer um balanço do que foram escrevendo e dizendo?
As pessoas que estão à frente das empresas públicas são nomeados pelos partidos do poder e não estão lá por mérito.

Mais uma campanha negra ?

Hoje nas bancas

Wednesday, November 04, 2009

Pensamento

As leis são como as teias de aranha.
Os pequenos insectos ficam presos.
Os grandes, furam-na.

Autor desconhecido

Máxima muito antiga; já no tempo do império romano, as Repúblicas mais corruptas, eram aquelas onde existia maior volume de legislação contraditória.
A legislação devia ser feita por lógicos e matemáticos para o edificio ficar mais estruturado.
A nossa legislação portuguesa é feita por sociedades de advogados sem escrúpulos, que criaram um edificio legislativo que é uma manta de retalhos, sem coerência interna.

Exemplo dum matemático que foi doutor em Direito. Ver biografia de Leibniz

Tuesday, November 03, 2009

Os " essenciais " e os outros

-Manuel António Pina-

Depois dos deputados, também os funcionários dos partidos foram considerados pela Direcção-Geral de Saúde (DGS) "imprescindíveis" para o "normal funcionamento da sociedade" e, por isso, incluídos na 1ª fase da vacinação contra a Gripe A, à frente de doentes crónicos, grávidas, profissionais de saúde em contacto directo com doentes, crianças, etc., que, sendo "substituíveis", terão que esperar pelas fases seguintes, rezando para que o vírus use os mesmos critérios da DGS e não se lembre deles.
-Compreende-se que gente dos partidos e deputados sejam, como diz a DGS, "essenciais ao normal funcionamento da sociedade". Pode perguntar-se é como, sem padeiros que lhes façam o pão, sem motoristas que os levem ao Parlamento e às sedes, sem pessoal das águas e da electricidade que lhes garanta o banho diário, a energia para os computadores e a luz para estudar os dossiês, sem educadoras e auxiliares de infantários que lhes tomem conta dos filhos enquanto trabalham e toda a mais gente não "imprescindível" nem "essencial ao normal funcionamento da sociedade", uns e outros poderão cumprir as suas funções.
(Jornal de Notícias)-

Sunday, November 01, 2009

Olhem bem para eles

Não se vê logo que são "homens sérios" e "inocentes"?
O Vara até tirou a licenciatura com o José Pinto de Sousa na Independente.
Embora todos tenham cara de mamões, de parasitas do Estado, de sugadores dos bens públicos, de amigos do sr. Sousa , tal ... não é bem assim.
São pessoas seríssimas. Acima de qualquer suspeita.
E o rapinanço que estes três " socialistas" , amigos e protegidos do sr. Sousa , têm feito aos bens públicos, não foram eles, fui eu.
Tá bem assim Vara?
Ok. Venham daí os 10.000 euros

Rui Rio versus Pinto de Sousa

Informado sobre um caso sério de corrupção atribuído a um funcionário da Câmara Municipal do Porto, Rui Rio pôs-se imediatamente em contacto com a PJ e denunciou o intolerável.
A PJ agiu e interrogou o alegado meliante que deverá, se tudo se confirmar, acabar julgado e condenado.Este caso é importante em si mesmo, mas também por nos trazer à memória um outro ocorrido quando José Pinto de Sousa era ministro do Ambiente e foi informado sobre alegadas tentativas de corrupção ocorridas nos serviços do seu Ministério a propósito da concessão de autorização da construção de uma grande superfície comercial no concelho de Alcochete, hoje conhecida como Freeport. Na altura, e que se saiba, o sr. Sousa não falou nem com a PJ nem com a PGR. Rui Rio e José de Sousa são portanto políticos diferentes. Mas será mais no carácter ou nos procedimentos?

Friday, October 30, 2009

Ascenção vertiginosa de Armando Vara

Armando Vara tem marcas que não são fáceis de apagar: ascendeu a banqueiro, com o “rótulo” de emissário político; o seu comportamento no passado não é, para muitos accionistas, à prova de bala. Não pelo facto de terem visto algo de menor agrado, mas sim por, em 2001, na qualidade de secretário de Estado, ter sido apanhado na polémica à volta da Fundação para a Prevenção e Segurança. Uma instituição privada que criou, com recurso a fundos estatais doados quando estava no Governo de Guterres.

O Presidente da República Jorge Sampaio batalhou para que deixasse o Governo. Na sequência, demitiu-se. Em causa estavam irregularidades administrativas e não criminais, e o processo foi arquivado. Hoje, Vara voltou às páginas dos jornais. Com ou sem razão, aos olhos do grande público existe uma desconfiança antiga.

Transmontano, natural de Lagarelhos, Vara subiu os degraus do poder ao lado de José Sócrates (deputado, secretário de Estado, ministro). É desde 1987 dirigente socialista, tinha apenas o liceu e trabalhava numa agência da CGD. Chega à presidência da distrital de Bragança, tomando o pulso ao aparelho partidário. Anos depois é chamado a ocupar cargos nos Governos de António Guterres.

É próximo de Sócrates, mas também de Jorge Coelho, Edite Estrela, Laurentino Dias. Notícias não negadas têm-no dado como estando ligado à maçonaria do Grande Oriente Lusitano.

No seu percurso atribulado destaca-se o aparecimento na Ponte 25 de Abril para apoiar o buzinão de contestação ao cavaquismo. Amigo de Joaquim Oliveira, da Olivedesportos, Vara surge associado ao mundo do futebol e são conhecidas as tentativas para o levar até à liderança do seu Benfica. Em vão.

O curriculum académico é feito no princípio da década, com a licenciatura em 2005 em Relações Internacionais na Universidade Independente, a mesma onde Sócrates se diplomou. Preparava-se para assumir novos desafios.

O regresso à Caixa Geral de Depósitos para ocupar o lugar de director dá-se em 2001. A mudança de “sector” reduz-lhe a exposição mediática, resguarda-o do cansaço do escrutínio público e oferece-lhe remunerações apetitosas.

Em 2005 o PS de José Sócrates ganha as legislativas. Tem 51 anos, quando é nomeado administrador da CGD. Vara toma posse no meio de grande controvérsia: um Job para um boy?

É certo que a alta finança é um espaço de encontro entre a política e os grandes interesses económicos, porque os negócios necessitam das autorizações governamentais. Uns dizem que faz parte do “polvo” socialista, outros pensam o contrário. Mas Vara vai procurar fazer esquecer a desconfiança que se gerou à sua volta, trabalhando.

Dizem que é educado, discreto. Há quem sublinhe que a vida o ensinou a não ter tiques de vedetismo. Os colaboradores são quase unânimes ao concluir que no banco é ele quem decide: “É um profissional.” Se há quem diga “nim”, Vara diz sim ou não. E avança.

É neste contexto que em 2008 chegou à vice-presidência do BCP, por convite do socialista Santos Ferreira. A transição da CGD para o BCP deixa rasto, quando se apura terem sido dados créditos em larga escala a accionistas do BCP, para que estes entrassem na disputa pelo controlo do banco. Em troca, a CGD recebeu acções cotadas. Com a crise, o banco assumiu menos-valias de centenas de milhões de euros, o que levou o Estado a aumentar o capital. Hoje mesmo as vozes hostis do sector reconhecem a Vara que gosta de resolver os problemas, é despachado e que ganhou o respeito do sector, mesmo reconhecendo a influência do PS.

Pinto de Sousa e Armando Vara: Diz- me com quem andas, dir-te-ei quem és

Provavelmente, nada acontecerá a Armando Vara, apesar de ter sido constituído arguido no âmbito do processo " A Face Oculta ". A Polícia Judiciária e as primeiras instâncias do Ministério Público e dos Juizos fazem o seu papel mas, quando entram em cena outras figuras, mais graúdas, os processos simplesmente são travados. Daí até à prescrição ou ao arquivamento, vai um pequeno passo.

Para a Justiça portuguesa, os poderosos nunca são culpados. Corrupção ou tráfico de influências? Veja-se Lopes da Mota.

Quanto a Armando Vara, todos se lembram da forma como foi obrigado a demitir-se do Governo por causa da Fundação para a Prevenção e Segurança e das irregularidades cometidas. Nada que o tenha afectado especialmente - regressado à Caixa Geral de Depósitos, passara automaticamente de simples empregado de balcão a Administrador do Banco.

Alguns anos antes, em 1990, criara a Sovenco - Sociedade de Venda de Combustíveis. Como sócios, José Pinto de Sousa e Virgílio de Sousa. Curiosamente, estão todos a contas com a Justiça em processos de corrupção - Vara com a «Face Oculta», Pinto de Sousa com o Freeport, Virgílio de Sousa já condenado a prisão por corrupção no Centro de Exames de Condução de Tábua.

Todos estes escândalos acabaram com a carreira política de Armando Vara, mas nem por isso a sua influência política diminuiu, traduzida agora no mundo dos negócios. Da Caixa Geral de Depósitos, passou para o BCP pela mão de José Pinto de Sousa. Já estava no Banco privado quando foi promovido, na Caixa, à categoria mais elevada do vencimento, com efeitos a partir do momento em que regressar. Sim, porque antes de sair foi-lhe concedida uma licença sem vencimento.

E agora isto.

Através de escutas e movimentações da conta bancária, o Ministério Público tem provas de que Armando Vara recebeu 10 mil euros para intervir directamente junto do ministro Mário Lino na entrega de negócios a grandes empresas privadas.

Haverá certamente uma justificação, porque, como é óbvio, estamos em presença de mais uma campanha negra.

E Mário Lino?

Thursday, October 29, 2009

Armando Vara, arguido na Operação Face Oculta

Além do banqueiro, há mais 11 arguidos, quadros de empresas públicas. Foi detido um empresário de Aveiro.
Armando Vara foi constituído arguido na operação Face Oculta .
Armando Vara é um dos 12 arguidos ontem constituídos no âmbito da operação Face Oculta desencadeada pelo Departamento de Investigação Criminal de Aveiro da Polícia Judiciária. O vice-presidente do Millennium BCP “não faz comentários”, disse ao PÚBLICO uma fonte oficial do banco, tendo o PÚBLICO apurado que Vara não está a ser alvo de investigação por actos praticados na sua qualidade de gestor daquela instituição financeira.
Ontem à noite, a RTPN revelou que Vara terá sido surpreendido pelos investigadores a pedir ao empresário José Godinho cerca de dez mil euros.
O ex-ministro da Administração Interna do Governo de António Guterres e presidente da Fundação para a Prevenção e Segurança, que ontem se remeteu ao silêncio, deverá agora prestar esclarecimentos ao juiz de instrução criminal de Aveiro, quando este magistrado o questionar durante o primeiro interrogatório de arguido que deverá realizar-se no próximo mês de Novembro e se destina a definir as medidas de coacção a que os suspeitos ficarão submetidos.
Vara, recorde-se, exerceu vários cargos dirigentes no Partido Socialista e, antes de ingressar na administração do BCP, foi vogal do conselho de administração da Caixa Geral dos Depósitos, sendo actualmente responsável pelo pelouro das operações do BCP em África.

Comentário : Há pessoas insaciáveias por dinheiro. Parece que, quanto mais ganham mais querem... No entanto, admira-me muito o Armando Vara se vender apenas por 10.000 euros... Vamos deixar o processo correr e, no final, irá toda esta gente sair ilibada e proposta para uma condecoração no 10 de Junho...

Wednesday, October 28, 2009

Alexandre Ventura e João da Mata na Educação. Valter de Lemos no Emprego e formação profissional


Alexandre Ventura é o novo secretário de estado adjunto e da educação. Ficará com o sector da avaliação de desempenho e do estatuto da carreira docente. João José Trocado da Mata, um homem ligado ao Projecto Tecnológico da Educação é o secretário de estado da educação. Ficará com o sector das tecnologias, modernização e requalificação das escolas. Era director do Gabinete de Estatística e Planeamento da Educação. Em 2006 e 2007, foi Director do Gabinete de Informação e Avaliação do Sistema Educativo.
Valter Lemos mantém-se no Governo mas transita para o Ministério do Trabalho com a área da formação profissional. Um sector que lhe serve às mil maravilhas. Está ligado ao projecto Novas Oportunidades.
É cedo para avaliar o significado destas duas nomeações. Da parte de Alexandre Ventura espera-se cedências no modelo de avaliação de desempenho em linha com as últimas recomendações do CCAP.

Socialistas de Portugal versus Socialistas de Espanha

José Pinto de Sousa nem às solas dos Sapatos de um "Zapatero"!

É por estas e por outras que cada vez me convenço mais da necessidade da Lei Bosman para os Políticos...
Mais palavras...? Para quê? Leiam e comentem.


"Carta abierta a los maestros

Hoy celebramos el Día Mundial de los Docentes, instituido por Unesco hace 15 años para rendir homenaje al profesorado y al papel esencial que desempeña para una educación de calidad. Es un día para compartir logros y, también, para aceptar la responsabilidad de solventar, entre todos, carencias.

Ha llegado el momento para un Pacto Educativo que mire al futuro con ambición.

Maestros y maestras, profesoras y profesores españoles:
Nuestro país ha cambiado tanto en las últimas décadas que quizás algunos hayan olvidado que en los años 70 del siglo XX, España tenía, aún, personas analfabetas, que el acceso a la Educación no era universal, y que el nacimiento en uno u otro lugar podía ser tan determinante como la familia a la hora de planificar una existencia.
Porque los sueños solían ser, para tristeza de muchos, del tamaño de sus precarias posibilidades.
Hemos avanzado mucho. Hoy nuestro sistema educativo se abre a toda la población y, fruto de este progreso, de este gran éxito colectivo, contamos con las generaciones mejor preparadas de la historia de España. Me habréis oído repetirlo, porque creo que es necesario valorar y reconocer el camino realizado para ser plenamente conscientes del que todavía queda por recorrer.
Pero nuestros logros educativos tendrán la dimensión que seamos capaces de trazar juntos y, por ello, creo firmemente que ha llegado el momento para un Pacto Educativo. Mi propósito es impulsar un acuerdo social y político que mire el futuro con ambición, con la ambición de un país que aspira a la excelencia y sabe que tiene en la educación la palanca principal para alcanzarla, un país que quiere que cada persona pueda llegar tan lejos en su formación como le lleven en su voluntad y su esfuerzo, sin otras limitaciones.
Para alcanzar ese nuevo horizonte educativo, cada Administración tendrá que asumir plenamente la responsabilidad que constitucionalmente le corresponde, cumplir con eficacia su papel. Desde 2004 el Gobierno de España ha doblado el presupuesto educativo, pero soy muy consciente de que para llegar más lejos, como es nuestro propósito, Comunidades Autónomas y Administración General del Estado debemos aumentar la inversión. Y no sólo la financiación es importante, también será necesario que toda la sociedad propicie el mejor de los entornos, para que vuestra tarea docente y el aprendizaje de los alumnos se desarrollen en las mejores condiciones y con la mayor calidad.
Nunca España había tenido tanto potencial de futuro y nunca antes nuestro porvenir había dependido tanto de la educación, del conocimiento, de nuestra capacidad creadora e innovadora, que son la base del bienestar y de un nuevo modelo de crecimiento económico.
Sin vosotros, maestros y maestras, profesoras y profesores, sin el esfuerzo que día a día entregáis y enseñáis a la sociedad española, no habríamos podido llegar hasta aquí. Y no podemos construir un mejor futuro sin vosotros.
Por eso seguiré poniendo todo mi empeño en demostrar que la grandeza de un país debe medirse por el prestigio que se concede a sus maestros.
Sólo me queda daros las gracias.

José Luis Rodríguez Zapatero es presidente del Gobierno español.

El País, 05/10/2009

Tuesday, October 27, 2009

Os Símbolos do Partido Socialista

Professores e casamentos gay são dois 'dossiers' que servirão de símbolo para a forma como o PS pretende gerir o facto de ter perdido a maioria absoluta: negociando à direita (os professores) e à esquerda (os gays)

Não me parece que seja boa ideia do novo Governo juntar os professores aos gays. Dispensava-se como exemplo para os jovens.O casamento gay não é propriamente um "dossier". Trata-se mais de um lobby. De uma mini-cruzada contra o casamento. De assunto para quem não tem que fazer e se entretém a discutir as origens do ovo e da galinha.

Monday, October 26, 2009

Deputados no Reino Unido

( recebido por correio electrónico)

DEPUTADOS NO REINO UNIDO...

Não é de estranhar, mas é interessante saber...como tudo é diferente...Os deputados do Reino Unido, na "Mãe dos Parlamentos",
1 . não têm lugar certo para sentar na Câmara dos Comuns;
2 . não têm escritórios, nem secretários, nem automóveis;
3 . não têm residência (pagam pela sua casa em Londres ou nas províncias); detalhe: e pagam, todas as suas despesas, normalmente, como todo e qualquer trabalhador;
4 . não têm passagens de avião gratuitas, salvo quando ao serviço do próprio Parlamento. E o seu salário equipara-se ao de um Chefe de Secção de qualquer repartição pública.
Em suma, são SERVIDORES DO POVO e não PARASITAS do mesmo
A propósito, sabiam que, em Portugal, os funcionários não Deputados, que trabalham (???) na Assembleia da República, têm um subsidio equivalente a 80% do seu vencimento...??? Isto é, se cá fora ganharem 1000,00 EUR, lá dentro ganham 1800,00 EUR !!.Fantástico ! Porquê? Profissão de desgaste rápido?!!... E porque é que os jornais não falam disto?!...
Eu sou voluntário! Mas certamente haverá mais...não acreditam...??

O Enviado de Pinto de Sousa

Deixem-me refrescar a memória de quem já se esqueceu: Vítor Constâncio foi, no início do primeiro mandato do sr. Sousa , quem veio dizer que o país estava um caos. E que era preciso apertar bem cinto dos trabalhadores em geral, senão viria aí uma grande catástrofe para o nosso país.
Quando ele disse isto, toda a gente ouviu e calou, achando que o homem tinha tanto prestígio e saber que só podia ter toda a razão.
Pois bem, quando a verdadeira crise (que ele nunca previu) estalou como um raio, e atravessou todo o mundo, soubemos quem era o verdadeiro Constâncio: Um péssimo regulador financeiro.
E soubemos mais: O grande moderador dos salários dos outros tinha um salário maior que o do seu “colega” do Banco Federal dos Estados Unidos da América!
Pois este mesmo senhor, não contente com as diarreias que já provocou, vem repisar no assunto, dizendo que os salários têm que ser controlados!
Mas são outra vez SÓ os salários dos outros! Porque o seu continua, escandalosa e impunemente, a pairar muito acima da maioria dos governadores bancários que existem por esse mundo além.
Por mim, quando Constâncio falasse, todos devíamos tapar os ouvidos, para não nos deixarmos levar na onda das crises que nunca mais irão acabar na língua dos ricos e na vida dos pobres.

artigo de Cunha Ribeiro

Saturday, October 24, 2009

O PS não é o País ou a campanha eleitoral já começou

Depois de duas semanas de péssimas notícias para a economia nacional - défice do Estado descontrolado, endividamento externo a estender-se para além da calamidade (apesar da recessão), desemprego sem tecto à vista - este Governo, que todos os "analistas" (com muitas, muitas aspas) apontaram como "forte" na Economia, já escolheu as suas prioridades: o casamento gay
Estranho? Nada disso. Este Governo vai estar em capanha eleitoral todos os dias da sua vida. Para começar, trata-se de reconquistar o terreno perdido para o Bloco. O casamento "gay" é uma medida "sem custos" que dá um cheiro de "modernidade" ao governo e exibe "valores de esquerda". Tudo o que o PS precisa. Mas ao contrário do que alguns pensam o PS não é o País.

Wednesday, October 21, 2009

O Governo português não respeita o trabalho dos jornalistas

A organização Repórteres Sem Fronteiras considera que a liberdade de imprensa diminuiu este ano em Portugal, com uma queda do 16.º para o 30.º lugar na lista dos países que mais respeitam o trabalho dos jornalistas.
Ver artigo do SOL

No entanto o ministro da Propaganda- O malhador , afirma que o país está bem colocado

" L' arroseur arrosé "

Por Manuel António Pina

Antes de regressar à obscuridade do ISCTE onde alguém a desencantou para oferecer a Pinto de Sousa como presente envenenado, a (ainda) ministra Maria de Lurdes Rodrigues teve uma última decepção.
-"Perdi os professores, mas ganhei a opinião pública", autojustificava-se ela no calor dos protestos de professores e alunos contra as suas singularíssimas políticas educativas. Uma sondagem CM/Aximage agora divulgada revela que, afinal, a tal "opinião pública" a considera o pior dos ministros do sr. Sousa , "chumbando-a" com 7,2 valores numa escala de 0 a 20. É o episódio típico do "arroseur arrosé": quem tanto se notabilizou pela fúria avaliadora de tudo e todos "chumbou" rotundamente quando chegou a sua vez de ser avaliada. Em "eduquês" corrente, Maria de Lurdes Rodrigues teria ficado "retida" e deveria submeter-se a um "plano de acompanhamento". Em política, no entanto, ao contrário do que se passa no sistema educativo, a condescendência é pouca quando, como é o caso, um ministro manifestamente atingiu o seu patamar de Peter de incompetência. Alguém, de facto, acredita que o sr. Sousa irá "reter" a ministra?
(Artigo do Jornal de Notícias)

Primeiro gastamos, a seguir estudaremos quem irá pagar a factura ...

O presidente da Federação Portuguesa de Futebol (FPF), Gilberto Madail, disse que tem vindo a estudar formas de suportar os 40 por cento comparticipados pela parte lusa.

Não posso deixar de me escandalizar com contas mal feitas, pouco transparentes sem qualquer calculo do beneficio para os cofres públicos do País. A irresponsabilidade e manipulação continuam, o poder politico continua a sua cavalgada promiscua com o futebol.

Friday, October 16, 2009

Fiasco 2004



"Como rentabilizar o estádio municipal ?" A questão anima, ciclicamente, as hostes políticas e desportivas em Aveiro. O recinto de-senhado por Tomás Taveira e construído para o Euro 2004, com lotação de 30 mil lugares, recebe quinzenalmente pouco mais de 2000 pessoas para os jogos do Beira-Mar, na II Liga. E não consegue mudar a imagem que lhe está associada: um monte de betão colorido deixado ao vazio. Agora, há quem defenda em Aveiro uma solução radical - a demolição.
O recurso ao camartelo já se tornou o primeiro grande debate do novo mandato autárquico e foi assumido muito a sério pelo líder concelhio do PSD, partido que comanda a autarquia. "A implosão do estádio não é uma aberração completa, mas não quer dizer que a defenda", disse Ulisses Pereira, actualmente deputado também na Assembleia da República, que faz depender essa "hipótese" da avaliação de "outras soluções" e de um referendo local aos aveirenses.
O exemplo não é inédito, lembra Ulisses Pereira, ao dar conta do caso de uma cidade suíça onde haverá uma consulta idêntica em preparação."O estádio tem valor negativo, todos os anos acumula prejuízos", justifica o presidente concelhio do PSD, não vendo "nesta fase de crise" que surjam parceiros interessados no equipamento "sem o remodelar ou dotar de multifuncionalidades"."Não sei o que será mais barato, adaptar ou fazer de raíz", insiste Ulisses Pereira
O presidente reeleito da Câmara, Élio Maia, "não comenta" a polémica instalada pelas declarações do líder concelhio do PSD, mas a oposição exige medidas. Pelo PS, Raul Martins, diz ser "competência" da autarquia encontrar as medidas adequadas, considerando, por isso, "não fazer sentido" referendar o futuro do estádio. António Regala, do PCP, já defendeu "a venda" do estádio, "mas apenas para caricaturar" o ponto a que se chegou, colocando a hipótese da implosão "ao mesmo nível". O Bloco de Esquerda, único partido a votar contra a construção do estádio, apressa-se "a responsabilizar", através de Nelson Peralta, os outros decisores políticos. "O referendo seria para lavarem as mãos dos problemas que criaram", acusa.

Thursday, October 15, 2009

Défice público nos 9,2 %

Execução: Unidade técnica de apoio orçamental traça cenário pessimista
Défice público nos 9, 2%

Nos primeiros seis meses do ano, o buraco das contas públicas atingiu os 7330 milhões de euros, o que corresponde a um défice acumulado de 9,2% do PIB, revela o relatório da Unidade Técnica de Apoio Orçamental (UTAO) da Assembleia da República sobre a execução orçamental até ao 2º trimestre de 2009. Este é, aliás, o segundo valor mais elevado da década.
-Os números mostram que as necessidades de financiamento do Estado se agravaram “significativamente”. Por isso, o défice poderá tornar-se na maior condicionante do próximo Governo.
-Segundo o relatório, o peso da receita das administrações públicas ascendeu a 39,5% da riqueza produzida até Junho. A despesa atingiu os 48,4% do PIB. Assim, em termos homólogos, as receitas arrecadadas até Junho caíram 9,1%, devido à forte quebra nos impostos (19,5%), sobretudo no IVA, com uma descida superior a 25%. No mesmo período, a despesa consolidada cresceu 10,3%. Apesar de o cenário ser pessimista, a UTAO lembra que as contas se poderão alterar até ao final do ano, já que “não há execução orçamental suficiente para permitir a extrapolação para o conjunto do ano”.
-Menos convictos, alguns economistas apontam para uma derrapagem nas contas próximas dos dois dígitos. O economista Vítor Gonçalves acredita que “o défice poderá chegar a 10%, pois não há margem para aumentar as receitas”. Também António Nogueira Leite é claro: “Terá de haver sacrifícios.” Para o economista, “não faz sentido voltar a aumentar os funcionários públicos”. Um ex-governante disse ao CM que “antes da crise havia sinais” de descontrolo orçamental. “Preferia que o Estado tivesse feito um esforço de contenção em 2007 e 2008”, rematou.
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Comentário: Notem bem estas duas últimas frases. Vem confirmar o que já foi dito várias vezes: a culpa não é só da crise internacional mas, também da crise nacional que na altura existia, por culpa do sr.Sousa e "sus muchachos"...

Wednesday, October 14, 2009

Diarreia legislativa


A portaria 1226/2009, publicada anteontem, divulga uma lista de espécies que só podem ser detidas por parques zoológicos, empresas de produção animal autorizadas e centros de recuperação de espécies apreendidas.
Entre as espécies cuja detenção passa a ser proibida, incluem-se todas as espécies de primatas, de ursos, de felinos (com excepção do gato), otárias, focas, hipopótamos, pinguins, crocodilos, avestruzes, tartarugas marinhas e de couro, assim como serpentes, centopeias e escorpiões.
Comentário:
Mais um decreto de lei irresponsável a juntar à lei das raças de cães perigosas, lei dos " piercings" , lei da pesca... Resta saber como irá ser feita a fiscalização. É o habitual neste país, todos os dias surgem novas leis, para controlar todos os ínfimos pormenores da sociedade, depois fica para trás o cumprimento dos deveres essenciais.