Friday, May 29, 2009

Docentes da E. S. Infanta Dona Maria aprovaram carta aberta à ministra e apelam à participação na manifestação de amanhã



Senhora Ministra,

Afirmou a senhora há tempos que tinha perdido os professores mas ganhado a opinião pública. Nós, professoras e professores da Escola Secundária Infanta D. Maria, estamos pois entre os muitos que a senhora "perdeu". E sentimo-nos perdidos, de facto:

- quando se divide artificialmente os professores em categorias com base em critérios discricionários e se degrada o nosso estatuto profissional;
- quando a tutela nos quer impor um pretenso modelo de avaliação de desempenho docente que não é senão um sistema para bloquear a carreira e para trucidar a solidariedade e a colaboração entre profissionais;
- quando a nossa entidade patronal ao invés de valorizar e dignificar os seus funcionários só cura de os vilipendiar e humilhar, só pretende transformá-los em acéfalos serventuários;
- quando o ministério não promove a educação mas dá tantas oportunidades ao facilitismo e ao sucesso nas estatísticas;
- quando se fecha os olhos ao absentismo e à indisciplina dos alunos;
- quando verificamos que décadas de árduo trabalho e de descontos para a aposentação redundam em exíguas reformas;
- quando, mesmo apesar disso, o êxodo dos profissionais se agrava (só no último ano aposentaram-se nesta escola cerca de 1/5 dos professores do quadro);
- quando se estimula a mais reles subserviência e a mais abjecta delação;
- quando em vez de promover a cooperação com a comunidade se transformam as escolas em armazéns a tempo inteiro e se estimula a desresponsabilização das famílias no processo educativo;
- quando se faz tábua rasa de décadas de experiência e inovação na gestão democrática das escolas e se impõe o regresso ao director autocrático.
Estamos cansados da sua surdez arrogante, da sua prepotência ignorante. É que a senhora perdeu os professores e não ganhou nada. Só por ignorante cegueira é possível não ver que se compromete assim o futuro de gerações, que Portugal não descolará da cauda do desenvolvimento com manipulações estatísticas, com show-off mediático.
Ao contrário da senhora, nós estamos empenhados na defesa de uma escola pública de qualidade para todos, que promova o desenvolvimento do país e a qualidade de vida dos cidadãos.
Por isso, apesar de perdidos e cansados, continuamos indignados. E com ganas de lutar por uma mudança urgente das políticas na educação.
Hoje aqui, no próximo sábado em Lisboa, queremos dizer-lhe basta! Se não é capaz de inverter as suas políticas, de dignificar a escola pública e promover realmente a educação para todos, vá-se embora! Já provocou demasiados estragos –quiçá irreparáveis – na escola portuguesa. Vá-se embora! Não deixa saudades!

Escola Secundária Infanta Dona Maria, 26/5/09

As Traseiras e a porta da frente

"Um pedido ao primeiro-ministro: não saia mais pela porta das traseira. Quando for apenas um cidadão, saia como quiser e por onde quiser. Enquanto for primeiro-ministro, coisa que eu espero ansiosamente que finde, saia pela porta da frente. Ao menos isso. Não envergonhe a democracia

.Como assinala o blogger Nuno Nogueira Santos, o último primeiro-ministro da ditadura, Marcello Caetano, quando, no Quartel do Carmo, lhe foi proposto que saísse pelas traseiras respondeu: "Não! Só saio daqui pela porta por onde entrei. A porta da frente." Salgueiro Maia percebeu como sair pela porta da frente era importante para a dignidade de Marcello Caetano, dos militares que o depunham e do regime que dali nasceria. Com poucos homens e muita coragem Salgueiro Maia levou Marcello Caetano pela porta da frente. É nestas coisas que as pessoas se distinguem.»

Helena Matos, Público

Projecto especial leva o xadrez a Escolas infantis na Alemanha




Em mais de 150 jardins-de-infância no estado alemão da Renânia do Norte-Vestfália, as crianças recebem aulas de xadrez. Especialistas acreditam que o jogo incentiva o pensamento lógico.


Convencido dos efeitos positivos do xadrez para o desenvolvimento infantil, Ralf Schreiber, consultor de marketing e entusiasta deste jogo, conseguiu, há pouco mais de um ano, convencer políticos, empresários e associações a viabilizarem um projecto a ser realizado em mais de uma centena de jardins-de-infância na Alemanha. A ideia era ensinar crianças, desde pequenas, a jogar xadrez.
Iniciado em Março de 2007, o projecto começou em 157 instituições de ensino infantil e já foi ampliado para mais 11, tendo-se tornado objecto de pesquisas científicas. Na cidade de Hattingen, por exemplo, várias escolinhas aderiram ao xadrez, sempre com acompanhamento de especialistas que estudam a influência do jogo nas crianças.
Schreiber, com o apoio de sua mulher está convencido da relevância do xadrez para as crianças, conta que ensinou à própria filha de dois anos as artimanhas do jogo. «Fomos introduzindo as peças aos poucos e também a forma como ela deveria mover as peças. Um dos truques que utilizamos foi espalhar alguns chocolatinhos pelo tabuleiro. Ao tomar uma peça no jogo, ela podia devorar um pequeno chocolate de verdade. Em poucos dias, ela já sabia reconhecer todas as peças. E isso com dois anos e meio. Com três, ela já jogava xadrez», conta Schreiber.

Comunicação, fantasia e comportamento
O xadrez, lembra Schreiber, incentiva, desde bem cedo, o pensamento lógico, a comunicação, a fantasia e o comportamento. «Primeiro explicamos o nome de cada peça com pequenas representações teatrais. As crianças não começaram a usar o tabuleiro, mas sim o próprio corpo, imitando os movimentos de cada figura do xadrez. Depois fomos ensinando sistematicamente o que eram a torre, o peão, o rei, a dama e o bispo», conta Sabine Zysk, educadora de um jardim-de-infância na região.

Cepticismo de alguns pais
O entusiasmo das crianças pelo xadrez surpreende, em parte, os próprios pais. «Achei, de forma geral, uma boa ideia, mas não pensei que resultasse, porque jogar xadrez é uma coisa chata. As crianças têm que ficar sentadas durante muito tempo, eu não imaginava que resultasse», confessa Nicole Gambalat, mãe de uma criança que frequenta uma das escolas infantis envolvidas no projecto. Para contar com o apoio dos pais, as escolas oferecem cursos para os adultos interessados.
O argumento dos “pais” do projecto é o de que o xadrez aumenta a concentração e a disponibilidade de cooperação, fazendo também com que as crianças aprendam a perder em situações competitivas.
Caso os estudos com as crianças de Hattingen conduzam a resultados positivos, como está a acontecer, o projecto será possivelmente ampliado para o maior número possível de creches e jardins-de-infância do estado.

Artigo de Leila Winther lido na Deutsche Welle online.

Bom, alguns mestres de propaganda preferem divulgar o " Magalhães" não investindo na leitura, cálculo , raciocinio lógico e pensamento estratégico

Thursday, May 28, 2009

A verdade sobre as politicas educativas do governo- parte 3


Sobre o Novo Estatuto do Aluno- uma pérola do " Eduquês "

Campeões da sala de aula

O blogue do Paulo Guinote tem, aqui e aqui, duas entradas a propósito de um estudo que a revista "Visão" publica sobre a opinião que os portugueses têm dos professores. E se estava com dúvidas sobre o estado da chamada opinião pública no que se refere à luta dos professores, e isso vale o que vale, leia o estudo e tire as suas conclusões.

"Depois de um ano de contestação política, os professores e o seu trabalho continuam a ser bem-vistos pelos portugueses. À porta de mais um protesto de docentes a sondagem VISAO/SIC/Gfk METRIS/CESNOVA revela que os profissionais de ensino são do melhor que há na Educação, ao contrário de políticos e alunos" pode ler-se no interior da revista.

Wednesday, May 27, 2009

Uma lição de Espanhol Técnico



Lição dada por um detentor de uma licenciatura adquirida na Universidade Independente

Carta aberta ao primeiro ministro

Santana Castilho escreveu uma carta aberta que deve ser lida com toda a atenção; aqui.

Má qualidade das leis está a sair muito caro ao Estado

Notícia do Público (sem link directo). O problema não é o que custa ao Estado, é o que perturba a vida do cidadão comum…

Má qualidade das leis custará ao Estado pelo menos 7,5 mil milhões de euros por ano
Constitucionalista Gomes Canotilho diz que o outsourcing das leis é “um processo obscuro” e deve ser feito com cuidado, mas é admissível em alguns temas
A má qualidade legislativa custará ao Estado cerca de 7,5 mil milhões de euros por ano, ou seja, pelo menos 4,5 por cento do PIB, um valor acima da média europeia que ronda os 3,4 pontos percentuais. O número foi avançado ontem pela directora do Cejur (Centro Jurídico da Presidência do Conselho de Ministros) num colóquio organizado pela Assembleia da República subordinado ao tema A Qualidade da Legislação. Segundo a jurista Susana Brito, este valor consta de estudos internacionais.A alegada má qualidade das leis, de que até o Presidente da República se queixou algumas vezes, não se prende apenas com a forma de redacção, o estilo ou linguagem, afirma o constitucionalista Joaquim Gomes Canotilho, “mas também com problemas de contradições dos conteúdos e de regimes transitórios, por exemplo”. Ou com o “sistema de justiça, que não é rápido ou eficiente, fazendo com que o processo legislativo acabe por não conseguir resolver os problemas dos cidadãos”.“A arte de legislar levanta muitos problemas”, realçou o constitucionalista perante uma plateia de deputados e juristas, defendendo que estaremos mesmo perante uma nova ciência. Lembrando que “as leis servem para a aplicação das políticas públicas”, Canotilho disse que muitas leis falham porque “não têm em conta questões económicas, sociais, culturais”. A fúria legislativa, com a produção diária de muitos diplomas e a pressa com que boa parte deles são feitos, também tem a sua quota de culpa. Por isso, defende, a função de legislar exercida pelo Parlamento e pelo Governo deveria estar rodeada de mais cuidados e ser encarada com “mais profissionalismo”. Deveria contar, por exemplo, com a ajuda de “um corpo de vários peritos, desde sociólogos, cientistas políticos, claramente juristas, observadores. Porque muitas das propostas podem ser erradas ou deficientes.”

Monday, May 25, 2009

Queixa de J.S. Pinto de Sousa arquivada

O optimista

Pinto de Sousa afirmou que nunca viu um pessimista criar um posto de trabalho. Ao dizer isto, o secretário-geral do PS e, para nosso infortúnio, 1º ministro em exercício, coloca-se ao lado do optimismo antropológico e político que tanta felicidade tem trazido ao mundo desde 1789. Muita da gente que se inspirou neste magnífico optimismo histórico, iniciado com a famosa "tomada da Bastilha", acabou a gerir "generosas" ditaduras e "democracias populares". Até Hitler era socialista, nacional-socialista. À força, muita desta gente criou efectivamente muitos postos de trabalho. Os planos quinquenais de Estaline e dos seus sequazes não serviam, aliás, para outra coisa. É evidente que o sr Sousa é um produto da democracia e, como tal, espera-se que fugaz e efémero. Até na coisa dos postos de trabalho é. Prometeu 150 mil e chega ao fim da legislatura com meio milhão de desempregados. De resto, "encostou-se" à iniciativa privada (pouca), descerrando lápides sobre lápides e aproveitou a boleia para a sua privativa propaganda. Seria interessante escrutinar quantos dos anúncios de milhares de postos de trabalho "abertos" aqui e ali estão efectivamente preenchidos. Com optimistas como Pinto de Sousa tudo é possível. Até o céu e o inferno.

Manifestação de professores em 30 de Maio

ver comunicado do MUD e APEDE sobre manifestação de professores de 30 de Maio nesta hiperligação
A luta deve continuar nas Escolas e passa pela derrota do sr. Sousa nas três eleições a decorrer neste ano civil e atirar o arrogante e mestre de propaganda, José Pinto de Sousa para o caixote de lixo da História.

Manifestação de professores em 30 de Maio


É um vídeo da Fátima de Freitas . São 5 minutos de centenas de fotografias das manifestações de professores com música de fundo dos Queen e textos de Fernando Pessoa/Alberto Caeiro. Um vídeo que relembra a importância de voltar a dizer presente na manifestação do dia 30 de Maio. Esquecendo todas as divergências e pondo fim à autoflagelação. O adversário dos professores é apenas um: o Governo de Pinto de Sousa. Quando os professores se unem o Governo treme e recua.

Saturday, May 23, 2009

Advogados e Política

Publico um extracto da entrevista do Dr. Marinho Pino, bastonário da ordem dos advogados, publicada no Jornal 24 horas do dia 18/5/2009

“ Um advogado não deve de ser deputado, porque quem faz as leis não deve estar a aplicá-las no tribunal. Estão a fazer leis a favor de clientes meus? Pode haver a suspeita de haver leis feitas a favor dos meus clientes e não dos interesses do Estado.

(…) São advogados que entram e saem do governo. Um escritório de advogados em Lisboa, por exemplo, tinha quatro membros no governo anterior a este e, pelo menos um deles, numa posição de ser a segunda ou a terceira figura. Tem de haver alguma moderação! Eu defendo as regras da sã concorrência entre sociedade de advogados, não é conseguir-se contratos através de tráfico de influencias entre sociedades de advogados, não é conseguir-se contratos através de tráfico de influencias subterrâneas, ocultas ou através de manobrismos na Assembleia da República feitos por deputados que são advogados. Sou abertamente contra isso. E isso incomoda muita gente cujos escritórios lucram com essa situação. Por isso estão contra mim.

(…) É o novo estatuto que os preocupa e é por isso que me fazem esta guerra toda. Então quem está a aplicar leis nos tribunais e é pago por grupos económicos, às vezes poderosíssimos, deve estar a fazê-las no Parlamento em nome do Povo? Isto é elementar Sempre fui abertamente contra isso Os advogados não votaram na cor dos meus olhos, mas no programa que apresentei e estão lá estas coisas.

(…) Não tenho medo de eleições. Fazem-me esta guerra toda por estar a tocar em interesses promíscuos, intocáveis até aqui.

(…) As situações estão aí toda a gente as vê fazem-se fortunas no exercício de funções publicas sem qualquer escrutínio por parte da opinião publica. Enriquece-se no parlamento e depois é tudo justificado com honorários de advogado! Estão praticamente a tempo inteiro no Parlamento e ao mesmo tempo a exercer a advocacia. Sejamos claros isto não está correcto.

(…) O dr. José Miguel Júdice pode dizer e pode acusar-me do que quiser. De uma coisa ele não me pode acusar: é de eu, como bastonário da ordem e advogado, ao mesmo tempo, andar a vender a querer vender submarinos ao governo. Sou bastonário e suspendi as minhas funções de advogado, e não estou a querer vender submarinos ou a fazer contratos com o governo em nome de interesses privados. Disso não me pode acusar.

(…) Fiz abertamente politica antes do 25 de Abril e por isso passei pelas cadeias. Não tenho feitio político. Uma pessoa que fala verdade não pode ser político de sucesso em Portugal. E Portugal, para se ter sucesso na política, tem de se mentir, ser actor, fazer encenações ter, uma agência que escolha a camisa, as gravatas e o pó de arroz… eu não tenho feitio para isso mas não abdico de intervir como cidadão”.

Hoje ningém parece ter dúvidas sobre a promiscuidade entre a política e o exercício da advocacia : ela é mais que evidente. Num momento em que a justiça portuguesa é apontada por todos, à excepção de certos interessados, como um dos problemas graves que a democracia portuguesa enferma, não seria de evitar advogados em eleição? Que buscam e que vêm trazer à democracia senão aquilo que toda a gente sabe e desconfia e o bastonário aponta ?

Sendo a justiça um dos pilares senão mesmo o garante da democracia a entrevista torna-se pertinente pela forma directa como o Dr. Marinho Pinho fala dos interesses instalados neste país, (designado por Ribeiro Sanches de “cavernoso” precisamente por casos de justiça) por esta corporação de profissionais que são os advogados. Nesta mesma entrevista o bastonários faz referências curiosas a José Miguel Júdice um advogado que hoje mesmo escreve um artigo no jornal Público, intitulado “O bastonário: ruído e falta de eco”…é de ler !

Não há muito, a OCDE publicou um relatório sobre profissões e nele informava que os advogados e a advogacia eram em conjunto, as profissões e profissionais mais mal considerados, seguidos de economistas, gestores e outros que não recordo. No grupo contrário, no das mais consideradas estavam médicos, professores, artistas, cientistas

Educação sexual



Monty Python's sex-education


Desde há 20 anos que por cá se fazem leis e discussões sobre educação sexual nas escolas. Muda-se aqui, muda-se acolá, faz-se muito alarido, as jotas partidárias mostram existência e os partidos têm a sua oportunidade de se mostrarem modernaços. Depois, fica tudo na mesma.

Os portugueses têm uma dualidade quanto às leis. Sabem que não é por uma lei ser feita que algo muda. Aliás, têm até uma postura de as relativizar e ajustar ao seu ponto de vista. Mas depois encetam acesas discussões sobre as leis que estejam na ordem do dia como se afinal depois as fossem levar a sério.

À conta da educação sexual, durante uns dias deixamos de ouvir falar na Bela Vista e na crise económica que nos morde os pés, o que é óptimo. Entre prometer milhões para salvar bancos e empresas e pretender distribuir preservativos pelas escolas, sempre é preferível esta última. Fica mais barato e tem igual eficácia nula.

A verdade sobre as políticas educativas deste governo

Computador " Magalhães" ilegal: Governo violou normas de Direito Comunitário





Todos os programas ligados ao Plano Tecnológico da Educação, do qual o Magalhães é o mais emblemático, estão em causa. Para a Comissão Europeia, o Governo português não agiu de modo transparente, porque as empresas foram tratadas de modo desigual. A Comissão Europeia considera que o Governo de José Pinto de Sousa violou o direito comunitário e as leis de defesa da livre concorrência ao adjudicar por ajuste directo e não por concurso público todos os programas ligados ao Plano Tecnológico da Educação. Se fosse um professor a violar uma lei, seria de imediato suspenso por uma qualquer directora regional de educação. Como foram os membros do Governo, nada lhes acontece. A única esperança que resta é o julgamento do Povo.
Pessoas sem formação ética que violam sistematicamente as leis, que pressionam o poder judicial, que restringem a liberdade e a democracia nas escolas e que são violadores contumazes dos contratos estabelecidos entre o Estado e os funcionários públicos não merecem a confiança do Povo.

A história

Comissão Europeia considera Magalhães ilegal

Friday, May 22, 2009

Pinto de Sousa e MLR vaiados na Escola António Arroios


Acabou mal a última manobra de propaganda do primeiro-ministro. Hoje de manhã, em visita à escola António Arroios, em Lisboa, na companhia da ministra da educação e do ministro das finanças, foi vaiado por centenas de alunos que interromperam a cerimónia de adjudicação de obras de requalificação da escola. O primeiro-ministro, seguido por uma batalhão de jornalistas, reagiu mal à monumental vaia e aos insultos que os alunos lhe dirigiram. Alguns estudantes acusaram o Governo de ser fascista. "Com Governo fascista, não se pode ser artista!", gritaram os jovens. Não há memória na história democrática portuguesa de um primeiro-ministro tão odiado por largas franjas da população. A animosidade contra o sr. Sousa não pára de crescer e os conflitos sociais aumentam de tom e de intensidade. A manifestação dos estudantes da escola António Arroios ocorreu pelas 13:30 e foi uma das mais participadas dos últimos anos. Perante a dimensão dos protestos, o primeiro-ministro teve de deixar as instalações escolares pela porta das traseiras.
A história
Sócrates vaiado em escola

"O " Lopes

Há pormenores esclarecedores. Na Quadratura do Círculo, António Costa referiu-se ao procurador Lopes da Mota - aquele nosso brilhante presidente do Eurojust - como "o" Lopes da Mota. O artigo definido não constituiu lapso freudiano. Mota foi secretário de Estado de um governo de Guterres onde Costa também pontificava. A mulher de Mota é sua vereadora - imagine-se - da cultura, em Lisboa, e dá pelo nome de Rosália Vargas (Lopes da Mota). Grande Lopes. O "nosso" Lopes. "O" Lopes.

Magalhães, alvo de queixa em Bruxelas


No dia em que se sabe - já se sabia ou calculava - que o "plano tecnológico" da troika Pinto de Sousa /Lino/Zorrinho, na componente Magalhães, o ex libris da propaganda, foi alvo de uma queixa em Bruxelas por violação das regras da concorrência comunitária (ajuste directo em vez de concurso público), julgo que o "retrato" de Manuel Pinho feito por um leitor de Loulé completa a ideia geral sobre a farsa em que estamos metidos.

«Só a título de curiosidade. Ontem, feriado municipal em Loulé, o Sr. Pinho da Maizena foi agraciado pela autarquia com a "comenda" d'oiro por se tratar de um "filho da terra"(?). Diria antes, "aperfilhado" pela oportunidade dos elevados serviços prestados ao Concelho através de uns espectáculos que promove por aqui em época de veraneio a preços proíbitivos ao comum do cidadão onde me insiro. A mesma figura que se lembrou de mudar o nome da região acrescentando-lhe um "L" para gozo do restante Portugal, então tão duramente criticado precisamente pelas mesmas pessoas que (ontem) lhe colocaram a "comenda" no cachaço. O verdadeiro "Allgarve" feito à medida para que o Pinho & famelga possam ter algo para se entreter quando vierem a banhos.».

Thursday, May 21, 2009

Mais Miséria Moral

Outro artigo a merecer transcrição integral sem mais.

«Notícias surpreendentes lá de fora: o primeiro-ministro belga, Yves Leterme, propôs hoje (19/12/08) a demissão de todo o Governo, na sequência de acusações de alegadas (alegadas, imagine-se!) pressões sobre a justiça. Leterme nega qualquer pressão sobre o poder judiciário e apenas admite ter feito "contactos";
Michael Martin, presidente da Câmara dos Comuns, anunciou hoje (19/05/09) a demissão, após acusações de alegadamente (alegadamente, pasme-se) ter consentido alegados (só alegados) abusos nas despesas de representação de alguns deputados; dois membros da Câmara dos Lordes foram hoje (20/05/09) suspensos (suspensos, a democracia inglesa está maluca!) por alegadamente (outra vez só alegadamente) terem aceitado dinheiro para votar projectos de lei.
Nenhum deles foi, pasme-se de novo, condenado por sentença transitada em julgado, e mesmo assim, pasme-se ainda mais, tiraram consequências políticas de alegações fundamentadas que os visavam. Então e aquela coisa da "presunção de inocência"? As democracias belga e inglesa têm que comer muita papa Maizena para chegarem aos calcanhares da nossa...»
Manuel António Pina, Jornal de Notícias

Miséria Moral

Merece transcrição integral com a devida vénia.

«Se quiseres eu mostro-te as provas.- Ai tem? E quer que lhe faça também um desenho?Estas são algumas das frases trocadas entre a professora da escola de Espinho e uma das alunas que se ouve na gravação. Nada disto tem o mínimo de razoabilidade ou é sequer moralmente aceitável. Mas, se virmos bem, é assim que o país está, entre o demente e o acanalhado, com uns a dizerem "Se quiseres eu mostro-te as provas" e os visados a responderem "Ai tem? E quer que lhe faça também um desenho?" Já tínhamos tido as imagens captadas por um telemóvel que mostravam uma professora a ser agredida dentro da sala de aula. Já tivemos também as gravações de gangs a dispararem e agredirem quem lhes apeteceu. E, claro, temos o folhetim das gravações do senhor Smith. De cada vez que uma destas gravações é revelada supõe-se que já se viu tudo o que se tinha para ver. Umas semanas depois descobre-se que temos para visionar algo de muito pior e assim vamos embalados em play nesta estranha forma de vida em que uns gravam, outros são gravados e o povo visiona. Honestamente temos de admitir que as gravações clandestinas são o que de mais relevante a nossa memória guarda dos últimos anos em Portugal. Já não nos lembramos dos factos em si mesmos, mas não esquecemos o momento em que aquelas imagens, captadas às escondidas, passaram pela primeira vez diante dos nossos olhos. Tal como os voyeurs que só obtêm prazer observando o sexo dos outros, também os portugueses se satisfazem vendo imagens captadas clandestinamente e que na verdade não revelam nada que já não saibamos. Que existem professores que não têm condições para o ser é um dado incontornável. Que a indisciplina se instalou nas escolas é um facto. Que os gangs impõem as suas regras nuns bairros por ironia chamados sociais é óbvio. E quanto aos mecanismos para obter licenciamentos explicados ao vivo pelo senhor Smith também sabemos que pouco têm de original. Muito mais sofisticado e danoso para o país do que o Freeport foi o processo da Cova da Beira e dúvidas muito mais sérias se colocam nesse caso em relação ao procedimento de José Sócrates. Mas como não existem gravações clandestinas na Cova da Beira mas sim factos, o assunto não suscita interesse ao visionador a que está reduzido cada português. Digamos que não se perde grande coisa com o facto de não existirem gravações secretas do caso Cova da Beira. Ou seja, apenas se perde espectáculo, pois tal como os voyeurs não têm actividade sexual propriamente dita, satisfazendo-se em espreitar os outros, também os cidadãos-visionadores se esgotam na reacção de indignação aquando do visionamento. Em seguida, já satisfeitos, caem numa abulia da qual só serão brevemente despertos por uma gravação ainda mais alarve. O que é grave nestas gravações não é portanto o que elas mostram acerca dos desgraçados que nelas surgem, mas sim o que elas mostram sobre nós. Sobre a nossa demissão em relação ao país. Por exemplo, o que é que já fizemos para flexibilizar a escolha das escolas pelas famílias? Recordo que as escolas têm tido de manter em funções professores não apenas perturbados como a senhora da gravação da escola de Espinho, mas também gente acusada de crimes graves, como a pedofilia, ou até condenada por eles. Se, no ensino público, os pais pudessem mudar os seus filhos de escola ou de turma, os professores problemáticos não desapareciam mas certamente que não se arrastariam anos e anos pelas escolas até que resolvessem concorrer para outro lado. O estranhíssimo universo revelado pelas gravações efectuadas nas salas de aula é o resultado inevitável daquilo que não temos tido coragem nem paciência para mudar na educação.Em 2009, o país vive sob a perversão do voyeur, aquele que trocou o fazer pelo ver: o povo tornou--se não na razão de ser do regime mas sim no seu visionador. Não por acaso vemos os movimentos radicais interrogando-se todos os dias sobre o momento em que também em Portugal se verão essas imagens de pneus a arder, gente de cara tapada apedrejando sedes de empresas e gestores sequestrados. Isso não resolve nada e contribui para uma mais acelerada deslocalização das empresas. Obviamente quem anseia por esses acontecimentos sabe-o muitíssimo bem. Mas sabe também que essas imagens refrescariam o imaginário do cidadão--visionador. Infelizmente não é apenas a insolente gaiata da gravação que anda para aí a perguntar : "E quer que lhe faça também um desenho, s'tora?" Tanto quanto sei, estão dez milhões à espera para ver.A polémica"Para travar a polémica e procurar um consenso, o deputado Pedro Nuno Santos, secretário-geral da Juventude Socialista (JS), explica que a maioria socialista quer envolver as unidades de saúde nessa distribuição de contraceptivos" - elucidava a TSF num daqueles dias em que a voz de quem lê os noticiários tremelica na antecipação de mais uma questão fracturante que divida o país em progressistas inteligentes e reaccionários estúpidos. Cabe perguntar a que polémica se refere o secretário-geral da Juventude Socialista. Na verdade não existe polémica alguma, nem pode existir. Há décadas que as unidades de saúde distribuem gratuitamente em Portugal contraceptivos aos jovens. Convém que se recorde que nas cidades de Aveiro, Beja, Braga, Bragança, Castelo Branco, Coimbra, Figueira da Foz, Évora, Faro, Leiria, Portalegre, Porto, Santarém, Setúbal, Viana do Castelo, Viseu, Vila Real, Caldas da Rainha e Pombal existem gabinetes específicos para esta questão. Regra geral são designados como Gabinetes de Apoio à Saúde e Sexualidade Juvenil e, segundo informação oficial disponível a qualquer um de nós, deputado ou não, 29 enfermeiros, 27 médicos, 26 psicólogos, cinco nutricionistas, dois assistentes sociais, um dietista e um psiquiatra atendem nos mais variados horários os jovens que aí os procuram. Se destes gabinetes citadinos passarmos para as unidades de saúde que cobrem todo o país, perceberemos que já há muitos anos foram criadas consultas de planeamento familiar às quais os jovens podem ter acesso independentemente do centro de saúde em causa estar ou não na sua área de residência (infelizmente, o mesmo princípio não se adapta aos adultos!) Esta possibilidade é muitíssimo importante sobretudo nos meios mais pequenos onde é mais difícil assegurar a privacidade dos utentes. Está estabelecido até que não é necessário fazer marcação prévia para ir a uma dessas consultas. E também em Portugal, devidamente apoiados pelo Ministério da Saúde, existem escolas onde funcionam gabinetes de promoção da saúde - cuja experiência e número deveriam ser muito mais alargados -, onde os alunos não só recebem contraceptivos como informação dada por técnicos qualificados sobre planeamento familiar, doenças sexualmente transmissíveis, alimentação, alcoolismo, etc. Donde não conseguir perceber o que pretende o deputado Pedro Nuno Santos, secretário-geral da Juventude Socialista, quando afirma que a maioria socialista quer envolver as unidades de saúde nessa distribuição de contraceptivos. Isso e muito mais e melhor já é feito há muito tempo, e o resto é conversa. Ou procura dela.

A ética republicana

A ética republicana é como o Espírito Santo: não se consegue explicar exactamente o que é, nunca se avista, mas acredita-se que opera milagres. Lembrei-me muito da ética republicana ao ver as imagens da demissão de Michael Martin, o speaker da Câmara dos Comuns. Tal como nos anos 70 era difícil explicar, em Portugal, as razões da demissão de Nixon, pois usar as polícias para espiar as campanhas dos partidos da oposição era então um direito adquirido do Governo, também hoje surge como bizarro que este homem se tenha demitido não porque ele mas sim alguns deputados tenham utilizado dinheiros públicos, ainda por cima em quantias irrisórias, em benefício próprio ou mais propriamente em benefício dos seus jardins e casas. Isto é o que acontece nos países onde a ética é simplesmente ética e não uma basófia do regime.

A tralha.

A propósito ainda do pedido de demissão de Michael Martin, é interessante ver como o Parlamento inglês apresenta uma pobreza tecnológica e até uma falta de conforto constrangedores quando comparados, por exemplo, com o Parlamento português. Nenhum daqueles parlamentares britânicos exibe computadores durante as sessões, até porque, à excepção dos joelhos, não teria onde colocá-lo. Mas questionam e discutem como compete a quem tem História e presta contas ao povo. Por cá exibem computadores, sempre ligados para dar um ar de ocupação, como os funcionários das repartições.»

Helena Matos, Público

Manual de sobrevivência do profissional da classe docente

( " roubado" ao blog ProfAvaliação de Ramiro Marques )



1. Não queira salvar o Mundo. O Mundo não tem salvação. Os humanos têm tratado tão mal a mãe natureza que ela vai agradecer quando os humanos derem cabo de si próprios.

2. Não entre na escola com a ideia peregrina de que a sua missão é salvar crianças e adolescentes. Há muitas crianças e jovens que não têm salvação. Quando chegam à escola já estão perdidas. Não se sinta culpado pela perdição dos outros. As culpas da perdição têm de ser distribuídas pelos políticos e pelos pais. Os primeiros porque não sabem governar o país; apenas sabem governar-se. Os segundos porque colocam o amor próprio e os interesses pessoais à frente dos interesses dos filhos. E vai daí, passam a vida a fazer asneiras.

3. Se vir uma criança com fome, compre-lhe uma sanduíche. Mas não tenha a pretensão de querer resolver o problema da pobreza.

4. Não fale nas aulas sobre sexo e política. Concentre-se nas suas matérias e lembre-se de que ensinar bem é a coisa que melhor pode fazer para ajudar as crianças e os jovens a serem bem sucedidos.

5. Não queira ser engraçado nas aulas nem queira passar por humorista. Lembre-se de que está a falar para 25 alunos que têm telemóveis com câmara fotográfica e gravadores de áudio e vídeo.

6. Não queira fazer-se passar por irmão mais velho, amigo, pai ou mãe dos alunos. Seja simplesmente professor: um profissional com elevada competência técnica e científica que é pago para ensinar. Quando se ensina bem, está-se a educar. A educação é uma camada que se sobrepõe à instrução. A sua tarefa principal é instruir. A educação vem por acréscimo. É um bónus.

7. Não fale sobre a vida privada com os alunos. Lembre-se de que você não é pai nem mãe deles. Tão pouco é irmão. Nem sequer é um amigo. Você é um profissional.

8. Não queira entrar na intimidade dos seus alunos. Ouça-os quando eles se dirigem a si para falar sobre os problemas pessoais, mas ouça apenas. Não diga nada. Se for caso disso, encaminhe-os para o psicólogo escolar. Se for assunto que possa ser tratado pela escola, mande-os falar com o director de turma.

9. Guarde a ternura para os seus filhos. Não caia na tentação de consolar as crianças e os jovens com carícias, ainda que inocentes. Seja cuidadoso. Há crianças e jovens que fazem uso da maldade pura.

10. Cuidado com as conversas com os pais. Trinque a língua antes de falar. Diga só o que for realmente necessário. Limite-se à descrição dos factos. Poupe nos adjectivos. Não faça juízos de valor. Nunca tenha a pretensão de pensar que os pais dos alunos são seus amigos. E nunca tome o partido dos pais contra os seus colegas. Lembre-se de que os pais passam, mas os seus colegas vão estar ao seu lado durante pelo menos 40 anos.

( retirado do blog ProfAvaliação )

Tuesday, May 19, 2009

Muita palavra e pouca acção

O sniper Marinho Pinto, o guerrilheiro bastonário dos advogados, que atira a tudo que mexe, agora disparou para dentro. Diz o bastonário que existem escritórios e advogados que ajudam a “contornar” a lei. Creio que a esmagadora maioria dos portugueses ficou surpreendidíssima e recusa-se a acreditar em tal atoarda caluniosa sobre uma classe que está ao abrigo de qualquer suspeita. Temos um quadro legislativo que em muitos aspectos está cheio de alçapões que os mesmos escritórios que contribuíram directamente ou indirectamente para a legislação, aproveitam posteriormente para, em pareceres e aconselhamento, encontrarem os alçapões que permitirão fugas e perdões ao cumprimento da lei. É o que se pode chamar um nicho de mercado. A questão é que este quadro é do conhecimento da generalidade das pessoas e não se vislumbra a intenção ou vontade do alterar, veja-se a recente legislação sobre o financiamento partidário e as coimas por crimes ambientais ou a indisponibilidade para legislar seriamente no combate à corrupção. A situação, tal como está, favorece os escritórios de especialistas na interpretação dos alçapões da lei, contribuindo para um sistema de justiça ineficaz, injusto e favorável a quem pode pagar e ao "escritórios, claro, minudências, como calculam. Vejamos o que o bastonário fará com o que sabe.
Nada, como o mítico Octávio Machado e o seu não menos mítico, “vocês sabem do que é que eu estou a falar”.

E a Dra. Cândida Almeida não pergunta nada sobre a presunção da inocência da professora de Espinho ?


Orgia Romana, de Siemiradzki

"Uma professora da Escola Básica 2,3 Sá Couto, de Espinho, está suspensa e enfrenta um processo disciplinar na sequência de alegadas alusões a orgias sexuais, durante uma aula, gravadas em áudio por uma educanda."

Já não fazendo piadolas fáceis sobre o nome da escola, os magalhães e as perguntas da professora à aluna (se tinha visto «algum filme pornográfico»), restam as seguintes perguntas:

O que faria a Dr.ª Margarida Moreira se o Eurojust fosse da tutela da DREN?

Se não é altura da DREN ter uma procuradora adjunta a tempo inteiro?

Se o Dr. António Arnaut acha que a aluna fez uma delação de uma conversa privada?

Se é desta que o Dr. Vital Moreira e o Governo vão ter a mesma opinião?

O facto lamentável e perigoso de a Dren ter suspenso, de imediato, a citada professora sem antes abrir um inquérito e um processo disciplinar. A suspensão sumária de um professor, ainda por cima com base numa gravação clandestina de uma aula, é um precedente perigoso. Neste lamentável e triste episódio, estiveram todos mal: a PCE da escola porque terá autorizado a gravação e porque não foi capaz de prevenir atitudes que não foram só de agora. A Dren esteve mal porque devia ter aberto um inquérito e só depois, caso os resultados confirmassem a gravidade dos actos, optar pela suspensão da professora. Estiveram mal os professores e bloggers que lançaram pedras sobre a colega antes de conhecerem os pormenores do caso. É bem provável que a professora precise de apoio psiquiátrico. Não sabemos ao certo. Mas qualquer um de nós pode vir também a precisar. Remeto os leitores para o excelente post do Reitor onde se faz a pergunta certa: "Pode-se utilizar uma gravação audio de parte de uma aula para suspender uma professora mas não se pode utilizar uma gravação vídeo, incriminatória, do "ingº" Pinto de Sousa para nada?" Veja-se ainda o caso do Procurador Lopes da Mota. Continua em funções mesmo depois do resultado do inquérito e enquanto corre o processo disciplinar que lhe foi movido. Ah, dirão os leitores, mas é muito diferente! Claro que é. Num caso temos uma simples professora e no outro um importante Procurador Geral Adjunto da República.

Quem manda?

Só com muita ingenuidade é que se pode pensar que a distribuição de preservativos vai provocar um frenesim sexual nas escolas secundárias do País. As meninas e os meninos que querem e arranjam com quem, não carecem de incentivos. O problema aqui é outro.Ao decidir, contra a vontade manifesta de alguns pais, distribuir preservativos nas escolas, o Estado está a afirmar-se soberano em matéria de educação e formação das meninas e dos meninos, num tema onde a moral e a religião são centrais (coisas em que o Estado não se deve meter). O que está em causa, portanto, não é a sexualidade dos meninos, é a autoridade e liberdade dos pais.

Monday, May 18, 2009

Instituto de Emprego apagou 15 mil desempregados no final de Março. Alguém ainda acredita no partido de Pinto de Sousa?

O Instituto do Emprego e Formação Profissional (IEFP) "apagou" 15 mil desempregados no fim do mês de Março, devido àquilo que Francisco Madelino, presidente do organismo, considera ter sido um erro no cruzamento de dados com a Segurança Social.
O "apagão" começou por ser denunciado por uma carta anónima dirigida ao Sindicato Nacional dos Técnicos de Emprego (SNTE), que foi depois reenviada ao IEFP. Na denúncia, à qual o DN teve acesso, uma fonte interna do instituto revela a razão para algumas contas sobre o número de desempregados não baterem certo: "O IEFP tem adoptado, na contabilidade de inscrições, um movimento que se chama 'mudança de categoria'. No último dia de cada mês aparecem em algumas inscrições uma mudança de "categoria 2" (novo emprego) para a "categoria 3" (empregado), feita a inscritos que não estão a receber subsídio. E que, portanto, não se apercebem da alteração do seu registo".
Fonte: DN Online de 18/5/09

Comentário
O actual PS foi tomado por individuos sem ética . Vale tudo para conservar o poder. Repito: o maior problema de Portugal não é a crise económica. É a mentira. A Mentira que tomou conta da elite política, financeira e económica do país. Aliás, a actual crise financeira e económica é apenas produto do uso da mentira como meio para promover a ganância e a conservação do poder. Não sei até que ponto é que a mentira não se espalhou já, qual vírus, pelas consciências e vontades dos 10 milhões de portugueses. Veremos, em breve, se a mentira se enraizou na estrutura, na cultura e na consciência do Povo Português ou se é um fenómeno que apenas corrói as elites.

Saturday, May 16, 2009

Chegou o motor de buscas Wolfram Alfa


O motor de pesquisa de conhecimento computacional, WolframAlpha , já está disponível para todos. Criado por uma equipa de cientistas, dirigida pelo Físico e Matemático Stephen Wolfram, o novo motor de pesquisa não pretende competir com o Google. O objectivo do WolframAlpha é tornar acessível a professores, estudantes, jornalistas, escritores, investigadores e editores informação textual sobre todas as áreas do conhecimento. O WolframAlpha não responde às perguntas remetendo para páginas web. O novo motor de pesquisa dá respostas textuais, em forma de gráficos, quadros, operações matemáticas e texto. Para professores e estudantes de Matemática, Física e Química, este motor de pesquisa é uma ferramenta que facilita o acesso ao conhecimento. Para editores de blogues, escritores e jornalistas, o WolframAlpha é uma ferramenta de consulta obrigatória. Por exemplo, perguntei há pouco qual é a taxa de desemprego dos EUA. E a resposta chegou em segundos e está aqui. O WolframAlpha só está disponível em Inglês e só responde a perguntas feitas em Inglês. Dá respostas, com cálculos efectuados, a todas as questões matemáticas. Faz o mesmo para as perguntas sobre personalidades e datas históricas. E por aí fora com quase todas as áreas do conhecimento. Podem estar certos: o Wolfram Alpha veio para revolucionar a forma como os estudantes e professores interagem com o Conhecimento.
Para saber mais
Quem é Stephen Wolfram?
Stephen Wolfram na Wikipedia em Português
Stephen Wolfram na Wikipedia em Inglês
Entrevista a Stephen Wolfram
O que é o WolframAlpha?
O WolframAlpha no TechCrunch

Friday, May 15, 2009

O alargamento da escolaridade obrigatória


O alargamento da escolaridade obrigatória é um assunto muito ventilado nestes últimos tempos, uma medida já várias vezes anunciada, aplaudida por uns e criticada por outros, pois não deve ser tomada sem que haja uma reestruturação do sistema. Os alunos não podem ser obrigados a frequentar a escola sem que esta ofereça as devidas condições, caso contrário, funciona como uma medida contraproducente.
Não chega remodelar edifícios, embora isso seja positivo, é necessário verificar tudo o que se passa ao longo dos anos na actual escolaridade obrigatória. Acham que estão criadas as condições para avançar com mais três anos de escolaridade? Todos os alunos, no final do nono ano, saem com as competências básicas de acordo com o mínimo exigido para este nível? Sabem todos, pelo menos, ler e escrever correctamente ou o objectivo é que o número de diplomados cresça sem que haja o mínimo de exigência? O que faz um aluno completamente contrariado numa escola? Não seria mais benévolo reestruturar o ensino no que concerne, sobretudo, aos primeiros seis anos de escolaridade? Anos muito marcantes na vida de qualquer aluno. Era aqui que cada um devia escolher o seu rumo e, para que isso acontecesse, as escolas deviam estar preparadas para receberem os alunos de acordo com as suas vontades e aptidões. A chamada via profissional devia ser oferecida neste nível etário, mas com as devidas infra-estruturas, tanto humanas como físicas, para que o resultado fosse profícuo. Não é com o tipo de cursos criados ultimamente que se vai a lado algum, pois têm trazido mais instabilidade às escolas com a indisciplina que se tem verificado e a falta de interesse dos alunos. Apesar disso, há cursos, relacionados com as novas oportunidades, que estão a funcionar bastante bem e porquê? Porque são pessoas que estão lá voluntariamente, que aproveitam estas iniciativas para complementarem a sua formação.
O que vão fazer os professores do Ensino Secundário com alunos contrariados, sem motivação, indisciplinados no meio daqueles que querem progredir, que desejam estudar, que querem aprender e ingressar, um dia, na Universidade? Façamos uma retrospectiva e vejamos, onde tem havido mais casos de violência escolar? Por que razão isso tem acontecido? Querem alargar isso ao secundário onde existe, para já, alguma tranquilidade? Não acham que os alunos, a partir do sexto ano, deviam ser eles a escolher a via de ensino que mais lhes conviessem em vez de serem enviados para a escola como se fossem uma “mercadoria” para um armazém? A este propósito, António Nóvoa, reitor da Universidade de Lisboa, um grande especialista em matéria educacional, e que foi convidado pelo Primeiro-Ministro, no dia 28 de Abril, para debater o alargamento da escolaridade obrigatória para doze anos, não teve pejo em fazer perguntas e afirmações incómodas, segundo nos relata Ramiro Marques no seu blogue. Mais adiante, pode ler-se: “apelou aos membros do Governo presentes na sessão para que "actuem" sobre "o essencial", os primeiros seis anos de escolaridade, medida que defendeu ser mais importante do que fixar objectivos nos 12 anos de escolaridade. Depois de apontar deficiências no Ensino Secundário e de contestar a forma como os professores primários têm sido tratados pelos últimos executivos, o reitor da Universidade de Lisboa advogou ainda que alguns países europeus, sem uma escolaridade obrigatória tão longa, apresentam melhores resultados do que Portugal em termos de escolarização.”
O objectivo principal, na minha opinião, não é dar diplomas, mas sim competências. Que interesse há ter alunos com o nono e futuramente com o décimo segundo ano, se não sabem estar em sociedade, sem regras e sem as principais competências na leitura, na escrita e na matemática básica? O mercado de trabalho e a própria sociedade aceitarão melhor um cidadão competente com menos escolaridade do que outro com o diploma de anos mais avançados, mas que não revela aquilo que esse documento devia representar.
Quero citar um excerto que li também, no blogue de Ramiro Marques, sobre a falta de exigência em matérias tão essenciais no sistema inglês e que vem a propósito daquilo que se passa neste meu país, a saber: “O historiador inglês, David Starkey, avisa: é preciso ensinar as crianças a memorizar datas, factos e a desfrutar de lições de gramática e debates. O conhecido historiador denuncia que as escolas estão a produzir analfabetos funcionais incapazes de escrever, ler, comunicar e fazer cálculos. David Starkey fez estas acusações durante uma conferência de directores de escolas privadas. Starkey afirmou que se fosse estudante agora não teria chegado onde chegou porque actualmente o sistema escolar inglês é mais injusto e produz mais desigualdades do que quando ele era jovem.”.
Afinal, temos grandes especialistas a contestarem o actual sistema em Portugal e noutros países, pois defendem maior exigência e, consequentemente, maior autoridade para os professores para que possam levar por diante a sua tarefa. São medidas prioritárias a serem tomadas o mais rápido possível, caso contrário, para onde caminhamos? Estou muito preocupado com o futuro deste meu Portugal.

* Salvador de Sousa - Professor da EBI Monsenhor Elísio de Araújo – Pico de Regalados – Vila Verde

Thursday, May 14, 2009

A insustentável leveza de Lopes da Mota no Eurojust

Abstraindo de qualquer e eventual questão disciplinar e penal, o Dr. Lopes da Mota deve ser demitido do mandato que lhe foi conferido para o Eurojust, por motivo da necessária "responsabilidade democrática" do Estado português. Mas não só, para salvaguarda dos cargos que desempenham e do próprio Estado, deveriam há muito ter-se demitido, ou serem demitidos, o ministro da Justiça Alberto Costa e o primeiro-ministro José de Sousa .

Registe-se mais outra reportagem da imprensa internacional (neste caso do EU Observer de 13-5-2009) sobre a insustentável leveza de Lopes da Mota no Eurojust:

«Eurojust chief embroiled in Portuguese corruption scandal
Valentina Pop13.05.2009 @ 17:32
CETEUObserver/Brussels

– The EU's judicial co-operation body, Eurojust, on Wednesday tried to distance itself from a scandal involving its head, Jose da Mota, who allegedly put pressure on prosecutors in order to stop a corruption probe involving Portuguese Prime Minister Jose Socrates.»

Portanto, os Estados-membros parecem conceder um tempo muito curto para o Governo português resolver a insustentabilidade de Lopes da Mota permanecer num cargo tão sensível, ainda por cima, alegadamente, intervindo no próprio processo Freeport, como noticia o CM de 14-5-2009...
Todavia, por maior que seja a tentativa diplomática de manter Lopes da Mota no Eurojust, isso parece impossível porque os países e instituições da União Europeia não o toleram. Nem chega o procurador Lopes da Mota dizer que se abstém de intervir em qualquer diligência desse caso.

Entretanto, na Grã-Bretanha o processo Freeport avança.
Conta o IOL Diário de hoje, 14-5-2009 que Charles Smith está em Londres para ser ouvido pelo Serious Organized Crime Office (SOCA). Por cá, o novo diário «i», hoje, 14-5-2009, numa notícia assinada por Inês Cardoso, aponta a responsabilidade da demora na investigação do processo Freeport à... procuradora-geral adjunta Dra. Maria Cândida Almeida («Cândida Almeida recusou duas vezes investigar Freeport») que terá chamado duas vezes o processo ao DCIAP para apreciação e duas vezes o terá devolvido ao pobre procurador do Montijo que, mesmo sem meios, o fez progredir.

" Não é a crise que nos destroi. É o dinheiro" ( Mário Crespo- JN )

"Nesta fase,nada no mundo me faria revelar o nome de quem relatou este episódio. É oportuno divulgá-lo agora porque o parlamento abriu as comportas do dinheiro vivo para o financiamento dos partidos. O que vou descrever foi-me contado na primeira pessoa. Passou-se na década de oitenta. Estando a haver grande dificuldade na aprovação de um projecto, foi sugerido a uma empresária que um donativo partidário resolveria a situação. O que a surpreendeu foi a frontalidade da proposta e o montante pedido. Ela tinha tentado mover influências entre os seus conhecimentos para desbloquear uma tramitação emperrada num labirinto burocrático e foi-lhe dito sem rodeios que se desse um donativo de cem mil Contos "ao partido" o projecto seria aprovado. O proponente desta troca de favores tinha enorme influência na vida nacional. Seguiu-se uma fase de regateio que durou alguns dias. Sem avançar nenhuma contraproposta, a empresária disse que por esse dinheiro o projecto deixaria de ser rentável e ela seria forçada a desistir. Aí o montante exigido começou a baixar muito rapidamente. Chegou aos quinze mil Contos, com uma irritada referência de que era "pegar ou largar". Para apressar as coisas e numa manifestação de poder, nas últimas fases da negociação o político facilitador surpreendeu novamente a empresária trazendo consigo aos encontros um colega de partido, pessoa muito conhecida e bem colocada no aparelho do Estado. Este segundo elemento mostrou estar a par de tudo. Acertado o preço foram dadas à empresária instruções muito específicas. O donativo para o partido seria feito em dinheiro vivo com os quinze mil Contos em notas de mil Escudos divididos em três lotes de cinco mil. Tudo numa pasta. A entrega foi feita dentro do carro da empresária. Um dos políticos estava sentado no banco do passageiro, o outro no banco de trás. O da frente recebeu a pasta, abriu-a, tirou um dos maços de cinco mil Contos e passou-a para trás dizendo que cinco mil seriam para cada um deles e cinco mil seriam entregues ao partido. O projecto foi aprovado nessa semana. Cumpria-se a velha tradição de extorsão que se tornou norma em Portugal e que nesses idos de oitenta abrangia todo o aparelho de Estado.
Rui Mateus no seu livro, Memórias de um PS desconhecido (D. Quixote 1996), descreve extensivamente os mecanismos de financiamento partidário, incluindo o uso de contas em off shore (por exemplo na Compagnie Financière Espírito Santo da Suíça - pags. 276, 277) para onde eram remetidas avultadas entregas em dinheiro vivo. Estamos portanto face a uma cultura de impunidade que se entranhou na nossa vida pública e que o aparelho político não está interessado em extirpar. Pelo contrario. Sub-repticiamente, no meio do Freeport e do BPN, sem debate parlamentar, através de um mero entendimento à porta fechada entre representantes de todos os partidos, o país político deu cobertura legal a estes dinheiros vivos elevados a quantitativos sem precedentes. Face ao clamor público e à coragem do voto contra de António José Seguro do PS, o bloco central de interesses afirma-se agora disposto a rever a legislação que aprovou. É tarde. Com esta lei do financiamento partidário, o parlamento, todo, leiloou o que restava de ética num convite aberto à troca de favores por dinheiro. Em fase pré eleitoral e com falta de dinheiro, o parlamento decidiu pura e simplesmente privatizar a democracia. "
(Mário Crespo JN 2009-05-11)

E as meninas têm mais de 18 anos ?

Vi na SIC que uma escola do Pinhal Novo proibiu os decotes e as saias curtas. Diz que às vezes os docentes até faziam queixa das alunas. Diz também que a Associação de Pais "aplaude a decisão". Coisa curiosa e significativa. A escola proibe, os pais aplaudem. Sendo que os pais é que deviam proibir as meninas de sairem de casa naquelas figuras.

17º campeonato mundial de computadores





O 17º Campeonato Mundial de Xadrez por computadores decorre em Pamplona, Espanha, de 11 a 18 de Maio de 2009. Participam 10 programas, o grande ausente é o computador português "Magalhães". A lista de participantes é:
Junior
ISR
Rybka
USA
Jonny
GER
Hiarcs
GBR
Shredder
GER
Deep Sjeng
BEL
The Baron
NLD
Pandix 2009
HUN
Joker
NLD
Equinox
ITA
Também existe paralelemente torneios de Hex , Go, Amazonas ( jogos matemáticos)
Palácio do Condestável, Pamplona, NAV

Tuesday, May 12, 2009

Estratégias de manipulação para entendermos este partido de P(into) de S(ousa )

ESTRATÉGIAS DA MANIPULAÇÃO
Estratégias e técnicas para a manipulação da opinião pública e da sociedade
por Sylvain Timsit
1 - A estratégia da diversão
Elemento primordial do controle social, a estratégia da diversão consiste em desviar a atenção do público dos problemas importantes e da mutações decididas pelas elites políticas e económicas, graças a um dilúvio contínuo de distracções e informações insignificantes.A estratégia da diversão é igualmente indispensável para impedir o público de se interessar pelos conhecimentos essenciais, nos domínios da ciência, da economia, da psicologia, da neurobiologia e da cibernética."Manter a atenção do público distraída, longe dos verdadeiros problemas sociais, cativada por assuntos sem importância real. Manter o público ocupado, ocupado, ocupado, sem nenhum tempo para pensar, voltado para a manjedoura com os outros animais" (extraído de "Armas silenciosas para guerras tranquilas" )

2 - Criar problemas, depois oferecer soluções
Este método também é denominado "problema-reacção-solução". Primeiro cria-se um problema, uma "situação" destinada a suscitar uma certa reacção do público, a fim de que seja ele próprio a exigir as medidas que se deseja fazê-lo aceitar. Exemplo: deixar desenvolver-se a violência urbana, ou organizar atentados sangrentos, a fim de que o público passe a reivindicar leis securitárias em detrimento da liberdade. Ou ainda: criar uma crise económica para fazer como um mal necessário o recuo dos direitos sociais e desmantelamento dos serviços públicos.

3 - A estratégia do esbatimento
Para fazer aceitar uma medida inaceitável, basta aplicá-la progressivamente, de forma gradual, ao longo de 10 anos. Foi deste modo que condições sócio-económicas radicalmente novas foram impostas durante os anos 1980 e 1990. Desemprego maciço, precariedade, flexibilidade, deslocalizações, salários que já não asseguram um rendimento decente, tantas mudanças que teriam provocado uma revolução se houvessem sido aplicadas brutalmente.

4 - A estratégia do diferimento
Outro modo de fazer aceitar uma decisão impopular é apresentá-la como "dolorosa mas necessária", obtendo o acordo do público no presente para uma aplicação no futuro. É sempre mais fácil aceitar um sacrifício futuro do que um sacrifício imediato. Primeiro porque a dor não será sofrida de repente. A seguir, porque o público tem sempre a tendência de esperar ingenuamente que "tudo irá melhor amanhã" e que o sacrifício exigido poderá ser evitado. Finalmente, porque isto dá tempo ao público para se habituar à ideia da mudança e aceitá-la com resignação quando chegar o momento.Exemplo recente: a passagem ao Euro e a perda da soberania monetária e económica foram aceites pelos países europeus em 1994-95 para uma aplicação em 2001. Outro exemplo: os acordos multilaterais do FTAA (Free Trade Agreement of the Americas) que os EUA impuseram em 2001 aos países do continente americano ainda reticentes, concedendo uma aplicação diferida para 2005.

5 - Dirigir-se ao público como se fossem crianças pequenas
A maior parte das publicidades destinadas ao grande público utilizam um discurso, argumentos, personagens e um tom particularmente infantilizadores, muitas vezes próximos do debilitante, como se o espectador fosse uma criança pequena ou um débil mental. Exemplo típico: a campanha da TV francesa pela passagem ao Euro ("os dias euro"). Quanto mais se procura enganar o espectador, mais se adopta um tom infantilizante. Por que?"Se se dirige a uma pessoa como ela tivesse 12 anos de idade, então, devido à sugestibilidade, ela terá, com uma certa probabilidade, uma resposta ou uma reacção tão destituída de sentido crítico como aquela de uma pessoa de 12 anos". (cf. "Armas silenciosas para guerra tranquilas" )

6 - Apelar antes ao emocional do que à reflexão
Apelar ao emocional é uma técnica clássica para curtocircuitar a análise racional e, portanto, o sentido crítico dos indivíduos. Além disso, a utilização do registo emocional permite abrir a porta de acesso ao inconsciente para ali implantar ideias, desejos, medos, pulsões ou comportamentos...

7 - Manter o público na ignorância e no disparate
Actuar de modo a que o público seja incapaz de compreender as tecnologias e os métodos utilizados para o seu controle e a sua escravidão."A qualidade da educação dada às classes inferiores deve ser da espécie mais pobre, de tal modo que o fosso da ignorância que isola as classes inferiores das classes superiores seja e permaneça incompreensível pelas classes inferiores". (cf. "Armas silenciosas para guerra tranquilas" )

8 - Encorajar o público a comprazer-se na mediocridade
Encorajar o público a considerar "fixe" o facto de ser idiota, vulgar e inculto…

9 - Substituir a revolta pela culpabilidade
Fazer crer ao indivíduo que ele é o único responsável pela sua infelicidade, devido à insuficiência da sua inteligência, das suas capacidades ou dos seus esforços. Assim, ao invés de se revoltar contra o sistema económico, o indivíduo se auto-desvaloriza e auto-culpabiliza, o que engendra um estado depressivo que tem como um dos efeitos a inibição da acção. E sem acção, não há revolução!...

10 - Conhecer os indivíduos melhor do que eles se conhecem a si próprios
No decurso dos últimos 50 anos, os progressos fulgurantes da ciência cavaram um fosso crescente entre os conhecimentos do público e aqueles possuídos e utilizados pelas elites dirigentes. Graças à biologia, à neurobiologia e à psicologia aplicada, o "sistema" chegou a um conhecimento avançado do ser humano, tanto física como psicologicamente. O sistema chegou a conhecer melhor o indivíduo médio do que este se conhece a si próprio. Isto significa que na maioria dos casos o sistema detém um maior controle e um maior poder sobre os indivíduos do que os próprios indivíduos

( enviado por email pelo autor do blog MUP)

E depois dizem que todas as faltas contam

Artº 26º do Estatuto do Aluno

4 - A aplicação da medida correctiva da ordem de saída da sala de aula e demais locais onde se desenvolva o trabalho escolar, é da exclusiva competência do professor respectivo e implica a permanência do aluno na escola, competindo aquele, determinar, o período de tempo durante o qual o aluno deve permanecer fora da sala de aula, se a aplicação de tal medida correctiva acarreta ou não a marcação de falta ao aluno e quais as actividades, se for caso disso, que o aluno deve desenvolver no decurso desse período de tempo.

E porque não a pílula do dia seguinte? Ou as seringas?

Os socialistas e outras espécies de "esquerda" - sempre esses modernaços -preparam-se para nos deixar, em herança, mais uma medida educativa fracturante. E desgraçada: as escolas secundárias vão ser obrigadas a distribuir gratuitamente preservativos aos jovens. Esta boa-nova mereceu honras de primeira página no sisudo Expresso.Vejam que a medida é tão estúpida que até o Pai Albino veio dizer que oferecer preservativos nas escolas é ir longe de mais:
Já a CONFAP , que aplaude o "aprofundamento" das leis existentes nesta matéria e o carácter obrigatório da Educação Sexual, entende que os projectos em causa vão longe demais ao prever a distribuição de preservativos. "A lei não deve ter essa preocupação", defende Albino Almeida, presidente da Confap
Sinceramente, não sei se devo ficar triste ou contente pelo facto de a CONFAP e o Bino serem contra os preservativos na escola. Como não acertam uma, sentir-me-ia mais confortável se fossem a favor. Enfim.
Uma medida destas exigirá, a breve prazo, uma contra-medida: será preciso que cada jovem, ao levantar a sua dosesita semanal de preservativos na papelaria da escola, ou noutro serviço, deixe ficar a identificação e o nº de camisas que leva sob pena de as escolas estarem a fornecer a família toda ou, dada a crise, a feira da Ladra como aconteceu com os, também desgraçados, Magalhães.
Um medida desta natureza - dura e fedorenta - exige que as senhoras e os senhores deputados da nação não se esquecem de legislar sobre outras questões de relevante interesse nacional e que estão, indiscutivelmente, na esfera da escola e da actividade educativa. As escolas não devem passar ao lado das questões sociais que afectam os jovens. Por isso, às escolas deve ser exigido que disponibilizem:
1 - uma sala de chuto.
2 - uma sala de quecas com visionamento de imagens que pudessem ajudar os jovens na função.
3 - uma pequena farmácia que disponibilizasse as substâncias farmacológicas mais procuradas.
4 - uma pequena alameda com lojas de forma a que os jovens não precisassem de sair das instalações para comprar roupa. Sim, poderia ser exigida uma sala de cinema.
5 - um duche, uma sala de massagens e um jacuzzi.
6 - Acesso, via internet de alta velocidade,aos conselhos de Marta Crawford que, pelo que se lê no sisudo EXPRESSO, são muito elucidativos: até explicam a diferença entre o orgasmo clitoriano e vaginal:
Elas demoram mais a chegar a um estado de excitação, a estarem suficientemente lubrificadas e preparadas para o coito", explica a terapeuta sexual Marta Crawford. Éimportante que os homens saibam que o clítoris é a zona do corpo que dá mais prazer à mulher. "Aliás, a sua única função é dar prazer sexual. E se não for estimulado durante o sexo, provavelmente elas nunca atingirão o ponto mais alto do prazer. O orgasmo é clitoriano e não vaginal."

Sunday, May 10, 2009

Elisa Ferreira- o dom da ubiquidade

Elisa Ferreira é o tipo de candidata que deveria aguardar silenciosamente as eleições. Para além do facto de ser candidata a dois cargos incompatíveis, coisa que acho de um desrespeito pelos eleitores sem nome, ainda se sai com aquilo a que agora nós, modernos, chamamos de gaffes. Elisa Ferreira, que, para quem não sabe é candidata do PS à Câmara Municipal do Porto e número 4 da lista do PS às Europeias, afirmou, categoricamente, que estava na lista para o Parlamento Europeu apenas para "dar o nome". É vergonhoso e não compreendo como é que ninguém se indignou, mesmo dentro do PS, com esta situação. Grande Partido da Esquerda Democrática, foi o que ouvi no Congresso.
Mas Elisa Ferreira não se fica por aqui. Numa acção de campanha no Porto disse, sentem-se bem, que "pintaram os bairros, mas esqueceram-se de vos dizer que o dinheiro é do Estado, é do PS".O Estado é do PS e já ninguém se envergonha em dizê-lo.
Uma nulidade política sem respeito nenhum pela democracia. E o que mais me revolta é que algum tacho há-de ter de certeza.

Friday, May 08, 2009

"Xadrez e Ensino" organizado pela Universidade de Évora, de 2 a 5 de Setembro


O Departamento de Matemática da Universidade de Évora em colaboração com a Delegação Regional Sul e Ilhas da Sociedade Portuguesa de Matemática promovem o Workshop “Xadrez e Ensino” a realizar em Évora, de 2 a 5 de Setembro de 2009, no Colégio Luís António Verney.

Este Workshop está em processo de acreditação pelo Conselho Científico e Pedagógico da Formação Contínua, órgão do Ministério da Educação responsável pela a acreditação das acções de formação contínua de professores do ensino básico e secundário. Oportunamente serão divulgados os grupos de docência.

Os objectivos gerais deste Workshop, que esperamos seja o primeiro de muitos, são a transmissão das noções básicas e elementares e ainda de alguns conceitos sólidos sobre esta modalidade, aos docentes do Ensino Básico e Secundário, com vista à sua posterior aplicação em acções específicas relacionadas com o xadrez, que estes desenvolverão nas suas escolas. Este evento é, ainda, de extrema importância para os alunos Universitários das áreas de ensino.

A organização deste evento irá contar com a colaboração de alguns dos melhores jogadores de xadrez do panorama nacional para acções específicas a decorrer durante o Workshop, entre eles: GM Kevin Spraggett, GM António Fernandes, MI Paulo Dias, MI Luís Santos, MI Fernando Silva e WIM Catarina Leite.

O Programa do curso, ainda provisório, a desenvolver é constituído pelos seguintes módulos:

1. A importância do xadrez nos Ensinos Básico e Secundário, e porque não Universitário?
2. Abordagem histórica da modalidade, com especial ênfase para a biografia dos campeões mundiais
3. O objectivo do jogo e suas regras
4. Técnicas especificas: aberturas, meio jogo e finais
5. Termos técnicos e notação algébrica associados ao xadrez
6. Estudo de problemas concretos
7. Xadrez e computadores


Para mais informações consultem a página oficial.

Com o Novas Oportunidades, é possivel ficar com o 12º ano em seis meses


O Programa Novas Oportunidades abrange mais de 800 mil pessoas: 713 mil inscritos nos Centros de Novas Oportunidades e 97 mil nos cursos de Educação e Formação de Adultos. Há 209 mil pessoas já certificadas pelo Novas Oportunidades. Desses, 18 mil completaram o 12º ano sem terem de frequentar uma escola, seguir um currículo escolar ou submeter-se a exames. Alguns dos 18 mil felizardos a quem foi dada a equivalência ao 12º ano, sem a maçada de se deslocarem à escola ou de frequentarem as aulas, conseguiram a proeza em apenas seis meses. A ministra da educação não acha que o Novas Oportunidades, para além de um monumental instrumento de propaganda ao Governo, seja uma fábrica de construção de estatísticas fraudulentas. Nada disso, afirma a ministra. E acrescenta: "os indicadores estatísticos só podem melhorar quando a realidade melhora". Mas como é possível justificar essa afirmação se os 18 mil felizardos a quem o Novas Oportunidades ofereceu o certificado de equivalência ao 12º ano nunca foram sujeitos a exames ou a um processo de avaliação formal nas áreas curriculares que correspondem aos saberes exigidos a quem completa o 12º ano?

A história
A ministra da educação defende o programa Novas Oportunidades em entrevista ao JN

Para saber mais

Guia de acesso ao Novas Oportunidades
O que é o RVCC?
As modalidades de formação do Novas Oportunidades

Partido de P(into) de S(ousa) a descer nas sondagens


A última sondagem conhecida sobre intenções de voto nas eleições legislativas dá o Partido do sr. Sousa cada vez mais longe da maioria absoluta. A sondagem foi realizada para o Expresso, SIC e Rádio Renascença e dá as seguintes intenções de voto:
PS: 38,8%
PSD: 30,5%
BE: 9,5%
PCP: 9,2%
CDS: 6,9%

Fonte: Jornal Ionline de 8/5/09

O Partido de Pinto de Sousa está em sarilhos. Com a crise económica a agravar-se, a taxa de desemprego oficial quase nos dois dígitos e a taxa real bem superior aos 10%, com o défice público a regressar aos 5% e sem resultados na Justiça e na Educação, são cada vez mais os portugueses que chegaram à conclusão de que os últimos quatro anos foram perdidos para o país. A luta dos professores deu um contributo para o desgaste do Governo. Já falta pouco para assistirmos à derrota do sr. Sousa. A manifestação nacional do dia 30 de Maio dará mais um contributo nesse sentido. Estamos quase lá. Os professores não podem desistir quando a meta está ao alcance da vista. Uma presença maciça de professores na manifestação do dia 30 de Maio será mais um sinal ao país de que o reinado do mestre de propaganda, Pinto de Sousa está à beira do fim.

Thursday, May 07, 2009

José S. Pinto de Sousa favorece a corrupção, diz Henrique Neto

Ex-dirigente socialista indignado com nova lei do financiamento dos partidos
Henrique Neto:

PS com Sócrates favoreceu corrupção

Henrique Neto, empresário e ex-dirigente do PS afirmou hoje, em declarações ao Rádio Clube, que o PS de José Sócrates “favorece, facilita ou não combate claramente a corrupção". Neto comentava assim aquela que lhe parece ser a conclusão sobre a recente aprovação da lei do financiamento dos partidos.
O ex-dirigente socialista lembra o pacote anti-corrupção apresentado por João Cravinho no passado, que não colheu o apoio do PS, e acusa os partidos políticos de nunca terem desejado a transparência e diz não ter confiança num parlamento que aprovou, por unanimidade a nova lei do financiamento dos partidos. Para o empresário a decisão não prestigiou a Assembleia da República.

Os partidos políticos, no seu conjunto, nunca desejaram a transparência. A corrupção sempre existiu nos partidos políticos. Agora passa a estar permitida por lei. A minha confiança nas pessoas que fazem leis destas é muito limitada, não apenas no PS. A lei foi votada por unanimidade”, defendeu o empresário.

Comentário : Henrique Neto é um dos ex-dirigentes do Partido Socialista dizer NÃO ao sr. Sousa. Nestas declarações ao Rádio Clube, é de uma clareza total, quando diz: "O Partido Socialista da era do sr. Sousa FAVORECE, FACILITA ou NÃO COMBATE claramente a corrupção!" Será preciso dizer mais?

Wednesday, May 06, 2009

Mais um cartoon do Antero

mais um cartoon de Antero Valério

Difícil é atraí - los

O Governo já decidiu que os portugueses têm de completar o ensino secundário ou frequentar a escola até aos 18 anos. E mais nada!
DEPOIS desta importante decisão, foram ouvidos os peritos na matéria.Ainda não se ouviram vozes contra esta medida do Governo. Nem devem ouvir-se, tal o carácter social e até paternalista da medida. Mas...Estranha-se, isso sim, que sendo uma medida do programa do Governo só agora, em final de mandato, seja anunciada para se executar. Obviamente, não será este Governo a alargar o número de anos de escolaridade obrigatória. Pôde fazê-lo e não o fez. Agora, porque não o pode fazer, anuncia.Esta medida política poderia vir a ser boa se não brotasse de uma visão errada da sociedade e dos Homens: a visão socialista.A ideia de que o Estado deve empurrar - é esta a linha mestra do pensamento destes governantes - os jovens para a escola até perfazerem 18 anos é peregrina e gerará graves conflitos. Numa jogada demagógica e de antecipação, estes governantes, na tentativa de reduzir as taxas de desemprego, retirar os marginais das ruas e, com isso, reduzir as taxas de criminalidade, querem obrigar os jovens a estar na escola mesmo que nada estejam lá a fazer. Este é o caldo original.Simultaneamente, o mesmo Estado que, coercivamente, obriga os jovens a estar - esta é a chave - nada faz para valorizar, em cada cidadão Português, a Escola e educação que ela lhe proporcionou. Pelo contrário, continua a Administração Pública, excessivamente politizada, a distribuir empregos a boys e girls não lhes exigindo, sequer, o currículo escolar; não escolhendo os que obtiveram melhores resultados escolares, nem os que tiveram percursos escolares exemplares ou até meritórios. Nadinha. Nem sequer olham para os processos escolares de cada português que admitem ou escolhem para o exercício de funções públicas.É certo que, mesmo que olhassem, nada viam porque este é também o Estado que manda retirar dos processos escolares dos alunos todas as referências negativas, penas ou medidas disciplinares que lhes são aplicadas. Não há registos das tropelias que cada um faz enquanto frequenta a escola.A sociedade civil faz o mesmo que o Estado. Emprega por "cunha". Favorece o "amiguismo" e o compadrio. Para a sociedade civil e salvo raras excepções, a escola não vale nada.O próprio Estado que quer empurrar os jovens para a escola até aos 18 anos é o mesmo que cria a possibilidade a esses mesmos jovens de, a partir dos 19 anos, poderem concluir o ensino básico ou o ensino secundário em 6 ou 7 meses. Grande valor tem a escola e a educação feita na escola!É incrível, não é! Eu repito: o mesmo Estado que quer obrigar os jovens andar na escola durante 12 anos a passear os livros e a incomodar quem trabalha, também lhes oferece, literalmente, uma certificação de 12 anos de estudos feitos em ...6 meses.
Portanto, difícil não é sentá-los, como dizia Marçal Grilo.Nem é difícil empurrá-los, como quer fazer este Governo.Difícil, difícil é atraí-los à escola.
Difícil para o Estado é dar o exemplo valorizando a Escola e a Educação Escolar. Mais difícil ainda do que elaborar leis é desenvolver práticas e implementar políticas que, junto da sociedade, sublinhem o alto valor da escola. Mas isso não se consegue fazer até Outubro...

Petição a favor da responsabilização dos pais dos alunos já recebeu 16500 assinaturas


A ideia de que os pais devem ser responsabilizados pelo comportamento dos filhos nas escolas , à semelhança de outros países– inclusivamente multados se for caso disso – já recolheu 16.500 assinaturas. A informação foi prestada hoje, no Parlamento, pelo professor que lançou uma petição sobre o tema. “Temos hoje uma situação ao nível das escolas de violência e indisciplina e quando confrontamos os pais não temos muito sucesso”, disse Luís Braga, presidente do Conselho Executivo do Agrupamento de Escolas de Darque, em Viana do Castelo, hoje ouvido pelos deputados da comissão parlamentar de Educação.
As reacções dos deputados foram, em geral, boas. Quase todos aplaudiram a iniciativa. António José Seguro (PS) garantiu que, no dia 19 de Maio, estará pronto um parecer sobre a matéria. Abel Baptista (CDS) referiu que a petição levanta questões que preocupam a sociedade portuguesa. Fernando Antunes (PSD) considerou as questões bem prementes. Luísa Mesquita afirmou que é preciso enfrentar o problema da violência escolar sem medo das palavras. Ana Drago (BE) considerou que é preciso dar à escola instrumentos para lidar com o problema da violência mas discordou da proposta de multas aos pais.