Tuesday, May 19, 2009
E a Dra. Cândida Almeida não pergunta nada sobre a presunção da inocência da professora de Espinho ?
Orgia Romana, de Siemiradzki
"Uma professora da Escola Básica 2,3 Sá Couto, de Espinho, está suspensa e enfrenta um processo disciplinar na sequência de alegadas alusões a orgias sexuais, durante uma aula, gravadas em áudio por uma educanda."
Já não fazendo piadolas fáceis sobre o nome da escola, os magalhães e as perguntas da professora à aluna (se tinha visto «algum filme pornográfico»), restam as seguintes perguntas:
O que faria a Dr.ª Margarida Moreira se o Eurojust fosse da tutela da DREN?
Se não é altura da DREN ter uma procuradora adjunta a tempo inteiro?
Se o Dr. António Arnaut acha que a aluna fez uma delação de uma conversa privada?
Se é desta que o Dr. Vital Moreira e o Governo vão ter a mesma opinião?
O facto lamentável e perigoso de a Dren ter suspenso, de imediato, a citada professora sem antes abrir um inquérito e um processo disciplinar. A suspensão sumária de um professor, ainda por cima com base numa gravação clandestina de uma aula, é um precedente perigoso. Neste lamentável e triste episódio, estiveram todos mal: a PCE da escola porque terá autorizado a gravação e porque não foi capaz de prevenir atitudes que não foram só de agora. A Dren esteve mal porque devia ter aberto um inquérito e só depois, caso os resultados confirmassem a gravidade dos actos, optar pela suspensão da professora. Estiveram mal os professores e bloggers que lançaram pedras sobre a colega antes de conhecerem os pormenores do caso. É bem provável que a professora precise de apoio psiquiátrico. Não sabemos ao certo. Mas qualquer um de nós pode vir também a precisar. Remeto os leitores para o excelente post do Reitor onde se faz a pergunta certa: "Pode-se utilizar uma gravação audio de parte de uma aula para suspender uma professora mas não se pode utilizar uma gravação vídeo, incriminatória, do "ingº" Pinto de Sousa para nada?" Veja-se ainda o caso do Procurador Lopes da Mota. Continua em funções mesmo depois do resultado do inquérito e enquanto corre o processo disciplinar que lhe foi movido. Ah, dirão os leitores, mas é muito diferente! Claro que é. Num caso temos uma simples professora e no outro um importante Procurador Geral Adjunto da República.
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