Thursday, December 31, 2009

Esclarecimentos


Depois de Noronha de Nascimento ter "enxovalhado" as suas capacidades profissionais, o juiz de instrução do processo "Face Oculta" está disponível para "esclarecer tudo" sobre as escutas a José Sócrates, relata o Sol na edição de amanhã.
Já se percebeu que os dois fazem interpretações distintas das escutas, sendo que o primeiro afirma não haver quaisquer indícios de actividade criminal por parte do Primeiro-ministro, enquanto o juiz de Aveiro, perante os mesmos dados, considerou que existem. Porque está em causa o Primeiro-ministro, personalidade que deveria estar acima de qualquer suspeita, é urgente esclarecer este assunto. Se o juiz de Aveiro agiu como relata Noronha de Nascimento, questiono-me porque ainda está em funções? Será que existe o receio de afrontar o juiz? Será que têm medo que ele esclareça mesmo tudo? Depois dos acontecimentos de hoje, alguma coisa terá de suceder. Não podemos continuar a observar esta guerra, que já deixou de ser surda, entre agentes da justiça portuguesa.

O primeiro ministro Pinto de Sousa está fortemente apoiado pela Maçonaria, só cairá quando esta o permitir.

Tuesday, December 22, 2009

Elites são indispensáveis

Onde estão as elites?
De: José António Saraiva

No tempo de Salazar não havia universidades privadas. Ou melhor: havia a Católica, fundada em 1968, mas essa tinha um estatuto especial. Depois do 25 de Abril, uma das reivindicações dos liberais foi, naturalmente, a criação de universidades fora da tutela do Estado.E a explosão da população universitária (provocada, também, pelo fim dos cursos profissionalizantes, uma das decisões mais erradas tomadas em Portugal) fez o resto. As universidades privadas multiplicaram-se como coelhos: Lusíada, Independente, Lusófona, Internacional, Atlântica, Moderna... Uns anos depois os escândalos também se multiplicariam em cadeia: a Moderna foi o que se sabe e fechou, a Independente foi o que também se sabe e fechou igualmente, a Internacional idem.Mas o problema principal não foi o encerramento das universidades, que mais tarde ou mais cedo teria de ocorrer face à queda do número de alunos. O problema principal foi o facto de ter ficado claríssimo que muitas universidades tinham como único objectivo o negócio – e, ainda por cima, o negócio fraudulento. O país constatou que em algumas universidades funcionavam verdadeiros gangues, gente sem escrúpulos organizada em termos de associação criminosa. Foi isto o que se passou na área do ensino superior privado.Na banca a história foi mais ou menos semelhante. É certo que antes do 25 de Abril não havia restrições tão estreitas como nas universidades. No tempo do anterior regime podiam fundar-se bancos privados – embora sob a vigilância próxima do Estado (e o olhar atento de Salazar). Mesmo assim houve ‘casos’ nesta área, como o da herança Sommer e os conflitos com Cupertino de Miranda. Mas, passado o período revolucionário, a banca portuguesa adquiriu um novo fôlego, traduzido nas reprivatizações dos bancos que tinham sido nacionalizados (como o BPA, o Totta ou o Espírito Santo) e na fundação de bancos novos (como o BCP e o BPI, a que se seguiram muitos outros), não esquecendo as aquisições e fusões em série.Tudo parecia correr bem nesta área quando, de repente, estalou o escândalo do BCP. Um escândalo de contornos mal definidos, que essencialmente resultou de uma zanga entre grandes accionistas, destapando situações que noutras circunstâncias não teriam provavelmente consequências.Só que ao escândalo do BCP seguiu-se o do BPN e a este o do BPP. E, aqui, toda a área ficou sob suspeita. Tal como sucedeu nas universidades – em que, depois de conhecidas as fraudes, só as públicas e a Católica não passaram a ser olhadas com desconfiança –, na banca portuguesa só a Caixa Geral de Depósitos não foi afectada pela hecatombe.Olhemos agora para o futebol. O futebol sempre foi uma área difusa, dominada por interesses privados, mas que o anterior regime acompanhava de perto. O Benfica tinha o claro apoio do Estado (Salazar não deixou Eusébio emigrar), o Sporting integrava figuras gradas do regime, até o Belenenses beneficiava de ter Américo Thomaz como adepto e presidente honorário. Mas o 25 de Abril também provocou aqui uma pequena revolução, ‘completada’ mais tarde por Pinto da Costa – que transferiu o centro de gravidade clubístico de Lisboa para o Porto. Ora, tal como sucedeu nas duas áreas anteriores, depois de o futebol ter sido entregue a si próprio não tardou muito a que começasse a falar-se de escândalos. O mais célebre foi o Apito Dourado, mas muitos outros ocorreram envolvendo árbitros, dirigentes e presidentes de Câmara: José Guímaro, Pimenta Machado, Valentim Loureiro, Fátima Felgueiras, José Eduardo Simões, etc., etc.Em três sectores que fugiram ao controlo ou à tutela do Estado, e onde a sociedade civil passou a operar livremente, o resultado está a vista: deu-se o descalabro. Houve de tudo: corrupção, fraudes financeiras, gestão ruinosa, associações criminosas, fugas ao fisco, eu sei lá!Ora isto diz muito sobre as nossas elites. Em duas áreas de referência da sociedade – a universidade e a banca – e naquela que provoca mais paixões e arrasta multidões – o futebol –, os dirigentes falharam rotundamente. E é este o aspecto mais preocupante da sociedade portuguesa.Todos os países podem ter melhores ou piores Governos. Mas os países só podem verdadeiramente andar para a frente se tiverem boas elites. Se, nos sectores vitais da sociedade, houver gente capaz, séria, competente e empreendedora.Ora. em várias áreas-chave temos tido demasiada gente que não presta. Gente que não hesita em recorrer à fraude, à corrupção, à usura para alcançar os objectivos.Se os portugueses funcionam bem quando estão lá fora, por que não renderão o mesmo aqui? Exactamente porque não existem elites capazes de estimular e enquadrar os cidadãos, aproveitando ao máximo as potencialidades do país.

José António Saraiva

Friday, December 18, 2009

o circo actual - o palhaço

Transcrição do artigo de opinião do Jornal de Notícias,
:O palhaço JN. 091214. 00h30m. Por Mário Crespo

O palhaço compra empresas de alta tecnologia em Puerto Rico por milhões, vende-as em Marrocos por uma caixa de robalos e fica com o troco. E diz que não fez nada. O palhaço compra acções não cotadas e num ano consegue que rendam 147,5 por cento. E acha bem. O palhaço escuta as conversas dos outros e diz que está a ser escutado. O palhaço é um mentiroso. O palhaço quer sempre maiorias. Absolutas. O palhaço é absoluto. O palhaço é quem nos faz abster. Ou votar em branco. Ou escrever no boletim de voto que não gostamos de palhaços. O palhaço coloca notícias nos jornais. O palhaço torna-nos descrentes. Um palhaço é igual a outro palhaço. E a outro. E são iguais entre si. O palhaço mete medo. Porque está em todo o lado. E ataca sempre que pode. E ataca sempre que o mandam. Sempre às escondidas. Seja a dar pontapés nas costas de agricultores de milho transgénico seja a desviar as atenções para os ruídos de fundo. Seja a instaurar processos. Seja a arquivar processos. Porque o palhaço é só ruído de fundo. Pagam-lhe para ser isso com fundos públicos. E ele vende-se por isso. Por qualquer preço. O palhaço é cobarde. É um cobarde impiedoso. É sempre desalmado quando espuma ofensas ou quando tapa a cara e ataca agricultores. Depois diz que não fez nada. Ou pede desculpa. O palhaço não tem vergonha. O palhaço está em comissões que tiram conclusões. Depois diz que não concluiu. E esconde-se atrás dos outros vociferando insultos. O palhaço porta-se como um labrego no Parlamento, como um boçal nos conselhos de administração e é grosseiro nas entrevistas. O palhaço está nas escolas a ensinar palhaçadas. E nos tribunais. Também. O palhaço não tem género. Por isso, para ele, o género não conta. Tem o género que o mandam ter. Ou que lhe convém. Por isso pode casar com qualquer género. E fingir que tem género. Ou que não o tem. O palhaço faz mal orçamentos. E depois rectifica-os. E diz que não dá dinheiro para desvarios. E depois dá. Porque o mandaram dar. E o palhaço cumpre. E o palhaço nacionaliza bancos e fica com o dinheiro dos depositantes. Mas deixa depositantes na rua. Sem dinheiro. A fazerem figura de palhaços pobres. O palhaço rouba. Dinheiro público. E quando se vê que roubou, quer que se diga que não roubou. Quer que se finja que não se viu nada.Depois diz que quem viu o insulta. Porque viu o que não devia ver.O palhaço é ruído de fundo que há-de acabar como todo o mal. Mas antes ainda vai viabilizar orçamentos e centros comerciais em cima de reservas da natureza, ocupar bancos e construir comboios que ninguém quer. Vai destruir estádios que construiu e que afinal ninguém queria. E vai fazer muito barulho com as suas pandeiretas digitais saracoteando-se em palhaçadas por comissões parlamentares, comarcas, ordens, jornais, gabinetes e presidências, conselhos e igrejas, escolas e asilos, roubando e violando porque acha que o pode fazer. Porque acha que é regimental e normal agredir violar e roubar.E com isto o palhaço tem vindo a crescer e a ocupar espaço e a perder cada vez mais vergonha. O palhaço é inimputável. Porque não lhe tem acontecido nada desde que conseguiu uma passagem administrativa ou aprendeu o inglês dos técnicos e se tornou político. Este é o país do palhaço. Nós é que estamos a mais. E continuaremos a mais enquanto o deixarmos cá estar. A escolha é simples.Ou nós, ou o palhaço

A Prenda

O país está podre, endividado e falho de crédito. As fábricas fecham ou ameaçam fechar. Não há dinheiro para nada a não ser para o Magalhães, para o betão e para o TGV. Todavia, a "prenda" de natal do governo para os portugueses (era, aliás, o que lhes estava a fazer mais falta) é a aprovação em conselho de ministros da proposta de lei sobre casamento entre pessoas do mesmo sexo que depois seguirá para o parlamento. É, porém, necessária esta pressa toda? E o termo "casamento" é o adequado ou usa-se "porque sim" e porque Pinto de Sousa quer começar o ano com o seu neurónio de esquerda descansadinho? Isto parece paradoxal, mas então por que é que deixam a possibilidade da adopção de fora se essa era a que mais "sentido" social fazia e não chamam união civil a algo que que não é um casamento? Não estou a ver homossexuais do "interior profundo" a correr à "loja do cidadão" para se casarem. Este diploma é uma cedência ao elitismo urbano com capacidade mediática reivindicativa. Até aquelas duas moças, a "Lena" e a "Teresa", não resistiram ao show e foram por aí exibidas como duas "joanas d'arc" ao contrário. Que lhes faça, pois, a todos bom proveito.

Afinal, parece que a cúpula do MP quis abafar o caso " Freeport"


Que Lopes da Mota se devia ter demitido do Eurojust em Maio passado, a fim de evitar o enxovalho que Portugal está agora a sofrer nesse organismo de cooperação judiciária entre os países da União Europeia, é coisa que qualquer pessoa não comprometida percebe.É que é sempre lamentável sair de empurrão.Mas o caso ganha maior gravidade quando é o próprio advogado de Lopes da Mota, o bem relacionado Magalhães e Silva, a desmentir frontalmente Pinto Monteiro, dizendo que o seu constituinte "está a ser o bode expiatório das pressões que, em Janeiro, a hierarquia do MP fez para que o caso Freeport fosse arquivado".
Quer dizer: a defesa de Lopes da Mota diz que houve pressões da cúpula do Ministério Público para que o caso de corrupção do Freeport não desse em nada.Exige-se agora que o Procurador-Geral da República, Pinto Monteiro, confirme ou infirme esta acusação de Magalhães e Silva.Sob pena de o seu silêncio dever ser interpretado como confissão. O que também já não surpreenderá, diga-se.

Friday, December 11, 2009

Ridiculo

Ver noticia

A Directora Regional de Educação do Centro, que iniciou funções a 2 de Dezembro, cessou funções depois de divergências com o Ministério da Educação (ME) em torno da nomeação dos novos adjuntos. Em causa estará a imposição, politica, de dois adjuntos que a nova directora recusou. Por esclarecer está saber se tratou de uma demissão ou se a directora terá sido demitida.

Carta de apresentação de Beatriz Proença

No site da Direcção Regional de Educação do Centro (DREC) pode ler-se a carta de apresentação de Beatriz Proença como a nova directora da DREC.

Comissão Europeia com dúvidas sobre ajuste directo dos Magalhâes à Sá Couto

A Comissão Europeia mantém dúvidas sobre a legalidade do ajuste directo da compra dos Magalhães à empresa Sá Couto. Ontem, no programa da SIC, Quadratura do Círculo, o ex-ministro Mário Lino deu explicações sobre o caso do financiamento do e-escolas e do e-escolinhas e do papel que a Fundação para as Telecomunicações Móveis teve no processo. O ex-ministro não conseguiu justificar o desvio de 180 milhões de euros da Acção Social Escolar para pagar parte dos custos com o processo de compra dos computadores. As explicações de Mário Lino não convenceram Lobo Xavier nem Pacheco Pereira.

A Comissão Europeia também não está convencida e pondera a possibilidade de levar o assunto para contencioso.

Ontem, o conselho de ministros aprovou o lançamento de um concurso público internacional para a compra de 250 mil portáteis. Apesar dos avisos de pedagogos, que insistem que é um erro pedagógico oferecer computadores a crianças que ainda não sabem ler, o Governo insiste na estratégia.

Entretanto o PSD já formalizou a constituição da comissão parlamentar de inquérito à administração da Fundação para as Comunicações Móveis.

A ministra da educação veio, ontem, em socorro da sua antecessora , afirmando que todo o processo de financiamento decorreu de forma legal e que o Ministério da Educação não teve interferência no processo.

Não teve? Quem liderou o processo de distribuição pelas escolas? Não foram as DREs? Quem andou, ao lado do primeiro-ministro, com as televisões atrás, a oferecer portáteis às crianças? Não foi a ministra da educação? E a Acção Social Escolar, de onde saiu parte do dinheiro para pagar os computadores, não está sob a alçada do Ministério da Educação?

Thursday, December 10, 2009

A palhaçada



É sempre um espectáculo confrangedor ter dois «representantes do povo» à batatada. Claro que aqui meti «representantes do povo» entre aspas porque ambos são apenas representantes de si próprios e porta-votos de um outro a quem prestam contas.
Um comportamento decente seria a apresentação da demissão tanto de um como de outro. Mas decência é coisa que já não se espera, principalmente vinda de certos personagens. E com as instituições transformadas em circos, chamar «palhaço» a quem quer que seja é, antes de tudo o resto, um exercício de informação pública rigorosa.

Wednesday, December 09, 2009

Medina Carreira -" os deputados não valem nada"

Medina Carreira: "Deputados não valem nada"

-Antigo ministro das Finanças acusa os deputados da Assembleia da República de não terem voz activa e compara Parlamento à Assembleia Nacional de Salazar.
-"Aquilo [o Parlamento] vale tanto como a Assembleia Nacional do Salazar. Eles não valem nada, não têm voz activa", disse Medina Carreira.
-Intervindo durante a tertúlia "125 Minutos com...", de Fátima Campos Ferreira, que decorreu no Casino da Figueira da Foz, Medina Carreira disse que no tempo de Salazar a "mistificação" na Assembleia era "igual" mas "mais autêntica".
-"Salazar dizia 'ninguém mia' e ninguém miava. Agora é um fingimento, quem está na Assembleia são os tipos escolhidos pelo chefe do partido, se miam não entram na legislatura seguinte e como vivem daquilo têm de não miar", sublinhou.
-Rotulou os deputados de "obedientes" e "escravozitos que andam por ali na mão dos chefes partidários".
-"Sabem que se falarem, não entram [nas listas]", disse, dando como exemplos o histórico socialista Manuel Alegre e os ex-ministros Manuel Maria Carrilho e João Cravinho.
-"O Alegre falou, correram com ele, ao Manuel Maria Carrilho deram-lhe um lugar bom em Paris, o Cravinho começou a mexer na corrupção deram-lhe um lugar em Londres. E aqueles outros que não podem ir para Londres nem para Paris, calam-se", argumentou Medina Carreira.Defendeu alterações ao sistema eleitoral, que classificou de "saco de gatos".
-"É um sistema de saco de gatos, o partido mete lá [nas listas] 20 pândegos. Contaram-se os votos, saem cinco e o senhor foi um dos cinco que saiu", ilustrou.
-Referindo que os deputados "não têm de lutar pela eleição", preconizou, embora sem o referir, a constituição de círculos uninominais, em que a escolha dos deputados seja feita directamente pelos eleitores e não pelos "chefes" partidários.
-Considerou que dos 230 parlamentares actuais, o número de bons deputados não excede os 30 "e o resto anda lá para cumprir horário".
-"Nós temos umas instituições para decoração, enquanto o povo não eleger os deputados, aquilo [a Assembleia da República] é uma construção caduca", sustentou. (Jornal de Notícias)-

Comentário: Subscrevo inteiramente as opiniões de Medina Carreira. Efectivamente, a Assembleia da República não tem qualidade alguma.Estão lá apenas para assinar o livro de ponto e receberem uns quantos milhares de euros no fim do mês!...

Tuesday, December 08, 2009

Portugal- má gestão das contas públicas

Depois da Moody'sStandard & Poor's baixa avaliação das finanças públicas portuguesas -A agência de notação financeira Standard & Poor’s piorou hoje a avaliação da dívida pública portuguesa de “estável” para “negativa”, devido à elevada deterioração das finanças públicas e aponta para 8 por cento o défice orçamental em 2009.

“A revisão do outlook reflecte a nossa perspectiva do aumento do potencial para uma diminuição do rating devido à maior deterioração das finanças públicas de Portugal do que a que esperávamos, incluindo um esperado rápido aumento da taxa de dívida publica em percentagem do PIB (Produto Interno Bruto) para mais de 90 por cento em 2011”, afirmou o analista de crédito da agência Kai Stukenbrock, em comunicado.

A agência considera ainda que as debilidades estruturais e a elevada alavancagem da economia portuguesa, aliadas à fraca competitividade externa, devem manter o crescimento económico em níveis baixos, o que, por sua vez, “tornará a consolidação orçamental ainda mais difícil nos próximos anos”.

A Standard & Poor’s estima também que o défice orçamental português atinja os 8 por cento em 2009, um valor que se deve manter em 2010, porque “o Governo estará relutante em iniciar esforços de consolidação significativos enquanto a recuperação económica não for mais forte”.

Comentário: Num (des)governo de cinzentões, não admira que tenhamos um dos piores ministros das Finanças da UE... Está mais que provado que, com esta gente, não vamos lá... O défice será sempre grande, e o país afundar-se-á mais depressa...

Monday, December 07, 2009

Transcrição de outras escutas famosas



Transcrições de outras escutas famosas (relembrando o passado)

- Eu sempre disse que queira ser julgado na televisão.
- Mas porquê?
- Porque na televisão estou olhos nos olhos com as pessoas e eu sou uma pessoa frontale também há aquela vantagem pequenina de na televisão ninguém ir preso(…)
- Quais documentos? Quem é que falou em documentos?
- Por amor de Deus, o Major acabou de falar em documentos… temos isto gravado.
- Mas vocês estão a gravar isto? Então, mas agora eu não posso falar com ninguém que não ponham a gravar…

Friday, December 04, 2009

Alunos apanhados a ver pornografia nos Magalhães


Alunos de uma escola básica da Maia foram apanhados a ver pornografia nos computadores Magalhães. Alertada por professores, a Câmara avançou com uma formação para prevenir os pais dos riscos informáticos.

A Autarquia critica a falta de segurança dos portáteis. A situação deixou alarmada a comunidade escolar e está a preocupar os encarregados de educação. Muitos deles só agora tomam consciência de que é obrigatório ter mais atenção às novas ferramentas de ensino usadas pelas crianças.

As debilidades de segurança da máquina disponibilizada às crianças do Ensino Básico ficaram bem patentes quando docentes e auxiliares de Educação depararam, no próprio recinto escolar, com alunos a navegar por páginas de conteúdo pornográfico. O acesso a esse tipo de material está vedado através do controlo parental, mas, conforme explicaram técnicos municipais, basta uma simples pesquisa no google para conseguir a palavra-chave que desbloqueia o computador.
Fonte: Apanhados na escola a ver pornografia nos Magalhães
Foram distribuídos 500 mil Magalhães com o dinheiro do Povo com o objectivo de aliciarem os votos dos pais das criancinhas e queriam que, por magia, as máquinas ensinassem as crianças a ler, a escrever e a fazer contas. Uma ideia do licenciado mais mediático da Universidade Independente que não está a resultar.

O afundamento

No poder, acumulam-se os sinais de desespero e uma estranha crispação. A economia afunda-se e alguns actores políticos continuam a insultar diariamente a nossa inteligência. O desemprego já ultrapassa 10%, isto pela primeira vez, apesar da forte emigração para Angola, Suíça, etc. A próxima geração de jovens não tem saídas profissionais (para eles, só há empregos precários e mal pagos) e os que estudaram têm de sair do país, por falta de trabalho compatível. O governo parece paralisado, sem saber o que fazer, a oposição não existe. Cada cena (veja-se a de Vieira da Silva, ontem, no parlamento) é mais patética do que a anterior.
Marcelo Rebelo de Sousa, que sabe mais disto a dormir do que nós acordados, admitia ontem na televisão que a situação política podia mudar a curto prazo (ele usou uma frase mais colorida e ambígua, mas cujo sentido era esse).
Em Portugal, existe um estado de negação do óbvio. Os problemas do País são muito mais graves do que sustenta a propaganda governamental. Vejam aqui. Segundo o FMI, em 2010, haverá um magro crescimento de meio ponto percentual, "mas as perspectivas são pouco mais brilhantes num prazo mais longo", dizem os autores do estudo. O governo não vê nada disto, a oposição parlamentar de direita parece apostar na continuação do afundamento (quando bater no fundo, então, logo se verá) e a esquerda mantém o discurso das fórmulas que falharam no passado.
Em resumo, parecemos condenados a empobrecer devagar até 2017 ou 2018, ou de forma brutal em dois ou três anos. O desemprego e a dívida encontram-se em níveis nunca vistos, isto nunca foi testado e não sabemos os efeitos que terá na sociedade. Em 2014, acabam-se os fundos europeus, ou estes serão brutalmente reduzidos, desviados para o leste da UE.
Reparem que toda a situação em que estamos ocorre numa época em que o país está a ser subsidiado pela Europa a um ritmo anual de 3% do PIB. (Este governo teve 24 mil milhões de euros para gastar). Dinheiro em fundos estruturais que estamos a desperdiçar da forma mais estúpida.
O nosso ministro das Finanças é considerado o pior ministro da Comunidade Económica Europeia, já teve de fazer vários orçamentos rectificativos.


Wednesday, December 02, 2009

Brincadeiras da nossa Justiça

O Departamento de Investigação e Acção Penal de Lisboa (DIAP), liderado por Maria José Morgado, vai investigar se alguns arguidos do processo de Aveiro foram avisados de que a Polícia Judiciária estava a fazer escutas aos seus telemóveis. É que, de um momento para o outro, todos mudaram de aparelho, excepto o empresário Manuel Godinho.
Tenho lido muitas opiniões contra as críticas dirigidas ao nosso sistema de justiça. Mas a verdade é que temos uma justiça que não se dá ao respeito, e que muitas vezes apenas actua devido à pressão da comunicação social. O que diz muito da sua eficácia.
Segundo uma notícia do jornal Sol da semana passada, os suspeitos no processo "Face Oculta" foram avisados que estavam a ser escutados. Isto terá acontecido no dia 25 de Junho, data em que todos os suspeitos, misteriosamente, mudaram de telemóvel. Mas será que apenas após esse facto ter sido noticiado pelo SOL é que os ilustres dignatários da justiça decidiram actuar? Será que foi preciso o país inteiro tomar conhecimento dessa suspeita para os responsáveis avançarem com um processo de investigação? Depois queixem-se que ninguém leva a sério esta justiça...

Tuesday, December 01, 2009

A Herança Socialista


Máximo desde que há registos
Desemprego supera 10% em Portugal

A taxa de desemprego em Portugal superou a fasquia dos 10%, em Outubro, de acordo com os dados do Eurostat. Portugal tem agora a quarta taxa mais elevada da Zona Euro, com 10,2% de desempregados, registando um recorde de 26 anos.
Nunca a taxa esteve acima dos 10%, pelo menos desde que o Eurostat começou a recolher os dados, em 1983. São, assim, cerca de 570 mil os portugueses no desemprego.
Portugal surge como a quarta taxa mais elevada entre os países da Zona Euro, só superado pela Eslováquia, Irlanda e Espanha.
Segundo o Eurostat, a taxa de desemprego entre pessoas do sexo feminino em Portugal está agora nos 10,9%. Entre os homens, atingiu 9,6% em Outubro (no mesmo mês de 2008, era de 6,7%).
Os jovens continuam a ser os mais afectados pelo desemprego: a taxa entre os que têm menos de 25 anos fixou-se nos 18,9% em Outubro.


A crise é geral mas tem piores efeitos em Portugal. O nosso país também tem um piores governos da Zona Euro, mais voltado para festanças, tgv e auto-estradas que de nada servem, em vez de se preocupar com a vida das pessoas.

Os números não mentem. É este o retrato mais nítido dos 13 anos de governação socialista.