Friday, February 27, 2009

Para memória futura

Paula Lourenço, advogada de Manuel Pedro e de Charles Smith, dois dos arguidos do processo Freeport, é amiga de José Pinto de Sousa e do seu pai, o arquitecto Fernando Pinto de Sousa. Além disso, a advogada, que defendeu José Braga Gonçalves no caso da Universidade Moderna, é também a defensora de Carlos Santos Silva, um empresário muito conhecido da Cova da Beira, também amigo de longa data de José de Sousa.Carlos Santos Silva era proprietário da empresa Conegil, que participou no consórcio vencedor da construção e exploração de uma Estação de Tratamento de Resíduos Sólidos promovido pela Associação de Municípios da região. Este concurso deu origem a um processo que está agora à espera da marcação da data de julgamento na Boa-Hora. Um dos arguidos é Horácio Luís de Carvalho, proprietário da empresa HCL, que adquiriu uma parte do capital da empresa de Carlos Santos Silva , mas que o manteve à frente da Conegil.Outro dos arguidos é António José Morais, também amigo de José Pinto de Sousa e professor de quatro das cinco cadeiras feitas pelo primeiro-ministro na Universidade Independente. António Morais está acusado dos crimes de corrupção passiva para a prática de acto ilícito e de branqueamento de capitais. Horácio Luís de Carvalho é acusado de crimes de corrupção activa e branqueamento de capitais.Paula Lourenço é ainda a advogada da empresa J. Sá Couto, que está a produzir os célebres computadores 'Magalhães' para os alunos portugueses.

Thursday, February 26, 2009

Num País em crise, investimentos muito duvidosos

"O líder da bancada do PSD, Paulo Rangel, acusou o Governo de estar a construir, em nome do investimento público, a terceira auto-estrada Lisboa/Porto, que resulta “da soma das quatro concessões rodoviárias” lançadas nos últimos meses".

Com que então, a estratégia do Governo dito socialista é fazer estradas.Num país que tem das mais elevadas densidades viárias da Europa em autoestrada.
A quem interessa a construção de estradas sobre estradas?E inaugurá-las com croquetes e bolinhos de bacalhau...Fingidos, incompetentes, dissimulados... .
Estes governantes deveriam fazer o custo /beneficio do investimento público.

Wednesday, February 25, 2009

Uso excessivo de computadores, calculadoras e consolas, torna o cérebro mais preguiçoso


Os neurocientistas não param de alertar para os malefícios de um uso intenso e prolongado dos computadores, calculadoras e consolas pelas crianças. Para além de promoverem o isolamento social, o egocentrismo juvenil, quebras de atenção, obesidade, diabetes e hiperactividade, sabe-se agora que torna o cérebro preguiçoso. O cérebro é um músculo. Com falta de uso, enfraquece. Se a memória não foi exercitada, a função perde-se. O uso desregrado das novas tecnologias da informação é meio caminho andado para perdas de memória na velhice. E sabe-se que quem usa pouco a memória tem mais probabilidades de desenvolver, mas cedo, a doença de Alzheimer.
O cérebro está a cair em desuso. Com as calculadoras nas salas de aula, as crianças não aprendem a tabuada e não exercitam a memória para fazer operações matemáticas simples. Com o uso indiscriminado do GPS, perdemos a capacidade para ler e interpretar mapas. Poupa-se na memória e no raciocínio e corre-se o risco de criar áreas do cérebro amorfas, apáticas e cinzentas por falta de uso. Pode estar a acontecer ao cérebro das crianças aquilo que acontece aos músculos das pernas dos idosos que não fazem exercício físico. Talvez o Governo português esteja a cometer um crime ao entregar 500 mil portáteis a crianças dos 5 aos 10 anos de idade. Os efeitos perniciosos serão detectados mais tarde.

Pirotecnias

Pirotecnias

Mário Crespo

-O partido governamental realiza o Congresso num dos momentos de maior crise da democracia portuguesa. Crise imensa de valores que, entre dúvidas na lisura de quem nos governa e inseguranças quanto às instituições da República, nos roubou o sentimento de dignidade e orgulho nacional que é o que inspira os povos a ultrapassar as crises. Sem essa ferramenta, ao fim dos quatro anos de governação de José Sócrates - entre Freeport I e Freeport II - Portugal vive um quotidiano de descontentamento.
-Como conduzir os trabalhos do mais importante órgão do partido, evitando que números do desemprego diariamente desactualizados não dominem as preocupações de militantes responsáveis? Como evitar que o desencanto dos estraga-festas desfigure com a realidade relatos mediáticos mais virtuais?
-Com uma operação de choque e espanto de efeitos pirotécnicos, sob a forma de moções e diversões. O guião arranca com uma supergirândola que rebenta qual big-bang e ocupa o espaço de debate dominando o Congresso: "O Tino de Rans já não pega. Vamos convidar Mahmoud Ahmadinejad, Raúl Castro ou Hugo Chávez", propuseram os assessores de media. "Ahmadinejad não vem! Nós nem sequer somos islâmicos e os iranianos já disseram que não gostam do casamento homossexual. Os irmãos Castro sempre irritaram Mário Soares, portanto, não. Ficamos por Chávez. Ninguém o convida na Europa e ele vem de certeza. Soares acha-lhe piada e as televisões vão andar sempre atrás dele".
-"Porreiro, pá. Mete aí na agenda um jogging na Cova da Moura e manda vir da Havanesa cinco caixas de Coronas que ele também ainda fuma". Um conselheiro mais prudente dirá que com esta vinda de Hugo Chávez talvez seja melhor eliminar na tradução para espanhol da moção do secretário-geral aquela parte na página 6, onde se lê : "uma após outra, as ditaduras inspiradas pelo comunismo foram derrubadas pelos povos em busca de liberdade e democracia". 'Está claro que isto é dirigido ao PCP, mas parece mal, logo agora que o camarada Chávez se tornou presidente vitalício". "Depois, para cobrir os problemas das escolas, da saúde, da justiça e da falta de Magalhães vamos lançar então a proposta do casamento gay. Para já como um processo facultativo aberto aos cidadãos que o requeiram, mas que tendencialmente poderá ser obrigatório, a menos que se pague uma coima ao atingir-se a maioridade. Essa parte deixa-se para quando a Comissão Europeia nos impuser o procedimento relativo aos défices excessivos. Para os pensionistas deixarem de fazer contas a pacotes de subsídios e complementos que não chegam para os medicamentos diários nem para a meia de leite e o folhado de salsicha mensal, aí lança-se a discussão sobre a eutanásia. Ficam todos cheios de medo e não falam mais disso".
-E pronto. Inspirado pela presença de Chávez, o Congresso votará por unanimidade as 26 páginas da moção de José Sócrates. Mesmo aqueles pontos da página 4, onde se descreve que no passado houve uma fase de "falta de sentido de Estado e da dignidade das instituições tão intolerável que obrigou à demissão antecipada do Governo". Esta é a parte mais perigosa da moção de Sócrates. Claro que ele se refere ao governo PSD/CDS. Mas está a dar ideias a Cavaco, para quando o presidente tiver tempo para se concentrar no Governo, depois de resolver aquela questão que ele tem lá no Conselho de Estado.
(Jornal de Notícias)

Tuesday, February 24, 2009

Biblioteca on- line


O website findingdulcinea é uma autêntica biblioteca online. O findingdulcinea tem 3 secções principais: web guides, beyond the headlines e netcetera. A informação está arrumada pelos dias do ano. É possível ter acesso a artigos sobre quase tudo o que aconteceu num determinado dia do ano. Todos os dias, há muita informação nova. O realce é dado a acontecimentos, figuras histórias, escritores, políticos, cientistas e artistas. Para além de textos informativos, o findingdulcinea fornece links para aprofundar os assuntos. E veja também a secção beyond the headlines. É possível também fazer pesquisas temáticas. Por exemplo, sobre o tema educação é possível ler hoje, dia 23/2/, inúmeros artigos. O website findingdulcinea é um recurso absolutamente essencial para todos os professores e todos os alunos do 3º CEB, ensino secundário e superior. Absolutamente imperdível. E gratuito.

Monday, February 23, 2009

O País e as trivialidades populistas

Francisco Saarsfield Cabral escreve no Público:
«O primeiro-ministro prefere a propaganda. Quase todos os dias aparece na televisão a anunciar uma iniciativa, uma medida, uma obra (às vezes em cerimónias mediáticas pagas pelas empresas construtoras). E não distingue coisas realmente úteis que o Governo tem feito de trivialidades populistas. É significativo que, no congresso da Associação Portuguesa de Empresas Familiares, um empresário da estatura e do perfil ético de Alexandre Soares dos Santos (Jerónimo Martins) tenha dito que a crise é agravada pela "demagogia intolerável do primeiro-ministro". Se somarmos o cansaço da repetição dos argumentos ("nós actuamos, os investimentos públicos são a resposta à crise", etc.) à perda de credibilidade decorrente do anterior excesso de optimismo, é duvidoso que a campanha propagandística do Governo seja eficaz. Julgo, até, que ela começa a tornar-se contraproducente.»

No país - uma coisa totalmente diversa da propaganda das tendas e das "trivialidades populistas" para consumo dos fanáticos dependentes e dos embrutecidos por um ano eleitoral em perspectiva - o desemprego cresceu em Janeiro cerca de 45% em relação a Dezembro último e cerca de 23% face a Janeiro de 2008, num total de mais de setenta mil desempregados inscritos nos organismos adequados só no primeiro mês do ano. É este país que vai ficar fora da "nave" de Espinho onde decorrerá o congresso do partido de P( into ) de S(ousa ). Mas é dentro da "nave" que estarão os extra-terrestres babosos e o seu incontestado "timoneiro".

Textos sobre o eduquês

( "roubado " ao blog ProfAvaliação de Ramiro Marques )

Esconder o vazio e a ignorância

O eduquês é uma roupagem que se destina a encobrir o vazio. Há cinco temas maiores do eduquês que, levados a sério, promovem a ignorância sobre a ciência, a cultura erudita, as artes e as tecnologias. Carlos Fiolhais , professor catedrático de Física da Universidade de Coimbra e o investigador português mais citado em revistas científicas internacionais, aponta os temas maiores do eduquês.
1. Concepção instrumental da educação: aprender a aprender, aptidões metacognitivas e aptidão para o pensamento crítico. Nada disto quer dizer alguma coisa. Apenas linguagem que encobre o vazio e a ignorância.
2. Aprendizagem romântica: respeito pelo ritmo dos alunos, aprendizagem de competências, ensino por competências e ensinar a criança e não a matéria. Nada disto quer dizer alguma coisa. Apenas linguagem que desresponsabiliza os alunos pelo desempenho escolar. A ideia é fazer passar a tese: quando o aluno não aprende é porque o professor não soube adequar as estratégias aos interesses e necessidades dos alunos. A culpa é sempre dos outros. Neste caso, os professores são excelentes bodes expiatórios.
3. Naturalismo pedagógico: aprendizagem holística, ensino contextualizado e aprendizagem dos processos. Mais uma vez falsos conceitos sem conteúdo.
4. Antipatia pelos conteúdos: compreender sim, memorizar não e os factos desactualizam. Como afirma E. D. Hirsch , "se a compreensão depende dos factos, é contraditório louvar a compreensão em detrimento dos factos.

Para saber mais:

O eduquês está para a educação com os produtos financeiros tóxicos estão para os bancos
Eduquês, um flagelo sem fronteiras
A utopia do eduquês
O eduquês
As origens historiográficas do eduquês
Currículo nacional e autonomia. E.D. Hirsch

(Publicado por Ramiro Marques no seu blog)

Sunday, February 22, 2009

O fax de Alcochete

O jornalista Carlos Enes no Jornal da Noite da TVI de 20-2-2009 divulgou um alegado fax (cujo original terá sido apreendido em Fevereiro de 2005 nos escritórios da Smith & Pedro em Alcochete), do dr. Manuel Pedro para José Pinto de Sousa , datado de 4-4-1996, quando este era Secretário de Estado Adjunto da ministra do Ambiente.
No fax de Alcochete, segundo Carlos Enes que transcreveu ontem, 20-2-2009, nos seus Fragmentos de Apocalipse a notícia da TVI que preparou:

"Manuel Pedro trata José Sócrates por tu. Começa por lhe pedir desculpa por o contactar via «fax» e explica-lhe: «É só para saberes o que está em causa»."

Porém, o primeiro-ministro disse na declaração pública da "campanha negra" de 29-1-2009:
"Não conheço Manuel Pedro. Como, aliás, não conheço os dirigentes da Fripor ( em inglês técnico) [sic]. Li nos jornais que esse senhor esteve presente na reunião, na única reunião, em que eu participei com os promotores da Fripor, a pedido da Câmara de Alcochete. Mas repito: não conheço esse senhor, se passar por ele na rua não sou capaz de o reconhecer."

Acrescente-se ainda a revelação de ontem, 20-10-2009, do CM de que a dra. Paula Lourenço que representa o eng.º Charles Smith e o dr. Manuel Pedro, "é amiga do sr. Sousa e do seu pai" e ainda "defensora de Carlos Santos Silva", um grande amigo do primeiro-ministro. Todavia, note-se que o facto da alegada amizade, nada significa por si.

Saturday, February 21, 2009

Docentes amordaçados e acorrentados em desfile de Carnaval





Os professores do Agrupamento de Escolas de Paredes de Coura cumpriram as ordens da DREN: realizaram, ontem , sexta feira, o desfile de Carnaval. Mas fizeram-no sob protesto e com o único propósito de expressar solidariedade à PCE, Cecília Terleira. Os docentes desfilaram amordaçados e acorrentados. Recordo que a PCE fora impedida de prestar declarações aos jornalistas. "Vamos contrariados e desmoralizados, mas vamos, porque fomos obrigados a ir por uma determinada directora regional", afirmou Cecília Terleira. Os professores tinham cancelado o desfile por falta de tempo para o preparar, queixando-se de estar atafulhados de trabalho com os processos de eleição para o CGT, avaliação de desempenho, provas de aferição e exames nacionais. A directora regional de educação do Norte, Margarida Moreira, enviara um email , na terça-feira passada, a ordenar a realização do desfile

Thursday, February 19, 2009

Regresso da Censura

Enquanto a dra. Cândida Almeida continua nas suas funções de "comentadora" na Rádio Renascença (que acumula com a direcção do DCIAP), o Ministério Público de Torres Vedras anda preocupado com a "seriedade" do "Magalhães" a ponto de proibir uma brincadeira qualquer. Como escreve o João Villalobos, isto «revela que o Ministério Público vive na estratosfera, indiferente a que a reputação do nosso sistema de justiça se encontre nas ruas da amargura. Enquanto os portugueses comentam nos cafés o caos e atraso dos processos e a ineficácia da máquina judicial, decide o dito Ministério Público atacar um carro alegórico carnavalesco.»

O discurso do nada

ver artigo do DN

O DISCURSO DO NADA


Baptista-Bastos
Escritor e jornalista - b.bastos@netcabo.pt

A vitória de Sócrates é a metáfora do eucalipto: ele seca tudo à sua volta e conduz o partido como muito bem entende. A percentagem de 96,43 por cento dos votos não reflecte, em boa verdade, a imagem que o PS deseja expor. O PS dispõe de cerca de 73 mil militantes, mas apenas 29 mil votaram, por terem as quotas em dia. Há um manifesto desinteresse dos socialistas pelo destino do partido em que militam. Pode-se atribuir essa falta de comparência cívica a mil razões. As mais das vezes razões falaciosas. E as declarações jubilosas de altos dirigentes, em lufa-lufa de subserviência ao chefe, além de fastidiosas, ocultam o nó do problema. O PS é a imagem devolvida do País: desencanto, aborrecimento, ausência de convicções, desmotivação. São os próprios princípios que estão em causa. A absurda justaposição do slogan "socialismo moderno" com a lógica fatal do neoliberalismo mais assanhado conduziu a uma esterilidade ideológica e ética que estas eleições vieram sancionar. O volumoso resultado obtido por Sócrates não tem importância nenhuma. A ameaça dos acontecimentos, a carência de respostas sérias, o desprezo para com a história do partido, a falta de fidelidade descaracterizaram o PS. E José Sócrates não vive em autismo, não se move num universo virtual: simplesmente não sabe como resolver os inúmeros problemas da sociedade portuguesa. Os temas exclusivos que, no congresso, suscitaram o seu interesse, são indicadores do seu oportunismo ou da sua incompetência. Esqueceu o desemprego, o desajuste entre a realidade pungente, na qual estamos mergulhados, e a mudança das instituições; a falência dos bancos, a corrupção e a própria questão da liberdade. Sócrates tinha opções: não as tomou ou não as quis tomar. A sociedade pedia-lhe (e até lhe exigia) respostas. O método de pensamento que utilizou é-lhe habitual. Passa ao lado do que se lhe pedia, exigia ou perguntava. Sob a capa de falar de problemas "fracturantes", nunca assumiu, com a coragem requerida, enfrentar os dilemas que o excedem, mas que são inseparáveis dos princípios elementares do nosso viver colectivo. Desconhecemos o que José Sócrates pensa da exaustão portuguesa, sovada pela agressividade das leis que promoveu e fez promulgar. Não sabemos dos seus projectos para Portugal, sobre o qual nos é inculcada a ideia de que materialmente não tem futuro.

Parece que o secretário-geral do PS e primeiro-ministro somente obedece a forças cegas e brutais, impostas e garantidas pelos grandes interesses, que sobrepuseram o económico ao político. Apesar de tudo, presumi, um pouco ingenuamente, que José Sócrates iria inflectir o discurso para outros perímetros. Enganei-me. O homem não tem cura.

Wednesday, February 18, 2009

Segurança máxima para a ministra de Educação







"Rodeada de policias e em velocidade cruzeiro, Maria de Lurdes Rodrigues apressou-se a visitar a Qualific@ - Feira das Educação, Formação Juventude e Emprego" "numa visita à Exponor, durante a qual recebeu assobios e apupos de dezenas de alunos de Matosinhos"
TSF

Tuesday, February 17, 2009

Página oficial da Eugénio de Castro




A página oficial da escola Eugénio de Castro de Coimbra , está neste link
Foi iniciada recentemente e algumas hiperligações ainda estão em construção.

O horror do vazio

"Depois de em Outubro ter morto o casamento gay no parlamento, José de Sousa , secretário-geral do Partido Socialista, assume-se como porta-estandarte de uma parada de costumes onde quer arregimentar todo o partido.Almeida Santos, o presidente do PS, coloca-se ao seu lado e propõe que se discuta ao mesmo tempo a eutanásia. Duas propostas que em comum têm a ausência de vida. A união desejada pelo sr. Sousa , por muitas voltas que se lhe dê, é biologicamente estéril. A eutanásia preconizada por Almeida Santos é uma proposta de morte. No meio das ideias dos mais altos responsáveis do Partido Socialista fica o vazio absoluto, fica "a morte do sentido de tudo" dos Niilistas de Nitezsche. A discussão entre uma unidade matrimonial que não contempla a continuidade da vida e uma prática de morte, é um enunciar de vários nadas descritos entre um casamento amputado da sua consequência natural e o fim opcional da vida legalmente encomendado.Sousa e Santos não querem discutir meios de cuidar da vida (que era o que se impunha nesta crise). Propõem a ausência de vida num lado e processos de acabar com ela noutro. Assustador, este Mundo politicamente correcto, mas vazio de existência, que o presidente e o secretário-geral do Partido Socialista querem pôr à consideração de Portugal. Um sombrio universo em que se destrói a identidade específica do único mecanismo na sociedade organizada que protege a procriação, e se institui a legalidade da destruição da vida. O resultado das duas dinâmicas, um "casamento" nunca reprodutivo e o facilitismo da morte-na-hora, é o fim absoluto que começa por negar a possibilidade de existência e acaba recusando a continuação da existência. Que soturno pesadelo este com que Almeida Santos e José de Sousa sonham onde não se nasce e se legisla para morrer. Já escrevi nesta coluna que a ampliação do casamento às uniões homossexuais é um conceito que se vai anulando à medida que se discute porque cai nas suas incongruências e paradoxos. O casamento é o mais milenar dos institutos, concebido e defendido em todas as sociedades para ter os dois géneros da espécie em presença (até Francisco Louçã na sua bucólica metáfora congressional falou do "casal" de coelhinhos como a entidade capaz de se reproduzir). E saiu-lhe isso (contrariando a retórica partidária) porque é um facto insofismável que o casamento é o mecanismo continuador das sociedades e só pode ser encarado como tal com a presença dos dois géneros da espécie. Sem isso não faz sentido. Tudo o mais pode ser devidamente contratualizado para dar todos os garantismos necessários e justos a outros tipos de uniões que não podem ser um "casamento" porque não são o "acasalamento" tão apropriadamente descrito por Louçã. E claro que há ainda o gritante oportunismo político destas opções pelo "liberalismo moral" como lhe chamou Medina Carreira no seu Dever da Verdade.São, como ele disse, a escapatória tradicional quando se constata o "fracasso político-económico" do regime. O regime que José Sousa e Almeida Santos protagonizam chegou a essa fase. Discutem a morte e a ausência da vida por serem incapazes de cuidar dos vivos".
Mário Crespo, JN

Monday, February 16, 2009

Na E.S .Infanta Dona Maria, 91,2 % não entregaram objectivos individuais




Na Escola Secundária Infanta D. Maria, em Coimbra, em 91 professores, 8 entregaram os objectivos (8,8%). Destes oito ,cinco são contatados e um destes foi o único a pedir avaliação na componente científico-pedagógica. A percentagem dos que não entregaram é 91,2%.
Dados do PROmova:
129 escolas/agrupamentos contabilizados. Número de Professores que entregaram os OI's: 7674. Percentagem de Professores que entregaram os OI's: 45,78%. Número de Professores que não entregaram os OI's: 9090. Percentagem de Professores que não entregaram os OI's: 54,22% (dados de 16.Fevereiro.09).

Friday, February 13, 2009

Processo " Cova da Beira " parado há mais de um ano

Transcrição de notícia da TVI.
Processo «Cova da Beira» parado há mais de um ano
O caso, com acusação deduzida, remonta a 1999 e implica o primeiro ministro Pinto de Sousa e António Morais.O processo «Cova da Beira» nasceu de uma denúncia anónima que dava conta que o sr. Sousa , na altura secretário de Estado do Ambiente, teria recebido dinheiro para aprovar a construção de um centro de tratamento de lixo na Cova da Beira.Em causa, segundo despacho do Ministério Público estariam 300 mil contos, sendo que metade do valor se destinava ao actual primeiro-ministro. Neste caso há no entanto mais três nomes envolvidos, um dos quais António Morais, ex-professor de Pinto de Sousa acusado lado a lado com a ex-mulher de corrupção activa e branqueamento de capitais no licenciamento do aterro através do seu gabinete de engenharia.A acusação pública foi deduzida há ano e meio, mas embora as actuais regras do segredo de justiça permitam tornar o caso público, o processo em que o primeiro-ministro chegou a figurar como suspeito continua fechado a sete chaves. O caso está agora em fase de instrução e qualquer pedido de consulta tem sido negado sob o pretexto de que não se vislumbra interesse público na consulta de dados.António Morais terá invocado o antigo Código de Processo Penal para se opor à publicidade do processo durante a instrução. O pedido foi aceite, muito embora a data ainda já vigorasse o novo código, curiosamente aprovado por socialistas.

Wednesday, February 11, 2009

" Insultos"

O primeiro-ministro não pode, a pretexto de tudo e do seu nada, falar em "insultos" quando é criticado ou questionado sobre coisas concretas. Por exemplo, sendo ele, naquela qualidade, o responsável político máximo pelos sistemas de informações da República, não pode invocar "insultos" de carácter pessoal terem-lhe perguntado qualquer coisa sobre o funcionamento daqueles serviços. No dia em que um político começa a relevar tudo o que se lhe diga com se fosse um ataque pessoal, é mau sinal. É claro que Pinto de Sousa não é propriamente um "modelo" de democrata em lugar nenhum do mundo. Não convém é abusar da sorte.

Alerta para clima de revolta

O alerta não vem dos bloguistas, tão mal vistos pelos governantes. Vem do pai do PS, do ex-primeiro–ministro e ex-Presidente da República, Dr. Mário Soares.
No âmbito de uma conferência sobre Novas Políticas, organizada pelo Inatel, ontem à noite no Teatro da Trindade, fez declarações muito significativas e que devem ser tidas em boa conta pelos governantes que não se cansam de falar em defesa obstinada de medidas mal fundamentadas e que são objecto de crítica generalizada.
Transcrevem-se algumas das suas palavras“As pessoas tiram as conclusões das coisas. Como podem as pessoas aguentar que o Estado vá salvar um banco onde se sabe que há roubalheiras absolutas e fique tudo na mesma depois do Estado lá meter o dinheiro dos contribuintes. Não é possível”.“Espero que se saiba o que se passou no BPP e no BPN. Tudo tem de ser esclarecido. É preciso transparência no País, senão é impossível haver confiança. Isso gera revolta e não estamos imunes que isso aconteça em Portugal”.«Oiçam-se as pessoas na rua, tome-se o pulso do que se passa nas universidades, nos bairros populares, nos transportes públicos, no pequeno comércio, nas fábricas e empresas que ameaçam falir, por toda a parte do País, e compreender-se-á que estamos perante um ingrediente que tem demasiadas componentes prestes a explodir”.“Com as desigualdades sociais sempre a crescer, o aumento do desemprego que previsivelmente vai subir imenso, em 2009, a impunidade dos banqueiros delinquentes, o bloqueio na Justiça, e em especial, do Ministério Público e das polícias, estão a criar um clima de desconfiança - e de revolta - que não augura nada de bom».“Há investigações e há fugas da justiça que não se sabe de onde vieram. Tudo isto são questões importantes que devem ser esclarecidas. Acho que tudo deve ser rapidamente esclarecido, mas quem sou eu para pedir isso?”
Penso que já existem alguns socialistas responsáveis que querem ver o mentiroso compulsivo Pinto de Sousa longe dos lugares responsáveis da governação.
Cada vez estou mais convencido que as fugas cirúrgicas ao segredo de justiça no caso Freeport , são lançadas por pessoas próximas do PS , que se sentem envergonhadas por terem um primeiro ministro com falta de ética.

Interessante negócio

Diz o Governo que o chip para os veículos automóveis «vem dinamizar o sector da telemática e criar simultaneamente uma oportunidade de negócio para as empresas na área das novas tecnologias». E até revela o valor desse negócio. Ficámos assim todos a saber que a violação da nossa privacidade vale 150 milhões de euros. Vamos ver quem, em concreto (pessoas) vão beneficiar com isto... e já agora os lindos resultados que esta coisa vai dar.

Pelo Voluntariado na Política

View Current Signatures - Sign the Petition
To: A quem de direito

As grandes iniciativas são de aplaudir. E as grandes iniciativas majestaticamente altruístas são de incentivar, depois de aplaudidas. Sua Excelência o Secretário de Estado da Educação, de seu nome Valter de Lemos, com o seu projecto de despacho para recrutar professores reformados para trabalho voluntário nas escolas, inspirou-nos. Professores que tenham abandonado o ensino por via duma reforma antecipada poderão tranquilizar a sua consciência face à fuga prematura, mesmo que a perda material não seja reposta. Para se sentirem mesmo re-integrados, até terão igualmente direito a avaliação no final do ano lectivo. Como medida genial que é, cuja superior grandeza apenas não foi suficientemente sublinhada face ao carácter humilde do seu criador, entendemos que a bem da Nação não pode ficar limitada a esta área profissional. O voluntariado é nobre; é desinteressado; e é barato! É em consequência desta observação que vêm os signatários desta petição solicitar que esta Assembleia estenda este brilhantismo aos gestores públicos e ministros, sem esquecer todos os cargos de nomeação pública. Dêem, por favor, hipótese de redenção a todos quantos pretendam desempenhar os seus cargos sem a maçada de uma remuneração mensal. Pelo País, pela abnegação mas sobretudo pelo nosso bolso, que esta Assembleia institua o regime de voluntariado entre a classe política. Sem esquecer a avaliação anual, naturalmente.
Sincerely,The Undersigned

Tuesday, February 10, 2009

Campanha negra.... Será?



Parece que sim, Pinto de Sousa está a ser vítima de uma, imagine-se ... "campanha negra". Uma "campanha negra" que não é de agora senão, vejamos:

- No dia 13 de Fevereiro de 1992 aparece na Assembleia da República um Registo Biográfico FALSIFICADO com a sua própria letra. Até hoje, NINGUÉM foi capaz ainda de explicar como foi possível aparecerem 2 cópias escritas por ele próprio, cada uma delas com informações diferentes sobre as suas habilitações literárias e profissão.

- No dia 08 de Setembro de 1996, a um DOMINGO, enquanto grande parte dos portugueses ia à missa, o sr. Sousa "licenciou-se" em "engenharia civil". Já nem vale a pena falar na "campanha negra" que foi a equivalência de 26 disciplinas, no exame por FAX ou no amigo-professor-António-Morais que lhe fez os "exames". Mais tarde, no âmbito da mesma "campanha negra", José Sócrates encerra a Universidade que lhe deu o curso, face ao conjunto de vergonhas que se foi sabendo, e antes que se viesse a saber mais alguma coisa.

- Em 13 de Maio de 2008, há uma "campanha negra" que apanha José Sócrates a fumar num avião desobedecendo, em absoluto, àquilo que ele próprio tinha legislado e que antes mesmo já não era permitido em aviões. Queixinhas, informou os jornalistas que não tinha sido só ele, também o Ministro Manuel Pinho o tinha feito. E para completar a "campanha negra" ... NÃO PAGOU A MULTA!

- Em 31de Janeiro de 2008, a "campanha negra" continua. O jornal Público denunciava que Sócrates assinava projectos de casas na Guarda das quais não era o autor mas sim Manuel Caldeira, funcionário da câmara municipal da Guarda e um colega de "curso" da Universidade Independente (dos 22 projectos localizados por amostragem, 16 foram aprovados em menos de um mês; desses houve nove aprovados em menos de dez dias e, destes, três em menos de três dias).

Desta "campanha negra" voltou-se recentemente a falar quando o Presidente da Câmara Municipal da Guarda, Joaquim Valente, também este colega de "curso" de Pinto de Sousa na Universidade Independente (irrra ... sempre a Independente) e autor de um dos projectos que o sr. Sousa assinou, arquivou um inquérito feito a este caso por uma comissão "independente" feita por empregados ... da própria autarquia.

- Agora, é o caso Freeport. Parece que tudo está claro, estão-lhe a montar uma "campanha negra", basta dizer que o tio que lhe diz que "alguém" quer 4 milhões de luvas e ele não chama a Judiciária nem o Ministério Público. Não denunciou o caso? PORQUÊ?

Publicado , no "Democracia em Portugal"

Monday, February 09, 2009

teacher Tube- uma ferramenta pedagógica interessante


O Google criou, recentemente, um canal de vídeo, o teacher tube, que pretende ser a versão pedagógica e didáctica do You Tube. Com o teachertube, o Google coloca à disposição dos professores uma ferramenta que lhes permite serem criadores e difusores de material didáctico, realizado de forma artesanal e à medida das necessidades dos alunos. O objectivo é criar uma grande comunidade de professores cibernautas capazes de criarem materiais didácticos de qualidade e de os divulgarem gratuitamente. Já existe uma experiência semelhante, criada na Grã- Bretanha, em 2005, com o nome de teacherstv (www.teacher.tv), a emitir 24 horas por dia.
Através do website teachertube, os professores têm acesso a milhares de vídeos com materiais didácticos apropriados para todas as áreas curriculares. O acesso à produção e à difusão é gratuito. Basta que o interessado se inscreva na plataforma, forneça a sua conta do gmail e crie uma senha. Depois, o professor pode inscrever-se numa grupo temático específico, por exemplo, Geografia, Matemática, Inglês ou outra disciplina qualquer.

Sunday, February 08, 2009

Reunião de 212 PCE em Coimbra

Os 212 presidentes de Conselhos Executivos (PCE) de escolas e agrupamentos de todo o país decidiram hoje, numa reunião que decorreu em Coimbra, reiterar o pedido de suspensão do modelo de avaliação de desempenho dos professores que se encontra em vigor.
Num documento aprovado por unanimidade, sublinham que, ao contrário do que tem afirmado o Ministério da Educação, nada obriga à entrega dos objectivos individuais – por parte dos professores ou dos PCE – e consideram que a insistência na aplicação do modelo em causa, por parte do Governo, “parece responder apenas a um objectivo político que se esgota num mero cumprimento de calendário”.
Na reunião, onde ficou acertada a realização de novo encontro, ainda sem data determinada, em Lisboa, estiveram quase mais cem PCE do que aqueles que iniciaram o movimento de contestação ao actual modelo de avaliação, há cerca de um mês, em Santarém.
O tema da demissão em bloco, desta vez, não dominou o encontro. “Decidimos ter a coragem de não nos demitirmos – de não nos demitirmos de continuarmos a ter voz”, afirmou, em declarações aos jornalistas, Isabel Guê, presidente do Conselho Executivo da secundária Rainha D. Amélia, de Lisboa.

A ministra da Educação diz que o processo da avaliação de desempenho está a decorrer normalmente .Como é que a ministra pode dizer uma coisa dessas exactamente no dia em que 212 PCEs se reunem, em Coimbra, para afirmarem precisamente o contrário? 212 PCEs são 18% dos PCEs do país. É estar fora da realidade !

Clube Bilderberg


1. Os portugueses que participaram nas reuniões do Clube Bilderberg desde 1982
2. Como é que o Clube Bilderberg influencia e condiciona os políticos e futuros governantes? Os métodos são simples: eu promovo-te a presidente, primeiro-ministro ou líder militar, de forma a aumentares os teus rendimentos e tu obedeces ao Clube. Caso desobedeças, faremos os possíveis para caíres em desgraça e seres substituído.
3. O Clube Bilderberger na wikipedia em língua portuguesa
4. Quais são os objectivos do Clube Bilderberg?
A maior ambição do Clube é criar um governo mundial com um único mercado livre global, policiado e defendido por um exército mundial, servido por mão-de-obra barata, ignorante e dócil, sem restrições aduaneiras ao livre comércio, com uma única moeda e um banco mundial com amplos poderes. Fonte: Michel Journal
5. Leia a entrevista que Daniel Estulin deu, em 2006, ao Semanário e saiba por que razão Durão Barroso é o homem do Clube na Europa.

Saturday, February 07, 2009

Sobre a ideia lunática do pai Albino de Almeida- algumas opiniões

Que geração será a das crianças que vão passar doze horas na escola?

Adolescentes como os do filme Paranoid Park, quase delinquentes. Ou como os outros, sem mais dramas. Mas o tempo a mais na escola deve ser para brincar.

Diz o psiquiatra Daniel Sampaio: "O que é preciso é modificar os horários dos pais e não aumentar o tempo de permanência das crianças na escola. Se persistirmos neste modelo, estaremos a criar uma geração de adolescentes como a do Paranoid Park, do Gus Van Sant", ou seja, jovens a arriscar a fronteira da delinquência.
Desdramatiza o neuropediatra Nuno Lobo Antunes: "Não antecipo na-da esse cenário. Não creio que a permanência das crianças na escola durante mais tempo vá provocar uma hecatombe ou deitar a perder uma geração. Não sendo a situação ideal, não me parece que as crianças fiquem mal empregues". A possibilidade de as escolas do 1.º ciclo do ensino básico funcionarem 12 horas por dia, entre as sete da manhã e as sete da tarde, posta esta semana em cima da mesa pela Confederação Nacional das Associações de Pais (Confap), está longe de gerar consensos. A filosofia é adequar o horário das escolas públicas às jornadas de trabalho dos pais, libertando-os da necessidade de recorrer aos ATL (Actividades de Tempos Livres) que, ainda por cima, saem muito caros. De caminho, procura-se pôr a escola pública a funcionar numa lógica de centro escolar, capaz de oferecer terreno seguro para a brincadeira e para aprendizagens alternativas. O Ministério da Educação garante que nada está decidido. "As actividades de enriquecimento extracurricular têm uma comissão de acompanhamento que analisará todas as eventuais propostas que surgirem nesse sentido. Só depois o ministério poderá avaliar e decidir", lê-se na resposta às perguntas colocadas pelo PÚBLICO. E dali não se arranca nem mais uma vírgula. Mas o presidente da Confap, Albino Almeida, garante que o processo está a ser negociado há um ano e está em fase avançada. Para Daniel Sampaio, porém, a equação está posta ao contrário. "A escola não é feita para substituir a família", sustenta. Se persistirmos neste modelo, ou seja, na legitimação da ideia de que os pais não têm tempo para cuidar dos filhos, "estaremos a contribuir para que as crianças se transformem em adolescentes sem regras". Como os do filme de Gus Van Sant. "Não é um bom caminho", insiste, preconizando que os pais - "pelo menos um deles" - tem de poder chegar a casa mais cedo para estar com os filhos, "pelo menos até que estes tenham 15 anos".
Uma nova organização social é o que reivindica também a Federação Nacional dos Professores (Fenprof). "Pobres pais e pobre sociedade em que se propõe que as crianças possam ficar doze horas enfiadas numa escola", reage Francisco Almeida, daquele sindicato, para quem o novo Código de Trabalho vem desregular ainda mais o já desregulado mundo laboral na relação que este tem que ter com a família."As bolsas de horas vão permitir que as pessoas possam fazer jornadas de trabalho intensivas durante um período e que compensem depois, o que traz óbvias dificuldades de conciliação do trabalho com a família", acrescentou, pondo-se a fazer contas:"Se uma criança fica doze horas na escola, dorme oito e gasta uma hora ou hora e meia nos transportes não tem tempo nenhum para estar com os pais: se assim for, haverá miúdos que não chegam a deitar-se no colo do pai".

Ascenção política de José S. Pinto de Sousa

( recebido por correio electrónico)

O sr. Pinto de Sousa é um produto típico do pós-PREC.Militâncias nas jotas (JSD e JS).Curriculum liceal e académico medíocre com passagens administrativas.Fuga ou dispensa da tropa, onde se aprendia a noção da honra, disciplina e serviço à pátria.Ascenção meteórica com base no amiguismo, paroquialismo e chico-espertismo tuga.Sonsamente o sr. Sousa foi subindo na escala, e com o apadrianhamento do Padrinho Guterres, lá veio o brilhante "inginheiro " das pocilgas serranas para a devassa Lisboa facturar.Sendo jovem e bom falante, tal e qual o picareta, marca o seu território na governação despesista e perdulária do Engº Guterres.Faz birra com a co-incineração e promove o Euro2004, e que constituiu uma das mais recentes tragédias deste pobre país.Após uma vulnerável e efémera governação de Santana Lopes, aparece no palco como virgem púdica e é levado ao colo por todos os verdadeiros poderes na sociedade portuguesa, desde a banca, as corporações politico-económicas e toda a estupidentzia endémica que diáriamente vive da gamela pública.Depois de instalado, começou o seu projecto pessoal e foi afastando paulatinamente os adversários internos e externos.Paralelamente foi criando cenários, projectos e "reformas" para entreter o pagode.Passados 4 anos consolidou o seu poder pessoal à custa de muita manha e chico-espertice.Não teve escrúpulos em lançar "campanhas negras" contra os juízes, professores, pequenos e médios empresários, contribuintes, sindicatos e até funcionários públicos, com o velho lema "dividir para reinar".Pôs portugueses contra portugueses; continentais contra madeirenses; açorianos contra continentais.Eis aqui o precurso de ascenção e muito provável queda deste anjinho celestial" que enganou tudo e todos e está colocando Portugal à beira da implosão.

Friday, February 06, 2009

Para responder à notificação

Exposição/requerimento adaptado do elaborado pelo departamento jurídico do SPN, destinado a responder a eventuais notificações decorrentes da não apresentação dos objectivos individuais, que sejam consideradas ilegais.

__________, __ de __________ de 2009


Exmo./a. Senhor/aPresidente do Conselho Executivo ________________________


Assunto: Pedido de fundamentação jurídica.


Exmo./a. Senhor/a Presidente do CE,


________________________, professor/a do QE a exercer funções na escola _______________________, residente em/na ______________________, vem, nos termos e ao abrigo do disposto nos artigos 120º a 122º e 124º do CPA, sob a cominação legal do art.104º do CPTA, expor e requerer o seguinte:

1º Em __ de ___________ de 2009 o/a Requerente foi notificado/a, por V. Exa., da não entrega dos objectivos individuais no prazo definido, relativamente ao processo de avaliação de desempenho, bem como das consequências que, na V., perspectiva daí advêm.

2º Porém, não se conforma o/a Requerente com o sentido da notificação, porquanto entende não existir fundamento legal para o efeito.

3º Aliás, compulsados os diplomas legais – ECD, Decreto Regulamentar 2/2008 e Decreto Regulamentar 1-A/2009 – outro não poderá ser o entendimento.

Termos em que requer a V. Exa., nos termos e ao abrigo do disposto nos artigos 120º a 122º e 124º do CPA e sob a cominação legal do art.104º do CPTA, se digne informar o/a Requerente da fundamentação jurídica subjacente à notificação supra identificada.
P.D.

O/A Requerente

Wednesday, February 04, 2009

Mais um cartoon do Antero



Cartoon de Antero Valério

Tuesday, February 03, 2009

Mais um despacho louco do ME


O DN faz manchete com a notícia de mais um despacho da autoria de Valter Lemos, o homem que ficará na história da educação portuguesa como o secretário de estado que mais despachos assinou. Desta vez é o célebre projecto de despacho do voluntariado nas escolas. Depois de o Governo ter empurrado para fora das escolas milhares de professores - a uma média de 5 mil por ano -, quer agora fazê-los regressar a uma espécie de revisita ao Inferno de que eles justamente fugiram. Para além de ridícula e ofensiva para os jovens professores desempregados, com horários incompletos ou a receberem à hora em centros de explicações e AECs, este projecto de despacho é mais um daqueles diplomas que se destina a jazer nas páginas do Diário da República para todo o sempre sem qualquer impacto nas escolas. Com a ministra da educação a fingir de morta, Jorge Pedreira a fazer as vezes de ministra e Valter Lemos em plena hibernação invernosa, assistimos com este ridículo despacho ao acordar súbito do homem dos despachos.

Será a procuradora Cândida de Almeida imparcial?

"A procuradora Cândida Almeida, que dirige o Departamento Central de Investigação e Acção Penal (DCIAP) desde a sua instalação, em 1999, integrou a comissão de honra do candidato apoiado pelo PS, Mário Soares, às eleições para a Presidência da República, em 2006. Cavaco Silva venceu as eleições e é o actual Presidente da República." (Correio da Manhã)

Comentário : depois dos socialistas, nomeadamente o primeiro-ministro, terem feito do caso Freeport uma questão política, será que a procuradora se sente capaz de, de forma imparcial e isenta, continuar a coordenar o inquérito?

Uma atitude louvável do PCE da Escola Secundária MadeiraTorres


Rita Sammer, PCE da Escola Secundária Madeira Torres, tomou a decisão acertada. A única decisão que traz tranquilidade à escola e que beneficia alunos e professores. Ela teve a coragem de divulgar a posição no blog do Paulo Guinote.
A solução conta-se em poucas palavras. Rita Sammer comprometeu-se a, caso venha a ser necessário, definir os objectivos individuais para todos os docentes da escola. Essa definição dos O.I. será feita pela PCE com base nos objectivos fixados no Plano Anual de Actividade da Escola. O prazo acabou a 30 de Janeiro e nenhum docente da escola entregou os O.I. Não houve nem haverá notificações de incumprimento da entrega dos O.I., nem listas de prevaricadores na DREL. No final do ano lectivo, os professores que pretendam ser avaliados entregarão a ficha de auto-avaliação e a Rita Sammer cumprirá o dever de avaliar quem queira ser avaliado. Simples, não é? Basta um pouco de inteligência, alguma humildade, uma certa bondade e alguma coragem. Se todos os PCEs tomassem esta opção, tudo seria mais fácil e os alunos não seriam prejudicados com o mau clima que se vive em tantas escolas públicas de Portugal.

Escândalo Freeport ( continuação)

Alguns comentários retirados de alguns blogs da internet sobre o debate Prós e Contras de segunda, 2 de Fevereiro, sobre o Tema " Freeport".
«Começou com uma síntese dos acontecimentos, ao som da Quinta Sinfonia, de Beethoven, para dar um ar épico à coisa. Debate? Nem por sombras. Fechada a primeira parte do programa, haviam desfilado três intervenientes: o socialista José Dias Inocêncio, que presidia à Câmara de Alcochete quando foi aprovado o licenciamento do Freeport, Rui Gonçalves, que era o secretário de Estado do Ambiente de José Sócrates nessa mesma época, e José Miguel Júdice, ex-mandatário do socialista António Costa em Lisboa, que não tardou a comparar a investigação deste caso a uma história do Tintim. Tudo do mesmo lado, pois. Tudo pró. Nada contra. Na estação pública, paga pelo dinheiro dos contribuintes. Em ano eleitoral, a poucos meses de ser escolhido o próximo elenco parlamentar e definida a próxima solução governativa. A esta hora, já tardia, a ERC deve estar a dormir.» (Pedro Correia, Delito de Opinião)

«Hoje vi parte do Prós & Contras na RTP 1 e devo reconhecer que me pareceu um bom espelho do país político e mediático que temos. Infelizmente para o país.» (André Azevedo Alves, O Insurgente)

«Mais uma vez, foi a RTP da vergonha em todo o seu esplendor. A vergonha de um Governo que escolheu o tema e aqueles que se sentaram no painel. A vergonha de uma «jornalista» que dirigiu todo o programa com o objectivo de o tornar numa sessão de propaganda eleitoral, com todo o tempo do mundo para os defensores do Governo e interrupções sistemáticas - até cortes de microfone - para aqueles que criticavam o Governo. A vergonha de uma estação pública que é paga por todos nós, mas que fez, mais uma vez, o papel descarado de defensor do Primeiro-Ministro. Mais uma vez, todos aqueles que viam algo de suspeito no caso Freeport foram secundarizados; mais uma vez, os defensores do Primeiro-Ministro disseram o que quiseram, quando quiseram e como quiseram, nunca tendo sido avisados, ao contrário dos outros, acerca do tempo que se esgotava - contabilize-se o número de minutos que falaram em comparação com os restantes convidados; mais uma vez, vozes incómodas foram caladas e vozes elogiosas ressaltadas, como aquele que vocês sabem, que não se calou durante o programa - tivesse o Primeiro-Ministro como alvo e não o teriam deixado abrir a boca.» (Ricardo Santos Pinto, 5 Dias)

«A RTP , como aliás sempre acontece nestas alturas críticas, faz o serviço todo. No Prós e Contras, neste mais que delicado assunto, onde é que estão os "contras" na mesa do debate? É uma vergonha.» (José Pacheco Pereira, Abrupto)

«O Dr. Júdice que, como sabemos, é aquela coisa moralmente indizível, está sintomaticamente espraiado como um bom diletante feliz e contente. Mais lavandaria que Debate: litros e litros de lixívia por ali.» (Joshua)

«Pelo que vi, neste programa nasceu mais uma estrela na defesa de Sócrates: o incógnito Raposo Subtil, um belo Raposão cujas credenciais para estar neste programa ficam assim por demais demonstradas.»(rm)«Este programa revela a grande hipocrisia da democracia portuguesa. Está tudo preocupado com a justiça, o grande problema do país, etc etc. Mas aquilo que verifico é que nenhum grande processo judicial tem um fim digno, porque assim dá jeito. A culpa é do poder político, o primeiro a «boicotar», conforme tentou dizer Saldanha Sanches. Veja-se qualquer grande processo, como exemplo casa pia, para ver como o poder político manipula, instrumentaliza, branqueia. À boca pequena, toda a gente sabe que Sócrates assim que chegou a São Bento desmantelou a equipa da PJ que investigava o Freeport. Não há coragem para admitir que é assim que funciona a justiça e o país. Não fosse a quebra do segredo de justiça e éramos ainda mais enganados. Assim só o é quem não quer ver. Neste caso, a Sócrates saiu-lhe o tiro pela culatra. Os ingleses e os jornalistas trocaram-lhe as voltas. Apesar do branqueamento, cá e em Inglaterra, prosseguir, desta vez está tudo claríssimo como água.» (LN)

«O dr. Raposo Subtil, um novo talento socretino, foi ali levado para assustar os jornalistas desalinhados. Quem falar do nome de Sócrates neste caso Freeport, está a difamá-lo, logo, está sujeito a um processo, logo é melhor o assunto acabar por aqui. Na linha do seu tutor Santos Silva, a D. Fátima não percebe também por que é que o caso do Freeport continua a dar títulos de primeira página. Confesso que também não percebo e estou à espera que o dr. Subtil me explique. Ele é mais inteligente que todos nós.» (Pombal)

«Estou como diz um amigo meu: o dr. Júdice faz parte daquela colecção de cromos que têm opiniões definitivas sobre todas as coisas. Por isso, é muito ouvido pelo Querido Líder. Entre este Júdice e o excitado Gonçalves, mais o Subtil, aqui está espelhada a imagem do socretismo.» (Bobadela)

«Não concordei com o ruído que se instalou à volta deste caso, sobre tudo pela forma insidiosa com que tem sido tratado pelos média. Agora, após terem sido ditas as maiores barbaridades e calunias com base na violação do segredo de justiça e em alegados factos sem direito a réplica!Prefiro que o assunto se discuta abertamente num ambiente de debate televisivo! Até porque depois de ter assistido a 2h de CR7, não me parece que o assunto hoje discutido nos Prós & Contras tenha necessariamente descido de nível, apesar de existir quem goste de ver o assunto escarrapachado nos títulos dos jornais revelando fetiche para franco-atirador.» (Planetas-Bruno)

«Está confirmado: a preocupação da D. Fátima esta noite é a publicação de mais notícias na comunicação social sobre o caso Freeport. Também é isso que preocupa o controleiro Santos Silva e, naturalmente, o seu querido chefe. Depois de terem sido chamados os jornalistas ao gabinete do Silva, o melhor, agora, é chamar a S. Bento os patrões da comunicação social e pregar-lhes um valente raspanente, como lá sabem fazer muitos bem.» (Pombal)

« Os convidados do palco ficaram ao nível do que programas anteriores nos habituaram. Desde obcecados, cerebrais, cínicos, manipuladores e patéticos, havia ali de tudo para todos os gostos. Como sempre Pros&Pros, neste caso reforçados com dois advogados, que se esforçaram, dentro das limitações do seu próprio talento, para sublinhar que o tema i) tinha o valor de uma história do tintim (ler sff em francês, "tantan") e ii) que mencionar o nome do Eng Sócrates no seu contexto está a incorrer no crime de difamação. Mas uma coisa é certa: se a D. Fátima queria, como já tentou fazer noutros programas (como o caso dos contentores de Alcântara) fechar o tema, aí falhou redondamente. A sua preocupação final de que a imprensa vai continuar a publicar notícias a conta gotas tem toda a razão de ser. O Querido Líder e acólitos não devem estar nada satisfeitos.» (Anastácio)

Monday, February 02, 2009

Caso Freeport- Escândalo internacional- à atenção de Cavaco Silva

O Caso Freeport e um escândalo que está a minar a crediblidade de Portugal.
O jornal Daily Mail , tem hoje um artigo demolidor sobre o Freeport
Que pode ser visto aqui
Deve ser constituída uma a equipa mista luso-britânica para investigar o caso.Que seja nomeado novo Presidente do DCIAP.
Os mandatos são para cumprir, Pinto de Sousa deve ser demitido por Aníbal Cavaco Silva , por corrupção e incompetência; O P.S. , grupo parlamentar, com maioria absoluta , deve nomear até ao final de Fevereiro, uma pessoa com ética, com valores, que assegure um governo até às eleições legislativas de Outubro.
Por vezes, interrogo-me , onde estão as pessoas responsáveis do PS, que permitem, que um individuo , sem ética, nem valores, nos governe e nos represente? E onde estão as élites portuguesas que permitem que indivíduos como Valentim Loureiro, Isaltino Morais, Fátima Felgueiras, José S. Pinto de Sousa concorram a eleições e as ganhem ?

Nacionalismo versus autoridades inglesas

( artigo de João Miranda)

«O que é que nos ensina o caso Freeport? Que não há qualquer perigo de captura do Ministério Público. O Ministério Público já se comporta como se tivesse sido capturado ao mais alto nível. Que grande parte dos analistas da capital é tão clubista e insensível a suspeitas de corrupção como o povo “ignorante” de Felgueiras e Gondomar. Que o conhecido fiscalista parece ter desaparecido em combate, quem sabe já tenha sido ele próprio capturado. Que o apelo ao nacionalismo contra as autoridades inglesas não é muito diferente dos apelos de Fátima Felgueiras e Valentim Loureiro ao bairrismo contra as autoridades nacionais.»
João Miranda, Blasfémias

Crise moral

( artigo de Eduardo Cintra Torres )


«Parabéns a uma parte do jornalismo português no caso Freeport (ou “Fripór”, como se diz em “inglês técnico”). Essa parte do jornalismo provou que a liberdade de informar e ser informado é, nos putativos sistemas democráticos do século XXI, um bem crucial dos cidadãos. Por isso a têm atacado tanto. Ela nos separa dum novo tipo de ditadura. A parte dos media vendida ao poder começou por fornecer a música de violinos à propaganda e ao lodaçal que nos afunda. Mas nota-se que alguns ratos que serviam o governo já começaram a abandonar o barco. O sistema — a investigação, o PGR, a cândida Cândida, a justiça, o parlamento, os políticos, os partidos, até a constituição — funciona para alimentar o sistema. A normalidade do sistema que nos andam a vender em comunicados, comunicações e entrevistas é a mais absurda anormalidade para nós, os outros todos. O sistema político-administrativo-judicial-financeiro parece só servir para aguentar o poder e a mentira. À crise económico-financeira gerida pela pior política financeira da UE junta-se agora a pior crise moral das últimas décadas. O sistema mantém-se à tona enquanto o país vai ao fundo. Quantos mais dias, semanas, meses perdurará a presente crise moral

Eduardo Cintra Torres, Público