Wednesday, February 25, 2009

Uso excessivo de computadores, calculadoras e consolas, torna o cérebro mais preguiçoso


Os neurocientistas não param de alertar para os malefícios de um uso intenso e prolongado dos computadores, calculadoras e consolas pelas crianças. Para além de promoverem o isolamento social, o egocentrismo juvenil, quebras de atenção, obesidade, diabetes e hiperactividade, sabe-se agora que torna o cérebro preguiçoso. O cérebro é um músculo. Com falta de uso, enfraquece. Se a memória não foi exercitada, a função perde-se. O uso desregrado das novas tecnologias da informação é meio caminho andado para perdas de memória na velhice. E sabe-se que quem usa pouco a memória tem mais probabilidades de desenvolver, mas cedo, a doença de Alzheimer.
O cérebro está a cair em desuso. Com as calculadoras nas salas de aula, as crianças não aprendem a tabuada e não exercitam a memória para fazer operações matemáticas simples. Com o uso indiscriminado do GPS, perdemos a capacidade para ler e interpretar mapas. Poupa-se na memória e no raciocínio e corre-se o risco de criar áreas do cérebro amorfas, apáticas e cinzentas por falta de uso. Pode estar a acontecer ao cérebro das crianças aquilo que acontece aos músculos das pernas dos idosos que não fazem exercício físico. Talvez o Governo português esteja a cometer um crime ao entregar 500 mil portáteis a crianças dos 5 aos 10 anos de idade. Os efeitos perniciosos serão detectados mais tarde.

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