Tuesday, February 03, 2009

Escândalo Freeport ( continuação)

Alguns comentários retirados de alguns blogs da internet sobre o debate Prós e Contras de segunda, 2 de Fevereiro, sobre o Tema " Freeport".
«Começou com uma síntese dos acontecimentos, ao som da Quinta Sinfonia, de Beethoven, para dar um ar épico à coisa. Debate? Nem por sombras. Fechada a primeira parte do programa, haviam desfilado três intervenientes: o socialista José Dias Inocêncio, que presidia à Câmara de Alcochete quando foi aprovado o licenciamento do Freeport, Rui Gonçalves, que era o secretário de Estado do Ambiente de José Sócrates nessa mesma época, e José Miguel Júdice, ex-mandatário do socialista António Costa em Lisboa, que não tardou a comparar a investigação deste caso a uma história do Tintim. Tudo do mesmo lado, pois. Tudo pró. Nada contra. Na estação pública, paga pelo dinheiro dos contribuintes. Em ano eleitoral, a poucos meses de ser escolhido o próximo elenco parlamentar e definida a próxima solução governativa. A esta hora, já tardia, a ERC deve estar a dormir.» (Pedro Correia, Delito de Opinião)

«Hoje vi parte do Prós & Contras na RTP 1 e devo reconhecer que me pareceu um bom espelho do país político e mediático que temos. Infelizmente para o país.» (André Azevedo Alves, O Insurgente)

«Mais uma vez, foi a RTP da vergonha em todo o seu esplendor. A vergonha de um Governo que escolheu o tema e aqueles que se sentaram no painel. A vergonha de uma «jornalista» que dirigiu todo o programa com o objectivo de o tornar numa sessão de propaganda eleitoral, com todo o tempo do mundo para os defensores do Governo e interrupções sistemáticas - até cortes de microfone - para aqueles que criticavam o Governo. A vergonha de uma estação pública que é paga por todos nós, mas que fez, mais uma vez, o papel descarado de defensor do Primeiro-Ministro. Mais uma vez, todos aqueles que viam algo de suspeito no caso Freeport foram secundarizados; mais uma vez, os defensores do Primeiro-Ministro disseram o que quiseram, quando quiseram e como quiseram, nunca tendo sido avisados, ao contrário dos outros, acerca do tempo que se esgotava - contabilize-se o número de minutos que falaram em comparação com os restantes convidados; mais uma vez, vozes incómodas foram caladas e vozes elogiosas ressaltadas, como aquele que vocês sabem, que não se calou durante o programa - tivesse o Primeiro-Ministro como alvo e não o teriam deixado abrir a boca.» (Ricardo Santos Pinto, 5 Dias)

«A RTP , como aliás sempre acontece nestas alturas críticas, faz o serviço todo. No Prós e Contras, neste mais que delicado assunto, onde é que estão os "contras" na mesa do debate? É uma vergonha.» (José Pacheco Pereira, Abrupto)

«O Dr. Júdice que, como sabemos, é aquela coisa moralmente indizível, está sintomaticamente espraiado como um bom diletante feliz e contente. Mais lavandaria que Debate: litros e litros de lixívia por ali.» (Joshua)

«Pelo que vi, neste programa nasceu mais uma estrela na defesa de Sócrates: o incógnito Raposo Subtil, um belo Raposão cujas credenciais para estar neste programa ficam assim por demais demonstradas.»(rm)«Este programa revela a grande hipocrisia da democracia portuguesa. Está tudo preocupado com a justiça, o grande problema do país, etc etc. Mas aquilo que verifico é que nenhum grande processo judicial tem um fim digno, porque assim dá jeito. A culpa é do poder político, o primeiro a «boicotar», conforme tentou dizer Saldanha Sanches. Veja-se qualquer grande processo, como exemplo casa pia, para ver como o poder político manipula, instrumentaliza, branqueia. À boca pequena, toda a gente sabe que Sócrates assim que chegou a São Bento desmantelou a equipa da PJ que investigava o Freeport. Não há coragem para admitir que é assim que funciona a justiça e o país. Não fosse a quebra do segredo de justiça e éramos ainda mais enganados. Assim só o é quem não quer ver. Neste caso, a Sócrates saiu-lhe o tiro pela culatra. Os ingleses e os jornalistas trocaram-lhe as voltas. Apesar do branqueamento, cá e em Inglaterra, prosseguir, desta vez está tudo claríssimo como água.» (LN)

«O dr. Raposo Subtil, um novo talento socretino, foi ali levado para assustar os jornalistas desalinhados. Quem falar do nome de Sócrates neste caso Freeport, está a difamá-lo, logo, está sujeito a um processo, logo é melhor o assunto acabar por aqui. Na linha do seu tutor Santos Silva, a D. Fátima não percebe também por que é que o caso do Freeport continua a dar títulos de primeira página. Confesso que também não percebo e estou à espera que o dr. Subtil me explique. Ele é mais inteligente que todos nós.» (Pombal)

«Estou como diz um amigo meu: o dr. Júdice faz parte daquela colecção de cromos que têm opiniões definitivas sobre todas as coisas. Por isso, é muito ouvido pelo Querido Líder. Entre este Júdice e o excitado Gonçalves, mais o Subtil, aqui está espelhada a imagem do socretismo.» (Bobadela)

«Não concordei com o ruído que se instalou à volta deste caso, sobre tudo pela forma insidiosa com que tem sido tratado pelos média. Agora, após terem sido ditas as maiores barbaridades e calunias com base na violação do segredo de justiça e em alegados factos sem direito a réplica!Prefiro que o assunto se discuta abertamente num ambiente de debate televisivo! Até porque depois de ter assistido a 2h de CR7, não me parece que o assunto hoje discutido nos Prós & Contras tenha necessariamente descido de nível, apesar de existir quem goste de ver o assunto escarrapachado nos títulos dos jornais revelando fetiche para franco-atirador.» (Planetas-Bruno)

«Está confirmado: a preocupação da D. Fátima esta noite é a publicação de mais notícias na comunicação social sobre o caso Freeport. Também é isso que preocupa o controleiro Santos Silva e, naturalmente, o seu querido chefe. Depois de terem sido chamados os jornalistas ao gabinete do Silva, o melhor, agora, é chamar a S. Bento os patrões da comunicação social e pregar-lhes um valente raspanente, como lá sabem fazer muitos bem.» (Pombal)

« Os convidados do palco ficaram ao nível do que programas anteriores nos habituaram. Desde obcecados, cerebrais, cínicos, manipuladores e patéticos, havia ali de tudo para todos os gostos. Como sempre Pros&Pros, neste caso reforçados com dois advogados, que se esforçaram, dentro das limitações do seu próprio talento, para sublinhar que o tema i) tinha o valor de uma história do tintim (ler sff em francês, "tantan") e ii) que mencionar o nome do Eng Sócrates no seu contexto está a incorrer no crime de difamação. Mas uma coisa é certa: se a D. Fátima queria, como já tentou fazer noutros programas (como o caso dos contentores de Alcântara) fechar o tema, aí falhou redondamente. A sua preocupação final de que a imprensa vai continuar a publicar notícias a conta gotas tem toda a razão de ser. O Querido Líder e acólitos não devem estar nada satisfeitos.» (Anastácio)

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