( "roubado " ao blog ProfAvaliação de Ramiro Marques )
Esconder o vazio e a ignorância
O eduquês é uma roupagem que se destina a encobrir o vazio. Há cinco temas maiores do eduquês que, levados a sério, promovem a ignorância sobre a ciência, a cultura erudita, as artes e as tecnologias. Carlos Fiolhais , professor catedrático de Física da Universidade de Coimbra e o investigador português mais citado em revistas científicas internacionais, aponta os temas maiores do eduquês.
1. Concepção instrumental da educação: aprender a aprender, aptidões metacognitivas e aptidão para o pensamento crítico. Nada disto quer dizer alguma coisa. Apenas linguagem que encobre o vazio e a ignorância.
2. Aprendizagem romântica: respeito pelo ritmo dos alunos, aprendizagem de competências, ensino por competências e ensinar a criança e não a matéria. Nada disto quer dizer alguma coisa. Apenas linguagem que desresponsabiliza os alunos pelo desempenho escolar. A ideia é fazer passar a tese: quando o aluno não aprende é porque o professor não soube adequar as estratégias aos interesses e necessidades dos alunos. A culpa é sempre dos outros. Neste caso, os professores são excelentes bodes expiatórios.
3. Naturalismo pedagógico: aprendizagem holística, ensino contextualizado e aprendizagem dos processos. Mais uma vez falsos conceitos sem conteúdo.
4. Antipatia pelos conteúdos: compreender sim, memorizar não e os factos desactualizam. Como afirma E. D. Hirsch , "se a compreensão depende dos factos, é contraditório louvar a compreensão em detrimento dos factos.
Para saber mais:
O eduquês está para a educação com os produtos financeiros tóxicos estão para os bancos
Eduquês, um flagelo sem fronteiras
A utopia do eduquês
O eduquês
As origens historiográficas do eduquês
Currículo nacional e autonomia. E.D. Hirsch
(Publicado por Ramiro Marques no seu blog)
Monday, February 23, 2009
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