Friday, February 29, 2008

Boa Prestação dos alunos do Agrupamento Eugénio de Castro, nos Nacionais de Braga















Nos campeonatos nacionais de jogos matemáticos, disputados em 29 de Fevereiro, em Braga, com 279 Escolas inscritas e 1355 alunos, o Agrupamento de Escolas Eugénio de Castro levou 9 alunos; destes, 5 passaram a fase preliminar e apuraram-se para a finalissima; Luis Maduro do 9ºG ficou em 1º lugar de Hex do 3º ciclo, Diogo Mateus do 2º E ficou em 3º lugar de Pontos e Quadrados do 1º ciclo, João Dinis do 6ºE ficou em 5º lugar de Hex do 2º ciclo, Henrique Ferrer do 4º D ficou em 6º lugar de Ouri do 1º ciclo, Tiago Vaz do 2º C ficou em 12º lugar de Semáforo do 1º ciclo. Os alunos do 1º ciclo frequentam a Escola Básica do 1º ciclo da Sólum.Desta Escola , todos os alunos foram à finalissima nacional, estando as pessoas responsáveis pela actividade na Escola Básica do 1º ciclo de parabéns.




A destacar tambem o comportamento de Simão Coelho do 5ºF, que na fase preliminar ficou em 3º lugar de Semáforo do 2º ciclo, sendo afastado da finalissima por muito pouco. Igualmente a situação da aluna do 7º B, Mafalda Costa que ficou em 3º lugar de Ouri do 3º ciclo, sendo afastada da finalissima.O regulamento previa torneios preliminares com 12 alunos e quatro sessões, passando à finalíssima apenas os dois primeiros classificados. As finalissimas tiveram 5 sessões em sistema suiço , os alunos foram emparceirados pelo programa " Swiss Perfect" , usando o sistema progressivo como critério de desempate. José Pedro Santos e Sérgio Quatorze ambos fizeram apenas 1 ponto em quatro possíveis nos respectivos torneios preliminares.




O terceiro lugar nacional do Semáforo do 1º ciclo foi conquistado por um aluno do Colégio João de Deus, também da nossa cidade de Coimbra.




Agradecimentos à Câmara Municipal de Coimbra que garantiu transporte aos alunos da cidade que participaram nos campeonatos.

Wednesday, February 27, 2008

Resistência Colectiva- Direito à indignação

Nesta quarta-feira, milhares de professores compareceram em Viseu, Guarda e Castelo Branco, revelando que o descontentamento é nacional. Na terça feira compareceram no cordão humano na cidade de Coimbra entre 2500 a 3000 professores. Na quinta-feira será a vez do Alentejo também se vestir de negro, com uma concentração marcada para as 21h em Portalegre, junto ao Governo Civil. À mesma hora, os professores de Aveiro repetem o protesto de outros dias, juntando-se no Centro Comercial Oita e rumando pacificamente até ao Governo Civil.
A problemática das aulas de substituição, a avaliação do desempenho e as alterações no ensino musical e no ensino especial são temas recorrentes para a contestação.
Será esse o mote para os protestos seguintes, alguns deles já agendados, mas muitos outros deverão surgir nos próximos dias. No dia 1 de Março, pelas 16h, concentração no Instituto Português da Juventude (Rua da Polícia), em Lisboa; 3 de Março, em Leiria, a partir da Praça Rodrigues Lobo (17h); 4 de Março, vigília em frente ao Governo Civíl de Beja, com a presença de Mário Nogueira (21h), e Concentração frente à Escola Superior de Saúde (perto do Fórum Algarve), em Faro, pelas 18h; 6 de Março, Portimão (17h30), frente à Câmara Municipal.
Indignação na blogosfera
Provando que a contestação às políticas de educação tem sido geral, alguns professores transformaram a revolta em palavras e colocaram-na na Internet.
O Movimento Professores Revoltados é o expoente máximo neste capítulo; enquanto que em A Educação do Meu Umbigo, Paulo Guinote suscita a discussão.
Teresa Silva, filha de Manuela Estanqueiro, a professora de Aveiro que morreu com leucemia e sem ter direito a aposentação, mantém uma página de indignação, enquanto o blog A Sinistra Ministra mantém activo o protesto contra Maria de Lurdes Rodrigues.
M.L.R. teve o mérito de unir todos os professores, no cordão humano de Coimbra encontrei professores de vários quadrantes políticos; também o nosso primeiro ministro José S. Pinto de Sousa vê em qualquer manifestante um militante comunista; o nosso " engenheiro " devia fazer uma visita ao Portugal profundo, para conhecer os anseios do nosso povo; ele de S. Bento tem um rol de estatisticas á sua frente e olha para o cidadão português não como pessoa mas como um número.

Uma espécie de diarreia legislativa


Não é mas parece uma diarreia legislativa. Repare-se na quantidade de diplomas publicados nos últimos dois anos:
Dec. Lei nº 15/2007 de 19/01, que cria o novo Estatuto da Carreira Docente, Dec. Lei nº 200/2007, que criou o 1º concurso para professor titular, Dec. Lei nº 27/2006 de 17/02, que cria os novos grupos de recrutamento, Dec. Regulamentar nº 2/2008 de 10/01, que define os princípios e os modos da avaliação de desempenho, Dec. Lei nº 3/2008 de 7/01, que define novas orientações para o ensino especial, Dec. Regulamentar nº 3/2008, que cria a prova nacional de conhecimentos e competências para o acesso à profissão docente, o novo diploma de gestão escolar, entre outros.
A pressa com que foram publicados estes diplomas lançou a maior confusão de sempre nas escolas e uma inquietação e desânimo nunca antes vistas nos professores e nos candidatos a professores. Face a isso, a Ministra da Educação foi buscar ao baú do seu vocabulário duas palavras-chave: resistência às mudanças e acomodação. No entender da Ministra, os culpados da confusão e da inquietação são as vítimas, isto é, os professores, que são apelidados de não querem aderir a tão doutas e generosas mudanças. Concomitantemente, a Ministra da Educação vai buscar ao seu baú de estratégias a palavra-chave acomodação: o que é preciso é que os professores acomodem as mudanças, isto é, se habituem a elas, sejam vergados pela avalancha de diplomas, de exigências e novas funções, desistindo de lutar contra elas. Para atingir um tal desiderato, a Ministra da Educação divide os professores, toma medidas que lançam uns professores contra outros e dá a entender à opinião pública que os professores não querem ser avaliados, faltam muito, estão agarrados à escola de antigamente, etc.

Tuesday, February 26, 2008

Prós e contras- Canal um- 25 de Fevereiro

Depois do prós e contras, um pouco de relaxamento. Correu bem. A audiência portou-se bem. Os professores conseguiram mostrar a injustiça do processo, sobretudo quanto aos timings demasiados apertados e ao excesso de burocracia. É preciso continuar num registo educado, argumentativo, menos apaixonado e mais racional. É preciso ganhar o apoio da opinião pública. Convém mostrar que os professores querem ser avaliados, mas recusam um processo demasiado burocrático, "time-consuming" e complexo. Um processo que lhes rouba tempo e energias para a relação pedagógica, para a preparação das aulas e para a actualização científica e pedagógica. Convém trazer à colacção a questão do novo estatuto: um estatuto que desfigurou a profissão docente e que vai obrigar dois terços dos professores mais jovens a ficarem, eternamente, a meio da carreira, independentemente de serem bons, muito bons ou apenas regulares. Ficar a meio da carreira, significa ensinar durante 46 anos e ficar sujeito a um salário idêntico ao de um sargento da GNR (sem desprimor para os sargentos!).

Monday, February 25, 2008

A ideia maluca segundo o professor


No estado em que isto anda até Marcelo Rebelo de Sousa, sempre prudente no que se tem tratado de atacar a Ministra da Educação, achou por bem qualificar como «ideia maluca» o desejo de avançar com o processo de avaliação do desempenho a meio deste ano lectivo nos moldes em que ele está pensado.
Como até é Conselheiro de Estado por escolha pessoal de Cavaco Silva, a opinião terá o seu peso, mesmo se muita gente não gosta dele.
Embora se notasse que ele não leu bem todas as ramificações e consequências perversas do modelo não deixou de sublinhar a mais óbvia: para a avaliação dos docentes funcionar a sério nas Escolas com este modelo, todo o seu restante funcionamento fica praticamente paralisado.
Será que os alunos ganham com isso?
Talvez… desde que baste que eles fiquem em «actividades» por lá, o máximo de tempo possível, mesmo se não tendo aulas, como parece indiciar a reforma prometida para o 2º CEB.
E concordarão todos aqueles que defendem o modelo de uma escola onde a assiduidade e a avaliação só contam para os docentes. É o chamado «novo paradigma».

Para meditar

Um texto muito oportuno, de Eduardo Prado Coelho, publicado no Público, que todos devemos meditar sobre o mesmo, deixo-vos então com o dito:
A crença geral anterior era de que Santana Lopes não servia, bem como Cavaco, Durão e Guterres. Agora dizemos que Sócrates não serve. E o que vier depois de Sócrates também não servirá para nada. Por isso começo a suspeitar que o problema não está no trapalhão que Foi Santana Lopes ou na farsa que é o Sócrates.
O problema está em nós. Nós como povo. Nós como matéria-prima de um país. Porque pertenço a um país onde a ESPERTEZA é a moeda sempre valorizada, tanto ou mais do que o euro. Um país onde ficar rico da noite para o dia é uma virtude mais Apreciada do que formar uma família baseada em valores e respeito aos demais. Pertenço a um país onde, lamentavelmente, os jornais jamais poderão ser vendidos como em outros países, isto é, pondo umas caixas nos passeios onde se paga por um só jornal E SE TIRA UM SÓ JORNAL, DEIXANDO-SE OS DEMAIS ONDE ESTÃO.
Pertenço ao país onde as EMPRESAS PRIVADAS são fornecedoras particulares dos seus empregados pouco honestos, que levam para casa, como se fosse correcto, folhas de papel, lápis, canetas, clips e tudo o que possa ser útil para os trabalhos de escola dos filhos... e para eles mesmos.Pertenço a um país onde as pessoas se sentem espertas porque conseguiram comprar um descodificador falso da TV Cabo, onde se frauda a declaração de IRS para não pagar ou pagar menos impostos.Pertenço a um país onde a falta de pontualidade é um hábito. Onde os directores das empresas não valorizam o capital humano. Onde há pouco interesse pela ecologia, onde as pessoas atiram lixo nas ruas e depois reclamam do governo por não limpar os esgotos. Onde pessoas se queixam que a luz e a água são serviços caros. Onde não existe a cultura pela leitura (onde os nossos jovens dizem que é 'muito chato ter que ler') e não há consciência nem memória política, histórica nem económica. Onde os nossos políticos trabalham dois dias por semana para aprovar projectos e leis que só servem para caçar os pobres, arreliar a classe média e beneficiar a alguns.Pertenço a um país onde as cartas de condução e as declarações Médicas podem ser 'compradas', sem se fazer qualquer exame. Um país onde uma pessoa de idade avançada, ou uma mulher com uma Criança nos braços, ou um inválido, fica em pé no autocarro, enquanto a Pessoa que está sentada finge que dorme para não dar-lhe o lugar. Um país no qual a prioridade de passagem é para o carro e não para o peão. Um país onde fazemos muitas coisas erradas, mas estamos sempre a criticar os nossos governantes. Quanto mais analiso os defeitos de Santana Lopes e de Sócrates, melhor me sinto como pessoa, apesar de que ainda ontem corrompi um guarda de trânsito para não ser multado. Quanto mais digo o quanto o Cavaco é culpado, melhor sou eu como português, apesar de que ainda hoje pela manhã explorei um cliente que confiava em mim, o que me ajudou a pagar algumas dívidas.Não. Não. Não. Já basta.Como 'matéria-prima' de um país, temos muitas coisas boas, mas falta muito para sermos os homens e as mulheres que nosso país precisa. Esses defeitos, essa 'CHICO-ESPERTERTICE PORTUGUESA' congénita, essa desonestidade em pequena escala, que depois cresce e evolui até converter-se em casos escandalosos na política, essa falta de qualidade humana, mais do que Santana, Guterres, Cavaco ou Sócrates, é que é real e honestamente ruim, porque todos eles são portugueses como nós, ELEITOS POR NÓS. Nascidos aqui, não em outra parte...Fico triste. Porque, ainda que Sócrates fosse embora hoje mesmo, o próximo que o suceder terá que continuar trabalhando com a mesma matéria prima defeituosa que, como povo, somos nós mesmos. E não poderá fazer nada... Não tenho nenhuma garantia de que alguém possa fazer melhor, mas enquanto alguém não sinalizar um caminho destinado a erradicar primeiro os vícios que temos como povo, ninguém servirá. Nem serviu Santana, nem serviu Guterres, não serviu Cavaco, e nem serve Sócrates, nem servirá o que vier. Qual é a alternativa?Precisamos de mais um ditador, para que nos faça cumprir a lei com a força e por meio do terror? Aqui faz falta outra coisa. E enquanto essa 'outra coisa' não comece a surgir de baixo para cima, ou de cima para baixo, ou do centro para os lados, ou como queiram, seguiremos igualmente condenados, igualmente estancados... igualmente abusados!É muito bom ser português. Mas quando essa Portugalidade autóctone Começa a ser um empecilho às nossas possibilidades de desenvolvimento como Nação, então tudo muda... Não esperemos acender uma vela a todos os santos, a ver se nos Mandam um Messias.
Nós temos que mudar. Um novo governante com os mesmos portugueses Nada poderá fazer. Está muito claro... Somos nós que temos que mudar. Sim, creio que isto encaixa muito bem em tudo o que anda a nos acontecer: desculpamos a mediocridade de programas de televisão nefastos e francamente tolerantes com o fracasso.É a indústria da desculpa e da estupidez.Agora, depois desta mensagem, francamente decidi procurar o responsável, não para castigá-lo, senão para exigir-lhe (sim, exigir-lhe) que melhore seu comportamento e que não se faça de mouco, de desentendido. Sim, decidi procurar o responsável e ESTOU SEGURO QUE O ENCONTRAREI QUANDO ME OLHAR NO ESPELHO.AÍ ESTÁ. NÃO PRECISO PROCURÁ-LO EM OUTRO LADO.E você, o que pensa?....
MEDITE!
EDUARDO PRADO COELHO

Saturday, February 23, 2008

Trabalhos de EV com sólidos platónicos

















Trabalhos de alunos da Turma 8º A da Escola Eugénio de Castro, usando sólidos platónicos com alguma criatividade.




Somos campeões a fazer leis

O principal problema da Justiça em Portugal são as leis. São muitas e muito más e muito inúteis. Legisla-se demais e legisla-se mal.
A boa Justiça é feita com poucas e boas leis, interpretadas e aplicadas por bons juristas que saibam com razão, bom senso e sentido de equidade subsumir os factos da vida à natureza geral e abstracta das normas.
Desgraçadamente, eliminado, por superlativo e supérfluo, o estudo do direito romano das escolas jurídicas, substituído pelas funcionais burocracias de gabinete, a tendência (europeia, mais do que portuguesa, que se limitou, como sempre, a importar a moda) foi a de querer abarcar na previsão legal os mais ínfimos aspectos da vida, como se toda a realidade, todo o universo de situações juridicamente relevantes, tivesse que estar concretamente contido numa hipótese normativa. Do modo como devem ser fabricados os isqueiros, às indicações que obrigatoriamente devem conter os rótulos das embalagens de milho para pombos, tudo, rigorosamente tudo, passou a ser objecto de uma lei, de uma directiva, de um regulamento.
Do mesmo passo, por simples decorrência lógica, o intérprete e aplicador da lei viu-se funcionalizado e reduzido à condição de mero fiscal da realidade, sem outra função que não a de decretar a natureza irreal ou punível de uma pretensão não exaustivamente descrita numa norma.
Eficácia no manuseamento de bases de dados gigantescas, é tudo o que hoje se pede ao juiz. Não, bom senso, inteligência ou sentido de Justiça.
Mas, apesar de todos os esforços, a realidade (sobretudo nos imaginosos países mediterrânicos) teima em não caber toda na lei. Por isso, o legislador, aflito, tentando ser maior que o mundo, legisla cada vez mais. Tapa cada lacuna do sistema com uma nova lei; e com uma nova lei tapa a nova lacuna aberta pela lei anterior, destinada a tapar uma lacuna.
O sistema embala. E o legislador legisla... e legisla... e legisla...não à medida dos problemas, mas à medida dos factos e da ordem do dia na comunicação social. Tenta-se deter o mundo por decreto-lei. Como se tentam deter os carros com proibições de excessos de velocidade. Como se a realidade e a velocidade pudessem ser sustidas por ordem do poder legislativo.
Regula-se o segredo de Justiça, não por causa do seu sentido ou função, mas por causa do processo Casa Pia; altera-se o regime de supervisão da actividade bancária, não porque alguém tenha pensado melhor nele, mas porque houve um escândalo no BCP; reformula-se a lei de protecção de menores, não para criar uma melhor, mas porque uns míudos assaltaram numas bombas de gasolina a actriz Lídia Franco, do mundo dos famosos.
Acaba a lei e começa a medida avulsa. Acaba a norma geral e abstracta e começa a decisão individual e concreta, à medida da gritaria e do poder de cada um fazer ouvir própria voz: um ministro suspende e desautoriza em directo na televisão a decisão da comissão que negou a reforma a uma doente; abre-se um inquérito e altera-se um sistema de urgências, porque passa nos telejornais o registo de conversas telefónicos surrealistas entre agentes do 112 e os bombeiros de Alijó...
Tudo é incerto e mera função do noticiário do dia.
Não há trabalhos preparatórios, não há estudos, não há ensaios nem testes às consequências da entrada em vigor de uma lei nova. Há leis-medida, feitas à pressa e a martelo, que o próprio legislador assume no respectivo preâmbulo deverem ser imediatamente revistas, confessando que as criou sem pensar e apenas para acudir a uma moda ou a um caso concreto do momento.
Neste contexto, qualquer esforço de interpretação é inútil. Não há nem pode haver uniformização de critérios aplicativos. Diante de expressões legislativas equívocas, sem lógica, nem coerência, nem gramática, cada um faz o que quer e como quer e quem necessita tem que submeter-se ao poder de facto de quem decide.
Por todo o lado, quando hoje se pergunta como é que se faz este registo, ou se formula este pedido, ou se averigua e requer este direito, a resposta é invariavelmente a mesma: «ai isso, cada um faz de forma diferente; o melhor é perguntar como é que eles fazem lá na Conservatória, na Repartição, ou no Tribunal.»
Acabou a Justiça e passou a valer apenas a selva e a lei do que grita mais alto. Não vamos sair daí, enquanto o legislador não parar de legislar

Wednesday, February 20, 2008

Alice no Pais das Maravilhas


Na última segunda feira, após um dia de tempestade com as malfadas e habituais inundações, a SIC transmitiu-nos uma entrevista com um tal senhor primeiro-ministro, de seu nome: José Sócrates, que veio falar do seu governo num país onde – pessoalmente – ainda não consegui deslumbrar em que zona do globo fica situado.Falou de um governo que, pelo seu bem governar, tem um povo feliz a viver na maior das prosperidades.Penso, pelas palavras desse primeiro-ministro de nome: José Sócrates, que esse povo desconhece o desemprego; possui um sistema de saúde exemplar e acessível a todos; um sistema de ensino a funcionar na maior das suas plenitudes; um sistema de justiça igual para todos, não burocratizado e de acção rápida; segurança na vida de todos os cidadãos.Enfim, um país onde a palavra pobreza é desconhecida, onde impera a confiança no futuro e onde a alegria de viver é a bandeira de todos os seus habitantes .Gostei de ouvir esse senhor primeiro-ministro. Gostei mesmo!Só tenho pena de não ter ficado a saber onde se situa esse país. É que eu quero ir emigrar para lá.Se alguém souber – por favor – informem-me.

Monday, February 18, 2008

Governo "amigo "dos seus funcionários publicos

Governo reduz os gastos com salários dos funcionários mas aumenta a aquisição de serviços.
AQUI Só assim se assegura um tacho depois de sair da política.

Recomenda-se XANAX

O senhor primeiro-ministro irrita-se demasiado com as manifestações de quem se sente ultrajado pelas medidas e aldrabices que atentam contra os seus interesses. O povo é um inconveniente à sua perfeita governação, já se percebeu, e a criatura não o esconde. As aulas de democracia não deverão ter sido melhores que as de inglês técnico, recebidas certamente nos esconsos corredores da secção da Guarda, o que lhe não permite hoje distinguir entre a união nacional e um regime democrático.

Excelente artigo sobre Educação

Paulo Rangel sobre o ensino

Excelente artigo de Paulo Rangel sobre o ensino, publicado no blog "Ensinar na Escola".

Sunday, February 17, 2008

O Grande Intolerante

Artigo retirado do blog " A educação do meu umbigo "

Os relatos que chegam da reunião na sede do PS entre o PM, a equipa toda do ME, e mais de uma centena de professores socialistas volta a demonstrar até que ponto José Sócrates se tornou intolerante e é incapaz de se libertar de uma auto-imagem de Grande Estadista Visionário.
Pelos vistos a reunião até correu bem, porque só há novas de uma intervenção (em cerca de 30) verdadeiramente a doer. Mas mesmo assim, o Grande Timoneiro parece não ter conseguido ter a paciência necessária para responder de forma dialogante. Lê-se na descrição da ocorrência que:
De acordo com um dos presentes na reunião, uma das três dezenas de intervenções foi de um militante que declarou a José Sócrates que muitos dos professores que votaram no PS em Fevereiro de 2005 não o fariam neste momento.
Segundo o mesmo socialista, o secretário-geral do PS e primeiro-ministro respondeu de forma acalorada que não estava a trabalhar para as corporações, mas para o país e que o país precisa das medidas que o Governo está a tomar.
Tudo bem, as pessoas devem defender de forma «acalorada» as suas posições. Eu faço-o. Mas esta reunião era para ouvir os professores socialistas, ou para os domesticar e calar? Para além disso, julgo que José Sócrates terá uma visão algo redutora do significado de «corporações», aceitando como boa a vulgata corrente de que representam grupos de pressão profissionais. Ora essa leitura, não sendo totalmente errada, é exactamente redutora.
As corporações foram, desde a sua origem medieval, organizações profissionais autónomas de regulação do acesso e exercício de uma profissão. E na História recente, em especial nas derivas autoritárias do século XX, uma forma de organização e controle pelo Estado das actividades profissionais, congregando nas «corporações» patrões e empregados de modo a apresentá-los como aliados naturais na defesa dos interesses da sua actividade e assim reduzir a conflitualidade social.
No caso dos professores não existe nenhuma «corporação» em qualquer dos sentidos, mesmo no popularucho usado por Sócrates. Mas a existir, fica-se sem perceber se o PM confunde «corporação» com «sindicatos» (erro básico, porque nas profissões ditas liberais, os representantes «corporativos» não são os organismos sindicais mas as ordens profissionais), se acha que cada pessoa que defende os seus direitos é «corporativista». Nesse caso seria interessante que se reunisse com os seus correlegionários advogados que não querem abrir mão das suas acumulações, eticamente pouco compatíveis, de actividades políticas legislativas e negócios privados.
Mais útil ainda seria aprofundar a sua aparentemente superficial e equívoca formação política de base.
Mas mais interessante, até para o «país» seria que José Sócrates percebesse que, ao disparar sobre qualquer crítica vinda dos professores, deixando de parte os sinais óbvios de qualquer tipo de recalcamento psicológico que não cabe aqui analisar, nem tenho competência para tal, apenas denuncia os seus toques «corporativos», de alguém que não quer ser «simpático» (e não é) mas que quer manter todo o poder nas suas mãos e apesentar-se como um Cavaco 2.0, agora sem quaisquer dúvidas e sem se enganar nunca. Como não se enganou com o aeroporto, por exemplo. Ou com a política de Saúde na área das emergências médicas.
Isso não é propriamente corporativismo.
É bem pior.
É delírio narcisista, num estado que nem eu - umbiguista confesso - consigo conceber sem ser como resultado de absoluto descolamento da realidade ou de uma reacção algo descompensada resultante de um sentimento profundo de insegurança que só é possível esconder com a recusa de qualquer forma civilizada de diálogo.
Porque provavelmente José Sócrates sabe que está onde está por causa de um atalho da nossa triste historizinha política e agora quer demonstrar que, afinal, tem todo o mérito que poucos lhe reconhecem. Nem que seja à força.

Thursday, February 14, 2008

O Estado da Educação

Via a Educação do Meu Umbigo, cheguei à Rua de Alconxel e à carta que João Simas enviou ao deputado presidente da Comissão Parlamentar de Educação.
Sem quaisquer sofismas e com profundo conhecimento de causa, denuncia de forma sistemática as malfeitorias que na educação têm sido levadas a cabo por sucessivos governos com especial destaque para o actual, o qual tudo tem feito para destruir o que resta em Portugal do sistema educativo público.

Wednesday, February 13, 2008

Ainda gozam com a situação

"Eu não vou ficar parado e quem se vai rir no fim vou ser eu", diz Valentim Loureiro a propósito dos processos ontem, à entrada do Tribunal de Instrução Criminal do Porto, onde decorreu o debate instrutório, Valentim estava confiante: "Vai ser 15 a zero", admitia, recordando que já tinham sido arquivadas 12 certidões extraídas do processo principal do Apito Dourado.
O major tem razão, e ainda goza com a situação. Já não me surpreende que Pinto da Costa, Isaltino Morais, Valentim Loureiro, Fátima Felgueiras peçam chorudas indeminizações ao Estado ( dinheiro dos nossos impostos ) e ainda coloquem o Estado Português e a Policia Judiciária no banco dos réus.
A culpa do sistema actual deve - se á legislação "brilhante" dos nossos deputados que fazem" leis brilhantes" com muitas regras e muitas excepções, um complexo labirintico, às "brilhantes "Sociedades de Advogados do regime que trabalham para a Assembleia da República e para o Governo; o nosso" brilhante" Governo também tem as suas responsabilidades pois não dá condições para as Policias e Tribunais actuarem. Enquanto que em Países normais são apanhados alguns criminosos de colarinho branco , em Portugal é impossível.
O Presidente da República e o Bastonário da Ordem dos Advogados já alertaram para a gravidade da questão, mas com os actuais deputados e actual governo, a situação não é resolvida. Uma solução possível é a exportação a peso de ouro dos nossos melhores futebolistas e a importação de legisladores nórdicos ou anglo-saxónicos.
Digamos que os nossos deputados não representam o eleitorado, mas representam os patrocinadores e financiadores dos partidos políticos . No entanto, para representarem os grandes grupos de interesse instalados não eram precisos tantos deputados ( 230 ).

Tuesday, February 12, 2008

Portugal versus Finlândia

Vou fazer aqui várias propostas sérias para o nosso Governo melhorar a Educação em Portugal:

(É um facto que a Educação na Finlândia é a melhor da Europa)
Copiar TODO o sistema de ensino da Finlândia.
a)- Copiar o sistema de Avaliação dos Professores na Finlândia (onde não são avaliados pelo desempenho dos seus alunos);
b)- Copiar os vencimentos dos Professores, Auxiliares, Educadores da Finlândia (tendo em conta a percentagem dos seus ordenados com os dos Ministros);
c)- Copiar o sistema de colocação dos Professores na Finlândia;
d)- Copiar o nº de Professores/Psicólogos/Ensino Especial por aluno na Finlândia;
e)- Copiar o nº de alunos por sala nas escolas da Finlândia;
f)- Copiar os Edifícios Escolares da Finlândia com tudo o que de equipamento têm (não esquecer de retirar os suportes dos skis);
g)- Copiar a responsabilização dos pais Finlandeses na Educação e Acompanhamento Escolar dos seus filhos;
h)- Copiar as regras de conduta de todos os intervenientes no Processo Ensino/Aprendizagem (na Finlândia);
i)- Copiar as penalizações/sanções a que todos os Finlandeses estão sugeitos quando não cumprem com as suas Obrigações para com a Escola.
Fácil!!! Copiar é Fácil!!!Copiem quem sabe.Os Finlandeses sabem o que é EDUCAÇÃO. Copiem.Novo desafio: vamos fazer uma permuta de governo entre os países. EU PROMETO QUE APRENDO FINLANDÊS

Thursday, February 07, 2008

Jogos Matemáticos-Torneios Internos

Estão encontrados todos os campeões internos dos jogos estratégicos matemáticos; Mafalda Costa do 7B ganhou o torneio de Ouri do 3º ciclo e Sérgio Quatorze do 7B ganhou o torneio de Amazonas do 3º ciclo.
Estão apurados para a final nacional de Braga, Mafalda Costa, Sérgio Quatorze,Luis Maduro, Simão Coelho,João Dinis Ferreira; falta apurar um sexto elemento, dependendo da opção do aluno João Dinis Ferreira, campeão de Ouri e de Hex do 2º ciclo, que só pode representar a Escola num jogo, irá o segundo lugar do outro jogo à final nacional, conforme prevê o regulamento.

Tuesday, February 05, 2008

Texto de Gabriel Mitha Ribeiro

Retirado do blog " a educação do meu umbigo " de Paulo Guinote

Texto do Gabriel Mithá Ribeiro enviado para o Público e não publicado, que ele teve a simpatia de enviar ( A Paulo Guinote )

Estive hoje (24.01.2008) numa reunião de departamento para que os professores elaborassem instrumentos burocráticos para fazer avançar rapidamente o processo em curso sobre a sua própria avaliação de acordo com o novo Estatuto da Carreira Docente. Está-se a avançar à pressa para transformações profundas no papel da escola (para muito pior) apenas para dar resposta às urgências da agenda eleitoral do Partido Socialista, via Ministério da Educação, que é óbvio que pretende «despachar» o que pensa que fará render votos nas eleições de 2009. Para que o senso comum perceba o essencial, sistematizo:
(i) pelas linhas de orientação impostas para uma «nova» cultura profissional do corpo docente, está em curso um processo rápido de estupidificação social por via do ensino;
(ii) fica-se com a impressão de a prazo cada escola se transformar, nas suas hierarquias e burocracias, numa espécie de pequeno ministério da educação, isto é, um dos maiores cancros do sistema educativo avança com aparente impunidade para a criação de mil e um clones;
(iii) a burocracia, um seriíssimo problema estrutural do ensino, está a ser elevada aos extremos do absurdo;
(iv) a dimensão cultural e intelectual da docência, já de si deficiente, está a ser cilindrada em favor da dimensão burocrática e administrativa por responsabilidade directa de quem gere politicamente a educação;
(v) a pressão pela valorização do conhecimento, a única que poderia reconverter o papel medíocre da escola, está a ser suplantada pela pressão social da «comunidade envolvente», isto é, o descaramento legislativo está a apagar o princípio de se conceber a escola, em primeiro lugar, enquanto espaço específico do conhecimento, deriva ideológica que agravará a mediocridade intelectual em que as escolas vivem;
(vi) um ensino que já tinha as escolas, de algum modo, dominadas por caciques, escancara agora as portas ao caciquismo mais rasteiro a pretexto da aproximação às comunidades, a pretexto da «melhoria» da gestão e a pretexto de uma nova forma de avaliação dos professores;(vii) escudados por essas pretensas inovações, os «iluminados» atacam a sala de aula enquanto espaço de intimidade intelectual entre professor e alunos, tentando transformá-la num «território» vigiado, inventando-se para isso umas aulas assistidas ao longo de toda a carreira docente por uns «controleiros» que, de maneira directa ou indirecta, mesmo que não o queiram individualmente, a pressão do sistema fará deles agentes do reforço do controlo ideológico das «ciências da educação» (ou de outro «lobby» que existirá no futuro) sobre a prática docente, atentando contra o essencial da noção de liberdade que morre se não for construída a partir do ensino.Professores que tomem isso como normal, tanto do ensino básico e secundário quanto do ensino superior, era bom que tivessem um pouco de vergonha na cara. Não sei o que vai na alma do «actual» Partido Socialista, mas sei que a liberdade, naquilo que há nela de mais íntimo e essencial, está a ser cerceada, num processo que chegou à sala de aula. Resvalamos para domínios altamente preocupantes. E quem duvida disso era bom que estivesse nas escolas básicas e secundárias dos dias de hoje. Perceberia por evidência empírica o que pode ter sido, há pouco menos de um século, o resvalar para o totalitarismo. Felizmente ainda estamos no início. Mas só travaremos o «monstro» se o enfrentarmos na sua vontade férrea de imposição de um suposto «bem comum» que só «eles» (os que mandam) parecem ver. Os professores não são massa estúpida, gananciosa e interesseira, como o populismo alimentado pelo actual governo faz crer. Fazem parte do grupo socioprofissional mais vasto, qualificado e diversificado da nossa sociedade. E se nele não existe massa crítica, ela não existirá em mais lado nenhum. Só uma grande dose de ingenuidade fará acreditar na «bondade» e nas «boas intenções» do actual Ministério da Educação. Recordo que o Ensino é da Sociedade, não é do Estado e muito menos do «actual» Partido Socialista. Não é preciso ser-se de esquerda ou de direita para se perceber o que está em causa. Inacreditável é que aquilo que hoje e à pressa está a ser imposto às escolas vai sendo conseguido sem um contraditório consistente, quase sem escrutínio, num país que se diz democrático. António Sérgio falava n’«o reino cadaveroso ou o reino da estupidez». O que diria António Sérgio se assistisse ao que está a ser feito hoje ao ensino e, por via dele, a prazo, à sociedade?
Com os melhores cumprimentos,
Gabriel Mithá Ribeiro

Nem no dia de Carnaval o Ministério de Educação descansa

Espero que tenham notado que neste ano de 2008 o Ministério da Educação tem a absoluta primazia na produção deste tipo de diplomas.
Nem no dia de Carnaval pararam
e agora temos direito - por fim e pelos vistos à pressão - ao decreto que regulamenta o funcionamento do já mítico Conselho Científico para a Avaliação de Professores.
O diploma é um bocadinho apressado, o que se nota até num preâmbulo mais curto do que o habitual, embora tão divertido como os que o antecederam nas últimas semanas: no segundo parágrafo afirma-se mesmo que este é um organismo inovador e que se destina a «fundamentar a decisão política no conhecimento científico e nas boas práticas nacionais e internacionais existentes na matéria».
O terceiro parágrafo também nos deixa extremamente bem humorados, mas acho que o final é que realmente se excede ao considerar que o CCAP é «um órgão dotado de autonomia técnica e científica, e actua na inter-relação de diferentes actores e saberes, com uma estrutura leve e flexível». .
Quanto ao resto, ficamos a saber que existem 60 dias para o CCAP passar a existir para além da sua Presidente em exercício (o que nos leva até ao início de Abril, já em pleno 3º período com a avaliação dos docentes teoricamente em plena velocidade de cruzeiro), assim como se conhece a metodologia (?) para a sua constituição (artigo 5º).
Na prática são membros cooptados pela Presidente, com validação política da tutela, sendo suficientemente vaga a forma como são apresentados os critérios para a sua designação, nomeadamente dos cinco professores titulares, dos cinco representantes de organizações pedagógicas e científicas dos professores e das sete personalidades de «reconhecido mérito» na área da Educação.

Um contributo para a produtividade média em Portugal

Telmo Correia, deputado do CDS e recente candidato à Câmara Municipal de Lisboa, conseguiu a assombrosa performance de assinar 300 despachos numa só noite. O feito é ainda mais notável se considerarmos que o ex-Ministro do Turismo estava apenas em gestão corrente já que o seu mandato terminava na manhã seguinte. As notícias não referem quantos despachos Telmo Correia já tinha assinado durante o dia mas não deixa de ser louvável o seu contributo para a produtividade média em Portugal. È que não é só assinar, isso qualquer um faria, foi também estudar aprofundadamente os assuntos, consultar especialistas e pesar as consequências das decisões tomadas, especialmente sabendo-se que esteve ausente do ministério nos 10 dias anteriores. Estamos certos que Telmo Correia tomou decisões que em muito contribuiram para o bem estar dos portugueses. Uma delas terá sido sobre o casino que já não pertence ao Estado português. Aliás seria imoral ver um país que caminha para o socialismo, como Portugal, a explorar o jogo. Os portugueses ficaram estupefactos com tamanha dedicação daquele parlamentar centrista. E só isso pode explicar o destaque que a comunicação social está a dar ao assunto.

Excesso de trabalho não recompensado

O ex- ministro do CDS Telmo Correia conseguiu assinar , na madrugada da tomada de posse de José Socrates, 300 despachos. O ministro deve ter ficado com cãibras na mão, mas, em vez de receber uma medalha, vê o caso do prédio do Estado oferecido à empresa Estoril Sol ,investigado pelo DCIAP , que igualmente está a investigar o negócio dos submarinos de Paulo Portas. Isto enquanto corre nos tribunais o " o processo dos sobreiros - Caso Portucal", em que esteve envolvido - além do famoso militante, Jacinto Leite Capelo Rego- outro ministro do CDS- Luis Nobre Guedes, e em que são arguidos o então director financeiro do partido. Já se sabia que antes de sair do Governo, Paulo Portas copiara 61.893 páginas páginas de documentação que se encontrava no Ministério da Defesa.

Monday, February 04, 2008

Jogos Matemáticos-Torneios Internos





Estão encontrados o campeão de Hex- 2º ciclo, João Dinis Ferreira do 6E e o campeão de Semáforo- 2º ciclo, Simão Coelho do 5F.

Falta apurar campeão de Ouri- 3º ciclo e Amazonas do 3º ciclo.

Saturday, February 02, 2008

Arquitectura Vanguardista dos anos oitenta








O Engenheiro Técnico José Sócrates Pinto de Sousa, da Covilhã , garante que é responsável pelos projectos destas " obras de arte " , no entanto alguns proprietários garantem que pagaram os projectos ao Engenheiro Técnico Fernando Caldeira da Guarda.

Todos os "projectos" do senhor "engenheiro" aqui, via Público.

É agora bastante óbvio que, além do problema ético..

...Sócrates é também confrontado com a questão estética.

Entre alguns engenheiros e arquitectos da Guarda, que pedem anonimato, a versão que corre sobre a ligação profissional de Sócrates à Guarda é simples e é assim resumida por um deles: “Havia aí um grupo de técnicos da câmara que açambarcava uma boa parte dos projectos de casas dos emigrantes. Como não podiam assinar punham o Sócrates a fazê-lo, porque ele era da Covilhã e não tinha esse problema” de impedimento legal.De acordo com esta versão, o grupo era composto por Fernando Caldeira, António Patrício e Joaquim Valente, todos engenheiros técnicos e antigos colegas de José Sócrates no Instituto Superior de Engenharia de Coimbra.público

Estatísticas que o Ministério daEducação não revela

O que o Ministério da Educação sabe mas esconde, de forma a virar os portugueses menos esclarecidos contra os que trabalham dia a dia para dar um futuro melhor aos filhos dos outros.· Consulte a última versão (2006) do Education at a Glance, publicado pela OCDE. Em URL=http://www.oecd.org/dataoecd/44/35/37376068.pdf
Se for à página 58, verá desmontada a convicção generalizada de que os professores portugueses passam pouco tempo na escola e que no estrangeiro não é assim. É apresentado no estudo o tempo de permanência na escola, onde os professores portugueses estão em 14º lugar (em 28 países) , com tempos de permanência superiores aos japoneses, húngaros, coreanos, espanhóis, gregos, italianos, finlandeses, austríacos, franceses, dinamarqueses, luxamburgueses, checos, islandeses e noruegueses! No mesmo documento de 2006 poderá verificar, na página 56, que os professores portugueses estão em 21º lugar (em 31 países) quanto a salários! Na página 32 poderá verificar que, quanto a investimento na educação em relação ao PIB, estamos num modesto 19º lugar (em 31 países) e que estamos em 23º lugar (em 31 países) quanto ao investimento por aluno.
Seria tambem curioso analisar a prestação dos nossos políticos com outros congéneres da União Europeia; o nosso ministro das Finanças é o 2º pior.

História da Linguagem, as dez línguas mais faladas


Título: Empires of the Word: A Language History of the WorldAutor: Nicholas OstlerLondres: Harper Collins, 2005, 615 pp.
As dez línguas mais faladas no mundo são as seguintes: o chinês (mandarim), com 1052 milhões de falantes; o inglês, com cerca de metade de falantes (508 milhões), seguido de perto pelo hindi (487 milhões) e pelo espanhol (417 milhões), e depois pelo russo (277 milhões), bengali (211 milhões) e português (191 milhões). O alemão, o francês e o japonês ocupam as últimas três posições. As doze línguas mais faladas do mundo ocupam cerca de metade da população da Terra, e todas tiveram origem na Ásia ou na Europa. As línguas morrem, renascem, adaptam-se e alteram-se e este livro procura ajudar a compreender melhor esta dinâmica. Pleno de factos, mas também de ideias, as suas mais de 600 páginas de grande formato abordam a dinâmica linguística simultaneamente em termos sincrónicos e diacrónicos. O autor conduz-nos por uma história das grandes e pequenas civilizações, da primeira língua clássica — o sumério — à actualidade. A sua preocupação fundamental é compreender como as línguas se cruzam, adaptam, morrem e sobrepõem.O autor defende que não se tem dado atenção a aspectos estritamente linguísticos que podem determinar a expansão ou morte de uma língua. A razão de ser desta relativa negligência é o facto de se pensar que quando se aprende uma língua em criança a sua estrutura é irrelevante: quando se é criança, tanto custa aprender alemão como chinês. Isto é verdade mas, argumenta o autor, quando as línguas se cruzam, a população adulta pode desempenhar um papel fundamental na resistência a uma língua invasora. Ora, certas diferenças linguísticas profundas entre duas línguas podem dificultar a aprendizagem da língua invasora por parte dos adultos, que continuam a falar a sua língua com as crianças. O autor oferece dois exemplos deste fenómeno: o Japão e as modernas línguas latinas, por oposição às germânicas. Apesar dos esforços do sistema de ensino para tornar o inglês uma língua acessível a toda a gente, no Japão, esta tem uma estrutura fonética de tal modo diferente da sua que poucos são os japoneses que falam ou entendem a língua inglesa, ainda que saibam escrever e ler nessa língua. A permanência do latim, transfigurado, nas modernas línguas da Europa do sul poderá resultar de factores igualmente linguísticos.O autor procura mostrar que os factores políticos, económicos e militares não são responsáveis, por si só, pela dinâmica das línguas. O império romano ruiu, mas a sua língua permaneceu nas modernas línguas latinas; mas a língua grega nunca se expandiu e nunca penetrou noutras culturas como língua comummente falada. Curiosamente, o autor não dá importância a dois factores quase decisivos para a penetração de uma língua: a força cultural global, incluindo a alta cultura e o entretenimento. Daí que o autor fique um tanto perplexo com a penetração impressionante da língua inglesa ao longo do séc. XX, em todas as áreas. O russo, por exemplo, era uma língua culta no séc. XIX — mas deixou de o ser por pura morte cultural da URSS, e não por falta de poderio económico e militar, nem por falta de instintos imperialistas. A língua inglesa, pelo contrário, expande-se por força da produção cultural (filosofia, literatura, física, matemática, biologia, engenharia — incluindo a informática), aliada à produção de entretenimento barato em doses cavalares.
Retirado do blog " De Rerum Natura"