Thursday, January 25, 2007

Curso de Árbitros de xadrez

Decorreu no IPH, um curso de Árbitros de xadrez, em Granja do Ulmeiro, quarta, 24 de Janeiro de 2007, dinamizada por Carlos Oliveira Dias.
Ver notícia em
http://xadrezemcoimbra.blogspot.com/

Tuesday, January 23, 2007

Justiça-Injustiça

O caso da menina Esmeralda , e a prisão do sargento Gomes ,pode ser um momento inigualável na Justiça Portuguesa.Os juízes estão habituados a serem temidos,não questionados. Os juizes em 25 de Abril de 1974 foram protegidos. Os que antes julgavam nos tribunas plenários, os juízes que eram manobrados pela PIDE, continuaram a ser juizes.O Poder apaparica os juizes numa primeira fase, se forem dóceis tudo bem. Se não forem ,o CSM trata do assunto, metendo-os na linha. O Juiz Rui Teixeira foi punido por dar uma entrevista.Não reagiu publicamente. A Juiza Filipa Macedo foi punida disciplinarmente.Tudo por causa do caso Casa Pia.
O Poder controla a Ordem dos Advogados, para tentar controlar os advogados nos casos que envolvem políticos.
O Habeas Corpus subscrito por milhares de cidadãos pôs os juízes numa situação de espanto.Os cidadãos exerceram o direito de cidadania.Disseram que a prisão é ilegal, que a menor não pode ser retirada as pais do coração"Heresia !Disseram os juízes através da Associação Sindical.E dai até agredirem intelectualmente os subscritores do habeas corpus foi um passo.Os juizes não aplicam a lei em nome dos seus interesses próprios, mas em nome do Povo.
O movimento de cidadãos é muito importante. Questionar como se aplica a lei e se sentencia,se decide, é um direito do Cidadão.
Aos juízes isso custa.Ontem no programa Prós e Contras ,da RTP1, o juiz desembargador teve enormes dificuldades em aceitar a critica. Invocou a autoridade e o dever de respeito pelas decisões dos tribunais, no sentido que devem estar acima da critica e toda a gente se calar.Enervou-se e acabou por dar uma calinada de todo o tamanho na questão do tribunal , colectivo ou singular, para aplicar a pena de 6 anos.
A prisão é injusta, desproporcionada.
A posição da Associação Sindical dos Suizes é sintomática de um estado de espírito autoriário, ditatorial.

Monday, January 22, 2007

Indemnizações para gestores

5,137 MILHÕES DE EUROS DE INDEMNIZAÇÕES PARA GESTORES

O Tribunal de Contas revela que dez empresas públicas pagaram 5,137 milhões de euros de indemnizações a gestores que cessaram funções antes do fim do mandato, entre 2003 e 2006
A Caixa Geral de Depósitos foi a que mais indemnizações pagou com o desembolso de 4,202 milhões de euros. Segue-se a TAP com 456 mil euros, a Refer (transportes ferroviários) com 134 mil euros e a Rave (rede ferroviária de alta velocidade) com 61 mil euros.Segundo o relatório do Tribunal de Contas "não são explicitados os motivos que justificaram o termo dos mandatos antes do seu final, sendo geralmente invocada a iniciativa dos accionistas, observando-se, em muitas situações, coincidência com a mudança dos titulares das pastas governamentais". Dos casos analisados, há pelo menos duas situações, Caixa Geral de Depósitos e Águas de Portugal, em que a mudança de administração se deve sobretudo à chegada de um novo partido ao poder, neste caso o PS. No banco público, o ministro das Finanças, Teixeira dos Santos, assumiu a necessidade de restabelecer a relação de confiança entre a administração e o accionista.O relatório considera, ainda, que as cessações antes do termo previsto deveriam ser evitadas para restringir o pagamento de indemnizações elevadas, e recomenda ao Estado accionista que, nos casos de cessação antecipada dos mandatos dos gestores públicos por sua iniciativa, "justifique claramente a sua decisão em nome do princípio da transparência".
Assim vai esta política das “amplas liberdades”. Mudam-se os titulares das pastas governamentais – entenda-se: Governo – mudam-se os gestores nomeados pelo governo anterior. Uns dão lugares a outros, mas sempre debaixo de chorudas indemnizações.E o “Zé pagante” vai sustentando tudo isto…Não seria mais justo acabar, de vez, com gestores nomeados pelos titulares das pastas governamentais e escolhe-los pelas suas capacidades profissionais ?Recebam eles o vencimento que receberem.Ah! Pois. Lá se ia o Jobs for the boys

Diferentes perspectivas da Educação

As diferentes perspectivas sobre a importância da Educação
“Et ce que nous sommes devenus aujourd’hui, nous le devons à nos professeurs” (Ministère de l’Education Nationale, Supérieur et Recherche – FRANÇA)
Tradução para quem não percebe francês: “O que somos hoje, devemo-lo aos nossos professores”
“Gracias profesorado, sin vosotros no seria posible” (Consejeria de Educación – Junta de Andalucía – ESPANHA)
Tradução para quem não percebe castelhano: “Obrigado professores, sem vocês não seria possível”
“Perdi os professores, mas ganhei a população” (Maria de Lurdes Rodrigues, Ministra da Educação – PORTUGAL)
Tradução para quem não percebe coisa nenhuma: “A Educação que se lixe, que eu só cá estou para angariar votos para o meu partido”

Friday, January 19, 2007

Betão versus Educação

.
2. «Estaca zero», Constança Cunha e Sá (PÚBLICO, 19.1.2007: 5).
A determinada altura, Constança Cunha e Sá refere que:
«Como o Primeiro-Ministro disse esta semana, a Educação é a grande prioridade do Governo. Mas basta olhar para os números que constam do Quadro de Referência Estratégico Nacional para os próximos sete anos para perceber que os gastos previstos com o betão são bastante superiores ao investimento garantido para a Educação.»
.
Nem mais. E se fosse esse apenas o único reparo a fazer...
O problema é que grande parte do investimento na Educação vai para cursos EFA e para o sistema RVCC. Os custos são brutais e, de facto, Portugal poderá subir uns furos nas estatísticas da OCDE...
...mas a verdade é que muito provavelmente tal não alterará significativamente a competitividade da economia portuguesa. Na verdade, o resultado prático é que passaremos a ter iliteracia oficialmente reconhecida e com habilitações...
Enfim, uma longa conversa.
Se este for o caminho, o QREN será uma nova oportunidade perdida no domínio do apoio à competitividade das empresas e, por arrasto, da economia portuguesa.

Thursday, January 18, 2007

Torneios internos de jogos matemáticos na Eugénio de Castro


No dia 5 de Fevereiro, de tarde, irão decorrer torneio de Hex do 2º ciclo e Ouri do 3º ciclo.
No dia 6 de fevereiro, de tarde, irão decorrer torneio de Semáforo do 2º ciclo e Amazonas do 3º ciclo.
No 12 de Fevereiro, de tarde, irão decorrer torneio de ouri do 2º ciclo e Hex do 3º ciclo.
O objectivo é o apuramento dos alunos que irão representar a nossa Escola, na final nacional em Évora , no mês de Março.


torneios de xadrez na Escola Eugénio de Castro

sobre o evento de xadrez escolar de 17 de Janeiro de 20007, ver noticia em

http://xadrezemcoimbra.blogspot.com/

Thursday, January 11, 2007

!00 Portugueses mais votados

Ver lista provisória em http://www.correiomanha.pt/noticia.asp?id=227169&idselect=92&idCanal=92&p=200
Quando sair a lista definitiva , vou fazer alguns comentários.

Monday, January 08, 2007

novo Blog

Foi criado um novo blog, cujo objectivo é a divulgação de actividades ao nível de xadrez federado e xadrez escolar , no distrito de Coimbra.Endereço é http://xadrezemcoimbra.blogspot.com/

Taça de Portugal

Círculo de xadrez de Montemor foi eliminado pelo G.X. Peões de Alverca

O Círculo de Xadrez de Montemor- o -Velho foi eliminado por por 3- 1, neste sábado 6 de Janeiro. Jogaram pelo clube, Jorge Cruz, Pedro Neves, Carlos Mendes, Daniel Cavaleiro.Ver todos os resultados emhttp://www.fpx.pt/mensagens/data/upimages/TP20062007_Result2.pdf

Saturday, January 06, 2007

Aumento de mais um imposto indirecto

Como o governo não consegue combater a corrupcção, nem taxar as grandes fortunas, aumenta mais um imposto indirecto; o ISP sobre o custo dos combustiveis. Quem estiver perto da fronteira, pode abastecer- se em Espanha; é muito mais barato .
ver notícia em
http://www.correiomanha.pt/noticia.asp?id=226542&idselect=11&idCanal=11&p=200

Friday, January 05, 2007

10 milhões de euros para o referendo

10 MILHÕES DE EUROS É O QUE VAMOS GASTAR COM O REFERENDO AO ABORTO.

O referendo sobre o aborto, a 11 de Fevereiro, vai custar cerca de dez milhões de euros, disse Jorge Miguéis, director do Secretariado Técnico dos Assuntos para o Processo Eleitoral (STAPE).Quatro milhões de euros serão gastos no pagamento de membros das mesas e outro tanto nas despesas dos tempos de antenas dos movimentos e dos partidos políticos, a favor ou contra, que vão participar no referendo.Os restantes dois milhões de euros serão gastos noutras despesas, por exemplo, com a impressão de boletins. São milhões de euros que se gastam porque os partidários da prática abortista assim o quiseram e entenderam. Aqui não se olha a despesas nem a crises financeiras; aqui já não existe a contenção de despesas nem gastos desnecessário e supérfluos.
Na vizinha Espanha, aprovaram uma lei sobre o assunto, não fazendo referendo. Nos Estados Unidos da América, juntam vários referendos ás eleições legislativas; nós, como " somos um país rico " fazemos uma consulta fora de outras eleições. Também existe uma forte probalilidade de os abstencionistas superarem os votantes.

Thursday, January 04, 2007

sobre a regionalização

Federação Helvética - Suiça

um pequeno país em extensão territorial, menos de metade de Portugal, equivalente à nossa região Norte, e com apenas 7 milhões de habitantes. É um estado federal fortemente regionalizado, dividido em 26 regiões-estado (cantões) com autonomia considerável. É um dos mais ricos e um dos mais desenvolvidos países do mundo.

República Federal daAlemanha

República Federal constituída por 16 estados com ampla autonomia (v.g., educação), e 83 milhões de habitantes. A maior potência económica da Europa e a terceira do mundo. Um dos principais impulsionadores, e o principal financiador, da União Europeia.Sem a União Europeia, e o seu principal financiador, os portugueses não gozariam o nível de vida que hoje possuem, e a democracia talvez já não existisse no país.

Canadá

É o segundo maior país do mundo, logo a seguir à Rússia. Tem 30 milhões de habitantes. É um dos países mais ricos e desenvolvidos do mundo. É um Estado Federal em que as Províncias (Ontario, Québec, etc.) possuem enormes competências próprias (v.g., educação, saúde).Fundado por colonos britânicos (loyalists) que recusaram aderir à independência dos EUA, e também por colonos franceses da América, é hoje talvez o melhor exemplo de um país multicultural, acolhendo praticamente todas as nacionalidades do mundo.Representando uma combinação equilibrada entre a cultura europeia e a cultura americana é, em resultado de uma vivência directa e prolongada -, um dos exemplos por excelência de um Estado de direito .

Não vale a pena perder muito mais tempo com o assunto, muito menos a tentar inventar a roda. Os modelos de organização política das sociedades democráticas sob a forma de Estados conhecem, na Europa, de há décadas a esta parte, três ou quatro tipos. A saber: o Estado Federal (Alemanha, Áustria, Bélgica, Bósnia-Herzegovina, Rússia, Suiça); o Estado Autonómico (Espanha, Sérvia); o Estado Regional (Bulgária, Dinamarca, França, Itália, Noruega, Países Baixos, Polónia, Roménia); o Estado Unitário centralizado (Grécia, Portugal).Nos modelos de Estado onde há partilha de poder ou co-soberania, existem governos próprios em cada um dos Estados/Autonomias/Regiões, com órgãos eleitos directamente pelos cidadãos («self-government»). A soberania é partilhada a dois níveis, a do Estado central e a das partes que o compõem, sendo articulada por um texto constitucional nacional ou comum, independentemente de cada uma das partes ter ou não uma Constituição própria (que se submete àquele). O Parlamento nacional é frequentemente, embora não necessariamente, dividido em duas câmaras, uma eleita por sufrágio universal dos cidadãos do país e outra pelos cidadãos de cada uma das partes. É nesta última que se costumam confrontar os interesses locais/regionais com os nacionais. Por último, o que essencialmente distingue o Estado centralizado dos restantes modelos é a existência de mais do que um nível de poder e, sobretudo, a deslocação de competências e de funções de soberania do centro para as partes, isto é, do aparelho de poder do Estado central para os Estados/Autonomias/Regiões.
Os nossos vizinhos espanhois desenvolveram - se muito nestes últimos 30 anos , por terem tido melhor governantes que nós e terem feito uma regionalização adaptada ás comunidades autónomas.

Acidentes e mortos na estrada

Mortos e feridos em acidentes de viação

A quantidade assustadora de acidentes de viação, de feridos e mortos tem de merecer uma reflexão profunda.Há que indagar as causas profundas desta realidade.Hoje já temos uma rede viária aceitável. Portugal mudou e no sector das rodovias há uma melhoria enorme. Há auto-estradas por todo o lado. Os Itenerários Principais, os Itenerários Complementares, são já muito bons.Porquê então tantos acidentes, mortos, feridos?Creio que em primeiro lugar é responsável a cultura do vinho, do álcool.E cultura no sentido de educação social para a bebida.Portugal é um iumenso vinhedo. Há vinhas de norte a sul. Um português que se preze tem a sua vinha privada!!! Umas oliveiras, uns milhos, mas umas cepas!!!O Governo permite que haja painéis nas estradas , com sucessivas indicações sobre os vinhos: A Rota dos Vinhos do Alentejo; A Rota dos Vinhos do Oeste; a Rota dos Vinhos do Ribatejo, etc,etc.Em França há painéis sobre gado, maçãs, castelos, zonas turísticas, montanhosas, cereais. Em Portugal é sobre vinho! Só sobre vinho!Este é o verdadeiro causador. Os portugueses conduzem frequentemente embriagados .Vinho, cerveja, bebidas brancas. Português que se preze bebe com fartura!!!!
Esta realidade tem de ser combatida.Outra das razões consiste numa falta de cultura cívica, falta de cuidado, de civismo na estrada.A velocidade excessiva é causadora de muitas mortes, aliada à falta de experiência de condução.O novo-riquismo tem também uma quota parte de responsabilidade nesta catástrofe.Muitos miúdos conduzem carros potentes. A adrenalina própria da idade, o "picanço" nas estradas, contribuem.Não há sanções que parem este cenário. Tem de ser uma nova abordagem civica. Uma maior exigência no ensino da condução, uma limitação da cilindrada dos carros por anos de experiência.Na estrada qualquer distracção é fatal. O olhar para o rádio, o olhar para o telemóvel, mesmo com sistema de mãos livres, tudo pode ser fatal.E é confrangedora esta situação. Tantas vidas destruídas, tantas famílias afectadas. Tantos portugueses estropiados para toda a vida.Por aqui também se vê o nível de desenvolvimento do País. É um grande indicador. Estamos ao mais baixo nível, como se os Deuses nos tivessem condeando para sempre à mediocridade.Basta! Temos de parar isto! O Governo deveria pagar publicidade nas TVs com mensagens das quais resulte que conduzir "a abrir", que "beber demais" não é sinónimo de maturidade, de masculinidade, de grandeza. Não se é homem por beber álcool.

Tuesday, January 02, 2007

Regionalização

Agora que, ao que parece, decorreu já o tempo suficiente para a prescrição da validade do primeiro referendo sobre o aborto, não seria mal pensado, apelando a esse precedente, fazer o mesmo com o da regionalização. Na verdade, desde esse já longínquo ano de 1998, o mesmo do referendo ao aborto que se vai agora repetir, nada parece ter beneficiado a ideia então vencedora do Estado unitário e centralizado numa capital política e administrativa. Pelo contrário, o país perdeu, na generalidade, poder, e, com excepção de Lisboa, o produto interno das grandes cidades portuguesas tem vindo a diminuir. O facto da capital continuar a ser o centro político e administrativo do país, tem resultado numa concentração excessiva de recursos e de pessoas na cidade, muito para além das suas próprias capacidades naturais, prejudicando-a a prazo, em vez de a beneficiar. Por outro lado, isso provocou a desertificação das soit disant elites (embirro com o termo e com o seu habitualmente pretendido significado) nacionais, já que quem quer ascender em Portugal tem, quase inevitavelmente, que ir parar a Lisboa, ou passar longos períodos de tempo por lá. Tome-se por exemplo a cidade do Porto, centro histórico de protagonistas social e politicamente influentes, e veja-se quem nos últimos trinta anos teve, na cidade, um projecto de poder local, ainda que módico.Talvez Fernando Gomes, Pinto da Costa, Valentim Loureiro, Narciso Miranda, Vieira de Carvalho e, francamente, não me vem mais nenhum à cabeça. O balanço, convenhamos, não é exactamente brilhante e as novas «elites» da cidade não se conseguem vislumbrar, nem à lupa. Como o poder está em Lisboa, as «elites» portuenses pelam-se por ter um lugar, como dizem, na «Assembleia», um apartamento na «Linha» e uma namorada loira platinada, às quintas, na «Kapital». A regionalização seria, por isso, um bom argumento para obrigar os portugueses a repensarem o país e a repensarem-se a si mesmos. Se o termo for politicamente inconveniente, arranje-se outro. Por exemplo, autonomizar ou federalizar o país. Bem sei que não temos, em Portugal, uma tradição federalista, mas, como dizia o outro, «a tradição já não é o que era». Se nos conseguíssemos ver livres das nossas mais recentes tradições políticas, éramos capazes de sair todos a ganhar

O Naufrágio e a Protecção Civil

Embora um acontecimento que ocorre durante algum tempo seja melhor registado num vídeo do que numa fotografia, muitas vezes basta uma foto para dar uma ideia suficientemente clara, como se vê em reportagens de jornais e revistas. Fenómeno semelhante se verifica com os resumos que, quando bem elaborados, dispensam a leitura de documentos volumosos. A história aprende-se através de momentos isolados mas representativos da evolução dos acontecimentos mais decisivos.Ao terminar do ano de 2006, a fotografia que fica do que é Portugal neste mudar de ano, aquilo que os demonstra o estado em que isto está, é-nos evidenciado pelo afogamento de seis pescadores que não conseguiram sobreviver a um naufrágio, porque o helicóptero de salvamento chegou apenas duas horas mais tarde, tendo salvado só o sétimo náufrago. E isto passou-se a 50 metros da areia da praia e o barco afundado tinha lançado o alarme pelo GPS, estando, portanto rigorosamente localizado e identificado.A população pergunta, com toda a pertinência, o que se passa com a Protecção Civil? Que andam esses indivíduos a fazer, ornamentados com vistosos fatos e medalhas? Para que se gastam milhões de euros com aeronaves se estas não são utilizadas quando necessário por não estarem em estado de prontidão? Como está organizado o sistema de socorro? Não faltam motivos para indignação.Para uma missão de protecção civil, como em muitas outras que se revestem de complexidade e de vários intervenientes, não se deve começar por adquirir materiais, nem, muito menos, por se anunciar um vultoso investimento, sem antes se fazerem os necessários estudos prévios. Deve começar-se por definir a finalidade deste Serviço Público, o que dele se petende, havendo depois que organizar, definir as dependências, a forma de interagir, os canais de chefia e os de informação, planear, com inteligência, razoabilidade, sentido empresarial, etc. Só depois de haver manuais esboçados com a organização estática dos organigramas e a dinâmica de funcionamento, operacional, é que começam a delimitar-se as necessidades de materiais, que devem ser adquiridos segundo critérios de necessidade e de economia, tendo em conta a sua utilização, os operadores e a conjugação com outros já existentes, e criar sistemas de utilização adequados às prováveis necessidades de intervenção.Esta metodologia não foi seguida, do que resulta o mau aproveitamento de recursos humanos e materiais e a nulidade do sistema, como agora aconteceu com tantas perdas de vidas.Somos um País do terceiro ou quarto mundo, com incapazes por todo o lado, mas com prosápias de grandes gastadores. Todos os anos por volta de Fevereiro, o MAI aparece nas TV a dizer que nesse ano os fogos florestais vão ser atacados com eficiência porque já foram investidos «éne» milhões de euros. Mas o resultado vê-se no Verão, traduzindo o inconveniente da falta de organização e de método atrás referida. E a Protecção Civil não deve ser orientada exclusivamente para os fogos florestais de verão.Isto mostra o estado em que se encontra o País e que denuncia que os políticos não têm preparação adequada para as funções que devem desempenhar. O seu recrutamento é feito entre jovens das suas relações de amizade que só dizem o que o chefe gosta de ouvir e que se rodeiam de responsáveis pelos serviços com a mesma ética de «yesmen». Depois, o País fica mal servido, embora se gastem milhões sem o proveito correspondente.Consta que, enquanto os náufragos careciam de socorro, havia na Serra da Estrela, em apoio preventivo de turistas, um aparato com centenas de pessoas e veículos da Protecção Civil, pomposamente enquadrados

Ano novo vida velha

Milhões de euros de prejuízo
Câmaras pagam factura dos estádios do Euro 2004
A muitos recintos municipais onde se jogou o europeu de futebol sobra em custos demanutenção o que falta em assistência. Encargos pesadíssimos para as autarquias.Em Leiria, durante três anos, um “contrato leonino” fez com que a empresa municipal pagasse à União de Leiria, em vez de receber!
Entre custos de manutenção e pagamento da dívida à banca, os estádios municipais construídos para o Europeu de Futebol (Algarve, Aveiro, Braga, Coimbra e Leiria) são uma dor de cabeça e uma fonte de prejuízos para as autarquias. No Estádio Algarve, das câmaras de Faro e de Loulé, apenas se realizam jogos das divisões inferiores. Manter o recinto custa por ano 1,7 milhões de euros.Em Braga, o pagamento do empréstimo de 20 anos à banca representa quase 10% no orçamento anual da câmara. Os encargos mensais são “o equivalente à compra de um Ferrari”, diz um vereador do PSD.Em Leiria, durante três anos, um “contrato leonino” fez com que a empresa municipal pagasse à União de Leiria, em vez de receber. O acordo foi revisto, mas as contas da Leirisport (responsável por outras estruturas, é certo) falam por si. Quatro milhões de euros de prejuízos no ano passado (resultante da manutenção das estruturas, amortizações e custos financeiros); cerca de três milhões neste ano.Em Coimbra, a câmara cedeu o estádio à Académica, que o concessionou a uma empresa privada. Contudo, uma das peças da engenharia financeira que viabilizaria o complexo (o projecto imobiliário Eurostadium) está nos tribunais, por suspeita de violação do PDM.Em Aveiro, a solução desagrada à autarquia e ao clube. A empresa municipal deve ao Beira-Mar 600 mil euros. O clube queixa-se do estado de coisas e refere, como exemplo, que o jogo com o Belenenses deu “3800 euros de receita, contra nove mil de despesas”.As fraquíssimas assistências, em regra, dos clubes que utilizam os recintos municipais são outra face do problema, mostrando que os equipamentos estão sobredimensionados para as necessidades do período pós Euro 2004. Leiria é o caso pior. A União necessita de mais de nove jogos para encher o estádio. E se atendermos apenas aos desafios desta época em que não defrontou um grande (o Benfica, à sexta jornada), a média de espectadores é de 1.001."

Afinal o negócio dos estádios de José Sócrates (na altura ministro do desporto) e chefe de CARLOS CRUZ e de MADAÍL, desgraçou o país!