Milhões de euros de prejuízo
Câmaras pagam factura dos estádios do Euro 2004
A muitos recintos municipais onde se jogou o europeu de futebol sobra em custos demanutenção o que falta em assistência. Encargos pesadíssimos para as autarquias.Em Leiria, durante três anos, um “contrato leonino” fez com que a empresa municipal pagasse à União de Leiria, em vez de receber!
Entre custos de manutenção e pagamento da dívida à banca, os estádios municipais construídos para o Europeu de Futebol (Algarve, Aveiro, Braga, Coimbra e Leiria) são uma dor de cabeça e uma fonte de prejuízos para as autarquias. No Estádio Algarve, das câmaras de Faro e de Loulé, apenas se realizam jogos das divisões inferiores. Manter o recinto custa por ano 1,7 milhões de euros.Em Braga, o pagamento do empréstimo de 20 anos à banca representa quase 10% no orçamento anual da câmara. Os encargos mensais são “o equivalente à compra de um Ferrari”, diz um vereador do PSD.Em Leiria, durante três anos, um “contrato leonino” fez com que a empresa municipal pagasse à União de Leiria, em vez de receber. O acordo foi revisto, mas as contas da Leirisport (responsável por outras estruturas, é certo) falam por si. Quatro milhões de euros de prejuízos no ano passado (resultante da manutenção das estruturas, amortizações e custos financeiros); cerca de três milhões neste ano.Em Coimbra, a câmara cedeu o estádio à Académica, que o concessionou a uma empresa privada. Contudo, uma das peças da engenharia financeira que viabilizaria o complexo (o projecto imobiliário Eurostadium) está nos tribunais, por suspeita de violação do PDM.Em Aveiro, a solução desagrada à autarquia e ao clube. A empresa municipal deve ao Beira-Mar 600 mil euros. O clube queixa-se do estado de coisas e refere, como exemplo, que o jogo com o Belenenses deu “3800 euros de receita, contra nove mil de despesas”.As fraquíssimas assistências, em regra, dos clubes que utilizam os recintos municipais são outra face do problema, mostrando que os equipamentos estão sobredimensionados para as necessidades do período pós Euro 2004. Leiria é o caso pior. A União necessita de mais de nove jogos para encher o estádio. E se atendermos apenas aos desafios desta época em que não defrontou um grande (o Benfica, à sexta jornada), a média de espectadores é de 1.001."
Afinal o negócio dos estádios de José Sócrates (na altura ministro do desporto) e chefe de CARLOS CRUZ e de MADAÍL, desgraçou o país!
Tuesday, January 02, 2007
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