Friday, October 19, 2012

Islândia, um caso a estudar


Sr Passos, passe os olhos pelos artigos linkados e mande estudar a solução que a Islândia aplicou no combate à crise. Claro que é preciso coragem, moral e patriotismo!!!

 «O governo caiu e o primeiro-ministro de então começou a ser julgado por negligência na gestão da crise. Os contribuintes recusaram pagar a factura dos bancos. Resultado? Menos de quatro anos depois, a Islândia volta a ser notícia por motivos diferentes. A crise parece já um pesadelo passado

«A Islândia, que se candidatou à entrada na União Europeia, é descrita pela agência de ‘rating' S&P como uma economia próspera e flexível, capaz de ultrapassar as maiores dificuldades e proporcionar um ambiente mais favorável à criação de emprego e ao crescimento económico.»

«A economia islandesa, a primeira ser resgatada após a crise de 2008, baixou a taxa de desemprego de 12% para 5% em dois anos

«"Fomos o primeiro a cair, mas também somos o primeiro a sair da recessão. Se há uma lição a tirar da recuperação islandesa é que a austeridade, por si só, não funciona".»

Imagem do Google

Saturday, October 13, 2012

Socialista Hollande manda acabar com os trabalhos de casa


O socialista Hollande continua "incansável" com a agenda "reformista". Depois da taxa de 70% sobre os super-ricos, uma taxa que segundo os media franceses não apanha quase nenhum rico, é agora a vez de uma "importante" e "decisiva" reforma educativa sob a forma de "proiba-se os trabalhos de casa aos alunos", obviamente em nome da igualdade social.
Nós por cá já tivemos "reforma" idêntica nos tempos de Ana Benavente. E a reforma teve um tal sucesso que são raros os professores portugueses que se atrevem a mandar trabalhos de casa para os alunos. Nem os pais nem os filhos gostam do inómodo.

A mensagem da escola socialista é clara e popular: a vida é fácil, os professores exigentes é que a complicam.

Outra "reforma" de Hollande vai no sentido de "proceder à redução do número de alunos que reprovam". Hollande manda os professores procederem à redução do número de alunos que reprovam. É o sucesso escolar por imposição administrativa. Os portugueses sabem o que é isso. Os governos de José Pinto de Sousa foram especialistas na matéria. Andará o estudante de filosofia a dar aulas particulares ao Presidente Hollande?

Farinha do mesmo saco

 Tecnoforma, empresa de que Passos Coelho foi consultor e depois gestor, conseguiu fazer aprovar na Comissão de Coordenação Regional do Centro (CCDRC), em 2004, um projecto financiado pelo programa Foral para formar centenas de funcionários municipais para funções em aeródromos daquela região que não existiam e nada previa que viessem a existir. Nas restantes quatro regiões do país a empresa apresentou projectos com o mesmo objectivo, mas foram todos rejeitados por não cumprirem os requisitos legais. As cinco candidaturas tinham como justificação principal as acrescidas exigências de segurança resultantes dos ataques às torres gémeas de Setembro de 2001.

O programa Foral era tutelado por Miguel Relvas, então secretário de Estado da Administração Local, e na região Centro o gestor do programa Foral (e presidente da CCDRC) era o antigo deputado do PSD Paulo Pereira Coelho, que foi contemporâneo de Passos Coelho e de Relvas na direcção da Juventude Social Democrata (ver PÚBLICO de segunda-feira). 


Estes factos são de 2004. Como se escreve no artigo do Público em papel, "O valor final pago pelo programa Foral por conta desta candidatura foi de cerca de 312 mil euros, perto de um quarto dos 1,2 milhões aprovados em 2004."

Para explicar estes factos essenciais, o Público deu à estampa sete páginas, com a assinatura do melhor repórter de investigação que temos em Portugal, José António Cerejo.

Criminalmente,  nada disto interessa. Os eventuais crimes- que crimes, afinal?- de desvio de subsídio ou de tráfico de influências, não têm "pernas para andar" como se costuma dizer.
Então o que interessará verdadeiramente? O retrato de uma classe política que temos em Portugal e que tomou o poder há vários anos, atravessando o chamado "arco da governação", com destaque para o PS e PSD, com o CDS a pedir meças ( no caso dos submarinos e sobreiros).
Estas coisas começaram a acontecer logo na altura da nossa adesão à CEE e à chegada dos primeiros fundos, para a formação profissional. Até a UGT ( Torres Couto) e outros aproveitaram a onda, desviando subsídios. Na altura, Cavaco mandava no Governo e poderia ter estancado a sangria moral. Não estancou e até se abespinhou com os burocratas da Justiça que queriam moralizar as negociatas. Foi nessa altura que os auditores dos ministérios começaram a ser malvistos. Depois foram substituídos pela parecerística dos Sérvulos e Júdices mais os Galvões Teles e Caldas, Jardins e associados em comandita.
Os casos do Fundo Social Europeu, com os processos que prescreveram e os desvios que se verificaram e nunca foram apurados foram a prova de que somos um país propenso à corrupção. Tanto que até foi preciso instituir uma Alta Autoridade contra a mesma, onde um certo Pinto Monteiro fez uma perninha.
Não adiantou muito porque Pinto Monteiro e outros eram "do cível" e a Alta Autoridade era só para inglês,perdão, europeu, ver.  
  
Neste aspecto, Relvas, Sócrates Pinto de Sousa, Passos Coelho, Marques Mendes, Jorge Coelho, Portas, Ângelo Correia, para só citar alguns, são farinha do mesmo saco.

A questão que se coloca é saber se temos outros sacos onde ir buscar farinha, mais limpa e mais consentânea com as nossas necessidades de alimentação democrática.
Andarmos a engordar esta gente é que não devia ser admitido e a corrupção como fenómeno criminal anda associada a isto, mesmo que não pareça ou que não se manifeste criminalmente.


Friday, October 05, 2012

A República ao contrário



 Um gesto significativo: a bandeira nos Paços do Concelho foi hasteada ao contrário. Um funcionário começou a desatar a bandeira para emendar o erro mas foi aconselhado a não o fazer.
Os sinais somam-se. O fim da República, do dia da República pelo menos, está a ser comemorado à porta fechada, com forte segurança, com controlo de acessos. O primeiro-ministro fugiu para Bratislava e do governo só um representante, Aguiar Branco, está presente.
Neste momento discursa António Costa, dirigente desse mesmo PS que foi campeão das PPP e que nacionalizou o BPN, dois grandes responsáveis pelo buraco financeiro em nos encontramos enterrados. Está a falar  da austeridade e dos nossos oito séculos de história, como estes fossem escudo à primeira. Um responsável de um dos partidos que nos trouxeram até aqui diz que a situação onde estamos é indigna e fá-lo como se não tivesse pontas de responsabilidade no que se passa.
A seguir falará Cavaco Silva.  Suponho que assistiremos a uma continuação do discurso da necessidade de equidade e de termos atingido o limite do esforço fiscal. Terá memória suficiente para falar do arranque das vinhas, do abate dos barcos de pesca, da destruição da agricultura, do fecho da indústria e do dinheiro da formação profissional que comprou duas maiorias absolutas? Duvido. O institucionalista, aquele que não é político profissional, está acima destas trivialidades.