Wednesday, September 30, 2009

Mais um cartoon do Antero

A magia dos números- Ferro Rodrigues com 37,8 % em 2002 teve uma derrota, Pinto de Sousa com 36,6 % em 2009 teve uma vitória .

Tuesday, September 29, 2009

Momento de mudança

Nas eleições de domingo, consideradas como tendo decorrido normalmente, o vencedor recebeu 21,48 por cento dos eleitores inscritos nos cadernos eleitorais, pouco mais de um quinto. Parece um número muito pequeno, mas é real: Apenas foram às urnas 60,6 por cento, dos quais 1,75 por cento entregaram votos em branco e 1,37 votos nulos, resultando para distribuição pelos partidos os votos de 58,75 por cento dos eleitores inscritos e 36,56% (obtidos pelo PS) deste número dá os 21,48% acima referidos. Não haverá motivos de arrogância para dizer que foi eleito por todos os portugueses.Dos resultados merece meditação a quantidade de votos em branco, que representam actos espontâneos de indivíduos sem organização, sem movimento, sem propaganda, que quiseram evidenciar o seu desacordo em relação às metodologias gerais que vêm sendo praticadas na política e que querem ver remodeladas. Apesar da espontaneidade, o seu resultado foi superior ao obtido por qualquer dos pequenos partidos e movimentos que não obtiveram deputados, apesar de todo o seu esforço para os obterem e da despesa feita com a campanha. Tal voto, que assenta numa motivação mais significativa e definida do que a abstenção ou o voto nulo, merece ser devidamente reflectido. Daqui sairá o próximo governo, ou de coligação ou com acordos parlamentares que, ao contrário da maioria absoluta, vai exigir diálogo com a oposição, pondo de lado a arrogância verificada nos últimos anos.Será desejável que seja tida em consideração a necessidade de, em cada decisão colocar Portugal e os interesses nacionais acima de interesses dos partidos e dos políticos, seus familiares e amigos.Cada decisão, deve ser precedida por estudos realistas e completos, que conduzam às melhores soluções possíveis, a fim de evitar futuros recuos com os custos inerentes.As decisões que produzam efeitos além do fim da legislatura devem ser precedidas de consulta e de discussão com a oposição e beneficiar de contributos de cidadãos, organizados ou individualmente.Convém definir regras que reduzam ao mínimo as nomeações políticas de forma a que as vagas sejam preenchidas através de concursos públicos apreciados por júris competentes e independentes.Devem ser desenvolvidos mecanismos eficazes para combater a corrupção e o enriquecimento ilícito, mesmo que se trate de pequenos valores.É urgente, de acordo com opiniões de juízes, tornar a Justiça mais rápida e independente através de novos códigos preparados por Juízes e advogados sem ligações partidárias conhecidas.A fim de reduzir as despesas públicas, deve ser diminuída a burocracia embaraçante e que depende do excesso de pessoal que entope os circuitos, a começar por assessores que apenas existem como caixa de emprego para os «boys» do regime, cuja ineficácia é demonstrada por não terem evitado imensos eros da governação do Estado e autárquica.Praticando estas regras básicas, que devem ser pactuadas por todos os partidos parlamentares, e constar num código se conduta, contribuir-se-á para o bem-estar dos portugueses e o engrandecimento de Portugal, o que será manifestado nas próximas eleições com o fim de votos brancos, redução de nulos (ficam apenas os de erros de preenchimento) e de abstenções (ficando apenas os mortos e os acamados).

Saturday, September 26, 2009

Há uma Justiça para quem tem dinheiro e outra para quem não tem - afirma magistrado

Coimbra, 25 Set (Lusa) - O juiz José Mouraz Lopes afirmou ontem , em Coimbra, que a desigualdade de acesso à Justiça é dos problemas mais graves do sistema e o resultado difere entre quem tem e não tem dinheiro.
-"No sistema criminal é claramente uma Justiça para quem tem ou não tem dinheiro", sustentou, frisando que ao nível dos processos cíveis "há uma colonização das empresas e o cidadão que não é empresa é posto de lado".
-Segundo Mouraz Lopes, reportando-se a relatórios do Observatório Permanente da Justiça, "nos últimos dez anos não há nenhum processo-crime em Portugal envolvendo pessoas de relevância social ou económica que tenha chegado a trânsito em julgado".(Expresso)
-
Comentário : Ao menos, existe um juiz digno desse nome! Há muito que, em Portugal, a justiça não se faz, compra-se!...

Thursday, September 24, 2009

A doença da moda



Este video é fruto de Uma investigação que revela alguns dados curiosos sobre a campanha publicitária de um dos melhores negócios de sempre. A gripe A está na moda, a fazer milionários.

Um Governo de duas caras: o verdadeiro e o falso



«Governo de duas caras: o verdadeiro e arrogante que governou durante quatros e o falso, que em quatro semanas de campanha e à caça do voto, fala em português suave».

Esta é a melhor definição destes socialistas que nos governaram: gente de duas caras.
Ao longo de 4 anos desgovernaram, coagiram, silenciaram e perseguiram todos os que ousaram discordar.
Empobreceram o país para poderem dar esmolas ao povo.
Durante 4 anos foram arrogantes, espezinharam a classe profissional dos professores e dos juízes e utilizaram sempre a meia verdade para propagar a mentira.
Surgem agora com a capa de democratas, de homens das liberdades e do respeito pelo cidadão.
Intrujões.
Fora com eles.

Wednesday, September 23, 2009

Propaganda e chantagem

O computador magalhães serviu, numa primeira fase, a propaganda do Governo e do Partido Socialista.
Agora, a situação assume contornos de chantagem sobre as crianças e, mais importante do ponto de vista eleitoral, sobre as suas famílias: a TSF adianta, a poucos dias de eleições, que a distribuição do computador magalhães foi suspensa, sem ter sido dada qualquer justificação por parte do Governo ou da fundação pirata que gere as encomendas do Estado à JP Sá Couto.
Nas escolas, a versão que corre é um pouco menos naïve que a notícia da TSF: "Não há magalhães para nenhuma criança. Se este Governo lá continuar, deve haver. Se sair, não sabemos".
Este episódio só tem paralelo com o que sucedeu em 2001/2002 nos centros distritais da segurança social: as prestações do então Rendimento Mínimo Garantido deixaram de ser distribuídas desde a fuga de Guterres até à tomada de posse do Governo Barroso. O argumento era o mesmo que agora se aplica ao computador azul.
Espero que no dia 28 os responsáveis por esta forma encapotada de chantagem sobre crianças e famílias levam a lição que merecem.
Até porque é muito feio roubar doces às crianças!

Tens uns dias de atraso?





Não neste caso são mais de dois anos de atraso.....
Portugal perdeu 71 milhões de Euros de fundos estruturais dos quais 64 milhões referentes à agricultura e dois milhões às pescas.

Pior que as vacas loucas, a peste suína, o míldio da videira, a praga do pinheiro ou pedra na batata só o Ministro Jaime Silva, o pior flagelo na agricultura portuguesa desde as ocupações selvagens no tempo do PREC.

A importância do xadrez na formação dos alunos

Ver artigo sobre a importância do xadrez na formação dos alunos e a sua inclusão nos programas do 1º ciclo na hiperligação
http://xadrezemcoimbra.blogspot.com/2009/09/importancia-do-xadrez-no-1-ciclo.html

Tuesday, September 22, 2009

Livro negro sobre Pinto de Sousa na gaveta até às eleições



Ontem, o Ministro da Propaganda , Santos Silva , já esquecido do recente ataque do PS às notícias da TVI, garantia que não há asfixia democrática em Portugal.Azar. Hoje os jornais noticiam que Rui Costa Pinto, o autor de uma biografia de Pinto de Sousa , a qual deveria estar à venda desde o passado dia 1 de Setembro (!), acusa a distribuidora Dinalivro de “ter feito tudo” para evitar que esse livro tão incómodo para o PS seja colocado à venda antes das eleições de dia 27.Como o argumento para esta censura não deve ser económico (o livro seria certamente um best seller), a explicação deve ser a que Costa Pinto dá: a distribuidora tem “medo de represálias pela sua publicação”.E não brinquemos com coisas sérias: o PS não quer este livro à venda antes das eleições. Ponto. Não gozem é a dizer que não há um clima de medo em Portugal.
Outros livros na gaveta : Dossier Sócrates

Friday, September 18, 2009

Propaganda e Verdade


No Programa Eleitoral do PS lê-se que “O Plano Tecnológico afirmou-se como uma bandeira mobilizadora e um projecto que logrou obter importantes resultados” (pág. 21). Hoje, via Expresso on line, a Economist Intelligence Unit (Grupo The Economist) refere três dados que desmentem a habitual propaganda socialista:
(i) “Portugal caiu três posições no ranking mundial da Competitividade Tecnológica 2009, ocupando a 30.ª posição.”
(ii) “Com um score de 45.3 pontos (numa escala de 1 a 100), Portugal foi ultrapassado pela República Checa (47.0), Chile (46.1) e Hungria (46.1)”;
(iii) “A nível da Europa Ocidental, Portugal surge na 15.ª posição entre 16 países, ultrapassando apenas a Grécia (43.0)”.
Agora é só esperar e ver se os camaradas do SIMplex fazem um postezinho sobre mais este êxito do engenheiro-Chefe...

Tuesday, September 15, 2009

Como derrotar o partido de Pinto de Sousa nas eleições. Cardápio útil por circulos eleitorais


Se o leitor é daqueles que tem como objectivo número um tirar o PS do Governo e não quer desperdiçar votos, o cardápio elaborado pelo Dr Shue, editor do blogue Mairdenuboske, com base no estudo feito pelo colega Jorge Martins, pode ser útil.
Se o leitor tem uma posição aproximada à minha na questão da utilidade do voto, sugiro que faça uma leitura cuidada dos dados disponibilizados aqui.

Monday, September 14, 2009

Derrotar o PS ( partido de Pinto de Sousa ); o voto útil para tirar votos ao PS em cada circulo eleitoral

O colega Jorge Martins, professor de Geografia e mestrando de Ciência Política fez um estudo sobre o voto útil para tirar deputados ao PS em todos os círculos eleitorais. A síntese do estudo foi publicada no blogue Octávio Gonçalves e pode ser lida aqui.
Há muito professores que têm preferências consolidadas pelo BE, pelo PCP, pelo PSD e pelo CDS e é legítimo que entreguem o seu voto a esses partidos políticos. Há, no entanto, muito professores que estão indecisos: sabem apenas que não querem votar PS. O estudo de Jorge Martins sobre o voto útil para derrotar o PS em todos os círculos eleitorais destina-se a esses professores.
Votos certamente úteis:
Aveiro – PSD, CDS
Beja – CDU
Braga – PSD, CDS, CDU, BE
Bragança – PSD
Castelo Branco – PSD
Coimbra – PSD
Évora – CDU
Faro – PSD
Guarda – PSD
Leiria – PSD, CDS
Lisboa – PSD, CDS, CDU, BE
Portalegre – PSD (provavelmente útil)
Porto – PSD, CDS, CDU, BE
Santarém – PSD, CDU
Setúbal – PSD, CDS, CDU, BE
Viana do Castelo – PSD
Vila Real – PSD
Viseu – PSD, CDS
Açores – PSD
Madeira – PSD
Europa – PSD
Fora da Europa – PSD

Comentário:

No caso do distrito de Coimbra o voto pode ser em PSD, ou BE , ou CDU; a tendência actual é 4 PS, 4 PSD, 1 BE, 1 CDU ( total de 10 deputados); em Lisboa , caso se mantenha a tendência das europeias, o MEP pode vir a ter 1 deputado ( ou seja pode votar-se PSD,CDS,BE,CDU, MEP)

Friday, September 11, 2009

Novamente as pseudo sondagens

PS com 37 por cento dos votos e PSD com 35 por cento. A duas semanas das eleições legislativas, uma sondagem da Universidade Católica para o “Diário de Notícias”, “Jornal de Notícias” e RTP indica que apenas dois pontos separam os dois maiores partidos candidatos às eleições do próximo dia 27.O resultado, que para além de uma curta margem entre os partidos, evidencia o empate técnico entre eles, lança a incerteza sobre qual o partido que formará Governo. E torna irreal o cenário pedido por Sócrates de maioria absoluta, conseguida pelo PS nas legislativas de 2005 com 45,3 por cento.Nos debates e intervenções de campanha nenhum dos dois maiores partidos se mostrou claramente a favor de uma coligação. Mas as percentagens de intenção de voto dos restantes partidos poderiam ser uma saída para formar Governo de forma mais confortável. O Bloco de Esquerda assume-se como a terceira força política e evidencia uma subida, com 11 por cento comparados com os 6,5 que obteve em 2005. Mas José Sócrates nunca se mostrou interessado numa coligação com este partido de esquerda, quando confrontado com essa hipótese.Já o CDS-PP de Paulo Portas mantém os 6 por cento de 2005, atrás da CDU que regista oito por cento das intenções de voto.A sondagem da responsabilidade do Centro de Sondagens e Estudos de Opinião da Universidade Católica entre 4 e 8 de Setembro e foi feita a 1281 indivíduos maiores de 18 anos recenseados em 19 freguesias do país com mais de 3200 eleitores. A margem de erro é de 2,7 por cento.
Comentário
Ver hiperligação sobre uma sondagem para as eleições europeias que previa 39 % para o PS e veio a ter 26%. Estas pseudo sondagens são encomendadas e estão fora da realidade.

Wednesday, September 09, 2009

Método de Hondt- número de deputados por circulo eleitoral

Votar, numa democracia representativa de cariz parlamentar, é escolher... deputados, que nos representam.
Em Portugal, a eleição é feita por Distrito, de acordo com uma tabela que se alterou recentemente (Diário da República), e que levou à perda de um mandato dos distritos de Lisboa, Castelo Branco e Bragança (JN), e ganhos de outros três: Porto, Aveiro e Braga.

Em Portugal usa-se o Método de Hondt para proceder à conversão de votos em mandatos (ver artigo da Comissão Nacional de Eleições e da STAPE, que incluí simulador).
Na hiperligação ver quadro resumo, podemos ver os deputados a eleger por distrito, bem como os deputados que foram realmente eleitos em 2005 ( Blog do Publico - eleições 2009) mas também das implicações que a forma como votamos pode ter na hora de converter votos em mandatos, realçando o "favor" que se faz aos partidos maiores em dispersar os votos, mas também o modo como círculos maiores favorecem esses mesmo partidos:
Na realidade, há muitos sistemas de voto e há muitos sistemas eleitorais. A goegrafia política Portuguesa seria muito diferente se "pontuassemos" os partidos, dando mais pontos ao preferido, um pouco menos à segunda escolha, mens à terceira e assim sucessivamente (ao termos só um voto não podemos ter uma "segunda escolha"), OU se tivessemos votos de primeira e segunda volta, em cada círculo (ex: França); OU se tivessemos um só circulo nacional (Portugal vota assim, para o Parlamento Europeu!); OU se cada distrito elegesse numa base "winner takes all", como nos Estados Unidos (sistemas maioritários tendem a "empurrar" para soluções bi-partidárias); OU se houvesse círculo uninominais; OU...
Mas o nosso sistema é o de um voto simples e único, com eleição por distrito, numa base de método de Hondt, que não é proporcional, e sem "círculo" nacional... e isso traz consequências...
Um exemplo: se tivessemos 150.001 mil votos expressos num distrito, e 3 deputados... e o partido A tivesse 30.000, o B 20.000, o C 10.000 e o partido D 90.001, o sistema de Hondt ditaria: 3 deputados para o partido D, e zero (0) para todos os outros. Ou seja: 60.000 votos seriam inutilizados, enquanto 90.000 elegiam os 3 deputados do círculo.
No quadro podem ver-se mais casos de votos "desperdiçados".
Por isso, votar em círculos como Vila Real, Portalegre, Guarda, Bragança, Castelo Branco, Évora, Beja, etc. é diferente de votar em Lisboa ou Porto...
infelizmente, com este método, uma boa parte dos votos dos Portugueses é ... inútil em termos parlamentares! Ou seja: essas pessoas não serão representados na legislatura seguinte! Votar em Lisboa é diferente de qualquer outro distrito. O Porto também é "unico". Braga e Setubal intermédios. Alguns exemplo: votar MMS ou PCTP-MRPP, ou até MEP, fora de Lisboa, é, mais do que provavelmente, um voto totalmente desperdiçado, pois não têm hipóteses de eleger deputado. Mesmo votar, por exemplo, CDU em na Madeira, ou votar CDS no Alentejo, ou votar BE em Vila Real, ou votar MEP fora de Lisboa, são votos que não se converterão em representação parlamentar... e nós vivemos numa democracia representativa...

Monday, September 07, 2009

Pais criticam Estatuto do Aluno do Governo de Pinto de Sousa

O ensino nas escolas está demasiado fácil e os últimos quatro anos acentuaram o problema. Para a maioria dos 45 pais ouvidos pelo i, os problemas pioraram com a crispação entre professores e Governo, que criou instabilidade nas escolas. E dão exemplos "O estatuto do aluno é um desastre e uma ofensa aos alunos cumpridores. Valores e atitudes como o trabalho, o mérito, a assiduidade, o comportamento, a aprendizagem, o conhecimento, foram postos em causa e de repente considerados antiquados e conservadores", diz Manuel Marques, economista nas Caldas da Rainha, pai de um aluno matriculado no 8º ano. "O estatuto do aluno privilegia o facilitismo e desresponsabiliza os alunos", acrescenta Maria José Viseu, presidente da Confederação Nacional Independente de Pais e Encarregados de Educação (CNIPE).

Comentário

É uma excelente peça jornalista do diário iOnline. Finalmente, surge uma confederação que não está refém dos partidos políticos e que revela uma postura crítica e autónoma na análise e avaliação das políticas educativas. Não admira que a ministra da educação não queira receber a Cnipe. Todo o apoio político e financeiro do ME e do Governo vai para a Confap e para o seu presidente, o irresponsável Albino Almeida , que mais uma vez mostrou estar ao serviço da estratégia política do PS, fazendo-se mostrar na Convenção do PS, realizada ontem no Coliseu.

Pais avaliam escolas: ensino está demasiado fácil

Saturday, September 05, 2009

Pinto de Sousa versus Pinto de Sousa



Uma boa montagem: Pinto de Sousa versus Pinto de Sousa

Thursday, September 03, 2009

o percurso académico de José S. Pinto de Sousa

informações detalhadas no blog Portugal Profundo
Existe a possibilidade de fazer " download" gratuita do livro.

Portugal gerido deficientemente

Transcrição de entrevista de Pedro Ferraz da Costa, no Expresso, recebido por e-mail.
Este documento convém ser comparado com as palavras de Medina Carreira .

"Portugal não tem dimensão para se roubar tanto"

O alerta de Pedro Ferraz da Costa, presidente do Fórum para a CompetitividadeExpresso. 090815.
Por Ana Sofia Santos e Pedro Lima

Ferraz da Costa traça um cenário aterrador da economia portuguesa e não poupa ninguém - não lamenta a saída do ex-ministro Manuel Pinho, em relação ao qual diz que "toda a gente sabe que ele é maluco". O ex-presidente da CIP-Confederação da Indústria Portuguesa, onde esteve até 2001, diz que é urgente mudar a justiça e a fiscalidade.
Como está Portugal em termos de competitividade?
Temos um problema de desequilíbrio externo que tem vindo a agravar-se. A entrada do Leste na União Europeia tornou-nos muito menos atractivos para o investimento directo. Nos últimos anos perdemos quota de mercado em diversos países e sectores.Quando começaram os nossos erros?Estamos a errar desde que integrámos a União Europeia. Nos primeiros anos, apesar de algum esforço do sector exportador, apostou-se na política das infra-estruturas, no crescimento da procura interna e na deslocação de imensa iniciativa empresarial do sector produtivo para os serviços e para o sector financeiro. Errámos ao investir primeiro nas infra-estruturas e só depois no capital humano.
Mudou alguma coisa nos últimos quatro anos?
Em termos de política económica foi uma legislatura catastrófica. O Governo só governou por ausência de oposição. Arrancou com uns slogans pró-tecnologia cujo apogeu foi a Qimonda, o que demonstra que tudo isso tinha pouca ou nenhuma substância.
Os nossos governantes são maus?
Temos uma classe política e nalguns casos até governantes, onde se inclui o ex-ministro da Economia (Manuel Pinho), que não têm conhecimento da realidade. Qualquer pessoa com experiência em negócios internacionais percebe que fazer uma oficina com um único fornecedor e um único cliente não podia dar resultado. Ao ministro da Agricultura (Jaime Silva) tenho-o ouvido dizer coisas espantosas como, por exemplo, que a crise ainda não tinha chegado ao sector. Ele não servia nem para director-geral...
Não lamenta o episódio que levou à demissão de Manuel Pinho.
Ninguém teve pena. Toda a gente sabe que ele é maluco. O papel do ministro da Economia é "safar postos de trabalho", como ele disse?
Porque é que Manuel Pinho se manteve tanto tempo no Governo?
Porque o primeiro-ministro deve ter metido na cabeça que não fazer remodelações iria ser uma das marcas do seu consulado. Achou que isso teria mais impacto mediático do que a adopção de políticas concretas. Não tenho dúvidas de que o ministro das Obras Públicas beneficia desse escudo protector.
Mário Lino já não devia governar?
Há aqui uma dúvida mais grave que é saber se parte dos disparates e das contradições são mesmo dos próprios ou se são do primeiro-ministro e eles foram obrigados a engolir.
Será dramático se não sair uma maioria absoluta das eleições de Setembro?
O que acho dramático é que nos contactos com os partidos percebi que ninguém está preparado para ter um Governo que vá tomar grandes decisões.
Admitiria integrar um Governo?
Não fecho a porta, mas é muito difícil porque temos uma democracia que reserva a quase totalidade da acção aos partidos políticos. Não tenho uma vontade de protagonismo assim tão grande que me obrigasse a dizer coisas com as quais não concordo.
Como encara a intervenção do Estado em empresas privadas?
Nos casos de salvamento de empresas tem que haver compromissos. Lá fora opta-se pela redução do capital dos accionistas e das condições dos trabalhadores, assumindo comportamentos diferentes. Por cá, a noção de salvamento é "lá vem o Estado gastar dinheiro dos contribuintes para que todos continuem a fazer as mesmas coisas".Sem a crise, acabaríamos estes quatro anos melhor do que estávamos? Estamos com um desequilíbrio externo cada vez mais preocupante. E temos um problema de finanças públicas gravíssimo. Não se interiorizou, quando entrámos na União Europeia, que era fundamental ter uma política orçamental responsável. Acho extraordinário que o Bloco de Esquerda seja o único partido que fala na urgência da contenção da despesa pública.É preciso passarmos por um susto como o da Islândia, que foi à falência? Acontecer-nos uma hecatombe seria o cenário mais rosado. O pior é o empobrecimento lento e que nunca mais pára. Estamos em queda continuada e pelo caminho vão aparecer alguns governos assistencialistas que vão dando uns apoios aos velhinhos.
O Presidente da República, Cavaco Silva, devia estar mais activo?
Assumiu uma posição asséptica em relação às eleições, de distanciamento como é seu costume. Mas alguém devia chamar a atenção dos partidos de que há decisões muito complicadas a tomar e que deviam ser discutidas em campanha eleitoral se se quer ter legitimidade para governar.
O que pensa do TGV (comboio de alta velocidade) e do novo aeroporto?
Ninguém pode ser a favor do TGV, cujo único objectivo deve ser ir a Madrid ver o Ronaldo... Há anos que se tenta destruir a viabilidade do aeroporto da Portela. Não se avaliam os investimentos que são feitos, quanto se gasta. Rouba-se muito. O país não tem dimensão para se roubar tanto.
Quem é que rouba?
Todos os que podem. O problema é o estado da justiça que cria um sentimento de impunidade.
É o principal entrave à entrada de investimento directo estrangeiro?
É um deles. A primeira medida do próximo Governo deveria ser actuar nesta área e introduzir previsibilidade. Por exemplo, ninguém consegue cobrar nada de quem não quer pagar e isso é dramático, sobretudo, para as pequenas e médias empresas. Depois temos um sistema fiscal menos atraente do que o espanhol e o Governo reconhece isso implicitamente quando cria os Projectos de Interesse Nacional (PIN), que são um regime de excepção.

Texto publicado na edição do Expresso de 15 de Agosto de 2009

Contos proibidos



Esta "peça" no i sobre o livro Contos Proibidos de Rui Mateus é superficial como quase tudo o que hoje se publica nos jornais. Mas não é por isso que não é importante. Tem a coragem de recordar, e bem, um dos casos mais graves de total desrespeito pela liberdade em Portugal depois do 25 de Abril. Só tenho pena que o i não tenha citado um texto sobre o livro que um então jovem, já ex. comunista, escreveu na revista do Expresso sobre os méritos de Rui Mateus e dos Contos Proibidos e as para ele, jovem ex. comunista, indiscutíveis malfeitorias praticadas por Mário Soares y sus muchachos.

Tuesday, September 01, 2009

Modernaço

Recentemente, Pinto de Sousa chamou a si a luz, secando as trevas em seu redor:
«O secretário-geral do PS, Pinto de Sousa , afirmou hoje que nas próximas eleições legislativas estará em jogo uma escolha entre duas mundivisões, entre o progresso e a modernidade dos socialistas, e outra retrógrada e conservadora.»
Público 29.08.2009
Se «progresso e a modernidade dos socialistas» é

Projectos PIN
Ajustes directos
Os contratos dos contentores de Alcântara
Financiamento dos computadores Magalhães
Fundação das Telecomunicações para as Redes Móveis
Parque Escolar: Estado pagou a arquitectos mais de 20 milhões de euros sem concurso
Auto-estradas 57 por cento mais caras do que as propostas iniciais»
Salvar bancos
Armando Vara na CGD
Jorge Coelho na Mota Engil
Financiamento partidário: 1 milhão de euros em dinheiro vivo
Ajuste directo: Governo finta limites
As aulinhas de inglês e o caso da empresa Know How
Projecto de leis sobre locais para piercings
Legislar sobre a quantidade de sal no pão
Ninjas da ASAE e controladores da ERC
Entrar na intimidade daqueles que não querem os deveres e direitos do casamento , então eu prefiro a mundivisão «retrógrada e conservadora».