Execução: Unidade técnica de apoio orçamental traça cenário pessimista
Défice público nos 9, 2%
Nos primeiros seis meses do ano, o buraco das contas públicas atingiu os 7330 milhões de euros, o que corresponde a um défice acumulado de 9,2% do PIB, revela o relatório da Unidade Técnica de Apoio Orçamental (UTAO) da Assembleia da República sobre a execução orçamental até ao 2º trimestre de 2009. Este é, aliás, o segundo valor mais elevado da década.
-Os números mostram que as necessidades de financiamento do Estado se agravaram “significativamente”. Por isso, o défice poderá tornar-se na maior condicionante do próximo Governo.
-Segundo o relatório, o peso da receita das administrações públicas ascendeu a 39,5% da riqueza produzida até Junho. A despesa atingiu os 48,4% do PIB. Assim, em termos homólogos, as receitas arrecadadas até Junho caíram 9,1%, devido à forte quebra nos impostos (19,5%), sobretudo no IVA, com uma descida superior a 25%. No mesmo período, a despesa consolidada cresceu 10,3%. Apesar de o cenário ser pessimista, a UTAO lembra que as contas se poderão alterar até ao final do ano, já que “não há execução orçamental suficiente para permitir a extrapolação para o conjunto do ano”.
-Menos convictos, alguns economistas apontam para uma derrapagem nas contas próximas dos dois dígitos. O economista Vítor Gonçalves acredita que “o défice poderá chegar a 10%, pois não há margem para aumentar as receitas”. Também António Nogueira Leite é claro: “Terá de haver sacrifícios.” Para o economista, “não faz sentido voltar a aumentar os funcionários públicos”. Um ex-governante disse ao CM que “antes da crise havia sinais” de descontrolo orçamental. “Preferia que o Estado tivesse feito um esforço de contenção em 2007 e 2008”, rematou.
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Comentário: Notem bem estas duas últimas frases. Vem confirmar o que já foi dito várias vezes: a culpa não é só da crise internacional mas, também da crise nacional que na altura existia, por culpa do sr.Sousa e "sus muchachos"...
Thursday, October 15, 2009
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