Sunday, October 04, 2009

Diz que não sabe de nada



O caso do regadio da Cova da Beira teve origem em 1997 com denuncias que acusavam José Pinto de Sousa de ter recebido 750 mil euros para favorecer a empresa HCL na construção da Estação de Tratamento dos Resíduos Sólidos da Associação de Municípios da Cova da Beira. O caso ganha contornos mais suspeitos, porque a pessoa que liderou todo o processo de adjudicação da obra à HCL foi António Morais, professor de quatro das cinco cadeiras que permitiram a José Pinto de sousa licenciar-se em engenharia em 1996. Este processo arrasta-se na justiça desde 1999, tendo inclusive originado um pedido de buscas da PJ à residência do sr. Sousa, que não se chegou a verificar por recusa do MP.
Espera-se que a Justiça seja célere e que se apure a verdade, pois é bastante prejudicial para um país ter um primeiro-ministro sob suspeita, não só neste caso, mas também no da licenciatura tirada num domingo e no do Freeport.
Isso é o que se espera, mas não será o que vai acontecer. Neste caso, como em quase todos, não se chegará a conclusão nenhuma. Por um lado, porque o poder político criou o poder judicial de maneira a que este não funcione, por outro, porque quem faz determinadas aldrabices sabe fazê-las. Se não soubesse, não estaria onde está.

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