Monday, May 08, 2006

Artigo sobre EQUAMATE no Primeiro de Janeiro

António Batel fala de melhorias substanciais
Há que saber ensinar a MatemáticaO Projecto Matemática Ensino da Universidade de Aveiro é o orgulho de António Batel, que critica o sistema de ensino «mecanizado» desta disciplina e toma como exemplo a participação maciça de alunos nos campeonatos nacionais, que, na semana passada, tiveram lugar em Aveiro. Paulo TavaresAfinal a Matemática não é um «papão» e a sua aprendizagem até pode ser divertida. Tal é o espírito que anima o Projecto Matemática Ensino da Universidade de Aveiro (coordenado por António Batel Anjos) e, pelos vistos, com bastante recepção por parte da comunidade estudantil, a avaliar pelos cerca de 10 mil crianças e jovens que, na passada semana, participaram nos campeonatos nacionais de Matemática e tornaram a «cidade da ria» na capital desta disciplina.A O PRIMEIRO DE JANEIRO, António Batel explicou que a iniciativa deste ano foi diferente das anteriores, já que concentrou nos três dias as competições que antes decorriam durante o ano lectivo, realçando que as expectativas foram superadas, “em número e qualidade”. Por exemplo, o docente citou os milhares de treinos do «Minimat» (uma das modalidades, a par do «Maismat», «Equamat» e «Mat12»), virado para os alunos do 1º ciclo, muitos deles oriundos de escolas sem grandes meios e que demonstraram um enorme empenhamento no concurso.Mas, o Projecto Matemática Ensino não vai ficar por este género de iniciativas e quer dar maior conteúdo à expressão «Aveiro capital da Matemática», trazendo a disciplina “para as ruas”. Por outras palavras, há a intenção de pôr o maior número de pessoas a participar em jogos, o que certamente vai contribuir para estimular, ainda mais, professores e alunos.Quanto à questão dos maus resultados expressos pelos exames nacionais - recorde-se que, no ano passado, no 9º ano, dois em cada três jovens tiveram negativa e em nenhum concelho do país a média foi superior a 2,66 numa escala de um a cinco, mantendo-se um cenário idêntico no secundário -, António Batel desdramatiza esta questão, preferindo orientar as suas preocupações para a questão do abandono escolar, para além de referir que, muitas das vezes, o problema dos estudantes passa menos pela Matemática e mais pela aprendizagem do Português. “A Matemática está mal? E a Química? E a Física?”, enfatiza o docente, preferindo antes ver sinais de melhorias substanciais nos últimos anos, devido, conforme explica, ao empenhamento das escolas em inverter a tendência negativista que se verificava.

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