Um segundo manifesto contra o Acordo Ortográfico está disponível aqui. (O primeiro tinha sido referido no De Rerum Natura aqui.) . Acho idiota aquelas conversas sobre "identidade multissecular", e o manifesto não fala do mais importante:
1) A tolice que é legislar sobre a ortografia, quando ninguém legisla sobre a gramática nem sobre o léxico -- e damo-nos muito bem com isso. Não há qualquer anarquia gramatical nem lexical pelo facto de não haver leis sobre tais coisas.
2) Além de ser uma reforma ortográfica, esta é uma proposta para unificar as ortografias de Portugal e Brasil (já que os restantes países de língua portuguesa usam a ortografia de Portugal). Mas
a) nada unifica dado que as variações continuam a existir e
b) não há qualquer necessidade de unificar coisa alguma, pois há carradas de variações do inglês, do espanhol, etc., e ninguém se dá mal com isso.Em qualquer caso, o Acordo Ortográfico parece-me um nado-morto. Ninguém o usa no Brasil, ninguém o usará em Portugal. Legislações ortográficas é coisa do passado, de países ditatoriais ou com mentalidade ditatorial e centralista, e não funciona quando há inúmeros jornais, Internet, livros, e muita gente a escrever. Funcionava no passado precisamente porque havia poucos jornais, quase ninguém sabia escrever, e o estado era ditatorial e centralista.
( retirado do blog " De Rerum Natura " )
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