Wednesday, December 07, 2011

O Caloteiro sem vergonha

Pinto de Sousa já não é Primeiro-Ministro e, dir-se-ia até, já não faz política, como se usa dizer. Tal evidência é-o, no entanto, apenas na aparência.

Com efeito, quando foi da discussão do dificílimo Orçamento do Estado para o próximo ano, José de Sousa não se coibiu de arregimentar os seus ainda apaniguados para tentar colar o PS a um irresponsável voto negativo, o qual equivaleria ao suicídio do fraco Seguro e mostraria ao exterior que os socialistas tugas, depois de terem levado o País à bancarrota, ainda se opunham a todos os esforços do actual Governo para sanear as contas públicas.

Agora, porém, Pinto de Sousa vai ainda mais longe: não lhe bastando atirar cascas de banana ao seu sucessor, sente-se já à vontade para elogiar a calotice como pilar de uma política governamental.

Dizer que “Pagar a dívida é ideia de criança”, isto vindo de quem, nos últimos 6 anos, duplicou a dívida pública, de 83 mil milhões de euros para cerca de 170 mil milhões, atirando Portugal para a bancarrota e a necessidade da ajuda externa, é, na verdade, o cúmulo do descaramento em política. É gozar com o povo e os sacrifícios a que todos estamos (e estaremos) obrigados a fazer para sairmos do pântano para onde ele nos atirou.

É claro que esta linguagem de caloteiro, que Pinto de Sousa exibe, condiz bem com o despudor que o 'chefe máximo' já revelara quando afirmou, certa vez, que, “Digam o que disserem, mas ainda está para nascer um primeiro-ministro que tenha feito melhor no défice”. Isto para já não falar dos seus gostos de novo-rico quando paga, na cidade-luz, as contas dos repastos de outras mesas nos “mais caros restaurantes italianos da capital francesa.”



Veja o vídeo do descaramento:

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