«Os supostos agressores já foram identificados e estão a ser acompanhados por um psicólogo na própria escola. Os colegas de turma ontem só tiveram aulas no período da manhã e alguns aproveitaram a tarde para ir espreitar ao rio, acompanhar as buscas e tentar saber se já tinham encontrado o amigo. Alguns não querem falar, outros, sem reservas, confirmam que há um grupo "de três ou quatro" estudantes mais velhos que gosta de se meter com os mais pequenos. Uma versão confirmada por um primo mais velho de Leandro. "É verdade que lhe batiam. Quando eu via, defendia-o", disse. Este jovem acompanhou os últimos momentos de ira do Leandro que, na terça-feira, faltou à aula de Inglês, a última da manhã, e saiu disparado da escola a anunciar que se ia atirar ao rio. "Já queria atirar-se da ponte, eu é que peguei nele", conta, enquanto mexia energicamente as mãos, mostrando algum nervosismo. "Depois desceu pelas escadas, foi ali para o parque de merendas e de repente tirou a roupa e meteu-se na água. Nós vimo-lo a levantar os braços e depois já ia lá em baixo", disse, explicando depois que a correnteza da água depressa afastou das margens o corpo frágil do rapaz.
Comentário: Eis a escola inclusiva. Ao invés de ser um "santuário" de ordem e disciplina, onde as regras e a hierarquia deveriam ser impostas com naturalidade, o Estado oferece um território selvagem, onde impera a lei do mais forte, e os meninos são elevados a um patamar que nunca lhes pertenceu. Obviamente que a mediocridade abunda, os conflitos escalam, a violência torna-se rotina. A actual classe política deve estar contente, são mais umas oportunidades de emprego para os camaradas sociólogos/psicólogos e afins...E podem sempre alegar uma qualquer alarvidade contra o liberalismo e a corrupção moral do Capitalismo.
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