Inês de Medeiros, deputada na Assembleia da República, mostrou naquela curta entrevista à Sábado que desconhece por completo as regras institucionais da nossa democracia. Ontem acrescentou elegantemente que não pagava as viagens. Alega que não é diferente dos outros e que por isso quer um tratamento igual, ou seja quer que lhe paguem as viagens a Paris para ver a família. Esquece-se (ou não sabe) que o que estabelece a igualdade entre os deputados (e o mesmo se aplica aos cidadãos) é a lei, e não o resultado individual da aplicação da lei. Disse ainda que não vê mal em Pinto de Sousa ter eventualmente mentido no Parlamento, e não percebe (ou não sabe) que o respeito pelas instituições democráticas é fundamental para o seu funcionamento.
Tudo isto poderia ser apenas ignorância sobre os princípios de um Estado de Direito, o que já seria grave. Mas revela, essencialmente, um certo desprezo pela política, o que não se pode aceitar num representante político do povo. Que o PS a tenha escolhido diz muito sobre a consideração que o partido tem pelo regime.
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