Bastará aos jornalistas de investigação dos referidos TVI, SOL e Público, seguirem a onda dos seus colegas dos órgãos de comunicação social aparentemente mais isentos, dos quais dou dois exemplos de hoje:
“As agendas e notas pessoais de alguns dos arguidos do caso dos CTT foram um excelente ponto de partida para a Polícia Judiciária. Em vários documentos apreendidos a Júlio Macedo, antigo administrador da empresa que comprou o imóvel de Coimbra e que é suspeito de corrupção activa, constam desenhos com esquemas do pagamento de comissões. Os beneficiários são referidos por iniciais. O relatório final da Polícia Judiciária, a que o DN teve acesso, revela ainda um contacto entre o ex-presidente do Banco Insular, Vaz Mascarenhas, com José Oliveira Costa, antigo presidente do BPN, sobre um negócio dos CTT. (…)surge uma carta de José Vaz de Mascarenhas, antigo presidente do Banco Insular de Cabo Verde, que está no centro do caso BPN, a José Oliveira Costa, contando que o negócio entre os CTT e a TramCrone seria apenas uma simulação para ‘a saída do imóvel do património’ dos Correios ‘no contexto da transferência do seu fundo de pensões para a Segurança Social’.
Investigando o rasto do dinheiro das comissões, que estão documentadas no processo, a Judiciária acabou ainda por descobrir que Paulo Miraldo, enquanto chefe de gabinete do ministro António Mexia, depositou cheques passados por dois conhecidos empreiteiros. Paulo Miraldo também está constituído arguido.” (em Diário de Notícias)
No D.N., vem também uma interessante infografia com o esquema das comissões arquitectado (uma autêntica rede a fazer lembrar outras realidades), e agora conhecido a partir das tais notas e agendas pessoais. Reparo que no meio daqueles nomes todos aparecem 3, que são conotados com o PS.
“PJ acredita que ex-responsáveis e partido beneficiaram de um milhão. Falta apurar rasto final de verbas no BPN.
A Polícia Judiciária (PJ) suspeita que os ex-administradores dos CTT Carlos Horta e Costa e Manuel Baptista, bem como o PSD, terão beneficiado de um milhão de euros em notas resultantes de luvas por negócios ruinosos. (…)
(…) a confirmação das suspeitas mais graves dos inspectores da PJ, nomeadamente relacionadas com eventuais subornos recebidos por responsáveis da empresa e políticos, estão dependentes do termo de diligências de investigação junto do BPN. Falta saber, concretamente, qual o rasto final de um milhão de euros em dinheiro vivo.
Carlos Horta e Costa, Carlos Encarnação, Paulo Pereira Coelho - este ainda não constituído arguido - e Paulo Miraldo são alguns dos destacados militantes do PSD aos quais são imputados crimes. (…)
(…) ao proporcionarem vantagens alegadamente ilegítimas a empresas privadas, gestores e vários políticos, sobretudo do PSD. (…)
(…) As duas escrituras de compra e venda do prédio de Coimbra foram feitas na Batalha, localidade onde, no mesmo dia, os administradores da empresa do grupo TCN que comprou o edifício aos Correios, Júlio Macedo e Pedro Garcês, levantaram um milhão de euros em numerário.” (em Jornal Notícias)
Friday, July 10, 2009
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