Pinto de Sousa sentiu o mundo a desabar em cima de si, e entrou em desespero, não sendo caso único neste Partido Socialista. Ainda recentemente em Lisboa, António Costa, cheio de medo de Santana Lopes, tudo fez para atrair a extrema-esquerda para o seu lado. Não conseguiu, mas ficou com a consolação do "coerente" Zé que fazia falta e da "independente" Helena Roseta. Agora é a vez do sr. Sousa andar por aí desesperado na busca de votos pela esquerda. Colocou a actriz Inês Medeiros e o antigo dirigente do BE, Miguel Vale de Almeida nas listas, e aparentemente* terá tentado aliciar Joana Amaral Dias para abandonar o BE, oferecendo-lhe cargos na Administração Pública ou o lugar de deputada. Isto é uma atitude de um partido desesperado, que lhe viu fugir eleitorado mais à esquerda para o PCP e principalmente BE, e eleitorado moderado e centrista para o PSD.
Mas esta reconversão esquerdista do PS tem grandes possibilidades de fracassar, até porque não acredito que todos aqueles que andaram estes quatro anos a criticarem veementemente a actuação do PS não vão engolir esta cambalhota política. Denota também a ausência de uma estratégia coerente no PS, depois de anos a tentar ter um discurso de centro-esquerda, bem longe de algumas destas personalidades radicais que agora namoram. E é a prova que nada neste PS é feito com convicção: tudo se adequa à estratégia.
Em 2005 convinha mostrar-se um partido moderado e até centrista, para conquistar este eleitorado. Depois as coisas começaram a correr mal e logo surgiu o "grande partido da esquerda moderna".
Monday, July 27, 2009
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