Wednesday, May 04, 2011

Ensino na Finlândia


O investigador finlandês Jouni Valijarvi deu uma entrevista ao Público que merece comentário. A acreditar no que ele diz, na Finlândia é tudo ao contrário. O país cujas alunos ocupam o 1º lugar no ranking do PISA tem escolas que funcionam com grande autonomia pedagógica e professores que não são objeto de nenhuma avaliação de desempenho formal. E os professores nem são muito dados a seguir orientações e instruções vindas do topo. E ainda por cima, os finlandeses não conhecem a invenção portuguesa da "escola a tempo inteiro": passam apenas 30 horas por semana na escola.
O segredo do sucesso finlandês baseia-se em meia dúzia de coisas simples:

1. O Ministério da Educação quase que não se faz sentir nas escolas. Traça as grandes linhas orientadoras, financia e fiscaliza, deixando aos professores a escolha dos meios e dos métodos para atingir as grandes finalidades do sistema.
2. Há um processo rigoroso de seleção dos candidatos aos cursos de formação de professores: só entram os melhores alunos do secundário.
3. Os professores estão motivados e têm razões para isso: ganham acima da média, não são insultados por membros do Governo, os pais respeitam-nos e valorizam a sua ação e os alunos são educados em casa a respeitar os professores.
4. A Finlândia eliminou a pobreza e, graças a políticas económicas que fomentam a competitividade da economia, as exportações e o equilíbrio das contas do Estado, tem uma taxa de desemprego baixa e uma classe média forte.
5. A Finlândia tem uma taxa de alfabetização de quase 100% desde o princípio do século passado. Os pais são educados e valorizam a educação e a escola.
6. Os professores finlandeses não perdem tempo a resolver problemas disciplinares e violência entre alunos dentro da sala de aula.
Afinal, a acreditarmos nas palavras do investigador finlandês, andámos a ser enganados sobre a Finlândia. Lembram-se do Jorge Sampaio ter vindo da Finlândia a dizer que os professores finlandeses trabalham 50 horas por semana? Essa declaração foi o ponto de partida da guerra contra os professores.
Conclusão: não acreditem no que os socialistas dizem. Eles mentem muito

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