As pessoas mais preocupadas com a perda de respeito por valores éticos consagrados durante muitos séculos e com a consequente degradação social anseiam por uma revolução de procedimentos cívicos assente numa preparação adequada. Parece que os repetidos lamentos estão a produzir efeito e já se notam sinais de viragem, com mais ousadia em evidenciar a necessidade de mudança.Carlota Flieg, 14 anos, designer e ilustradora, aceitou o desafio que lhe foi lançado pela directora da editorial francesa "Edeline" para, no ano do 20º aniversário da Convenção dos Direitos das Crianças, criar uma história ilustrada que ensina aos mais novos, entre os 5 e os 10 anos, os seus direitos e deveres, não apenas de forma teórica e vaga mas ensinando-lhes que têm deveres no dia-a-dia (1). Decidiu fazer um livro sobre cidadania.Numa época em que as crianças, tal como muitos adultos, estão habituadas a dizer «eu posso», «eu quero» é preciso que se lhes ensine «eu devo», «eu tenho que» .
O Presidente Cavaco Silva, aproveitou uma oportunidade para usar o seu grau académico e ensinar que o dinheiro, seja nosso ou alheio mas à nossa responsabilidade, não deve ser esbanjado, mas sim ser investido depois de bem estudada a modalidade por forma a que haja um bom rácio custo/benefício (2) (3) (4).
Não estamos em época de vacas gordas em que se possa ostentar e desperdiçar, o que aliás é sempre desaconselhado pelo mais elementar bom senso. Por outro lado, a mesma entidade elogia os que sabem preparar as decisões de negócio a cada passo, obtendo sucesso e persistindo na melhor rota, com resistência (5) aos obstáculos que se deparem. Resistir não é teimosia cega, é procurar as melhores correcções do rumo por forma a chegar a bom porto, nas melhores condições.Quanto a investimentos com pouca racionalidade e sentido de oportunidade, também Manuela F Leite se refere ao TGV de forma clara, em sintonia com consagrados economistas .
Também António Perez Metello aconselha que os apoios aos agentes económicos para ultrapassar a crise, devem ser atribuídos pensando no dia de amanhã ( 6), por forma a serem obtidos os melhores benefícios a médio e longo prazo. Sempre que haja alternativas deve ser escolhida aquela que ofereça mais perspectivas de desenvolvimento no futuro.A englobar tudo isto e a criar esperança na restauração de valores éticos, Cavaco recorre à História para defender “patriotismo” (7), que é um valor indispensável em permanência, na mente de quem tem o dever de gerir interesses nacionais.Pensando no futuro, de forma positiva, e em conformidade com as ideias expostas, estão as autarquias do interior que pretendem atrair recursos humanos habilitados para se instalarem e criarem actividades económicas que revitalizem a vida local, desenvolvendo as regiões e criando melhores condições de vida para os habitantes, além de usufruírem de um ambiente mais saudável do que o das cidades.Também movido pela esperança e a confiança nas capacidades do ser humano, o Bispo do Porto (9) diz acreditar na resposta á crise. Assim os homens o queiram. E, como aqui tem sido dito várias vezes, a esperança recai sobre os ombros dos mais jovens porque terão mais esperança de vida para usufruírem das boas decisões que tomarem e que que exigirem aos mais idosos com poder de decisão. Se um idoso pode dizer «tanto me faz, porque já não vou viver muitos anos», um jovem não pode quedar-se nessa resignação, nessa abdicação.
Textos consultados:
(1) Ensinar a cidadania às crianças
(2) Cavaco critica confusão entre custos e benefícios
(3) Cavaco volta a pedir rigor nos investimentos públicos
(4) Custos de duas auto-estradas levam Cavaco Silva a intervir
(5) Cavaco elogia sucesso e resistência
(6) Pensar no dia de amanhã
(7) Cavaco recorre à História para defender “patriotismo”
(8) 33 famílias serão Novos Povoadores do interior em Setembro
(9 ) Bispo diz acreditar na resposta às crises
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