Jorge Coelho é o futuro presidente executivo da Mota-Engil. Os casos de políticos profissionais que são guindados para a liderança empresarial amontoam-se: desde Ferreira do Amaral na Lusoponte a Pina Moura na Iberdrola, até à ascensão de Armando Vara ao firmamento da alta finança no caso CGD/BCP.Poderíamos supor que estas escolhas dependem de critérios de competência – não é a minha opinião. Este fenómeno reflecte um dos males do regime: são escolhidos porque são políticos influentes e não por outras eventuais qualidades.Num País em que tudo depende do Estado a boa estratégia empresarial está em saber cooptar aqueles que melhor conhecem os seus interstícios, os que vivificaram nos corredores do poder, os que sabem a quem telefonar. A dependência dos nossos empresários face ao Estado torna coerente a escolha de Jorge Coelho – no fundo, tudo isto é política.
A Mota Engil conta com Jorge Coelho e Valente de Oliveira ( dois ex- ministros) e Luis Parreirão ( ex- secretário de Estado ). Acabou o choque tecnológico, começou o choque de betão.
* Correio da Manhã, 3.IV.2008
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