Metade dos portugueses discorda da ministra
Mais de 70 por cento dos portugueses não tem dúvidas de que o trabalho dos professores deve ser avaliado, ainda assim, metade da população acredita que o Ministério da Educação deve recuar, para já, no sistema de avaliação de desempenho que pretende aplicar.Segundo uma sondagem CM/Aximage, 51,5 por cento dos inquiridos entende que, após a manifestação que juntou cerca de cem mil docentes em Lisboa, a ministra Maria de Lurdes Rodrigues deve recuar na avaliação do desempenho.Na sua maioria, acredita que a avaliação devia avançar com critérios diferentes dos actuais (43,3%), enquanto 18,7 por cento não poupa críticas à forma como o Governo conduziu o processo. A solução apontada é, por isso, maior diálogo entre escolas, Ministério e professores. Há 8,7 por cento de inquiridos que sugere uma avaliação independente feita por uma entidade independente da tutela.
Somando à maioria dos entrevistados os que querem a avaliação já (34,3%) e os que não têm uma opinião clara sobre um eventual retrocesso, 70,3 por cento dos portugueses é favorável à existência de um sistema de avaliação que classifique o trabalho docente e que distinga o mérito.
Então não foram informados que MLR tinha perdido os professores mas ganho a opinião pública, ou o povo, ou a população, ou lá o que era?
Quanto ao resto, estamos todos de acordo: os professores devem continuar a ser avaliados. Como sempre o foram. E deverão sê-lo com um processo transparente, desenvolvido por quem tem competência para o fazer e não apenas porque foi nomeado para o fazer, que não implique resmas e resmas de papelada sem utilidade nenhuma para a eficiência do sistema educativo e muito menos para a qualidade do trabalho com os alunos.
Porque o que na 5 de Outubro e anexos parecem não perceber é que enquanto eu estou a demonstrar, sob a forma de múltiplas planificações, grelhas de observação e verificação, portefólios e outras coisinhas muito bem arrumadas em dossiers e pendisks, que sou um bom professor, provavelmente estou a perder tempo precioso que poderia usar para o ser efectivamente.
Porque tal como em muitas outras áreas da nossa vidinha, o essencial vai ser a aparência de bondade ou excelência e não a sua efectiva realidade.
O que interessa é provar que se fez e não tê-lo feito.
O desperdício de tempo e energia serão enormes, sem ganhos de eficiência, a menos que tomemos por eficiência que uma pequena proporção de docentes se cansem de tudo e comecem a dar classificações a esmo aos seus alunos para não os aborrecerem.
Têm dúvidas acerca disso?
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