Wednesday, May 05, 2010

Inicio das provas de aferição a Português e Matemática


Tanto trabalho e tanto dinheiro gasto para tão pouco. Não seria melhor investir esse tempo e dinheiro na realização de exames nacionais à saída de todos os ciclos de ensino?

As opiniões dividem-se. Nuno Crato defende a realização de exames nacionais com enunciados elaborados por uma entidade independente do Governo.

A Confap defende mais do mesmo: provas de aferição e provas globais com alargamento a outras disciplinas. A Cnipe considera que as classificações deviam contra para a nota final e os enunciados deviam ser elaborados por entidade independente.

O Gabinete de Avaliação Educacional (GAVE) pondera lançar uma sondagem às escolas para aferir a disponibilidade dos docentes em relação ao alargamento dos testes intermédios do 3.º ciclo a outras disciplinas e posteriormente das provas de aferição.

Mais de 230 mil alunos dos 4.º e 6.º anos realizam, hoje e sexta-feira, as provas de aferição a Língua Portuguesa e Matemática, respectivamente. O objectivo do Ministério da Educação (ME) é que as provas sirvam para aferir os conhecimentos dos alunos não contando, por isso, para nota. Docentes e pais dividem-se entre os que defendem que os resultados deviam contar e os que discordam da universalização das provas.

"É possível, desejável e parece-me pacífica", sintetiza o presidente da Confederação Nacional de Associações de Pais (Confap). Albino Almeida considera que o "provável" alargamento a outras disciplinas "vai depender" das conclusões do grupo de trabalho do ME que está a definir as metas de aprendizagem do pré-escolar ao 12.º ano.

Além do alargamento, Albino Almeida defende que os alunos devem realizar provas globais, na transição dos ciclos de ensino, que contem para avaliação sumativa, além de provas de aferição, nos anos intercalares, por uma "cultura de prestação de contas".

A Confederação Nacional Independente de Pais e Encarregados de Educação também defende que as provas deviam contar para nota, para "motivarem os alunos e serem feitas com seriedade". À semelhança do defendido pelas associações de professores, o dirigente da CNIPE, Rui Martins, considera que provas e exames deviam ser feitos por uma entidade externa ao ME.

Fonte: JN de 5/5/2010


No comments: