Parece que as notas dos alunos vão contar para a classificação profissional dos professores. O Ministério da Educação deve considerar, assim, que um bom professor é o que dá boas notas e não necessariamente o que se preocupa em ensinar aos alunos com rigor e que tenha um elevado grau de exigência. O bom professor não será o excelente pedagogo mas um 'stor porreiro' para os alunos mais cábulas.Há, efectivamente, uma campanha para melhorar as estatísticas com o ensino. O problema é que este objectivo não é conseguido com uma melhoria efectiva da aprendizagem mas com subida artificial das notas.O CM publicou, na terça-feira passada, uma manchete com o título "Professores obrigados a dar boas notas", onde revelava pressões em várias escolas para os docentes evitarem dar negativas. O Ministério da Educação desmentiu a notícia mas a realidade desmente o Ministério. O CM sabe que, em pelo menos sete escolas de diferentes regiões do País, foram convocadas pelos conselhos executivos reuniões gerais, onde a mensagem dominante passava pelo aconselhamento aos docentes para evitarem as negativas. Ao contrário do que o Ministério alega, não se trata de suspeiçõesde dirigentes sindicais, o que se passa é que, na prática, só os dirigentes sindicais podem falar. Os outros professores temem processos disciplinares se contarem o que se passa nas escolas.
Armando Esteves Pereira, Director-Adjunto do Correio da Manhã
Monday, June 30, 2008
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