Tuesday, January 06, 2009

Entrevista de Pinto de Sousa à SIC em 5 de Janeiro

Se houvesse oposição de jeito, Pinto de Sousa seria justamente removido em Outubro. A pantomima a que nos sujeitou perante (desta vez) as competentes perguntas de Ricardo Costa e Gomes Ferreira, evidencia - como se ainda fosse preciso evidenciar - a perigosa fantasia em que vive e, pior, em que quer que os portugueses vivam. O senhor Sousa mete o investimento "tóxico" (que compromete gerações e gerações sem critério quanto à relação custo/benefício) e a banca "tóxica" (que ele, afinal, sempre acha "sistémica") no mesmo saco em que enfia a "confiança", a "segurança" financeira e a estabilidade do pequeno e do português médios que ignoram o que sejam o TGV, o BPN ou o BPP ou, sabendo, estão-se nas tintas para a respectiva existência. Por isso não resistiu a referir a "alavancagem" dos seus extraordinários "projectos" com o dinheiro que não tem mas que, milagrosamente, o défice permite que ele obtenha para a sua conta-corrente eleitoral. O estado do rendimento nacional bruto ou as dificuldades no crédito internacional do país são minudências que não preocupam esse extraordinário "investidor" político que é Pinto de Sousa , quase transfigurado num supra-Manuel Pinho. Disse, a começar, que lealdade não se confunde com obediência a propósito do PR como se fosse tão "dono" da Constituição como é da obediente maioria que quer ver renovada este ano à conta da putativa bovinidade nacional. Sem pretender repetir ninguém, vê-se mesmo que, entre ignorâncias várias, não sabe com quem se meteu. Pelo contrário, Cavaco já sabe o que é que ele vale.

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