Tuesday, June 09, 2009

Pinto de Sousa a apanhar bonés entregues pelos polícias


O cerco aperta-se. Depois de quatro anos a diabolizar os grupos profissionais, a aprovar leis que tornam mais difícil produzir prova contra os corruptos e os homicidas e a branquear a violência física contra polícias e professores, o sr. Sousa está cada vez mais sozinho no labirinto que construiu.
Até Domingo, ainda tinha uma centena de jornalistas e comentadores afectos ao PS a reafirmarem que ele era imbatível e que as oposições não eram alternativa. As empresas de sondagens - com excepção da Marktest - contribuíram, durante meses, para agigantar a ilusão do Homem providencial e imbatível no discurso, nos debates e no contacto com o Povo. Puras mentiras fabricadas meticulosamente pelos serventuários do Poder e pelos que andam permanentemente de mãos estendidas.
Até Outubro, Pinto de Sousa vai subir ao calvário. Um calvário que ele construiu através de um estilo de exercer o poder que o Povo censurou no Domingo passado. O Povo disse que está farto de mentiras e de propaganda. Farto da política-espectáculo. Cansado das ameaças e perseguições. Zangado por ver o partido de Pinto de Sousa estender os tentáculos a todas as estruturas da administração pública, confundindo o Estado com o Partido. De repente, tudo ficou em aberto. E o caminho faz-se com acções de rua que tenham impacto na opinião pública e que desgastem ainda mais o PS do sr. Sousa e de Maria de Lurdes Rodrigues. Os polícias percorreram, ontem, esse caminho. Um caminho que centenas de milhares de professores fizeram, por diversas vezes, nos últimos dois anos. E vão voltar a fazer em finais de Setembro.

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