Wednesday, August 25, 2010

Noticias das centrais de comunicação para desviar atenções




Vamos procurar aqui:
Uma viúva rica
5 milhões de euros em trânsito
Uma morte sangrenta
A "massa" que todos querem
Um Governo socialista desacreditado, podre...
Um primeiro ministro sem qualquer credibilidade
O escândalo da investigação do freeport a ocupar todas as notícias
Eleições presidênciais
Um político português do PSD ... fiel a Cavaco Silva.

Há mais de quinze dias (logo depois do escândalo que foi o relatório sobre o freeport) que a máquina socialista desvia o olhar do povo da economia, da educação, da justiça e do Pinto de Sousa com a história da velhota rica que mataram no Brasil.

Ver noticia do Correio da Manhã

Tuesday, August 24, 2010

Freeport - O PGR vacilante

Procurador-adjunto nomeado
PGR pede explicações sobre dificuldades, falhas e morosidade do processo Freeport

O procurador-geral da República (PGR), Pinto Monteiro, quer saber quais foram as principais dificuldades na investigação do processo Freeport, os motivos da morosidade e por que razão não foram ouvidas todas as pessoas que podiam ter interesse para o esclarecimento dos factos.
Num despacho com data de 2 de Agosto, Pinto Monteiro nomeou um procurador-geral adjunto para averiguar “todas as anomalias, eventualmente ocorridas na tramitação do inquérito, desde a sua instauração até ao seu encerramento”.
Nesse despacho, enviado hoje à agência Lusa, o PGR pede para que sejam averiguadas “as razões da morosidade e da descontinuidade da investigação, os períodos em que esteve parada, as dificuldades na concretização dos actos processuais e as datas e finalidades da sua prolação”.
Pinto Monteiro pretende também ver esclarecidos “os motivos pelos quais não foram ouvidas todas as pessoas cujas declarações pudessem ter interesse para o esclarecimento dos factos”, nomeadamente o primeiro-ministro, Pinto de Sousa, e o ministro da Presidência, Pedro Silva Pereira.
O inquérito relativo ao caso Freeport foi encerrado com os procuradores Vítor Magalhães e Paes Faria, responsáveis pelo processo, a colocarem no despacho final 27 perguntas que gostariam de ter feito ao primeiro-ministro, mas que não fizeram alegando falta de tempo.
“As razões por que não foi suscitada, na altura própria, a necessidade de prorrogar o prazo concedido para encerrar o inquérito, designadamente para serem feitas as perguntas que no despacho de encerramento ficaram expressamente indicadas” é outra das questões para as quais o PGR quer resposta.
A abertura deste inquérito baseou-se numa Resolução do Conselho Superior do Ministério Público, de 09 de Fevereiro de 2009, em que ficou decidido apoiar as iniciativas do PGR para o integral esclarecimento de todas as questões de índole processual ou deontológica que o processo Freeport possa suscitar.

Comentário: Se não existisse, este individuo tinha que ser inventado,,, Cada vez, é mais o protector de Pinto de Sousa e vice-versa... Foi um dos artistas principais nesta investigação do processo Freeport, e agora, comporta-se como virgem em lupanar... não fez nada, nada sabe e tem as mãos limpas ... Porque é que não reabre o pocesso Freeport, mais que não seja, para ouvir Pinto de Sousa?...

Bispo de Lamego critica fecho de escolas


Lamego é o concelho que mais escolas rurais encerrou ( vinte e uma escolas ). O Bispo de Lamego juntou ontem a sua voz aos críticos do encerramento das escolas de pequena dimensão:
O bispo de Lamego, D. Jacinto Botelho, alertou para as implicações familiares e sociais do encerramento de escolas primárias. Só no concelho de Lamego, vão fechar 21 estabelecimentos. "Estamos a retirar das nossas populações, já tão carenciadas e esquecidas, um meio que ainda poderia ser um agente de atracção, pelo que o encerramento das escolas é um factor que no futuro contribuirá, sem dúvida, para uma maior desertificação", sublinhou D. Jacinto Botelho, defendendo a manutenção de escolas com mais de dez alunos.
Fonte: CM de 24/8/2010

Friday, August 20, 2010

Mais computadores para crianças do 1º ciclo

A ministra da educação divulgou, ontem, qiunta feira, à saída da reunião do Conselho de Ministros que está tudo preparado para distribuir mais 250 mil computadores pelas crianças do 1º e do 2º anos de escolaridade. A distribuição será feita no início do ano lectivo.
É mais um crime pedagógico e um disparate financeiro. Oferecer computadores a crianças que ainda não sabem ler nem escrever é agravar ou dificultar as condições propícias à aprendizagem da leitura e da escrita. As crianças já passam horas a mais em frente dos televisores, consolas e telemóveis. Não precisam que o Estado desperdice dinheiro com o objectivo de que elas passem ainda mais tempo em frente dos ecrãs.
A distribuição de mais estes 250 mil computadores por crianças de 5, 6 e 7 anos de idade é um contributo para o aumento da obesidade, sedentarismo infantil e diabetes. Pobres crianças estas a quem o Estado tudo faz para afastar do contacto com a natureza, enfiando-as em mega-centros escolares high tech onde têm por companhia computadores, por distracção jogos de vídeo quase sempre pouco inteligentes e por enquadramento realidades virtuais quase sempre embrutecedoras.

Portugal é o 27º melhor do Mundo

Para fundamentar optimismos ou pessimismos e delinear hipóteses de mudar a posição no ranking, transcreve-se o seguinte artigo, que refere que Portugal está muito melhor do que o Burkina Faso e imediatamente atrás da Grécia

.Portugal é o 27.º melhor país do mundo
Diário de Notícias. 19-08-2010. por Susana Salvador

A revista norte-americana 'Newsweek' revelou a sua primeira lista dos melhores países do mundo tendo em conta cinco categorias distintas. No topo está um país nórdico, a Finlândia, havendo ainda outros três nórdicos nas primeiras dez posições."Se nascesse hoje, que país lhe iria proporcionar a melhor oportunidade de viver uma vida saudável, segura, razoavelmente próspera e com capacidade de ascensão?" Foi a esta pergunta que a revista norte-americana Newsweek quis responder no seu primeiro ranking dos melhores países do mundo. A resposta acabou por ser Finlândia, com Portugal a surgir no 27.º posto, logo atrás da Grécia.Num trabalho especial, a revista divulgou o resultado de vários meses de trabalho na análise de cinco categorias específicas: educação, saúde, qualidade de vida, dinamismo económico e ambiente político. A média destes indicadores deu a lista final de 100 países, liderada pela Finlândia e com o Burkina Faso no último lugar."Há verdades que já sabíamos: os melhores países tendem a ser pequenos, ricos, seguros e frios", escreve a revista. Mas uma análise mais específica dos dados (possível no site www.newsweek.com) permite examinar um importante número de tendências, quando se comparam países com populações ou rendimentos semelhantes.Não há dúvida de que os nórdicos dominam nos dez primeiros da lista. Além da Finlândia, em primeiro lugar, surge a Suécia em terceiro, a Noruega em sexto e a Dinamarca em décimo. "Os melhores países do mundo parecem ter isto em comum: evitam a guerra, vivem na escuridão e mantém um estado constante de depressão e produtividade", indicou o escritor Andrei Codrescu, convidado pela revista a analisar este domínio nórdico.No que respeita a Portugal, é nas áreas da saúde e do ambiente político que o país se destaca. Em ambos está no 23.º lugar da lista. O pior desempenho diz respeito ao dinamismo económico, no qual surgimos em 42.º lugar. Os dados, referentes a 2008 e 2009, apontam por exemplo que são necessários seis dias para se começar um novo negócio e dois anos para se resolver uma insolvência. Em relação ao crescimento produtivo, é de 21,8 dólares por pessoa - o de Singapura, país que ocupa a primeira posição neste indicador, é de 50,3.Além deste ranking, a revista escolheu também os dez líderes mundiais que, diz, se podem admirar. Entre eles está o brasileiro Lula da Silva, a chegar ao fim do seu segundo mandato, e o francês Nicolas Sarkozy, "amado no estrangeiro e odiado em casa". A única mulher é a Presidente da Libéria, Ellen Johnson Sirlead, apelidada de "a construtora". Da lista, curiosamente, não faz parte o americano Barack Obama.Imagem da Net

Certificados do 12º ano via Novas Oportunidades à venda por 400 Euros

A notícia vem no iOnline: certificados do 12º ano à venda na net por 400 euros. A Agência Nacional para a Qualificação detectou casos de portefólios integralmente copiados da Internet. O Ministério Público está a investigar.
O alerta nasceu a partir das visitas de acompanhamento de técnicos da ANQ a centros de Novas Oportunidades. Durante essas visitas, foi possível verificar que alguns dos beneficiários do programa incluiram no portefólio reflexivo da aprendizagem trabalhos integralmente copiados da Internet.
O Presidente da ANQ, Luis Capucha, desvalorizou a situação mas admitiu que possa haver trabalhos copiados da Internet. Não quis, no entanto, dizer quantos casos foram detectados.
O esquema funciona assim: há empresas que colocam anúncios na Internet a oferecerem os trabalhos a incluir no portefólio reflexivo de aprendizagem. Os preços pedidos variam entre os 400 e os 500 euros. Clientes não faltam. Há também casos de alunos que, após obterem o certificado do 12º ano, colocam a render o portefólio, vendendo-o na Internet. Podem não ter aprendido nada de Matemática, Português ou História mas aprenderam alguma coisa de empreendedorismo. Por este caminho, os portugueses poderão tornar-se, em breve, um Povo de empreendedores...trafulhas. Os "bons" exemplos não faltam. E vêm de cima.

Wednesday, August 18, 2010

Despovoamento

O tempo encarregar-se-á de explicar a justeza da decisão de encerramento a eito de escolas de primeiro ciclo. Nalguns casos, e com a substituição na mesma área geográfica por centros escolares mais bem equipados, parece-me incontestável. O que é desde logo motivo de apreensão é sabermos de crianças que passam a percorrer várias dezenas de quilómetros diários para chegarem à escola.

Pode consultar, aqui, uma lista concelhia com as escolas que vão encerrar.

Governo a gastar cada vez mais- Mais 546 milhões!

Foi agora noticiado que o Governo acrescentou à verba orçamentada mais 546 milhões de euros.
Ver aqui .
Dinheiro para Ministérios, Institutos Públicos e Assembleia da República
Ora, em vez da contenção da despesa o Governo ainda gasta mais.
O que significa que O PIB é menor, o crescimento não arranca.
Só propaganda!

Perguntas a que uma pessoa não sabe responder

Oiço, num telejornal, que os nossos bombeiros aguardam, desde 2007, pela «actualização», em cerca de 90 veículos, do seu «inventário» automóvel de combate aos incêndios. Se a espera dos bombeiros por 90 veículos já dura 4 anos, será legítimo deduzir, partindo dos princípios da urgência relativa e da proporcionalidade, que terá sido de 40 anos - no mínimo! - a espera dos nossos governantes pela recente «actualização», em cerca de 900 veículos, do seu «inventário» automóvel para «transporte de conforto» entre domicílio e local de trabalho

Tuesday, August 17, 2010

Estratégias de manipulação

Para além destas estratégias de manipulação, apresentadas pelo linguista e filósofo da linguagem norte-americano Noam Chomsky, existem, obviamente, outras oriundas da neuropsicologia, da psicologia da percepção, da psicologia social e das ciências da comunicação, que procurarei tematizar mais tarde.Estas constituem um importante contributo para se compreender o fenómeno da manipulação política, que, entre nós, tem no socratismo o seu mais pérfido expoente.
Noam Chomsky elaborou a lista das "10 estratégias de manipulação" através dos meios de comunicação social:

1- A ESTRATÉGIA DA DISTRACÇÃO.
O elemento primordial do controlo social é a estratégia da distracção que consiste em desviar a atenção do público dos problemas importantes e das mudanças decididas pelas elites políticas e económicas, mediante a técnica do dilúvio ou inundações de contínuas distracções e de informações insignificantes. A estratégia da distracção é igualmente indispensável para impedir que o público manifeste interesse pelos conhecimentos essenciais, na área da ciência, da economia, da psicologia, da neurobiologia e da cibernética. "Manter a atenção do público distraída, longe dos verdadeiros problemas sociais, cativada por temas sem importância real. Manter o público ocupado, ocupado, ocupado, sem nenhum tempo para pensar" (vide 'Armas silenciosas para guerras tranquilas').

2- CRIAR PROBLEMAS, DEPOIS OFERECER SOLUÇÕES.
Este método também é chamado "problema-reacção-solução". Cria-se um problema, uma "situação" prevista para causar certa reacção no público, a fim de que este seja o mandante das medidas que se deseja fazer aceitar. Por exemplo: deixar que se desenvolva ou se intensifique a violência urbana, ou organizar atentados sangrentos, a fim de que o público seja o mandante de leis de segurança e políticas em prejuízo da liberdade. Ou também: criar uma crise económica para fazer aceitar como um mal necessário o retrocesso dos direitos sociais e o desmantelamento dos serviços públicos.

3- A ESTRATÉGIA DA GRADAÇÃO.
Para fazer com que se aceite uma medida inaceitável, basta aplicá-la gradativamente, a conta-gotas, por anos consecutivos. É dessa maneira que condições sócio-económicas radicalmente novas (neoliberalismo) foram impostas durante as décadas de 1980 e 1990: Estado mínimo, privatizações, precariedade, flexibilidade, desemprego em massa, salários que já não asseguram empregos decentes, tantas mudanças que haveriam provocado uma revolução se tivessem sido aplicadas de uma só vez.

4- A ESTRATÉGIA DO DIFERIDO.
Outra maneira de se fazer aceitar uma decisão impopular é apresentá-la como sendo "dolorosa e necessária", obtendo a aceitação pública, no momento, para uma aplicação futura. É mais fácil aceitar um sacrifício futuro do que um sacrifício imediato. Primeiro, porque o esforço não é sentido imediatamente. Em seguida, porque o público tem sempre a tendência a esperar ingenuamente que "tudo irá melhorar amanhã" e que o sacrifício exigido poderá ser evitado. Isto dá mais tempo ao público para acostumar-se com a ideia de mudança e aceitá-la com resignação quando chegue o momento.

5- DIRIGIR-SE AO PÚBLICO COMO CRIANÇAS DE BAIXA IDADE.
A maioria da publicidade dirigida ao grande público utiliza discurso, argumentos, personagens e entoação particularmente infantis, muitas vezes próximos à debilidade, como se o espectador fosse uma criança de baixa idade ou um deficiente mental. Quanto mais se intente buscar enganar ao espectador, mais se tende a adoptar um tom infantilizante. Porquê? "Se você se dirige a uma pessoa como se ela tivesse a idade de 12 anos ou menos, então, em razão da sugestionabilidade, ela tenderá, com certa probabilidade, a uma resposta ou reacção também desprovida de um sentido crítico, como a de uma pessoa de 12 anos ou menos de idade.

6- UTILIZAR O ASPECTO EMOCIONAL MUITO MAIS DO QUE A REFLEXÃO.
Fazer uso do aspecto emocional é uma técnica clássica para causar um curto circuito na análise racional e por inactivar o sentido critico dos indivíduos. Além do mais, a utilização do registo emocional permite abrir a porta de acesso ao inconsciente para implantar ou enxertar ideias, desejos, medos e temores, compulsões ou induzir comportamentos.

7- MANTER O PÚBLICO NA IGNORÂNCIA E NA MEDIOCRIDADE.
Fazer com que o público seja incapaz de compreender as tecnologias e os métodos utilizados para seu controlo e sua escravidão. "A qualidade da educação dada às classes sociais inferiores deve ser a mais pobre e medíocre possível, de forma que a distância da ignorância que paira entre as classes inferiores às classes sociais superiores seja e permaneça impossível para o alcance das classes inferiores" (vide 'Armas silenciosas para guerras tranquilas').

8- ESTIMULAR O PÚBLICO A SER COMPLACENTE NA MEDIOCRIDADE.
Promover o público a achar que é moda o facto de ser estúpido, vulgar e inculto.

9- REFORÇAR A REVOLTA PELA AUTO-CULPABILIDADE.
Fazer o indivíduo acreditar que é somente ele o culpado pela sua própria desgraça, por causa da insuficiência de sua inteligência, de suas (in)capacidades ou de seus esforços. Assim, ao invés de rebelar-se contra o sistema económico e político, o individuo auto-desvaloriza-se e culpa-se, o que gera um estado depressivo do qual um dos seus efeitos é a inibição da sua acção. E, sem acção, não há revolução!

10- CONHECER MELHOR OS INDIVÍDUOS DO QUE ELES MESMOS SE CONHECEM.
No transcorrer dos últimos 50 anos, os avanços acelerados da ciência têm gerado um crescente hiato entre os conhecimentos do público e aqueles possuídos e utilizados pelas elites dominantes. Graças à biologia, à neurobiologia e à psicologia aplicada, o "sistema" tem desfrutado de um conhecimento avançado do ser humano, tanto de forma física como psicologicamente. O sistema tem propiciado conhecer melhor o indivíduo comum do que ele mesmo se conhece a si mesmo. Isto significa que, na maioria dos casos, o sistema exerce um controlo maior e um grande poder sobre os indivíduos do que aquele que os indivíduos conseguem sobre si mesmos.

(Texto corrigido e adaptado a partir de uma versão recebida por e-mail)

Friday, July 30, 2010

Relatório internacional põe em causa independência do MP e põe em cheque Justiça Portuguesa



ONG denuncia falta de vontade política e pressão de actores económicos, e coloca Portugal entre os piores da OCDE.
Portugal está entre os países que "pouco ou nada" fizeram para aplicar as recomendações da OCDE para combater a corrupção. A denúncia consta de um relatório publicado terça-feira e que aponta a "falta de vontade política" e a "pressão de actores económicos" como razões para a avaliação negativa. O Ministério da Justiça já repudiou as conclusões.
No documento em que se enumeram os casos dos submarinos e do Freeport, a organização não governamental International Transparency (IT) põe em dúvida a independência do Ministério Público e denuncia a falta de meios, formação e coordenação dos órgãos que conduzem a investigação.
"As razões por que estas falhas […] ainda tiveram resposta do Governo podem ser a falta de interesse político no combate a este problema e, por outro lado, o peso de alguns actores na economia portuguesa", pode ler-se no relatório.
A ONG encontrou na legislação portuguesa resposta às recomendações da OCDE para combater a corrupção de funcionários estrangeiros nas transacções comerciais internacionais, mas avisou que o excesso de leis origina confusão.
A organização denuncia que muita da informação sobre estes processos é incompleta e que há falta de consciência pública do problema da corrupção.
De acordo com o relatório, no ano passado houve em Portugal cinco condenados por casos de corrupção. O número de investigações é desconhecido. O relatório dá destaque ao caso do licenciamento do Freeport, cuja acusação foi deduzida esta semana (ver página anterior), e o negócio dos submarinos. Sobre este último, lê-se que a empresa Ferrostaal é suspeita de ter influenciado a compra através de contribuições para o partido do ministro da Defesa, no caso o CDS e o seu líder, Paulo Portas.
Numa rubrica sobre subornos, em especial, a IT nota que são proibidos pela lei portuguesa todo o tipo de "pagamentos facilitadores". Mas afirma que nem por isso são impedidos pela justiça e que na cultura empresarial lusa a oferta de presentes e hospitalidade à margem dos negócios é habitual.
Ontem, em comunicado, o Ministério da Justiça contestou as conclusões. O Governo acusou a IT de basear os relatórios na "percepção da corrupção, colhida junto de alguns cidadãos, através de perguntas ou solicitação de resposta a inquéritos, e retirada de algumas notícias da comunicação social". E acrescenta que, por ignorar as fontes oficiais, a ONG já foi alvo de "severas críticas de outros países".
Apesar disso, o Executivo garante que está "consciente" de que é necessário "aumentar a consciencialização da comunidade jurídica e das empresas para a questão da corrupção nas transacções internacionais".
A IT avaliou os esforços de combate à corrupção dos países signatários da Convenção da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico. Portugal e outros 19 países - em que, entre outros, se contam o Brasil, o Canadá, a Grécia, e a Turquia - integram o último grupo, dos que "pouco ou nada" fizeram para aceitar as recomendações. Juntos representam 15% das exportações mundiais.
No grupo dos "moderados" contam-se nove países, entre os quais a Espanha e a Suécia.

A verdade poderá vir ao de cima

PGR abre investigação à investigação
processo Freeport foi interrompido por ordem do vice-PGR
MP não terá ouvido Sócrates por falta de tempo

Tão absurdo quanto trágico

Julgamento da Casa Pia em risco de ser anulado.
Recordo aqui o artigo 20.º da Constituição, que prevê o direito fundamental dos cidadãos a uma decisão judicial num prazo razoável. Espero que os juízes desembargadores do Tribunal da Relação de Lisboa tenham o bom senso de fazer prevalecer a Verdade e a Justiça sobre meras formalidades processuais que, cada vez mais, ameaçam de morte o nosso Estado de Direito.
Este processo tem 8 anos .

Wednesday, July 28, 2010

Dossier Freeport


A notícia: «Sócrates: “A verdade acaba sempre por vir ao de cima”», no i.
Excelente lavagem do caso feito pela procuradora Cândida Almeida e pelo PGR, Pinto Monteiro, nomeado pessoalmente pelo primeiro ministro. A discussão sobre o processo judicial, não está encerrada.
A verdade acabará por vir ao de cima, provavelmente, quando o processo prescrever( o processo de investigação demorou 6 anos).

Tuesday, July 27, 2010

Processo Freeport- houve corruptores mas não houve corrompidos

Dizem os jornais que Charles Smith e Manuel Pedro vão ser julgados por corrupção e tráfico de influências. Depois de uns anos de investigação ( seis) ,o Ministério Público faz esta conclusão extraordinária: houve tráfico de influências, houve corrupção e corruptores mas não houve corrompidos. Fica a nota à atenção da Congregação para a Causa dos Santos

Friday, July 23, 2010

Mais um contributo para a desertificação do interior do país

No consulado de Maria de Lurdes Rodrigues, ministra da educação de má memória, encerraram cerca de 2500 escolas do 1º ciclo, de Norte a Sul do país.
Neste consulado de Isabel Alçada, herdeira material e espiritual da anterior, durante este ano, cerca de 700 escolas do 1º ciclo serão encerradas e que já não abrirão portas em Setembro.Os encerramentos estão assim divididos:
Dren - 384 escolas
Drec - 155
Lisboa e Vale do Tejo - 119
Alentejo - 32
Algarve - 11

Pode ler estes e outros dados clique aqui.

Nada de mexer nos" boys" do socialismo, nos observatórios, nas assessorias redundantes, nos gabinetes e fundações-sorverdouro. Estão a ser encerradas escolas em locais pequenos, que envolvem poucos votantes.

Thursday, July 22, 2010

A televisão Socialista do Estado Socialista




Se o Dr. Strecht Ribeiro (deputado do PS) estava na casa dele, do seu partido (RTP), por que não há-de descompor, sem qualquer reparo da jornalista imoderadora o deputado Teixeira Lopes do Bloco de Esquerda?...

O Estado é socialista e tudo quando cá está é socialista também. O estilo, esse, é socratino.

Pós-Texto : No linque original do programa Pontos de Vista, de 19-7-2010, na RTP-N , o deputado do Bloco de Esquerda (BE) João Teixeira Lopes tinha razão no que estava a dizer quando citou o deputado Strecht Ribeiro sobre «as medidas (...) tomadas ao arrepio do código genético do Partido Socialista», e que o deputado socialista não deixou continuar, obrigando ao abandono do debate pelo deputado bloquista.

Monday, July 19, 2010

Ao contrário dePortugal, lá fora aposta- se no regresso a Escolas mais pequenas

Na Finlândia, só três por cento dos estabelecimentos têm mais de 600 alunosAo contrário de Portugal, lá fora aposta-se no regresso a escolas mais pequenas .
Em Nova Iorque, a taxa de sucesso entre os alunos que foram transferidos para escolas mais pequenas é superior à dos que permanecem nos velhos estabelecimentos.
A criação de grandes agrupamentos escolares que irá começar a tomar forma em Portugal no próximo ano lectivo está em queda noutros países, que já viveram a experiência e tiveram maus resultados. Na Finlândia, a pequena dimensão é apontada como uma das marcas genéticas de um sistema de ensino que se tem distinguido pelos seus resultados de excelência.
Em Portugal, para já, os novos agrupamentos, que juntam várias escolas sob uma mesma direcção, terão uma dimensão média de 1700 alunos, indicou o secretário de Estado da Educação, João Trocado da Mata. O número limite fixado foi de três mil estudantes.
Em Nova Iorque, o mayor Michael Bloomberg tem vindo a fazer precisamente o oposto. Desde 2002 foram fechados ou estão em processo de encerramento 91 estabelecimentos. Entre estes figuram mais de 20 das grandes escolas públicas secundárias da cidade, que foram substituídas por 200 novas unidades. Nas primeiras chegavam a coabitar mais de três mil alunos. Nas novas escolas, o número máximo vai pouco além dos 400.
Em algumas das grandes escolas que fecharam portas eram menos de 40 por cento os alunos que tinham êxito nos estudos. No conjunto das escolas da cidade, esta percentagem é de 60 por cento, mas entre os estudantes que estão nas novas unidades já subiu para os 69 por cento, revela um estudo financiado pela Fundação Bill e Melinda Gates, divulgado no final do mês passado.
A fundação criada pelo dono da Microsoft tem sido um dos parceiros da administração do mayor Bloomberg na implementação da reforma lançada há oito anos. O estudo, desenvolvido pelo centro de investigação MDRC, abrangeu 21 mil estudantes, dos quais cerca de metade está já a frequentar as novas escolas. Uma das conclusões: entre estes, a taxa de transição ou de conclusão dos estudos é superior em sete pontos à registada entre os alunos inquiridos que frequentam outros estabelecimentos de ensino.

Comentário: Em Portugal, os xicos-espertos do governo, a começar pelo mentiroso compulsivo, pensam precisamente o contrário. Para estes individuos, os mega-agrupamentos escolares é que está a dar, mesmo à custa duma galopante desertificação do interior ... Tenham juízo!...

Saturday, July 17, 2010

Estatuto do Aluno

Foram aprovadas na especialidade as alterações ao Estatuto do Aluno. O projecto do CDS serviu de base às alterações introduzidas. O projecto de lei foi aprovado na especialidade pelo CDS e PS. Os restantes partidos não ficaram satisfeitos e dizem que o novo Estatuto do Aluno continua a ser mau.
Principais mudanças? Os alunos podem voltar a ficar retidos por excesso de faltas. Regressa também a distinção entre faltas justificadas e injustificadas. Acaba a prova de recuperação, criada na anterior legislatura, e todos os prazos relativos à instauração de um processo disciplinar são reduzidos. A penalização máxima, já em vigor é a transferência de escola, decidida pela respectiva direcção regional de Educação.
Fonte: DN de 17/7/2010

Educação- fracasso total das medidas avvulso...

Nenhum aluno conseguiu saltar do oitavo para o 10º ano -

Nenhum dos 149 alunos do 8º ano que se autopropuseram aos exames nacionais “concluiu o ensino básico por esta via”, informou hoje o Ministério da Educação.
Este ano, a título excepcional, os estudantes com 15 anos ou mais que chumbaram de novo no 8.º foram autorizados pelo Ministério a propor-se aos exames de Língua Portuguesa e de Matemática do 9.º, para tentarem concluir o 3.º ciclo e escapar assim ao novo limite da escolaridade obrigatória que já os abrangerá no próximo ano lectivo.
Para poderem concluir o 3º ciclo, e ficarem assim isentos da obrigação da permanecerem na escola até aos 18 anos, estes alunos teriam também que fazer exames de frequência a todas outras nove disciplinas curriculares do 9.º ano. Estas provas são realizadas a nível de escola. Segundo o Ministério da Educação, alguns obtiveram notas positivas nos exames de Língua Portuguesa e Matemática, mas apesar disso nenhum acabou por conseguir concluir o 9.ºano.
Estes alunos fizeram os exames na 2.ª chamada, que no 9.º ano tem um carácter excepcional. Podem também recorrer a esta leva os estudantes que, por razões de saúde, tenham faltado à primeira chamada. O número de provas correspondeu a 0,5 por cento dos quase 90 mil inscritos para os exames nacionais do 9.º ano.

Comentário: Só um (des)governo de malucos poderia prever o sucesso duma medida destas... Resultado: a educação continua nas ruas da amargura... com lurdinhas ou sem lurdinhas

Friday, July 16, 2010

Os Ziguezagues do ME. Artigo de Salvador de Sousa

"Há trinta e seis anos que o Ministério da Educação não pára de produzir legislação. Todos os Ministros tentam introduzir as suas mudanças sem consultar, na maior parte dos casos, os professores, cortando por completo tantos projectos, tantas iniciativas que estavam a ser consolidadas e a dar os seus frutos. Isto tem resultado numa degradação constante do sistema de ensino em Portugal.
Quando iniciei as minhas funções docentes, tudo o que fosse do 24 de Abril de 1974 era reaccionário e, por isso, tinha que ser radicalmente banido. Os alunos não podiam estar sujeitos aos ditados, às cópias, decorar a tabuada e os verbos, porque era antipedagógico aprender a escrever e a falar correctamente, a fazer contas, cálculos matemáticos, etc, usando esses métodos que, durante tantos anos, contribuíram para formar cidadãos que ainda hoje dão graças por tudo o que aprenderam. Toda a gente se lembra da grande qualidade do ensino ministrado nas antigas Escolas Comerciais e Industriais que lançaram para a vida tantos cidadãos bem formados, contribuindo, ao longo dos tempos, para o prestígio e enriquecimento do país. Por que razão não se retira apenas o que necessita de ser aperfeiçoado em vez de cortar por completo aquilo que estava a ser desenvolvido com tanto sucesso? A ideologia política e as birras pessoais não podem ser o motivo para tanta mudança num ministério que superintende na educação daqueles que vão ser os principais obreiros de um país. Sou apologista da mudança, do aperfeiçoamento, mas não é por causa de mudar um regime ou apenas um Ministro que se vai menosprezar todo o trabalho precedente sem termos em conta os seus resultados.
A qualidade do sistema de ensino em Portugal tem vindo a declinar e a degradar-se a uma velocidade vertiginosa com principal incidência nestes últimos anos. Como é possível passar-se de uma escola exigente, disciplinada, formadora para uma situação em que esses atributos estão a desaparecer por completo? Quem são os seus principais causadores? Quais serão os benefícios de uma classe docente completamente desacreditada e imobilizada? Tolera-se haver situações em que os docentes se sentem amedrontados e desautorizados? Tolera-se culpabilizar o professor por não conseguir encontrar as soluções para resolver as dificuldades de alunos indisciplinados e mal-educados? Quem foram esses iluminados (por exemplo: “é indispensável explicitar/negociar os critérios de avaliação com os alunos para que estes possam contribuir para a aprendizagem”- coitadinhos!) que inventaram tantas correntes pedagógicas que, ao longo destas últimas décadas, só vieram arruinar o nosso sistema de ensino? Para reprovar um aluno, seja em que caso for, será preciso o encarregado de educação assinar? Afinal o aluno onde e a quem presta as provas? Será preciso negociar tudo e mais alguma coisa com os alunos? Será antipedagógico o professor impor a autoridade na sala de aula, ter o seu estatuto próprio, realçando o seu papel de educador? Meus caros leitores, enquanto o nosso ministério andar aos ziguezagues, sem encontrar um rumo certo e não restituir o ânimo, a confiança e a autoridade perdida aos professores, não chegamos a lado algum. Façamos uma retrospectiva aos resultados da formação integral ministrada nas escolas em períodos mais afastados e aos verificados nos últimos tempos! Vejamos a diferença entre as escolas públicas e as privadas. As conclusões são óbvias.
O Decreto-Lei nº 75/2008 de 22 de Abril veio regulamentar o regime de autonomia, administração das escolas, visando reforçar a participação das famílias e das comunidades, favorecendo “a constituição de lideranças fortes” e o reforço da autonomia das escolas, criando o cargo de director que teve como principal objectivo “reforçar a liderança nas escolas, uma das medidas mais relevantes na reorganização do regime de administração escolar… o reforço da liderança das escolas pressupõe que em cada estabelecimento de ensino exista um rosto, um primeiro responsável, dotado da autoridade necessária para desenvolver o projecto educativo da escola e executar localmente as medidas de política educativa.” Os mega-agrupamentos são um grande exemplo dos ziguezagues deste governo que não sabe onde quer chegar, vindo contrariar, num curto espaço de tempo, a tal liderança forte referida no citado decreto. Para isso, deixava vigorar, com alguns acertos, o Decreto-Lei nº 115-A/98, de 4 de Maio que era bastante equilibrado. Que lógica é essa, no prazo de dois anos e uns meses, avançar, sem grandes critérios, para um novo processo de transição dos órgãos directivos em alguns agrupamentos? É assim que se reforça a liderança nas escolas e se fomenta a autonomia? Como se pode trabalhar numa escola quando não há uma definição clara do que se pretende? Isso fomenta uma despersonalização na relação entre os vários intervenientes dos inúmeros estabelecimentos de ensino, que se pretendem agrupar, com os milhares de alunos tão dispersos geograficamente, sobretudo em algumas zonas do país.
O Director da Associação de Directores de Agrupamentos de Escolas Públicas, Adalmiro da Fonseca, diz que o governo “andou depressa demais, andou sozinho…vamos fazer um protesto pela maneira como os directores foram tratados, foram contactados pelo telefone a dizer que tinham de sair e deixavam de ser directores…sentimo-nos desrespeitados.” Estou completamente de acordo com estas afirmações, pois são medidas apenas economicistas, só foi pena alguns directores das escolas e agrupamentos deste país, nas lutas travadas nos últimos tempos, não terem apoiado mais os seus colegas que sempre lutaram por causas justas, inclusivamente com a divisão da carreira (Decreto-Lei nº 15/2007 de 19 de Janeiro) e outras trapalhadas (que foram tantas!) que eu sempre denunciei neste jornal."

* Ex-professor da Escola Monsenhor Elísio de Araújo - Pico de Regalados

Wednesday, July 14, 2010

A Educaçãorrota

O (extracto do) texto que se segue, da autoria de Santana Castilho e publicado no jornal Público, (23 de Junho) tem quase um mês, mas (infelizmente) não perdeu actualidade. Os problemas da educação afiguram-se crónicos e irresolúvies!

"Aos Magalhães, aos quadros interactivos e a toda a corte de gadgets electrónicos, enganosos salvadores da ignorância que floresce, acrescentam-se agora os gadgets pedagógicos e organizacionais do momento: a learning street e os megagrupamentos de escolas. Sob os auspícios da Parque Oculta (...) as direcções regionais iniciaram a fusão dos agrupamentos existentes. Trata-se de arrebanhar crianças de tenra idade, retirá-las do seio familiar contra a vontade dos progenitores e abandoná-las numa comunidade de milhares de alunos com idades que vão até aos 18 anos (apontam os 3000 como limite, mas com a credibilidade que lhe conhecemos, só eles sabem onde a loucura os pode deter).Perfilam-se surreais ligações administrativas e pedagógicas de escolas separadas por dezenas de quilómetros, com projectos educativos tão idênticos como a velocidade e o toucinho. Adivinham-se os inerentes megagrupamentos de docentes e a megamobilidade dos ditos, com o primeiro tempo da tarde a quilómetros do local onde leccionaram de manhã (...). Com esta desumana fórmula de gerir escolas, a decantada qualidade do ensino deteriorar-se-á ainda mais. Desaparecerá a gestão de proximidade que o acto educativo não pode dispensar. O que restava da pedagogia cederá passo ao centralismo administrativo que, sendo já mau, agora fica gigantescamente deplorável. O caciquismo vai refinar-se, a burocracia expandir-se e a indisciplina aumentar. Não esperem que se aprenda mais ou que o abandono e o insucesso escolar diminuam. Só florescerá a aldrabice das estatísticas e a crista dos galos que permanecerem nos poleiros.
Toda a lógica gestionária, entronada há apenas um ano como a (e sublinho o artigo definido) solução, já vai de arrasto, directores às urtigas, órgãos dos agrupamentos às malvas. Não é exequível qualquer projecto educativo com tais loucos ao leme. Não são criminosos no sentido penal do termo. Mas são hediondos criminosos pedagógicos. Não só escaqueiraram o que encontraram, como deixam armadilhado o caminho dos que se seguirem, que outra alternativa não terão senão voltar a virar tudo do avesso, salvo se forem tão insanos como eles.
O sistema educativo não aguenta tamanha instabilidade. Tudo o que possa ser sério e válido é visceralmente incompatível com este tumulto. Para fazer o que a nação reclama que seja feito, quem se seguir tem que se alicerçar num diálogo social e num pacto político que gere estabilidade à volta do que é estruturante. Doutra forma o sistema soçobra. Percebo bem que os portugueses se preocupem com a bancarrota.
Não entendo que não reajam à "educaçãorrota". Depois de lhes sacrificarem os filhos, ainda não se dispõem a defender os netos? O ano lectivo vai terminar de forma grotesca. De fanfarronada em fanfarronada, os sindicatos foram ao tapete: cederam na aberração da avaliação do desempenho; aguardam com a paciência dos desistentes um estatuto de carreira por promulgar que, em boa verdade, só muda as moscas; assistiram ao sacrifício dos contratados e ao adiamento de tudo o que libertasse os professores da escravidão em que caíram. Pactuaram quando tinham que ser firmes. Persistiram no erro quando puderam reconhecê-lo. E, não contentes, espadeiraram contra os que estavam do seu lado, cegos pela ganância de não partilharem o protagonismo das negociações eternas.
Cabe aos professores rejeitarem vigorosamente o papel de simples sujeitos mercadoria que o gadgetismo irresponsável lhes reserva, impondo-lhes, como se desejo seu fosse, toda a sorte de porcaria perniciosa. Mas não cabe só aos professores. É tempo de (...) dizer (...) a dissimulada mas escandalosa privatização do Ministério da Educação, que o polvo da Parque Escolar vai sorvendo; dizer, com urgência, se acompanha ou não a subalternização da sala de aula e a substituição do ensino pelo entretenimento atrevido e ignorante do "eduquês" pós-moderno (...)."

Santana Castilho

Monday, July 12, 2010

SPM arrasa metas de aprendizagem da Matemática

1. A Sociedade Portuguesa de Matemática começa por salientar que o projecto de metas para a disciplina de Matemática apresentado dia 29 de Junho foi feito sem qualquer contributo da nossa Sociedade, apesar de há muito a SPM ser a única organização que tem pugnado por metas de aprendizagem, ou seja, pela clarificação de objectivos claros, simples de descrever, precisos e mensuráveis. A responsabilidade dessa omissão deve-se exclusivamente à equipa destacada para elaborar as ditas metas. De facto, a SPM expressou directamente a sua disponibilidade para colaborar neste processo, e os responsáveis optaram por escolher uma equipa sem um único matemático e constituída por pessoas da área da educação que repetidamente se têm oposto à organização do ensino com metas precisas. Este facto paradoxal deve ser tido em conta para perceber:
(i) a inexistência de responsabilidades da SPM pelas falhas do documento proposto,
(ii) o repetido e consciente afastamento dos matemáticos portugueses da colaboração nas orientações educativas,
(iii) a origem de algumas das consequentes limitações do documento.
2. O documento em apreciação tem limitações muito graves e não nos parece que possa sequer constituir um elemento de partida para a elaboração de metas, no sentido acima definido e que corresponde, no nosso melhor entendimento, ao cometimento da Senhora Ministra (attainment targets, learning outcomes ou standards).
O documento é vago, demasiado extenso (56 páginas) e pouco claro. Não clarifica metas para o programa (76 páginas), limitando-se a repetir, com insuficiências, o que nele está estabelecido. Confunde metas com processos de ensino e confunde metas cognitivas com atitudes.
Apesar da herança de um diploma orientador lamentável, como o é o Currículo Nacional do Ensino Básico — Competências Essenciais, que menospreza o valor do conhecimento e das metas cognitivas, preconizando antes o desenvolvimento de competências práticas, seria certamente possível construir um documento mais bem estruturado, mais coerente e mais útil para escolas, professores e pais.
A propósito desta referência, vale a pena salientar o progressivo afastamento, pelo menos na forma, da orientação do ensino por competências. A SPM tem repetidamente criticado esta orientação desactualizada e ideologicamente marcada, propondo que se fale antes em conhecimentos e capacidades. Curiosamente, a palavra “competências” não aparece uma única vez no documento geral de proposta de metas nem no documento de metas para a Matemática. Começam a ser separados conhecimentos e listadas expressamente capacidades. É bom que assim seja, embora seja triste termos tido de esperar quase 10 anos para que fosse dada razão, pelo menos na forma, às críticas da SPM. Infelizmente, como em seguida mostramos, essa mudança é apenas de linguagem.
Construir metas razoáveis para o ensino da matemática é uma tarefa facilitada por alguns documentos internacionais de que são exemplo recente os “Common Core Math Standards” norte-americanos. Seria útil consultar, por exemplo, as metas estabelecidas no Reino Unido para o ensino da matemática no equivalente ao Ensino Básico (http://curriculum.qcda.gov.uk). Seria útil também, tal como nos documentos britânicos, estabelecer os níveis de alcance de cada objectivo cognitivo e em diversos anos de escolaridade.
Particularizamos em seguida as nossas principais críticas e sugestões.
3. No preâmbulo, defende-se uma organização em termos e conceitos pedagógicos vagos: “temas matemáticos”, “capacidades transversais” e “eixos fundamentais”. Diz-se que as metas “não substituem o programa” e não se indicam precedências, quando isto seria fundamental para organizar o alcance das metas.
A linguagem é, em geral, pouco precisa. Que quer dizer, por exemplo, que se deseja que o aluno, à entrada do 1.º ciclo (p. 3), “Classifica objectos, fazendo escolhas e explicando as suas decisões”? E como se lhe pode pedir que utilize “diagramas de Venn, quando solicitado”? E que quer dizer “Classifica objectos identificando as suas semelhanças e diferenças”?
Mais grave ainda: que significa “Escuta os colegas e contrapõe as suas ideias”? É esta uma meta matemática? E apenas à entrada do 1.º ciclo? Estes objectivos são tão vagos que são comuns a várias disciplinas e a todos os anos de escolaridade. Na realidade nada se está a estabelecer.
Outro exemplo preocupante é a meta estabelecida na página 6: “Discute ideias matemáticas”. Poderia pensar-se que esta “capacidade transversal” iria ser melhor caracterizada na coluna intitulada “Especificação das Metas”. No entanto, o que aí aparece é apenas “Discute resultados, processos e ideias matemáticos.”
Finalmente, é muito prejudicial que sejam estabelecidas metas correspondentes a níveis cognitivos superiores ignorando a necessidade de atingir níveis mais básicos. Esse tem sido um erro fundamental de orientação educativa. Veja-se, na página 5, as metas “Justifica resultados Matemáticos” e “Formula e testa conjecturas”. Além de serem objectivos vagos (que conjecturas? que grau de justificação?), são objectivos desorganizadores do ensino se não forem claramente precedidos de informação e treino que permita dar significado às justificações e conjecturas. É necessário dar precedência a actividades e objectivos muito mais elementares tais como, por exemplo, comparar, classificar e ordenar.
4. Repetidamente, o documento confunde metas com processos, repisando uma prática pedagógica nefasta que a SPM tem criticado. Veja-se, por exemplo, a página 11: “Constrói, justificando o processo usado e memoriza as tabuadas do 2, 5, 10, 4, 3 e 6.” (sic!).
Tudo isto corresponde a uma teoria pedagógica que menoriza os objectivos de conhecimento matemáticos e enfatiza os processos de ensino. O que cabe numa listagem de metas é a enumeração e justificação de objectivos para a matemática, não a descrição da maneira de os atingir. Além disso, como temos frisado, a ideia de que tudo precisa de uma justificação e de um processo de construção que conduza a uma “memorização” raciocinada é uma ideia errada que tem destruído o alcance das etapas cognitivas básicas. Tem-se, por exemplo, evitado memorizar a tabuada com o pretexto de se procurarem alcançar etapas mais avançadas que depois não se atingem. É a repetição do dogma pedagógico da “construção do conhecimento” que tantos prejuízos tem causado.
5. O documento confunde também metas de aprendizagem concretas com objectivos vagos que têm causado danos, precisamente pelo seu carácter ambíguo e pretensamente ambicioso que conduz a uma desorganização do ensino.
Veja-se, por exemplo, na página 15: “compara e descreve sólidos geométricos, identificando semelhanças e diferenças”. De que sólidos se trata? Que propriedades estão em causa na comparação? Nada disto é dito, fazendo com que este objectivo seja tão aplicável no 1.º ciclo como em todos eles e mesmo em cadeiras de pós-graduação universitárias.
Insuficiências deste tipo abundam. Repare-se, por exemplo, na página 13, “Realiza estimativas de uma dada quantidade”, mas não se explica de que tipo de estimativas se trata e com que regras devem ser obtidas. E na página 16: “Resolve problemas envolvendo propriedades das figuras geométricas no plano e no espaço”. Que tipo de problemas? Que tipo de propriedades?
Contraste-se, ainda, na página 48, um objectivo concreto com uma formulação vaga de uma referência pedagógica inútil. O objectivo concreto, que apoiamos para o 9.º ano (e ainda para anos anteriores), está assim formulado: “Resolve sistemas de duas equações do 1.º grau a duas incógnitas.” E a referência vaga que se apresenta ao mesmo nível e logo por debaixo deste objectivo é: “Representa informação, ideias e conceitos matemáticos de diversas formas.”
É preciso dizer-se claramente, para que se perceba este erro crucial do documento: o objectivo de representar informações, ideias e conceitos de diversas formas é tão apropriado ao 1.º ciclo, como a alunos do 9.º ano, como a matemáticos profissionais doutorados. E quando uma formulação é tão vaga que nada restringe — sabe-se pelo menos desde Aristóteles — ela é inútil. Infelizmente, este documento está repleto de formulações inúteis. Em termos pedagógicos isto é mais do que supérfluo, é prejudicial.
Se verificarmos ainda que as “capacidades transversais” para o 1.º (p. 5), o 2.º (p.22) e o 3.º (p. 35) ciclos são praticamente idênticas, com frases repetidas ipsis verbis em cada ciclo, percebemos que este problema atravessa todo o documento.
6. A SPM alerta para a necessidade de estabelecer metas precisas, verificáveis e bem estruturadas, objectivo que este documento não alcança. E alerta igualmente para o perigo de transformar esta actividade de elaboração de metas, a exemplo do que infelizmente está a acontecer com a aplicação do novo programa de matemática do E.B., num processo de doutrinação pedagógica dos professores para práticas dispersas, baseadas exclusivamente em actividades não estruturadas e sem conteúdos claros. Ou seja, este caminho ameaça que se venha a transformar uma oportunidade de contribuir para a melhoria do ensino da matemática numa ocasião para destruir a implementação de metas.

O Gabinete do Ensino Básico e Secundário da Sociedade Portuguesa de Matemática

Wednesday, July 07, 2010

Promiscuidade público- privado e corrupção

Transcrição seguida de artigo de NOTA:
Parlamento SGPSJornal de Notícias. 07-07-2010. Por Paulo Morais.

Na recente cimeira da Transparência Internacional, na Albânia, a representante da Mongólia confidenciava-me que no seu país a maioria dos parlamentares tinha ligações ao mundo dos negócios. E atribuía a este facto a existência de elevados níveis de corrupção. E por cá? Estaremos melhor que os mongóis?Parece que não. As ligações empresariais dos deputados fazem-se sentir em múltiplos sectores, e principalmente naqueles em que a promiscuidade com o Estado é mais rentável, das obras públicas ao ambiente, das finanças à saúde.Os deputados detentores de grandes escritórios de advogados são a face mais visível desta realidade. De cada vez que um deputado/advogado debate ou elabora legislação, vacila entre lealdade ao povo que o elege e a fidelidade às empresas que lhe pagam.Mas esta duplicidade de papéis sente-se em cada sala do Parlamento. Quando reúne a comissão parlamentar de obras públicas, com seis dos seus membros directamente ligados ao meio, mais parece estar reunida uma associação empresarial do sector. Afinal, que interesses ali se defendem? Os deputados/empresários representam o povo junto do sector, ou o sector junto do Estado?E na saúde? Também se deverá sentir desconfortável o presidente da comissão, Couto dos Santos, administrador da construtora MonteAdriano, quando se discutam obras em hospitais ou centros de saúde.E por aí fora. O despudor é de tal ordem que até a comissão de combate à corrupção foi presidida por Vera Jardim que, na sua qualidade de presidente do Banco Bilbao Viscaya e duma leasing imobiliária, representa os sectores mais permeáveis à corrupção, a finança e a construção civil; já para não falar do seu vice-presidente, Lobo de Ávila, que pertence aos órgãos sociais das empresas de Miguel Pais do Amaral, com inúmeras ligações ao Estado.Os exemplos são inúmeros, a promiscuidade entre política e negócios é regra. A Assembleia aviltou-se e já nem parece um parlamento democrático. É mais um escritório de representações.


NOTA:Seria interessante que os mais altos representantes da Nação viessem explicar aos portugueses, de forma clara e não para camuflar e enganar, aquilo que se passa e, no caso de se comprovar o que o articulista diz, fossem anunciadas medidas efectivas para moralizar a vida pública em Portugal, a fim de credibilizar a Política e de dar aos contribuintes motivo para passar a respeitar os eleitos e neles poderem ter confiança.

Friday, June 18, 2010

Idiotices

Da pena do genial Antero.

Thursday, June 17, 2010

Reposição da Justiça: Pinto de Sousa não é Sócrates

( recebido por correio electrónico )

Reposição de Justiça. Sócrates não é Sócrates.


Em defesa do verdadeiro.





Socrates (????????), c. 469 aC-399 aC

Sócrates (Pinto de Sousa)



Sobre o Conhecimento


Buscava o Conhecimento.

O seu método para alcançá-lo era o diálogo e a humildade em formular todas as perguntas.

Cultiva e promove o Desconhecimento.

O seu método para alcançá-lo é o monólogo e a arrogância de calar todas as perguntas.

Lema


Só sei que nada sei.

Eu é que sei.

Rupturas


Provocou uma ruptura sem precedentes na Filosofia grega.

Provocou uma ruptura sem precedentes na auto-estima dos portugueses.

Sobre si próprio


Intitulava-se "um homem pacífico"

Intitula-se "um animal feroz".

Pensamento sobre Juízes e Justiça


Quatro características deve ter um juiz: ouvir cortesmente, responder sabiamente, ponderar prudentemente e decidir imparcialmente.

Quatro características deve ter um juiz: não ouvir escutas, responder obedientemente, ponderar nos riscos que corre e decidir se quer continuar a ter emprego.

Condenações

Podia ter evitado sua condenação se tivesse desistido da procura da vida justa. Mesmo depois de sua condenação, podia ter evitado a morte se aproveitasse a ajuda de amigos para fugir.

Acreditava que o melhor modo para as pessoas viverem era através do próprio desenvolvimento, ao invés de buscar a riqueza material; e que ao relacionar-se com os membros de um parlamento (nunca aderiu à democracia Aristotélica) a própria pessoa estaria sendo hipócrita.

Foi condenado à morte por cicuta.

Usa os amigos a seu bel-prazer e proveito, atribuindo-lhes cargos e (i)responsabilidades com ordenados milionários.

A sua única fidelização reconhecida é a da procura da riqueza material, o que faz sem olhar a meios.

Está envolvido em escutas, Freeport, Licenciatura fraudulenta, negócios obscuros, tráfico de influências.

Nunca foi condenado...

Legado

Deixou-nos incontáveis dádivas.

Deixa-nos incontáveis dívidas.

Tuesday, June 15, 2010

Palavras e actos desavindos

Recebi por e-mail este texto que transcrevo. Trata de uma realidade que está muito distante do ideal que todos desejamos. Merece ser meditado e suscitar de cada um o esforço possível para melhorar esta «cultura» nacional.

As palavras valem cada vez menos, os actos cada vez mais!
Público, 2010.06.11. Por José Manuel Fernandes.

Lembram-se do 10 de Junho de 2009? Poucos se recordarão - até porque demasiados trataram de fazer o contrário do que então lá se recomendava.António Barreto - que ontem voltou a fazer um discurso notável, só que centrado na necessidade de o país honrar os seus ex-combatentes - pregou então as virtudes do exemplo. "Dê-se o exemplo de um poder firme, mas flexível, e a democracia melhorará", disse então. "Dê-se o exemplo de honestidade e verdade, e a corrupção diminuirá. Dê-se o exemplo de tratamento humano e justo e a crispação reduzir-se-á. Dê-se o exemplo de trabalho, de poupança e de investimento e a economia sentirá os seus efeitos."Dificilmente se poderia ter ido, nos 12 meses que desde então decorreram, por caminhos mais radicalmente distintos. O poder não foi firme, antes teve tiques de autoritarismo, e também não foi flexível, porque foi errático. Não houve nem honestidade nem verdade, pois assistimos a grosseiros casos de manipulação dos poderes públicos e a uma campanha eleitoral erguida sobre um castelo de mentiras que a dura realidade desmascarou sem delonga. E também não houve nem poupança nem investimento saudável, antes endividamento e delapidação do escasso património da nação.Pior: se há um ano António Barreto apelou a que se tivesse "consciência de que, em tempos de excesso de informação e de propaganda", as palavras dos políticos, empresários, sindicalistas e funcionários "são cada vez mais vazias e inúteis" e que o seu "exemplo é cada vez mais decisivo", o ciclo eleitoral e o ciclo dos orçamentos e dos PEC mostrou como há quem nada tenha aprendido e repita, de forma cada vez mais patética, um discurso propagandístico sem colagem com a realidade.Não surpreende, por isso, que, não tendo o socratismo vigente entendido que "em momentos de crise económica, de abaixamento dos critérios morais no exercício de funções empresariais ou políticas, o bom exemplo pode ser a chave, não para as soluções milagrosas, mas para o esforço de recuperação do país", se tenham sucedido os maus exemplos e o país esteja hoje mais longe da recuperação do que estava há um ano. Na verdade, como aqui escrevi a semana passada, a miséria moral que mina as fileiras do partido maioritário não é apenas lamentável e indecorosa, é politicamente corrosiva.Assim, ao contrário do que alguns trataram de dizer precipitadamente, o discurso de ontem do Presidente da República não é tão inócuo como uma leitura apressada do seu apelo a não existirem "crispações inúteis" pode fazer crer. Isto porque Cavaco Silva disse, com clareza, que a "coesão nacional exige que a sociedade se reveja no rumo da acção política". Ou seja, não só "os sacrifícios que fazemos têm de ser repartidos de forma equitativa e justa e, mais do que isso, têm de possuir um sentido claro e transparente, que todos compreendam", como é fundamental não esquecer que "não se podem pedir sacrifícios sem se explicar a sua razão de ser, que finalidades e objectivos se perseguem, que destino irá ser dado ao produto daquilo de que abrimos mão".O contraste entre estas máximas e a forma atabalhoada como se tem vindo a despejar medidas sem coerência nem visão, ou sem sequer se ter o cuidado de cumprir as normas constitucionais, não podia ser maior. Pelo que, ao lembrar que "quanto mais se exigir do povo, mais o povo exigirá dos que o governam", o Presidente começou a abrir caminho para a hipótese de dissolução. Até porque no dia em que os eleitores ("a sociedade") não se revirem no rumo do país, será necessário ouvir os eleitores.Há um ano, no 10 de Junho de Santarém, Cavaco Silva disse que "a verdade gera confiança, a ilusão é fonte de descrença", acrescentando que, "tanto no Estado como na sociedade civil, é preciso adoptar uma cultura de transparência e de prestação de contas". Agora acrescentou, quase enigmaticamente, que "os portugueses anseiam por limpar Portugal, aspiram a um país mais são, mais limpo, não querem viver numa atmosfera carregada e irrespirável". Faltou-lhe esclarecer que o lixo não está apenas espalhado pelas florestas portuguesas por falta de civismo, mas que do mais alto do poder executivo vêm os piores exemplos e o teimoso autismo que o impediu de escutar os avisos neste caminho para a insustentabilidade e hoje o impede de restaurar um clima de confiança. Um autismo que, de resto, José Sócrates manifestou na sua reacção às palavras do Presidente, ao considerar - no dia seguinte a termos contraído empréstimos a um juro superior ao que a Grécia pagará no plano de ajuda financeira da União Europeia (UE) e do Fundo Monetário Internacional (FMI) - que a nossa situação não é insustentável...Ora é exactamente neste ponto que Cavaco Silva se deixa não só aprisionar pelos limites dos seus poderes presidenciais, como pelos cálculos inerentes ao calendário das Presidenciais, como ainda pela sua própria dificuldade em imaginar um país e um rumo realmente distintos. Mas encontrar esse país e esse rumo é, acredito, a única forma de sairmos do buraco onde nos deixámos aprisionar.Se olharmos para o que nos propomos fazer para enfrentar a crise das finanças públicas - no essencial aumentar a carga fiscal - e aquilo que países como o Reino Unido, a Alemanha e a própria Espanha se propõem fazer - no essencial reduzir a despesa pública -, verificamos como insistimos em escavar a nossa sepultura. Pela simples razão de que o nosso principal problema é a falta de competitividade da nossa economia e nenhuma economia se torna mais competitiva quando as empresas e os cidadãos pagam mais impostos mas não recebem mais e melhores serviços públicos.Se, em contrapartida, olharmos para os serviços públicos e verificarmos que muitos deles são redundantes, agravam as distorções sociais ao introduzir rigidez e centralismo onde deveria haver imaginação, inovação e descentralização, e até poderiam desaparecer de um dia para o outro que nem daríamos por isso, então agradeceríamos todo o espaço que fosse devolvido aos portugueses.Como disse D. Manuel Clemente, bispo do Porto, na cerimónia de entrega do Prémio Pessoa, "o melhor de Portugal pouco aparece e não abre geralmente os noticiários (...) mas existe e por ele mesmo continuamos nós a existir - apesar de tudo, mas não apesar de nós". Ora esse "melhor de Portugal" que se encontra "em muitas escolas, estatais ou particulares, em muitos estabelecimentos de saúde, serviços públicos e instituições particulares de solidariedade social", ou na vontade de vencer de muitos jovens licenciados, ou entre os "empresários e gestores com verdadeiro sentido de missão, que revelam surpreendente capacidade de inovar e conquistar mercados", esse melhor de Portugal precisa de mais espaço e de mais liberdade para triunfar. Não precisa, sobretudo, de um Estado controlador, dirigista, paquidérmico e submetido aos senhores do momento.Querem um exemplo? Precisamos de escolas e de professores com mais autonomia e responsabilidade para, face a um aluno de 15 anos retido no 8.º ano, decidirem se este deve ou não ter uma oportunidade para tentar chegar ao 10.º ano, não precisamos de um ministério a passar quase administrativamente alunos ad hoc por esse país fora. Infelizmente, nos últimos anos, em Portugal tudo se centralizou, para tudo se criaram regulamentos e comissões e por todo o lado se desconfiou da imaginação e da iniciativa dos portugueses.

Jornalista


Será que Ricardo Rodrigues também considera que a proposta de Relatório da Comissão de Inquérito ao envolvimento do Governo no negócio da compra da TVI constitui uma "violência psicológica insuportável", agora contra o 'chefe máximo'?
Quando o representante do PS na comissão de inquérito é um ladrão de gravadores não há mais comentários a fazer.

Friday, June 04, 2010

A Casa Real Espanhola custa quase 1/3 dos gastos da Presidencia da República Portuguesa

O Diário de Noticias publicou recentemente os valores do custo da Casa Real Espanhola, da Casa Real Britânica, da Casa Real Sueca e da Presidência da República Portuguesa.
Veja-se aqui
Por incrivel que pareça o Orçamento da Presidência da República Portuguesa é de 20,7 milhões de euros.
O orçamento da Casa Real espanhola é de 8,9 milhões.
Os desgraçados portugueses gastam mais de 20 milhões com o funcionamento da Presidência da República .
Para Cavaco Silva fazer o quê?
Se compararmos o orçamento da casa Real do Reino Unido - de pouco mais de 48 milhões de euros e notarmos que a Rainha de Inglaterra é Chefe de Estado do Canadá e da Austrália, vemos a extensão do abuso, da enorme falta de senso e dos limites em Portugal.
Cavaco Silva contribui para a miséria dos portugueses com mais de 20 milhões de euros de gastos.
Se somarmos a isto o facto de o Governador do banco de Portugal ganhar mais que o homólogo dos EUA vemos bem a falta de tato e de responsabilidade dos políticos portugueses.
Paga Zó Povinho!
O Rei de Espanha agiu agora para baixar o seu orçamento.
Cavaco Silva nem uma palavra.
Seria bom que esclarecesse os portugueses , publicamente, da necessidade de a Presidência da República Portuguesa gastar tanto.
Nomeadamente esclarecer para que necessita de tanto dinheiro; Onde o aplica; Porque não baixa o orçamento.
O Orçamento da Presidência da República Portuguesa não deveria ser superior a 3 milhões de euros e mesmo assim seria comparativamente muito superior ao espanhol.
Cavaco Silva e os seus serviço devem apertar o cinto, e dar o exemplo.

ME aprova medida que permite a alunos saltarem do 8º ano para o 10º ano

A história vem contada no iOnline de hoje.
Os alunos com mais de 15 anos retidos no 8.o ano de escolaridade têm este ano lectivo mais uma hipótese para concluir o ensino básico. Para isso é preciso que se autoproponham às provas nacionais de Português e de Matemática do final do 3.o ciclo, em Julho, e façam ainda os exames a nível de escola em todas as disciplinas do 9.o ano. Em caso de aproveitamento, transitam directamente para o 10.o ano, terminando assim o ensino básico, sem que para isso seja necessário passar pelo 9.o ano.
Se os que têm mais de 18 anos de idade são presenteados com certificados dos 9º e 12º anos bastando para isso frequentarem o Novas Oportunidades durante seis meses, onde se dedicam à tarefa gigantesca de construir uma história de vida com a ajuda de uma psicóloga ou socióloga, por que razão os alunos de 15 anos não podem saltar do 8º para o 10º ano?
Eu até vou mais longe: se o Povo continuar a acreditar na utopia socialista, virá o tempo em que, no momento da escolha do nome da criança, em plena Conservatória do Registo Civil, a conservadora perguntará aos orgulhoso pais: qual é a licenciatura que coloco no registo? E os babosos pais poderão, alegremente, regressar a casa com mais um filho doutor

As escolhas de Balsemão

Não terá sido por acaso que Balsemão nunca convidou o primeiro-ministro, José Pinto de Sousa, e preferiu levar consigo o ministro das Finanças ao encontro Bilderberg deste ano. Não é difícil perceber a razão, num momento de crise económica e de indefinição estratégica em Portugal: hoje, mais do que nunca, Teixeira dos Santos é o último reduto de credibilidade de um governo que todos perceberam que já acabou. Falta saber quando é que o sr. Sousa dará por isso.

Debate sobre uma " Ponte" de Deputados e de seis ministros

( artigo de J. M. Fernandes- Público )

«Entendem [a velha esquerda jacobina representada, na AR, por emproados alarves como Assis, o sr. Sousa Pinto, o gamador de gravadores e a D. de Medeiros], por exemplo, que a defesa dos princípios da solidariedade social - praticada pelo Estado, está bem de ver - os isenta de penas de consciência ou de obrigações de fraternidade pessoal. E depreciam a virtude da caridade, enquanto comemoram a engenharia social dos "avanços civilizacionais" à mesa da Bica do Sapato, nem sequer se lembrando que lhes competia governar para todos. Acreditam ser mais inteligentes, mais cultos e mais "abertos" do que os outros, e por isso devedores de apreço e consideração. Se não praticam a probidade, bem pelo contrário, acham que o seu "desinteresse" de princípio os autoriza a reivindicarem regalias extra. E se lhes sai, por engano, uma Carolina Patrocínio a quem as empregadas tiram os caroços às cerejas, assobiam para o lado: afinal, ela é "de esquerda", e aos "de esquerda" perdoa-se tudo. Não surpreende por isso que, nos gabinetes ministeriais, sobrem os meios e se multipliquem os lugares. Não surpreende que, em ano de crise, esses gabinetes consumam mais dinheiro e que o maior aumento percentual nos seus gastos tenha sido nas rubricas de suplementos e prémios e nas despesas de representação. Como da mesma forma não surpreende que José Sócrates tenha embaraçado a nossa representação no Rio de Janeiro ao preferir ir jantar a um restaurante italiano da moda, deixando de fora dezenas de convidados da área da cultura (para "cultura" bastou-lhe a visita a Chico Buarque, mais uma vez pretextos para mentiras desavergonhadas). Como não surpreende que tenha ao serviço do seu gabinete nada menos de 12 motoristas... Desenganem-se também os que julgam que este vírus apenas ataca o socratismo mais empedernido. Ele é contagioso e o primeiro-ministro já tratou de o impor mesmo ao Bloco e ao PCP. Só se assim se compreende, por exemplo, que tenhamos assistido estupefactos à forma como estes dois partidos da velhíssima esquerda radical vieram a terreiro defender a imediata construção do TGV, uma obra que beneficia muito pouco os trabalhadores que dizem defender e muitíssimo empresas como a inevitável Mota-Engil. Aqui o que venceu foi o preconceito ideológico, mostrando como até o PCP está hoje desligado do sentimento dos mais aflitos - um preconceito com que José Sócrates jogou de forma habilidosa, ao virar-se para Louçã e Jerónimo, no Parlamento, e dizer-lhes para se lembrarem da ideologia. Faltou explicar que ideologia, mas nos tempos que correm até o keynesianismo de pacotilha do ministro das Obras Públicas já encaixa no marxismo-leninismo-trostkismo do Bloco e do PCP. Aparentemente basta que seja o Estado a meter a mão e se crie a ilusão de que os políticos é que estão ao comando e que os "especuladores" estão ao largo.»

José Manuel Fernandes, Público

Wednesday, June 02, 2010

Miguel Vale de Almeida expõe prioridades: agora é autodeterminação sexual, a " parentalidade gay" e uns tais de "transgéneros"



Para quem tivesse dúvidas, Miguel Vale de Almeida, o deputado que Pinto de Sousa escolheu para roubar os votos gay ao Bloco, enuncia com clareza as próximas intenções do lobby, que sabe ser quem representa. E a palavra é clara: apresentar, ou antes ou depois do Verão, iniciativas legislativas conducentes à "Identidade de Género". Confesso que tive de ir ao google para me esclarecer. Suspeitava que se tratasse da famosa autodeterminação sexual, e, no fundo, é isso mesmo. A prioridade do deputado Miguel Vale de Almeida, agora que poderá estar de casamento marcado, não é a crise ou o PEC, ou sequer a educação, a saúde ou a justiça. Miguel Vale De Almeida tem como prioridade a Lei da Identidade de Género, que permitirá a mudança do nome e sexo legais sem recorrer a um processo judicial. Porquê? Porque , diz o amigalhaço que almoçou com Pinto de Sousa , que o objectivo é incluír os "vários aspectos da parentalidade" (sic!).

Eu não sei se estaria na altura de alguém esplicar ao Sr. Deputado a história das abelhas e das flores. Da razão de ser da anatomia feminina diferir da masculina. Talvez aí ele pudesse percebe porque é que alguns cidadãos não sabem que não há "vários aspectos" na parentalidade gay, porque pura e simplesmente não há parentalidade gay. Tudo o resto é fantasia. Parentalidade resulta de uma concepção biológica que deveria ser o consumar de uma amor supremo, fiel, e consagrado diante do altar. Mas em qualquer caso, não dispensa essa, imagino que triste dicotomia para o MVA, entre homem e mulher. Sem as células reprodutores de ambos não há parentalidade. E por isso, por muito que o lobby gay insista, dois homens nunca gerarão um filho, nem duas mulheres. É a ordem natural da vida humana.
Claro que nos artificialismos legais da desordem emocional que caracteriza os sentimentos pelo mesmo sexo (curiosamente, há quem defina identida de género como "um transtorno de ordem psicológica e médica"), isso é irrelevante. Se dois gays vivem com uma criança um deles, pode mudar juridicamente de sexo, e na mentalidade jacobina do antropólogo MVA, a criança terá passado de facto a ter um pai e uma mãe. Que, imagino, porque a loucura é infinita, se poderão casar como homem e mulher no sentido genuíno. E assim torneiam o problema da adopção. Simples, não? Espero que o Professor Aníbal se venha a lembrar disto.

Monday, May 31, 2010

Os Portugueses não gostam de Estudar ?

Alguns portugueses são avessos ao estudo e essa tese e é suportada pelos resultados do PISA - que nos colocam sistematicamente no clube dos últimos a Leitura, Matemática e Ciências, apesar de a despesa em Educação se situar na média da OCDE - e pelo facto de os alunos portugueses no estrangeiro ocuparem os últimos lugares no aproveitamento escolar.
Pelo meio, há mentes brilhantes que se distinguem da mediocridade geral. Essas mentes brilhantes vão, quase sempre, procurar alimento espiritual nas Universidades e Institutos de Investigação estrangeiros. Alguns regressam mas a maioria fica por lá.
Julgo que o desinteresse pelo estudo começou a acentuar-se a partir da expulsão dos judeus. Fugiram de Portugal dezenas de milhares de portugueses. Entre eles, algumas das mentes mais brilhantes do país. A partir do reinado de D. Manuel, o país viveu sempre em crise.

José Matias identifica as razões:
"Pois não, não gostam. Gostam muito mais de conversar, de conviver, de fazer coisas que não exijam estarem quietos, com um livro à frente. E o desenvolvimento tecnológico também não veio ajudar nada, com toda a parafernália de aparelhos electrónicos que lhes vieram reduzir ainda mais a capacidade de concentração."

A destruição do sistema dual de educação, ocorrida em 1975, contribuiu para o agravamento do problema. É errado sujeitar todos os alunos ao mesmo programa de estudos. Os cursos profissionais e os CEF, criados à pressa e sem consistência, em muitas escolas secundárias públicas, foi uma oportunidade perdida para reconstruir o sistema dual. Seria mais sensato criar criar escolas técnicas centradas apenas na oferta de cursos profissionais e liceus vocacionados para o prosseguimentos de estudos de natureza académica.
Os alunos com gosto pelo estudo frequentariam os liceus. Os alunos sem gosto pelo estudo frequentariam as escolas técnicas. Pode parecer cruel mas é um sistema que existe em muitos países democráticos com resultados muito bons. Veja-se o caso da Suiça.
Da mesma forma que não se colocam atletas de alta competição a estagiarem ao lado de atletas amadores, também não é correcto meter nas mesmas escolas mentes brilhantes com alunos que não gostam de estudar.
O sistema que temos, falsamente inclusivo, é o pior dos dois mundos. Não houvesse preconceitos ideológicos e Portugal já teria recriado o sistema dual

Mas alguém ainda acredita neste indivíduo?

"Apoio Manuel Alegre de forma convicta", disse Pinto de Sousa , ontem à noite, no final da reunião da Comissão Nacional do PS. Até Manuel Alegre se deve estar a rir.

Saturday, May 29, 2010

Pinto de Sousa: explicações duvidosas...

Pinto de Sousa não nega sms de Vara e desvaloriza sondagem -

Pinto de Sousa confirmou hoje implicitamente ter recebido o sms de Armando Vara, noticiado hoje pelo jornal Sol, a avisá-lo de que o Jornal Nacional de Manuela Moura Guedes ia acabar, mas voltou a garantir que só soube da notícia “como todos os portugueses”, através da comunicação social.
-Em declarações aos jornalistas que o acompanham numa visita ao Brasil e à Venezuela, o primeiro-ministro afirmou que, nesse dia, estava de viagem de avião entre Porto e Lisboa, na hora a que terá sido enviado o sms, mas que não ligou logo o telemóvel.
Quanto à mensagem, afirmou tratar-se de um “sms privado” e disse que não falava em público sobre assuntos – as escutas – que acha não deverem ser divulgadas publicamente, como fez o Sol.
De resto, o primeiro-ministro qualificou a divulgação das escutas do caso Face Oculta como mais uma forma de o “atacar politicamente”.
Foi também só no final do dia, após mais um encontro com empresários no Consulado Geral no Rio de Janeiro, que o sr. Sousa falou sobre a sondagem da Marktest, que põe o PSD no limiar da maioria absoluta e o PS abaixo dos 30 por cento.
Para a desvalorizar e dizer que a sua única preocupação “é a governação do país”, Pinto de sousa lembrou que já é primeiro-ministro há cinco anos e viu “muitas sondagens”.

Comentário: Pela sua importância, passo a transcrever um comentário de Anónimo, publicado no Público: "A Maria Filomena Mónica foi a única pessoa que o chamou pelo nome "arrivista rasteiro", "complexado social" é o que este fulano é. Imaginem um daqueles tipos bem ressabiado por causa do que os outros têm ou apenas por serem de um escalão social diferente. Que luta toda a vida por trepar. Acaba por usar meios muitos duvidosos para o fazer. Arma-se com um bom paleio, tem uma figurinha jeitosa mas pouco mais. Lisonja aqui, facada nas costas acolá e vai subindo na politica. Chega a um ponto em que tem de ser respeitável. Já arranjou amigos suficientes para arranjar um diploma duvidoso. Passa de repente a Eng. Seja como for tb não precisa de trabalhar no ramo e ninguém vai perceber. Ás tantas a sua profissão já lhe permite fazer uns favores e começa o ciclo. Tem um bocadinho de poder e começa a juntar outros iguais a ele que o apoiam. Chegado ao topo percebe-se até que ponto é incompetente e vazio, sustentando-se apenas em propaganda e na tentativa de controlar quem não gosta dele. Esse é Sócrates. E temo que seja Passos Coelho também. Não é por acaso que as elites intelectuais abominam estes tipos sem valor e sem currículo. Uns zeros."

Corrupção, sim ou não???!!!

Depois da notícia «PGR diz que "Portugal não é um país de corruptos"» surge o artigo de opinião que se transcreve e que nos faz pensar num problema que, enriquecendo alguns portugueses, acaba por lesar os interesses do Estado e de todos nós.

Onde param os corruptos?
Correio da Manhã. 28 de Maio de 2010.
Por Eduardo Dâmaso, Director-Adjunto

Podemos dormir mais descansados. O procurador-geral da República garantiu ontem que Portugal "não é um País de corruptos". Vamos, por isso, recuperar mais depressa da crise económica porque não há evasão de capitais, não há apropriação de recursos públicos nem desperdício do dinheiro de todos nós. Ironia à parte, e respeitando a opinião de Pinto Monteiro, Portugal precisa de tudo menos destas visões suaves da realidade.É óbvio que Portugal não é um País de corruptos mas está abundantemente demonstrado que é um País com gravíssimos problemas de corrupção. Já nada adianta meter a cabeça na areia para não ver o que se passa. Não adianta roubar gravadores ou câmaras de filmar para evitar que certas realidades se descrevam.A realidade é o que é e mais tarde ou mais cedo acaba por se impor. Se Portugal não tivesse gente corrupta
- não se tinham perdido oitenta por cento dos fundos comunitários da formação profissional.
- Não havia uma derrapagem média nas obras públicas superior a cem por cento.
- Os milhões que Bruxelas deu à agricultura portuguesa teriam sido aplicados de outra maneira. - Nem as cidades teriam tantos problemas de urbanismo.
Agora, conceda-se, em matéria de corrupção cada um vê o que lhe interessa. E se preferimos ficar pela ‘verdade’ formal das estatísticas, então a realidade resplandecerá.

NOTA: Das quatro alíneas que o autor apresenta, verifica-se haver graves prejuízos para Portugal e, portanto, para todos os portugueses. A gestação e desenvolvimento da crise (que está a ser paga, com mais sacrifício, pelos mais carentes de recursos) passou por estes aspectos.

Friday, May 28, 2010

Porque a Crise quando nasce não é para todos



O forrobodó aconteceu, ao que me lembro, o ano passado, durante um ano de excepcional crescimento económico. Noticia enviada por correio electrónico

Thursday, May 27, 2010

É bom saber para onde vai o dinheiro dos nossos impostos

O Secretário de Estado dos Assuntos Fiscais, Sérgio Vasques, ficou há dias conhecido por defender a retroactividade das leis criadoras de impostos, quando sustentou que o aumento das taxas do IRS se aplicará a todo "rendimento anual" de 2010. Uma pequena inconstitucionalidade, sem qualquer importância, como está bom de ver.
Agora ficámos a saber que o secretário de Estado Sergio Vasques nomeou para o seu gabinete uma jovem advogada de 27 anos por 4088 euros mensais (mais IVA), quantia bastante acima da remuneração média dos juristas da ‘casa’.

A crise, de facto, não é para todos...

Pinto Monteiro é fixe!

A 23 de Abril, a Assembleia da República participou à Procuradoria-Geral da República que Rui Pedro Soares, o boy socialista amigo de Pinto de Sousa , cometeu um crime de desobediência quando recusou responder às questões que lhe deveriam ser colocadas pela Comissão de Inquérito ao negócio PT/TVI.

Passado mais de um mês, segundo o Público informa, Rui Pedro Soares ainda não foi sequer notificado pelo MInistério Público sobre a referida participação. Ao que consta, o processo está pendente...