A fuga em massa para a aposentação de muitos dos docentes colocados no topo da carreira é uma óptima notícia para o ME, assim como para o Ministério das Finanças.
Mesmo perdendo entre 25 e 40% dos seus salários são muitos os colegas acima dos 55 anos e com mais de 30 anos, 35 mesmo, de serviço que decidiram desistir de permanecer como cobaias no laboratório particular dos frequentadores da 5 de Outubro (e da 24 de Julho, não esquecer…).
Para os maldizentes que dizem que os professores se movem apenas por dinheiro, esta situação deve ser anómala, mas certamente descobrirão que afinal é porque todo(a)s não tinham nenhuma vocação, que progrediram sem mérito, que eram maus profissionais e «impreparados».
Certamente um qualquer secretário fará circular mails com recortes sobre este assunto, congratulando-se com as partidas.
Mas se são boas notícias para o ME, para as Finanças e para outros corpúsculos menores, são péssimas para a Educação em Portugal. Muitos desde(as) docentes são do melhor que existe no nosso sistema educativo e decidiram desistir, enquanto sentem que estão a tempo de salvaguardar a sua sanidade mental e o respeito por si mesmos.
Os testemunhos são bem elucidativos sobre as razões da partida.
E todos conhecemos muitos outros que gostariam de partir, mas não podem por esta ou aquela razão. O ME e as Finanças estarão rejubilantes, claro. Decapitam boa parte da classe docente e logo dos professores mais caros e com maiores conhecimentos e capacidade crítica. Mesmo se muitos dos professores titulares agora providos vão desaparecer e com eles muita da gente que se queria para domesticar o resto da classe.Vão poder substituí-los por gente nova, barata e cordata perante o nosso sistema de funcionamento que se quer implementar, de semi-servidão da gleba e lei da rolha.
Sim, é possível que Valter Lemos, Teixeira dos Santos, José Sócrates, Maria de Lurdes Rodrigues e outros, por ordem decrescente de relevo nesta matéria, estejam hoje felizes com a edição do Público. Há formas de abandono escolar que eles aplaudem com gosto.
Mesmo perdendo entre 25 e 40% dos seus salários são muitos os colegas acima dos 55 anos e com mais de 30 anos, 35 mesmo, de serviço que decidiram desistir de permanecer como cobaias no laboratório particular dos frequentadores da 5 de Outubro (e da 24 de Julho, não esquecer…).
Para os maldizentes que dizem que os professores se movem apenas por dinheiro, esta situação deve ser anómala, mas certamente descobrirão que afinal é porque todo(a)s não tinham nenhuma vocação, que progrediram sem mérito, que eram maus profissionais e «impreparados».
Certamente um qualquer secretário fará circular mails com recortes sobre este assunto, congratulando-se com as partidas.
Mas se são boas notícias para o ME, para as Finanças e para outros corpúsculos menores, são péssimas para a Educação em Portugal. Muitos desde(as) docentes são do melhor que existe no nosso sistema educativo e decidiram desistir, enquanto sentem que estão a tempo de salvaguardar a sua sanidade mental e o respeito por si mesmos.
Os testemunhos são bem elucidativos sobre as razões da partida.
E todos conhecemos muitos outros que gostariam de partir, mas não podem por esta ou aquela razão. O ME e as Finanças estarão rejubilantes, claro. Decapitam boa parte da classe docente e logo dos professores mais caros e com maiores conhecimentos e capacidade crítica. Mesmo se muitos dos professores titulares agora providos vão desaparecer e com eles muita da gente que se queria para domesticar o resto da classe.Vão poder substituí-los por gente nova, barata e cordata perante o nosso sistema de funcionamento que se quer implementar, de semi-servidão da gleba e lei da rolha.
Sim, é possível que Valter Lemos, Teixeira dos Santos, José Sócrates, Maria de Lurdes Rodrigues e outros, por ordem decrescente de relevo nesta matéria, estejam hoje felizes com a edição do Público. Há formas de abandono escolar que eles aplaudem com gosto.
Retirado do " A Educação do meu umbigo" de Paulo Guinote
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