O Procurador-Geral da República está contra a violência e o “sentimento de impunidade” nas escolas.O mais recente caso de violência escolar, em que uma aluna da escola Carolina Michaelis no Porto agrediu uma professora por causa de um telemóvel, leva o Procurador-Geral da República (PGR) a retirar uma conclusão: “Impõe-se que seja reforçada a autoridade dos professores e que os órgãos directivos das escolas sejam obrigados a participar os ilícitos ocorridos no interior das mesmas”. O que, “até agora, raras vezes, tem acontecido”, diz Fernando Pinto Monteiro.
O responsável máximo pela investigação criminal em Portugal, em declarações ao Diário Económico, garante que “nalgumas escolas formam-se pequenos ‘gangs’ que depois transitam para ‘gangs’ de bairro, armados e perigosos”. Pinto Monteiro considera que a violência escolar funciona, em alguns casos, como uma espécie de “embrião” para níveis mais graves de criminalidade. Ao contrário do Governo que insiste em desvalorizar o mediático caso da aluna do Porto filmada por colegas enquanto agredia a sua professora de francês, Pinto Monteiro considera que a violência nas escolas “existe e tem contornos preocupantes”.
Esta não é a primeira vez que o Procurador-Geral da República se pronuncia sobre a violência nas escolas. Em Novembro, em entrevista à revista “Visão”, Pinto Monteiro disse estar a par de que “até a senhora ministra da Educação” minimiza a dimensão da violência nas escolas.
Em boa verdade, bastaria que a irresponsabilidade e inimputabilidade que se observam na sociedade cá fora - com os espertos a escaparem a todo o tipo de pecados e pecadilhos com recurso a habilidades - não fossem transpostas para o universo escolar.
E já agora que a equipa ministerial não tivesse o discurso que tem há três anos de permanente confronto com os professores.
Porque, vamos ser honestos, não fomos nós que começámos a atear a lareira que já estava acesa…
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