Tuesday, March 04, 2008

Governantes contra governantes

Valter Lemos, secretário de Estado da Educação, embaraçou o actual Governo pela forma como atacou uma sua antecessora socialista na função,Ana Benavente, que por sua vez tinha considerado que a equipa que dirige o ministério da Educação "não honra o PS".
O embaraço surgiu porque ao disparar sobre Ana Benavente, acabou por atingir, por ricochete, um influente membro do actual Governo, AugustoSantos Silva, ministro dos Assuntos Parlamentares, que no tempo de Guterres foi ministro da Educação, tendo precisamente Ana Benavente como sua secretária de Estado. A actuação de Benavente no Governo, disseValter Lemos, teve como consequência "os piores resultados escolares daEuropa".Ontem, numa conferência de imprensa na sede nacional do PS, AugustoSantos Silva acabou por implicitamente verbalizar o embaraço: "Não me quero alongar no assunto", disse, depois da segunda ou terceira insistência dos jornalistas. Acrescentando: "Todos temos as nossas apreciações sobre os tempos que passaram e os tempos que vivemos hoje. O mais importante é o tempo que nos espera."O dirigente socialista foi justificativo, explicando as dificuldades de então: a "oposição de várias organizações sindicais" e a "não existência de condições políticas para o Governo depender apenas de si próprio".Manuel Alegre ataca Antes de Augusto Santos Silva falar já Manuel Alegre lhe estava a exigir esclarecimentos. "Não é normal que um secretário de Estado de um Governo do mesmo partido ataque um anterior secretário de Estado", disse ao DN.O ex-candidato presidencial achou a atitude "tanto mais estranha quando isso pôs em causa o titular da pasta da Educação da altura, que por acaso é o actual ministro dos Assuntos Parlamentares". "Gostaria de saber o que ele pensa a este respeito", afirmou Alegre, que repudia a"quebra de regras de solidariedade que normalmente devem existir entre membros de diferentes governos do mesmo partido".
In DN
A oposição nem de precisa de se aplicar muito, pois a base de apoio do governo e os próprios governantes já não se entendem; à semelhança do fugitivo Guterres, e do fugitivo Durão Barroso, pode ser que José S. Pinto de Sousa se retire e se candidate a um lugar político da Comunidade Europeia.

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