Seguindo o péssimo exemplo do CCB, a Casa da Música apresentou uma derrapagem de execução financeira de 228%.
Prevista e orçamentada para custar cerca de 33,9 milhões de euros, o custo final saldou-se por um encargo total de 111,1 milhões de euros.
Pior ainda que os 77,2 milhões de derrapagem é o facto do custo final ter sido 3,3 vezes superior ao inicialmente previsto. É "obra" (que deve, como habitualmente, ter sobrado para uns quantos.). Além de ter ficado concluída com 4 anos de atraso...
Um desvio de 8% na realização dum investimento não é brilhante, mas é aceitável. Se o desvio já é de 28%, isso não abona nem em favor da equipa de orçamentação nem da equipa de execução.
Mas quando o desvio é de 228%, essa situação é perfeitamente inqualificável. Embora, neste caso, tenha havido mudanças de (des)governo e consequentes alterações ao projecto. O que se não passou relativamente ao CCB, obra em que o desvio de execução financeira terá sido superior a 400%. Foi "obra" ainda maior. Quando era Secretário de Estado da Cultura um dos putativos candidatos à Câmara Municipal de Lisboa...
É este o País em que vivemos, são estes os dirigentes que nos governavam e governam.
Daí que casos como os do BPN e BPP e respectivas relações e "ligações perigosas" não sejam assim tão surpreendentes.
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