Trata-se, neste momento, de um mero desforço pessoal, usando para isso o aparato do Estado. José Sócrates gosta de banqueiros, de empresários, do homo tecnologicus,mas arrepanha-se-lhe tudo se lhe falarem de um professor, daqueles normais, pessoa com qualificação superior que dedicou a sua vida profissional a transmitir conhecimentos aos mais jovens, de formas mais ou menos convencionais, que tem brio no seu trabalho, que quer que os seus alunos se esforcem, que gosta de ver esse trabalho retribuído com os resultados desses mesmos alunos, mas sem truques estatísticos, que não recebe trabalhos por fax tecnológico em papel timbrado. Um modelo de professor que parecerá anacrónico. Detestável mesmo. Que urge extinguir. Castigar. eliminar.
Excelente análise. De facto Pinto de Sousa gostaria de "desenhar" a sociedade segundo a sua visão social: todos terão sempre uma nova oportunidade. E serão felizes...Nesta ingenharia social, a tradição, o conhecimento acumulado, o saber, o estudo, as convenções sociais e as leis não empecilhos à política das novas oportunidades, perfeitamente removíveis por uma maioria absoluta .
"O mundo de cada um é os olhos que tem"
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