Na manhã de ontem, Jorge Pedreira manifestou disponibilidade da tutela para prolongar por mais "alguns anos" o modelo simplificado do Governo - o tal que os sindicatos já recusaram. À tarde, Valter Lemos garantiu que, "como sempre", o ministério está "inteiramente disponível" para negociar e que é à posição de "intransigência" da "plataforma" que se deve o actual impasse.
No que cada vez mais se assemelha a uma "conversa de surdos", os argumentos das partes não deixam de revelar uma notável coincidência. Cerca de hora e meia depois, Mário Nogueira considerou que os cerca de 132 mil professores que ontem fizeram greve (94%) reforçam a posição da "plataforma" para... negociar. Essa é, aliás, a grande vontade dos sindicatos, acrescentou, um processo de negociação "sério e aberto". "O ministério tem de aceitar negociar sem condições prévias, ao contrário do que tem feito, e ainda por cima colocando o ónus da intransigência nos sindicatos", acusou.
Para as 11 organizações reunidas na "plataforma", o reconhecimento de que esta foi "uma greve significativa" implica que se tirem as devidas consequências. E esperam que isso aconteça nos próximos dias, dado o "nervosismo" que detectaram nas palavras de Valter Lemos.
Fonte: DN, 4/12/08
Comentário
Com a ministra fora de combate, é o Pedreira e o Lemos que dão a cara. Mais o primeiro do que o segundo. Mas o primeiro já copiou os tiques autoritários da ministra e cada vez que abre a boca lança mais gasolina para a fogueira. É uma equipa incendiária e politicamente incapaz. Não fosse a teimosia e a arrogância de Pinto de Sousa , e o trio já tinha sido despedido. O senhor Sousa é o principal culpado da anarquia instalada nas escolas. É ele o responsável pela confusão reinante. Como afirmou, ontem, Ana Benavente, no jornal da RTPN, Pinto de Sousa tem consciência do mal que está a fazer à escola pública. É premeditado. Quanto mais anarquia e confusão houver nas escolas públicas, mais pais colocarão os filhos nas escolas privadas. Tem tudo a ver com o défice. Com estas manobras, o senhor Sousa consegue reduzir os gastos com a educação. É por isso que lhe convém manter uma ex-anarquista à frente do ME. Nada melhor do que uma equipa incendiária, comandada por uma ex-anarquista que afirma ainda sê-lo, para lançar a confusão. Depois da redução dos custos com os salários dos professores, por via do congelamento e das quotas, é agora a vez de lançar mão da "bomba atómica": infernizar de tal modo a vida nas escolas que os pais se vêem na necessidade de colocarem os filhos nas escolas privadas. E pagam, claro!
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