Ai as provas de Português!
Não
Não quero corrigi-las outra vez!
Que pena
Esta cena
Faltam cenários, sobram cenários
Leio outra vez
Mas que insensatez!
Dou zero ou três?
E os critérios
Tão sérios
Inalteráveis
Adaptam-se, pois claro!
E eu paro.
E penso
É preciso ter bom senso
Aplico ou não o terço?
E fazer outra reunião
E reflexão
E concertação
E supervisão
Mas que sensação!...
Ah, pobre Camões
De pouco valeram as tuas reflexões!
Cada resposta
É uma aposta
De ler sem perceber.
Tanta criatividade vazia
Provoca dislexia.
E nem os Deuses, Semideuses e Homens valorosos
Valeram a alunos preguiçosos.
Os professores classificadores
E supervisores
Nesta ilha de desamores
Só sentem horrores.
Ai que trabalho vão
E de tão pouca cobiça!
Que sumida glória!
A minha alma clama
Mas como alcançar a Fama?!...
Reflicto outra vez
Assim não!
Não se pode ser professor
De Português.
Dulcelina Santos
Professora classificadora e Supervisora de Português,28 Junho 2008, após a entrega das provas de exame do 12° ano.
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