O Público de ontem dedicou duas páginas ao massacre ocorrido numa escola profissional finlandesa. Foi o segundo massacre em escolas finlandesas ocorrido no último ano. Repete-se o mesmo padrão: jovem estudante, viciado na Internet, nas consolas e nos jogos de computador. O mesmo padrão dos homicidas de Columbine, do homicida de Virgínia Tech e do homicida Pekka-Eric. Em todos os casos, os jovens lançaram as suas ameaças no Youtube.
Uma exposição prolongada à Internet e aos jogos de vídeo e de computador potencia o corte com a realidade física e promove o isolamento e a anomia social. As crianças não precisam de passar mais tempo em frente dos televisores, das consolas e dos computadores. Já se mexem pouco. Brincam ainda menos. E pouco contacto têm com a natureza. Passam demasiado tempo em actividades formais. A escola a tempo inteiro obriga-as a permanecerem demasiadas horas fechadas, em actividades formais, dentro de espaços fechados e sob a direcção de adultos. Não têm oportunidade para experimentarem e brincarem. Os adultos estão a roubar-lhes o tempo de ócio. A oferta de 500 mil portáteis a crianças do 1º CEB vem reforçar as oportunidades para o alheamento da realidade física. As consequências serão terríveis. Os exemplos de Columbine, Virgínia Tech, Pekka-Eric e Kauhajoki estão aí para nos mostrarem o futuro que estamos a construir.
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