As palavras com que o Primeiro-ministro José Sócrates se dirigiu aos 40000 candidatos à docência que ficaram de fora no concurso dos professores roçam o insulto e a grosseria. É verdade que o Ministério da Educação não deve contratar quem não precisa. É verdade que a maioria dos candidatos não se podem intitular de “professores”, embora muitos o sejam, muitos já tenham dado aulas, muitos já andem há anos a tapar os buracos das colocações sem as garantias mínimas em termos de segurança social. Mas é também verdade que eles são parte da nossa mão de obra qualificada, eles são exactamente as pessoas a quem José Sócrates prometeu dar emprego. É insuportável o modo como ele os tratou. (Abrupto)
Esta é uma questão importante, porque é estranho que Sócrates Pinto de Sousa apareça a louvar imenso a necessidade de qualificação dos portugueses, mas aos professores pareça reservar especial animosidade, mesmo aos que, licenciados e profissionalizados, são por ele considerados desnecessários.
É que há algo de estranho neste tipo de reacção, uma desafeição evidente, um aparente desejo de amesquinhar sistematicamente um grupo profissional ou mesmo aqueles que apenas a ele pretendem aceder.
Wednesday, September 03, 2008
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