Ver artigo do Público
A taxa de chumbos no ensino básico e secundário atingiu, no ano lectivo 2007/08, o valor mais baixo da última década, com a maior diminuição a registar-se no terceiro ciclo, segundo dados do Ministério da Educação (ME).A melhoria de resultados verificou-se em todos os níveis de ensino, com os números da retenção a descerem até aos 22,4 por cento no secundário (menos 3,5 pontos percentuais do que no ano anterior) e aos 8,3 por cento no básico (menos 2,5).A maior queda registou-se no nono ano, onde os chumbos caíram 7,5 por cento, ficando-se pelos 14,3. A diferença pode ser explicada pela diminuição das negativas no exame nacional de Matemática do terceiro ciclo, que baixaram quase 30 pontos percentuais.
Esta “notícia” plantada na Lusa para grande circulação retoma velhos métodos que já cansa desmontar. Claro que o insucesso caiu no 9º ano em virtude de exames de qualidade excepcional. Claro que o insucesso caiu o ano passado. E vai cair mais, agora que o Estatuto do Aluno vai entrar a funcionar em pleno. O mesmo para o abandono.
Os alunos continuarão a ter exactamente o mesmo desempenho ou até pior, mas as estatísticas melhorarão. Porque a máquina montada, da teia comunicacional ao espartilho legislativo a isso obrigam.Porque nada de importante em matéria do progresso efectivo das aprendizagens se resolve num par de anos.
Quem quer perceber a ideologia subjacente a esta onda de sucesso, basta ler os livros de início dos anos 90 de Valter Lemos. A fórmula mágica está lá.
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