"Está na hora, está na hora, de a ministra ir embora." Foi esta a principal palavra de ordem entoada ontem em Lisboa por cerca de 1500 estudantes, que se concentraram junto ao Ministério da Educação, em protesto contra a política educativa do Governo, em especial o novo Estatuto do Aluno.
"Foi um dia de luta histórico como não se via há dois anos, 30 mil alunos de 200 escolas de todo o País estiveram nas ruas em protesto", disse ao CM Luís Baptista, porta-voz da Plataforma Estudantil. Em Almada, cerca de 1200 alunos protestaram em frente à Câmara e, no Barreiro, a manifestação envolveu cerca de 1300 estudantes.
O aspecto mais criticado pelos alunos é o novo regime de faltas. "É injusto ter de fazer exames e arriscar a reprovação, mesmo quando se falte por estar doente", criticava Daniela Magalhães, de 16 anos, aluna do 11º ano em Rio de Mouro.
O secretário de Estado da Educação, Valter Lemos, desvalorizou os protestos: "Não é significativo, as escolas estão a funcionar normalmente."
Quanto ao regime de faltas, o governante garantiu que as provas de recuperação só se aplicam quando as faltas são "injustificadas", contrariando o próprio site do Ministério da Educação, onde se fala na "realização de uma prova de recuperação por parte do aluno que atingir um determinado número de faltas, independentemente de as mesmas serem justificadas ou injustificadas".
Valter Lemos frisou que "as faltas deixaram de ser um direito e a assiduidade é um dever". E falou em "manipulação de estudantes por organizações políticas", depois de a JS ter anteontem acusado a JCP de estar por detrás do protesto.
Fonte: CM de 6/11/08
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