Os professores da Escola Secundária Infanta D. Maria, em Coimbra, suspenderam a avaliação de desempenho e, quinta-feira, realiza-se nesta cidade uma reunião de conselhos executivos do distrito para uma posição conjunta sobre o processo - revelaram hoje vários responsáveis.
Segundo a presidente do conselho executivo da Escola Secundária Infanta D. Maria, Maria do Rosário Gama, os professores deste estabelecimento, o primeiro do sector público com melhor média na primeira fase dos exames nacionais, decidiram, por unanimidade, suspender o processo de avaliação do desempenho até o modelo ser revisto, tendo assinado um documento nesse sentido.
Entretanto, está prevista para quinta-feira, na Escola Secundária da Quinta das Flores, em Coimbra, uma reunião de conselhos executivos de escolas do distrito para "uma tomada de posição conjunta acerca do processo de avaliação, nomeadamente pedindo a suspensão do modelo" - disse hoje o presidente do conselho executivo deste estabelecimento.
Também nesta escola, e ainda antes da manifestação nacional de sábado passado em Lisboa, foi subscrito um abaixo-assinado por 114 dos 115 dos professores do estabelecimento, pedindo a suspensão do processo - adiantou Sobral Henriques. "Espero que a ministra da Educação tenha o bom senso de ouvir as escolas e os docentes", vincou o presidente do conselho executivo da Secundária da Quinta das Flores.
No documento enviado à ministra da Educação e datado de 27 de Outubro, os professores da Secundária D. Maria decidem "suspender a participação neste processo de Modelo de Avaliação de Desempenho até que se proceda a uma revisão concertada do mesmo, que torne o processo exequível, justo, transparente, ou seja, capaz de contribuir realmente para o fim que supostamente persegue, uma Escola Pública de qualidade".
Por outro lado, nas Escolas Secundárias D. Duarte e Jaime Cortesão, em Coimbra, foram aprovadas moções, por unanimidade, pedindo a suspensão do processo, revelaram hoje fontes dos respectivos conselhos executivos. O mesmo se passou na Avelar Brotero, da qual foi emanado no final de Outubro, para os principais órgãos institucionais, um pedido de suspensão do processo de avaliação, subscrito, em 24 horas, por 80 por cento dos professores da escola, disse a presidente do conselho executivo.
Entretanto, várias dezenas de professores de Arganil, Côja, Oliveira do Hospital e Tábua, que estavam inscritos para uma acção de formação sobre avaliação do desempenho que começava segunda-feira, recusaram-se a participar na acção com a duração de uma semana, segundo uma das 72 docentes inscritas. "Não fizemos a formação, proposta pela DEGRHE [Direcção-Geral dos Recursos Humanos da Educação] como forma de protesto contra o modelo de avaliação. Apenas oito colegas participaram na formação, em Arganil", disse hoje Margarida Rodrigues.
Fonte: Público de 11/11/08
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