A notícia é dada pelo JN. Mais um caso de agressão a uma professora por causa de uma disputa em torno de um telemóvel. Uma discussão entre alunos por causa de um telemóvel acabou com um deles a agredir uma professora que interveio no diferendo. Docente teve de receber tratamento e o aluno foi suspenso. Caso está no Ministério Público.
É mais um caso de violência de um aluno sobre uma professora, provocado por um telemóvel, no interior de uma escola. Ocorreu anteontem, na EB 2,3 Ana de Castro Osório, em Mangualde.
No átrio do bar dos alunos, João, de 15 anos, apropria-se do telemóvel de António (nomes fictícios), um colega mais novo. Na contenda para o reaver, instala-se a confusão entre os dois. Uma professora, de 42 anos, apercebe-se do que passa e tenta mediar o conflito, pedindo a João que devolva o telefone a António.
"Já dou", terá respondido o aluno. Mas João não dá, uma, duas, três vezes, e a docente avisa que terá de o levar ao Conselho Executivo.
Pega-lhe pelo braço e aponta-lhe o caminho, mas o aluno reage mal, de forma violenta, desferindo um murro na face esquerda da professora, que sofre ainda escoriações num braço e numa perna, e ouve insultos que não esperava ouvir. É um funcionário da escola que acaba com a desordem.
João é levado à direcção do estabelecimento de ensino, que o suspende de imediato por 10 dias, abrindo-lhe um processo disciplinar, o segundo no espaço de um mês. Na informação que segue para Direcção Regional de Educação do Centro (DREC), é pedida a transferência do aluno.
O caso foi comunicado à GNR e já está no Ministério Público. A professora teve de receber tratamento médico no Centro de Saúde de Mangualde. No dia seguinte acordou com a face inchada, mas não deixou de ir trabalhar.
A agressão do aluno sobre a docente manchou a imagem da EB 2,3 Ana de Castro Osório. "Desde que foi criada, há 10 anos, nunca tivemos um caso assim", lembra o presidente do Conselho Executivo, João Carlos Alves, que diz que o aluno "não tem condições para continuar a frequentar a escola".
Comentário
E não se ouve uma palavra de apoio da ministra da educação. A ministra só se preocupa com o " Magalhães ", " quadros ineractivos" e " sucesso estatístico". Não está preocupada com a falta de funcionários auxiliares nas Escolas, e disciplina na Escola. Ou uma palavra de censura face ao comportamento violento do aluno. Quando a entidade patronal não é capaz de proteger a segurança física dos trabalhadores, entramos no reino da quase barbárie e da impunidade total. Neste caso, o Conselho Executivo tomou a decisão correcta e colocou-se ao lado da professora agredida. A queixa no Ministério Público faz-nos pensar que o processo não ficará esquecido.
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